8. Pulso Arterial.
A pulsação corresponde às variações da Pressão
Sanguínea arterial durante as contrações Cardíacas.
Flutuação periódica no sistema causada pelo coração. É uma
onda de pressão dependente da pressão arterial, é percebida
como uma expansão da parede arterial síncrona com o
batimento cardíaco.
O pulso, tal como é avaliado no exame físico, decorre,
principalmente de alterações da pressão intravascular
13. Semiologia CardiovascularSemiologia Cardiovascular
Primeiro contato físico Relação profissional x pacientePrimeiro contato físico Relação profissional x paciente
Pulso ArterialPulso Arterial
Principais artérias:Principais artérias:
CarótidasCarótidas
RadialRadial
BraquialBraquial
16. Normal
- O volume sanguíneo lançado na
aorta abruptamente gera uma
distensão súbita e rápida chamada
onda de percussão, representada pela
letra P.
-A esta onda se segue um pequeno
platô ou uma segunda onda chamada
de refluxo ou "tidal" representada pela
letra T.
--Com o fim da sístole o traçado cai
rapidamente até o momento do
fechamento da valva aórtica. Nesse
momento ocorre a onda dicrótica.
17. Tipos de Onda
• Diminuída
Bisferens
Duplo impulso separado por uma pausa central
Duplo lesão aórtica
Filiforme
Mole
Coarctação da aorta e colapso circulatório
18. O pulso bisferens apresenta
uma onda de ascensão rápida,
seguida de uma breve interrupção
mesosistólica com nova impulsão
em seguida.
-insuficiência aórtica severa
associada a estenose aórtica leve,
--miocardiopatia hipertrófica
obstrutiva,
19. Pulso parvus e tardus
· sinonímia - Pulso Anacrótico
· caracterizado por amplitude diminuída e retardo
da elevação do pulso.
. quando presente, implica em severidade da
lesão;
· é um sinal de desenvolvimento tardio.
· estenose aórtica
20. -Chama-se pulso anacrótico
aquele que se eleva em platô,
lentamente. É característico da
estenose aórtica valvar.
-Também pode ser chamado de
pulso em platô ou parvus.
21. PULSO DICRÓTICO
-Caracteristicamente
apresenta um pico na
diástole.
- Pode ser diferenciado dos
anteriores por maior
intervalo entre os picos.
Estados de Baixo Débito
- Tamponamento Cardíaco
- Insuficiência Cardíaca
Congestiva
23. Pulso Alternante
· alterna intensidade maior e menor com a mesma
freqüência
· mais perceptível no pulso radial
· um dos sinais mais precoces de disfunção ventricular
· alteração da intensidade das bulhas e dos sopros
· sensibilizado pela posição sentada ou em pé
· quanto mais intensos os achados, maior a disfunção
· insuficiência cardíaca congestiva
24. Pulso Paradoxal
· sinonímia - Pulso de Kussmaul
· diminui de intensidade ou desaparece com a
inspiração
· tamponamento cardíaco
· pericardite constritiva
· asma severa ou DPOC
25. Tipos de Onda
• Diminuída
• Parvus
Pequeno e de forma normal, indica que as
pressões sistólica e diastólica se aproximam da
média. Expressa volume minuto baixo. Frio,
ansiedade, IAM, HAS, E.Ao, E.M, H.P, E.P, E.T,
CIA, pericardite constritiva, derrame pericárdico sob
tensão, miocardiopatia e insuficiência circulatória
26. Tipos de Onda
• Diminuída
• Pequeno e célere
Pequeno com onda abrupta de percussão
seguida de rápido colapso. I.Mi, CIV
• Anacrótico
Pequena onda inscrita na fase ascendente. E.Ao
27. Tipos de Onda
• Aumentado
• Célere ou martelo d’águaCélere ou martelo d’água
• Caracterizado por uma ampla e súbita onda
de percussão e um colapso rápido
• I.Ao, fístulas, anemias, vasodilatação
periférica, PCA, insuficiência hepática cor
pulmonale, doença de Paget
28.
29. Pressão Arterial
Procedimento fundamental
Pode ser obtida no contexto clínico,
mediante técnicas simples
Suas implicações diagnósticas e
prognósticas são importantes
Deve-se analisar todos os fatores que
podem influir em sua aferição
Pode ser aferida direta ou indiretamente
30.
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38.
39. • PROCESSO DE DIAGNOSTICARPROCESSO DE DIAGNOSTICAR
• HIPERTENSÃO ARTERIAL
• VALORES CONFIÁVEISVALORES CONFIÁVEIS
• CONSEQÜÊNCIASCONSEQÜÊNCIAS
– ERROS DIAGNÓSTICOS
– HIPERTENSO
– FALSO HIPERTENSO
IMPORTÂNCIA...IMPORTÂNCIA...
40. VARIABILIDADE PAVARIABILIDADE PA
• CICLO CARDÍACOCICLO CARDÍACO
– MÁXIMA ESVAZIAMENTO VENTRICULAR
– MÍNIMA NO FINAL DIÁSTOLE
• ENTRE DIFERENTES CICLOS CARDÍACOSENTRE DIFERENTES CICLOS CARDÍACOS
– ATIVIDADES FÍSICAS
– SITUAÇÕES EMOCIONAIS VIVIDAS
– ESTADO DE VIGÍLIA / SONO
57. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Representa uma das causas mais frequentes de
procura a bancos de urgência
Cerca de 15% a 20% das dores torácicas têm
diagnóstico de síndrome coronariana aguda -
SCA
2% das SCA recebem alta inadequadamente,
mesmo após avaliação criteriosa
58. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Parâmetros fundamentais para o manejo de
pacientes sob o risco de SCA:
Anamnese/exame físico
Eletrocardiograma
Marcadores de necrose miocárdica
59. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Objetivos na avaliação:
1. Estimar a probabilidade do paciente
ter SCA
2. Avaliar o seu risco de apresentar
complicações (morte e infarto)
60. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Características típicas da dor: opressão,
queimação ou sensação de dispnéia
Localização: precordial ou torácica
Irradiação: pescoço, ombro e braço esquerdo
Fatores de piora: esforço físico, estresse
emocional, frio, alimentação copiosa
61. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Fatores de melhora: repouso, uso de nitrato
Sintomas associados: náuseas, vômitos e
sudorese – Algumas situações Dispnéia.
