SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
ASCITE
PROPEDÊUTICA MÉDICA- UNILUS
DRA. VALERIA FAVACHO GALVÃO
ASCITE
Ascite = acúmulo de liquido livre de origem patológica na
cavidade peritoneal (do grego askos ou askites)
Askos = saco ou conteúdo de um saco
Askites = ASCITE
Mais de 90% das causas de ascite são devidas a cirrose,
carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca congestiva e
tuberculose peritoneal .
HIPERTENSÃO PORTAL-Ascite é o extravasamento do plasma
sanguíneo para o interior da cavidade abdominal,principalmente
através do peritônio,provocado por vários fatores.
INFORMACOES CLINICAS RELEVANTES
• Inicio lento e gradativo doença hepática crônica – cirrose
• Inicio rápido causas extra-hepáticas trombose
de veia supra-hepática-pericardite constritiva e insuficiência cardíaca
congestiva
• Emagrecimento acentuado- carcinomatose ou tuberculose peritoneal
FISIOPATOGENIA
• HIPERTENSÃO PORTAL-AUMENTO DA RESISTÊNCIA AO FLUXO DE SANGUE
ATRAVÉS DO FÍGADO-AUMENTO NA PRESSÃO EM TODAS AS VEIAS QUE
CONFLUEM NA VEIA PORTA(SISTEMA PORTA HEPÁTICO).
• VEIAS TORNAM-SE DILATADAS,LEVANDO AO EXTRAVASAMENTO DE UM
LÍQUIDO FILTRADO DO SANGUE QUE “ESCAPA” DOS VASOS.
• CIRROSE - HIPOALBUMINEMIA:DESNUTRIÇÃO;FALÊNCIA NA PRODUÇÃO
DE ALBUMINA(REALIZADA EXCLUSIVAMENTE NO FÍGADO)-DIMINUIÇÃO
DA PRESSÃO ONCÓTICA NOS VASOS-EXTRAVASAMENTO DO PLASMA.
FISIOPATOGENIA
• RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA PELOS RINS
• AUMENTO DA PRESSÃO NOS VASOS SANGUÍNEOS-ORGANISMO
LIBERA SUBSTÂNCIAS VASODILATADORAS PARA CONTROLAR A
PRESSÃO;QUEDA DA PRESSÃO SANGUÍNEA EM TODO O ORGANISMO.
• OS RINS INTERPRETAM A PRESSÃO BAIXA COMO SINAL DE QUE FALTA
LIQUIDO NO ORGANISMO(SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA) PARA ABSORVER MAIS SAL E ÁGUA E TENTAR ELEVAR
A PRESSÃO;AUMENTO DA ASCITE.
PATOGÊNESE DA FORMAÇÃO DE ASCITE
NOS CIRRÓTICOS
FATORES DE RISCO
1- Álcool – Etanol - Cirrose alcóolica
1.1 É necessário quantificar o volume, o tempo de
consumo e o tipo de bebida
VOL. DA BEBIDA (ML) X CONC.(%) X 0,8 = ETANOL (G)
FATORES DE RISCO
2- Vírus
2.1 Cirrose – Hepatites B, C e D
2.2 Hepatite B – Doença Sexualmente Transmissível;
Transmissão Vertical Materno – Fetal
2.3 HEPATITE C – Transmissão semelhante ao HIV
(Transfusões Sanguíneas; Uso de drogas ilícitas; Práticas
de tatuagem e acupuntura).
3- DROGAS
3.1 Qualquer droga de metabolismo hepático pode
determinar agressão de maior ou menor grau ao seu
parênquima. Dose e duração de uso.
3.2 METOTREXATO; ISONIAZIDA;
SULFONAMIDAS;AMIODARONA;CLORPROMAZINA
4- HISTÓRIA FAMILIAR
4.1 Causas Metabólicas de Cirrose – Hemocromatose,
