Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
1.
2. Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose
A tuberculose é uma doença prevenível pela
vacinação, contudo, em vista de sua grande
reincidência, integra, juntamente com a hanseníase,
um programa específico, por apresentarem
características semelhantes.
As complicações dessas doenças são graves,
quando não tratados adequadamente ou quando
os casos são identificados em estágio mais
avançado. Pode haver sérios comprometimentos,
gerando incapacidades e morte.
3. Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose
FATORES DE RISCO:
Desnutrição
Baixa eficácia dos programas de controle e
prevenção
Mutações nos bacilos
Aglomerações urbanas
Aids
4. Fatores De Risco:
Desnutrição – provoca debilitação do organismo, o
qual passa a não mais produzir seus elementos de
defesa, oferecendo pouca ou nenhuma resistência
aos agentes infecciosos.
5. Fatores De Risco:
Baixa eficácia dos programas de controle e prevenção
Paciente abandona o tratamento por diversos motivos:
Dificuldade de acesso ao serviço de saúde,
Reações orgânicas ao medicamento,
Deficiência alimentar,
Acreditar estár curado, desaparecimento da sintomatologia.
Serviços de saúde com falta de medicamentos,
Não realizar a busca ativa de faltosos e casos suspeitos;
Não possuir profissionais adequadamente preparados.
Nesses casos, a conseqüência é a ampliação do número de
pessoas que continuam doentes e sem tratamento,
favorecendo o aumento da transmissão das doenças.
6. Fatores De Risco:
Mutações nos bacilos –tuberculose: quando os
doentes não seguem corretamente o tratamento
prescrito a bactéria pode criar resistência, através
de mudanças em sua estrutura, não sendo mais
destruída pela dosagem administrada. Nesses
casos, há necessidade de se recorrer a
medicamentos mais potentes.
7. Fatores De Risco:
Aglomerações urbanas – nas grandes cidades as
pessoas convivem cada vez mais próximas umas
das outras, seja em shopping centers, cinemas,
estádios de futebol, veículos de transporte lotados
e/ou outros espaços. Considerando-se que a
transmissão da hanseníase e tuberculose ocorre
por meio das vias aéreas, tal condição aumenta o
risco de transmissão dessas doenças.
8. Fatores De Risco:
Aids – a síndrome da imunodeficiência adquirida
caracterizase pela queda brutal nas defesas do
organismo, o que facilita a instalação de doenças
oportunistas. A ocorrência da pandemia de Aids
aumentou muito a incidência de tuberculose
porque cerca de um terço da humanidade
carrega o bacilo de Koch, sem entretanto
manifestar a doença, mas quando acometido pela
síndrome da imunodeficiência adquirida há
manifestação da tuberculose.
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10. Doença infecciosa e contagiosa (notificação
compulsória)
Agente Etiológico: bactéria Mycobacterium
tuberculosis, também conhecida como bacilo de
Koch.
Transmissão: como a da hanseníase, ocorre por meio
das gotículas de saliva expelidas quando espirramos,
tossimos ou falamos, sendo o sistema respiratório a
porta de entrada da doença pelas vias aéreas
superiores.
Período de incubação : varia entre 4 e 12 semanas.
Estima-se que cada doente com tuberculose seja
capaz de contaminar dez outros indivíduos.
11. Após a inalação dos bacilos contidos nas gotículas
de saliva, depositam-se nos alvéolos. Em resposta, o
sistema imunológico libera células que formam uma
parede em volta dos bacilos para impedir que se
espalhem. Esse conjunto é chamado de tubérculo, e
muitas pessoas o possuem sem nunca adoecer.
12. Se a imunidade estiver comprometida o tecido do
tubérculo se degrada e se transforma em uma massa
que libera outros bacilos, os quais são transportados
pelos sistemas circulatório e linfático para os tecidos
vizinhos, formando nódulos visíveis nas imagens
radiológicas.
Outra possibilidade é a de os bacilos serem
transportados para tecidos mais distantes, como
pele, rins, meninges, que também podem ser
atingidos pela tuberculose.
13. Se a imunidade estiver comprometida o tecido do
tubérculo se degrada e se transforma em uma massa
que libera outros bacilos, os quais são transportados
pelos sistemas circulatório e linfático para os tecidos
vizinhos, formando nódulos visíveis nas imagens
radiológicas.
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15. A tuberculose pode apresentar-se:
Pulmonar.