Intensidade: crescente em poucos minutos
62.
63. DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA
Características que tornam o diagnóstico de SCA
pouco provável:
1. Dor pleurítica (aguda e reproduzida com movimentos
respiratórios),
2. Localizada com a ponta do dedo,
3. Duração por muitas horas ou poucos segundos; dor
em meso ou hipogástrio que piora com a palpação ou
movimentos.
64.
65. FATORES DE RISCO CLÁSSICOS PARA
SÍNDROME CORONARIANAAGUDA (SCA)
Idade > 60 anos
HAS
Dislipidemia
Tabagismo
Antecedente pessoal de IAM prévio
Antecedentes familiares de doença arterial coronariana
precoce: IAM em parentes de 1º grau; homen < 55
anos e mulheres > 65 anos
Obesidade abdominal
IRC
66.
67.
68. EXAME FÍSICO
Hipotensão, terceira bulha, taquiarritmia,
bradicardia, edema pulmonar e sopro de
regurgitação mitral secundária à isquemia –
achados consequentes da SCA
Quando presentes – conferem pior prognóstico
69. ELETROCARDIOGRAMA
Importante na abordagem diagnóstica, prognóstica e
terapêutica
Deve ser feito brevemente possível - menos de 10
minutos da entrada
Alterações – são fundamentais para não retardar a
terapia nas SCA sem supradesnível, assim como
reperfusão em IAM com supradesnível
70. ELETROCARDIOGRAMA
Supra de ST > 1 mm tem VPP de 80%.
Outras causas: repolarização precoce, hipercalemia,
bloqueio de ramo esquerdo, pericardite, hipertrofia
ventricular esquerda.
Infradesnível ou inversão da onda T tem VPP de
20%
ECG sem sinais de isquemia – 4% de risco de IAM
em pacientes com antecedentes e 2% nos que não tem.
71. ELETROCARDIOGRAMA
Baixa acurácia
Avaliação inicial insuficiente – repete-se ECG de 3/3h
ou se houver recorrência dos sintomas
Dessa forma aumenta-se sua sensibilidade e
diferenciam-se alterações agudas e crônicas
Alteração dinâmica é altamente específica para SCA
72. MARCADORES DE NECROSE
MIOCÁRDICA
Mioglobina – alta sensibilidade e elevação
precoce
CK-MB massa – pode estar aumentado em
lesões de outros órgãos (língua, útero, próstata)
Troponina (T e I) – altamente sensíveis e
específicos; meia vida prolongada
75. EXAMES COMPLEMENTARES
ADICIONAIS
Ecocardiograma – avaliação de diagnóstico
diferencial (SCA, dissecção de aorta, estenose aórtica,
cardiomiopatia hipertrófica, Prolapso de valva mitral,
pericardite e TEP)
Cintilografia – avaliar defeitos de perfusão
Angiotomografia de coronárias – paciente com risco
intermediário de SCA e com protocolo de DT negativo
Notas do Editor
A pressão do Sangue nas artérias varia continuamente durante cada ciclo cardíaco, atingindo os valores máximos no esvaziamento ventricular e mínimos no fim da diástole. Também apresenta variações entre diferentes batimentos de acordo com as atividades físicas e emocionais vividas e com o estado de vigília e sono. A pressão arterial apresenta menores valores durante o sono e repouso físico associada a tranquilidade mental e valores mais altos na atenção e nas diversas atividades do dia-a-dia seguidas de exercícios físicos e estimulação psico-emocional.
As atividades físicas e mentais provocam oscilações na pressão arterial requerendo ajustes constantes do aparelho conforme fig 5.1 Mion Jr et Al.(1998)p.54.
As mudanças posturais, atividades físicas, alimentação, estados psico-emocionais, descanso e sono são os principais determinantes das flutuações que ocorrem na pressão arterial. Considera-se que haja variações individuais na intensidade das modificações da pressão arterial desencadeadas pelas atividades habituais dos indivíduos, como andar, correr, comer, falar, defecar e estados psico-emocionais, provavelmente em decorrência da ação do sistema nervoso simpático e dos pressorreceptores (Krieger,E.M. Variabilidade da pressão arterial durante a vigília e sono In: MAPA Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial Mion JrD., Nobre, F, Oigman W. Atheneu. São Ppaulo, 19-20, 1995) .
Durante o sono a pressão arterial tende a atingir os valores mais baixos para se elevar novamente ao despertar sendo desejável que no sono a sua redução em relação ao período de vigília seja de 10% a menos. Nos hipertensos, a ausência deste esperado descenso pode estar relacionada a mair probabilidade de lesões em órgãos alvos e eventos cardiovasculares (Bianchi S. et al. Diurnal variations of blood pressure and microalbuminúria in essential hypertension. Am J.Hypertens. 7:23-9, 1994. Verderecchia, P. et al. Circadian blood pressure changes and left ventricular hypertrophy in essential hypertension Circulation, 1990; 81:528-36.