Doença de Wilson, Doenças Colestáticas Familiares.
4.2 Hepatite Autoimune
4.3 Esquistossomose
EXAME FÍSICO
• Distúrbio da Homeostase
Hormonal – Hiperestrogenismo
Relativo.
• Sinais de Feminilização:
Ginecomastia e Queda de Pêlos.
• Aranhas Vasculares ou Telangectasias:
face, tronco superior e ombros.
• Atrofia testicular
• Eritema Palmar – região
tenar e hipotenar
Exame Físico:
• Aumento do volume
Abdominal
• Pesquisa de Submacicez
Móvel em Flanco à percussão
(>1.500 ml de líquido livre)
• Estigmas de Hepatopatia
Crônica
Sinal de Piparote
CLASSIFICAÇÃO
• ASCITE LEVE - OBSERVADA SOMENTE NO EXAME
ULTRASSONOGRÁFICO;SEM GRANDE AUMENTO DO VOLUME
ABDOMINAL.
• ASCITE MODERADA – AUMENTO SIGNIFICATIVO DO ABDOME;SEM A
PRESENÇA DE DISPNÉIA.
• ASCITE SEVERA – DISPNÉIA E/OU ABDOME TENSO.
Paracentese Diagnóstica
Indicação:
• Pacientes internados ou ambulatoriais com ascite ao
exame físico de início recente.
• Qualquer cirrótico com ascite e deterioração do quadro
clínico.
Contraindicação:
• Fibrinólise ou Coagulação Intravascular Disseminada
clinicamente evidentes.
Paracentese
Complicações:
1% Hematoma de parede < 1/1000 hemoperitôneo ou
perfuração de víscera oca
A infusão profilática de plasma fresco congelado ou
plaquetas não é necessária.
Estudo do Líquido Ascítico (20 ml)
• Citologia Global e Diferencial: (10-27% cirróticos com ascite
tem Peritonite Bacteriana Espontânea – (PBE) na admissão)
• Polimorfonuclear > 250 cel/mm3
• Cultura positiva em 80% (PBE)
• Peritonite Bacteriana Secundária: DHL > 225mU/L, glicose
<50mg/dL, proteína total >1g/dL e múltiplos organismos na
coloração de Gram (ruptura de vísceras ou abscesso
loculado).
Estudo do Líquido Ascítico
• ADA, Citologia, esfregaço e cultura para mico bactérias
⇒ TB peritoneal
• Citologia oncótica ⇒ + carcinomatose peritoneal.
⇑ sensibilidade na centrifugação de grande volume de
amostra.
• CEA > 10mg/ml ⇒ carcinomatose peritoneal 70%
(mama, cólons, estômago, pâncreas)
Estudo do Líquido Ascítico
• Linfa: ⇑ ascite quilosa.
• Amilase: ⇑ pancreatite ou perfuração intestinal.
• Bilirrubina: ⇑ perfuração biliar ou intestinal.
• Paracentese de grande volume ⇒ Citologia global com
diferencial. Cultura não é realizada de rotina.
Característica da Ascite na Cirrose
• Líquido citrino, amarelado;Gradiente de albumina soro-
ascite>1,1 g/dl
• (70%) Proteína total < 2.5 g/DL
• Albumina corresponde a 50%
• PBE normalmente acontece no paciente com Proteína
total no líquido ascítico <1 g/DL
Tratamento
• Repouso ( ⇑ natriurese )
• Restrição de Sódio – 2g sal/dia (5-15%)
• Restrição de líquidos (Na+ < 130mEq/l)
OBRIGADA!!!
Dra. Valéria Favacho Galvão