Extrapulmonar (pleural, ganglionar, osteoarticular,
entérica, de vias urinárias, cutânea ou meníngea
(mais grave).
A meníngea, ou meningite tuberculosa, ocorre
quando o bacilo de Koch atinge o sistema nervoso
central.
16. Diagnóstico: sintomas, raios X e pesquisa da presença
do bacilo de Koch no escarro.
Sintomas:
Tosse persistente, por cerca de 4 semanas,
Catarro esverdeado ou com raios de sangue
(existentes ou não),
Febre no final da tarde,
Emagrecimento, falta de apetite,
Suor noturno.
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18. Amostra de escarro:
coletada em jejum, pela manhã.
No dia anterior à coleta, o cliente deve ingerir
grande quantidade de líquidos, para tornar o
escarro mais fluido e fácil de ser produzido.
Antes de eliminar a amostra num recipiente
apropriado, deve ser orientado a respirar
profundamente, para que a secreção se mobilize e
seja eliminada em maior quantidade.
19. O teste Derivado Proteínico Purificado-Padrão (PPD)
permite avaliar se o indivíduo já teve contato anterior
com o bacilo e se possui defesas contra o mesmo.
Na realização do PPD, é injetada uma substância
denominada tuberculina, derivada do bacilo de
Koch purificado. A inoculação é feita com 0,1 ml da
solução por via intradérmica, na face interna do
terço médio do antebraço. Após 72 a 96 horas, o
arco de induração é medido com uma régua
milimetrada, que demonstra a reação do organismo
ao bacilo.
20. O teste Derivado Proteínico Purificado-Padrão (PPD)
permite avaliar se o indivíduo já teve contato anterior
com o bacilo e se possui defesas contra o mesmo.
23. Tratamento:, requer paciência, é
demorado, assim como o da
hanseníase, podendo variar de 6 a 12
meses, conforme o caso e evolução do
paciente.
Cada caso requer o uso de um
esquema de associação de drogas que
pode levar à ocorrência de reações
indesejáveis, as quais são minimizadas
com alguns cuidados, conforme
descrito no quadro a seguir:
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25. Após iniciado o tratamento, é importante informar o
doente de que os sintomas irão regredir; além disso,
orientá-lo quanto a alguns cuidados que deve tomar,
como repouso, alimentação adequada, aumento da
ingestão de líquidos.
26. A atuação na prevenção e controle da hanseníase e
tuberculose
A forma mais eficiente de combate à transmissão da
hanseníase e tuberculose, com vistas ao controle, é a
identificação precoce dos sintomáticos, com
tratamento de início rápido e adesão total do cliente.
Tal necessidade resulta do fato de o doente bacilífero
ser a principal fonte de infecção de ambas as
doenças, ou seja, aquele que continua a emitir o
bacilo no ambiente.
27. A atuação na prevenção e controle da hanseníase e
tuberculose
O atual modelo de assistência deve redirecionar suas
práticas para solucionar os problemas apontados
(falta de informação, alto índice de abandono ao
tratamento, etc.), a fim de atingir as seguintes metas
de diminuição da incidência de casos.
28. A atuação na prevenção e controle da hanseníase e
tuberculose
Além do tratamento eficaz para controlar o número
de casos de hanseníase e tuberculose, outras
medidas devem ser tomadas para garantir a
diminuição da transmissão destas doenças.
Assim, é importante orientar que a casa do doente
deve estar sempre muito ventilada, permitindo a
entrada da luz solar, pois os bacilos não resistem
muito tempo em ambiente limpo e iluminado. Não é
necessário separar utensílios como talheres, copos,
pratos, roupas ou lençóis; deve-se apenas manter a
higiene habitual.
29. A atuação na prevenção e controle da hanseníase e
tuberculose
As pessoas mais próximas ao doente são chamadas
comunicantes - familiares, colegas de trabalho ou
escola. Geralmente, apenas os comunicantes
domiciliares precisam ser avaliados.
Para os comunicantes de tuberculose, o profissional
de saúde deve solicitar a realização do PPD e
exames de raios X, quando necessários.
30. Atividades:
1. Qual os fatores de risco para
hanseniase tuberculose?
2. Qual a forma de transmissão da
tuberculose?
3. Qual os sintomas da tuberculose?
4. Quais as orientações com relação
ao tratamento e aos comunicantes
do paciente com tuberculose?