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasJP ABNT
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascularresenfe2013
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCCíntia Costa
 
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016Liliana Mendes
 
Propedêutica vascular
Propedêutica vascularPropedêutica vascular
Propedêutica vascularpauloalambert
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosresenfe2013
 
Cirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensCirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensMaria Menezes
 
Raio x de tórax
Raio x de tóraxRaio x de tórax
Raio x de tóraxresenfe2013
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômedapab
 
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumáticoDiagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumáticoBruna Cesário
 
Anatomia e fisiologia cardíaca
Anatomia e fisiologia cardíacaAnatomia e fisiologia cardíaca
Anatomia e fisiologia cardíacaresenfe2013
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaresenfe2013
 
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...felipe_wlanger
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDASINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDAFernanda Marinho
 
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoDERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoBrenda Lahlou
 

Mais procurados (20)

Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias Cardiacas
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascular
 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULARSEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
 
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
LILIANA MENDES CIRROSE HEPÁTICA E SUAS COMPLICAÇÕES JOVEM GASTRO DF 2016
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Propedêutica vascular
Propedêutica vascularPropedêutica vascular
Propedêutica vascular
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Cirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensCirrose hepática Imagens
Cirrose hepática Imagens
 
Semiologia completa
Semiologia completaSemiologia completa
Semiologia completa
 
Raio x de tórax
Raio x de tóraxRaio x de tórax
Raio x de tórax
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdôme
 
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumáticoDiagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático
Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático
 
Anatomia e fisiologia cardíaca
Anatomia e fisiologia cardíacaAnatomia e fisiologia cardíaca
Anatomia e fisiologia cardíaca
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografia
 
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDASINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDA
 
arritmias
 arritmias arritmias
arritmias
 
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoDERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
 

Destaque

Disciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -PropedêuticaDisciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -PropedêuticaPaulo Alambert
 
Exame físico abdome i
Exame físico abdome iExame físico abdome i
Exame físico abdome ipauloalambert
 
Ruídos cardíacos 2ª parte
Ruídos cardíacos 2ª parteRuídos cardíacos 2ª parte
Ruídos cardíacos 2ª partepauloalambert
 
Semiologia das arritmias
Semiologia das arritmiasSemiologia das arritmias
Semiologia das arritmiaspauloalambert
 
Prog prop 2017 2º sem
Prog prop 2017 2º semProg prop 2017 2º sem
Prog prop 2017 2º sempauloalambert
 
Propedêutica do Aparelho locomotor
Propedêutica do Aparelho locomotorPropedêutica do Aparelho locomotor
Propedêutica do Aparelho locomotorpauloalambert
 
Funções corticais
Funções corticais Funções corticais
Funções corticais pauloalambert
 
Sintomas do sistema digestório
Sintomas do sistema digestório Sintomas do sistema digestório
Sintomas do sistema digestório pauloalambert
 
Semiologia de Abdome II
Semiologia de Abdome IISemiologia de Abdome II
Semiologia de Abdome IIpauloalambert
 
Propedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivasPropedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivaspauloalambert
 
Ruídos cardíacos 1ª parte
Ruídos cardíacos 1ª parteRuídos cardíacos 1ª parte
Ruídos cardíacos 1ª partepauloalambert
 
Exame físico esqueleto axial
Exame físico esqueleto axialExame físico esqueleto axial
Exame físico esqueleto axialpauloalambert
 
Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017pauloalambert
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Paulo Alambert
 

Destaque (17)

Disciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -PropedêuticaDisciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
 
Exame físico abdome i
Exame físico abdome iExame físico abdome i
Exame físico abdome i
 
Semiologia cardiaca
Semiologia cardiacaSemiologia cardiaca
Semiologia cardiaca
 
Ruídos cardíacos 2ª parte
Ruídos cardíacos 2ª parteRuídos cardíacos 2ª parte
Ruídos cardíacos 2ª parte
 
Semiologia das arritmias
Semiologia das arritmiasSemiologia das arritmias
Semiologia das arritmias
 
Prog prop 2017 2º sem
Prog prop 2017 2º semProg prop 2017 2º sem
Prog prop 2017 2º sem
 
Propedêutica do Aparelho locomotor
Propedêutica do Aparelho locomotorPropedêutica do Aparelho locomotor
Propedêutica do Aparelho locomotor
 
Funções corticais
Funções corticais Funções corticais
Funções corticais
 
Prog prop 2017 1ºsem
Prog prop 2017 1ºsemProg prop 2017 1ºsem
Prog prop 2017 1ºsem
 
Sintomas do sistema digestório
Sintomas do sistema digestório Sintomas do sistema digestório
Sintomas do sistema digestório
 
Semiologia de Abdome II
Semiologia de Abdome IISemiologia de Abdome II
Semiologia de Abdome II
 
Valvulopatias
ValvulopatiasValvulopatias
Valvulopatias
 
Propedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivasPropedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivas
 
Ruídos cardíacos 1ª parte
Ruídos cardíacos 1ª parteRuídos cardíacos 1ª parte
Ruídos cardíacos 1ª parte
 
Exame físico esqueleto axial
Exame físico esqueleto axialExame físico esqueleto axial
Exame físico esqueleto axial
 
Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
 

Semelhante a Ascite

Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01anacristinadias
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoEugênia
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cisticaMandydra
 
Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT felippehenrique
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutivapedroh.braga
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutivakalinine
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutriçãoLuaraGarcia3
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptxCaioLuisi2
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepáticaivanaferraz
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticasbia139
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completoPedro Moura
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasFernanda Hiebra Gonçalves
 
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Portapauloalambert
 
Hepatites crônicas
Hepatites crônicasHepatites crônicas
Hepatites crônicasTati Pina
 

Semelhante a Ascite (20)

Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
Cirroseeptica compreendendoeprevenindo-091023135759-phpapp01
 
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e PrevenindoCirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
Cirrose Hepática - Compreendendo e Prevenindo
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Fibrose cistica
Fibrose cisticaFibrose cistica
Fibrose cistica
 
Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT Fibrose cistica Medicina UFT
Fibrose cistica Medicina UFT
 
Hepatopatia
 Hepatopatia Hepatopatia
Hepatopatia
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutiva
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutiva
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
 
1889
18891889
1889
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx
 
Neoplasias fígado
Neoplasias fígadoNeoplasias fígado
Neoplasias fígado
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepática
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticas
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completo
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
 
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
 
Hepatites crônicas
Hepatites crônicasHepatites crônicas
Hepatites crônicas
 

Mais de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Ascite

  • 2. ASCITE Ascite = acúmulo de liquido livre de origem patológica na cavidade peritoneal (do grego askos ou askites) Askos = saco ou conteúdo de um saco Askites = ASCITE Mais de 90% das causas de ascite são devidas a cirrose, carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca congestiva e tuberculose peritoneal . HIPERTENSÃO PORTAL-Ascite é o extravasamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal,principalmente através do peritônio,provocado por vários fatores.
  • 3. INFORMACOES CLINICAS RELEVANTES • Inicio lento e gradativo doença hepática crônica – cirrose • Inicio rápido causas extra-hepáticas trombose de veia supra-hepática-pericardite constritiva e insuficiência cardíaca congestiva • Emagrecimento acentuado- carcinomatose ou tuberculose peritoneal
  • 4. FISIOPATOGENIA • HIPERTENSÃO PORTAL-AUMENTO DA RESISTÊNCIA AO FLUXO DE SANGUE ATRAVÉS DO FÍGADO-AUMENTO NA PRESSÃO EM TODAS AS VEIAS QUE CONFLUEM NA VEIA PORTA(SISTEMA PORTA HEPÁTICO). • VEIAS TORNAM-SE DILATADAS,LEVANDO AO EXTRAVASAMENTO DE UM LÍQUIDO FILTRADO DO SANGUE QUE “ESCAPA” DOS VASOS. • CIRROSE - HIPOALBUMINEMIA:DESNUTRIÇÃO;FALÊNCIA NA PRODUÇÃO DE ALBUMINA(REALIZADA EXCLUSIVAMENTE NO FÍGADO)-DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA NOS VASOS-EXTRAVASAMENTO DO PLASMA.
  • 5. FISIOPATOGENIA • RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA PELOS RINS • AUMENTO DA PRESSÃO NOS VASOS SANGUÍNEOS-ORGANISMO LIBERA SUBSTÂNCIAS VASODILATADORAS PARA CONTROLAR A PRESSÃO;QUEDA DA PRESSÃO SANGUÍNEA EM TODO O ORGANISMO. • OS RINS INTERPRETAM A PRESSÃO BAIXA COMO SINAL DE QUE FALTA LIQUIDO NO ORGANISMO(SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA) PARA ABSORVER MAIS SAL E ÁGUA E TENTAR ELEVAR A PRESSÃO;AUMENTO DA ASCITE.
  • 6. PATOGÊNESE DA FORMAÇÃO DE ASCITE NOS CIRRÓTICOS
  • 7. FATORES DE RISCO 1- Álcool – Etanol - Cirrose alcóolica 1.1 É necessário quantificar o volume, o tempo de consumo e o tipo de bebida VOL. DA BEBIDA (ML) X CONC.(%) X 0,8 = ETANOL (G)
  • 8. FATORES DE RISCO 2- Vírus 2.1 Cirrose – Hepatites B, C e D 2.2 Hepatite B – Doença Sexualmente Transmissível; Transmissão Vertical Materno – Fetal 2.3 HEPATITE C – Transmissão semelhante ao HIV (Transfusões Sanguíneas; Uso de drogas ilícitas; Práticas de tatuagem e acupuntura).
  • 9. 3- DROGAS 3.1 Qualquer droga de metabolismo hepático pode determinar agressão de maior ou menor grau ao seu parênquima. Dose e duração de uso. 3.2 METOTREXATO; ISONIAZIDA; SULFONAMIDAS;AMIODARONA;CLORPROMAZINA
  • 10. 4- HISTÓRIA FAMILIAR 4.1 Causas Metabólicas de Cirrose – Hemocromatose, Doença de Wilson, Doenças Colestáticas Familiares. 4.2 Hepatite Autoimune 4.3 Esquistossomose
  • 11. EXAME FÍSICO • Distúrbio da Homeostase Hormonal – Hiperestrogenismo Relativo. • Sinais de Feminilização: Ginecomastia e Queda de Pêlos.
  • 12. • Aranhas Vasculares ou Telangectasias: face, tronco superior e ombros. • Atrofia testicular
  • 13. • Eritema Palmar – região tenar e hipotenar
  • 14. Exame Físico: • Aumento do volume Abdominal • Pesquisa de Submacicez Móvel em Flanco à percussão (>1.500 ml de líquido livre) • Estigmas de Hepatopatia Crônica
  • 15.
  • 17.
  • 18.
  • 19. CLASSIFICAÇÃO • ASCITE LEVE - OBSERVADA SOMENTE NO EXAME ULTRASSONOGRÁFICO;SEM GRANDE AUMENTO DO VOLUME ABDOMINAL. • ASCITE MODERADA – AUMENTO SIGNIFICATIVO DO ABDOME;SEM A PRESENÇA DE DISPNÉIA. • ASCITE SEVERA – DISPNÉIA E/OU ABDOME TENSO.
  • 20. Paracentese Diagnóstica Indicação: • Pacientes internados ou ambulatoriais com ascite ao exame físico de início recente. • Qualquer cirrótico com ascite e deterioração do quadro clínico. Contraindicação: • Fibrinólise ou Coagulação Intravascular Disseminada clinicamente evidentes.
  • 21. Paracentese Complicações: 1% Hematoma de parede < 1/1000 hemoperitôneo ou perfuração de víscera oca A infusão profilática de plasma fresco congelado ou plaquetas não é necessária.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Estudo do Líquido Ascítico (20 ml) • Citologia Global e Diferencial: (10-27% cirróticos com ascite tem Peritonite Bacteriana Espontânea – (PBE) na admissão) • Polimorfonuclear > 250 cel/mm3 • Cultura positiva em 80% (PBE) • Peritonite Bacteriana Secundária: DHL > 225mU/L, glicose <50mg/dL, proteína total >1g/dL e múltiplos organismos na coloração de Gram (ruptura de vísceras ou abscesso loculado).
  • 25. Estudo do Líquido Ascítico • ADA, Citologia, esfregaço e cultura para mico bactérias ⇒ TB peritoneal • Citologia oncótica ⇒ + carcinomatose peritoneal. ⇑ sensibilidade na centrifugação de grande volume de amostra. • CEA > 10mg/ml ⇒ carcinomatose peritoneal 70% (mama, cólons, estômago, pâncreas)
  • 26. Estudo do Líquido Ascítico • Linfa: ⇑ ascite quilosa. • Amilase: ⇑ pancreatite ou perfuração intestinal. • Bilirrubina: ⇑ perfuração biliar ou intestinal. • Paracentese de grande volume ⇒ Citologia global com diferencial. Cultura não é realizada de rotina.
  • 27. Característica da Ascite na Cirrose • Líquido citrino, amarelado;Gradiente de albumina soro- ascite>1,1 g/dl • (70%) Proteína total < 2.5 g/DL • Albumina corresponde a 50% • PBE normalmente acontece no paciente com Proteína total no líquido ascítico <1 g/DL
  • 28. Tratamento • Repouso ( ⇑ natriurese ) • Restrição de Sódio – 2g sal/dia (5-15%) • Restrição de líquidos (Na+ < 130mEq/l)
  • 29.