SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
ATENÇÃO ÀS
MULHERES
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
A vacinação contra rubéola protege efetivamente contra a
infecção subsequente e é a melhor estratégia para eliminar a
síndrome da rubéola congênita. FEBRASGO, 2018.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Objetivos dessa apresentação:
• Apresentar as consequências da infecção pela rubéola durante a
gestação;
• Apresentar um roteiro para seu diagnóstico;
• Apresentar estratégias de manejo obstétrico.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Introdução
• A rubéola é uma infecção viral.
• Apresenta-se como uma doença exantemática leve ou até assintomática, autolimitada,
e que raramente resulta em complicações.
• Quando acomete gestantes, principalmente no primeiro trimestre, pode resultar em
abortamento, óbito fetal ou em uma síndrome, que inclui uma gama de defeitos
congênitos, conhecida como Síndrome da Rubéola Congênita.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Etiologia
• O vírus da rubéola atravessa a barreira placentária quando infecta a gestante e
dissemina-se nos tecidos fetais e o efeito do vírus no feto depende do momento de sua
infecção: quanto mais próximo da concepção, maior é o dano produzido.
• O aborto espontâneo pode ocorrer em mais de 20% dos casos quando a infecção
materna por rubéola dá-se nas primeiras 8 semanas de gestação.
• Estima-se que a incidência de acometimento fetal seja de 80% a 90% quando a infecção
materna ocorre no 1º mês de gestação, decrescendo para 40% a 60% no 2º mês e, 30% a
35% no 3º mês. No 4º mês de gestação, os riscos não chegam a 10%.
• A infecção materna que ocorre após esse período não confere risco para o feto ou para o
recém-nascido.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Síndrome da Rubéola Congênita
• Decorre da teratogênese do vírus da rubéola e pode apresentar anomalias congênitas
como: alterações cardíacas (ducto arterioso persistente, defeitos do septo interatrial ou
interventricular, estenose da artéria pulmonar), restrição de crescimento fetal
intrauterino, microcefalia, hipoacusia neurossensorial, catarata congênita, microftalmia e
retinopatia.
• Outras alterações transitórias incluem hepatoesplenomegalia, meningoencefalite,
trombocitopenia e radioluscência óssea.
• 50% a 70% dos recém-nascidos com a infecção congênita podem ser aparentemente
normais ao nascimento.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Incidência
• Incidência global da Síndrome da Rubéola Congênita
-> Antes da vacina: 0,8 a 4,0 / 1000 nascidos vivos
-> Atualmente: 0,1 a 0,2 / 1000 nascidos vivos
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Incidência da Síndrome da Rubéola Congênita no Brasil: 0 desde 2009
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Vacinação
Os custos associados à Síndrome da Rubéola Congênita são altos e os programas de
vacinação possuem boas taxas de custo-efetividade, custo-utilidade e custo-benefício.
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
• A orientação pós-vacinação de mulheres em idade fértil é de evitar engravidar por 28 dias
após a vacinação, mesmo sabendo-se que o risco de acometimento fetal por vacinação
materna é muito baixo.
• A aplicação da vacina contra rubéola inadvertidamente em mulheres grávidas
soronegativas raramente produz infecção fetal (1-2%) e não causa anomalias congênitas
ou manifestações da síndrome da rubéola congênita.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Manifestações Clínicas
O quadro clínico é caracterizado por:
• Exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e
pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros;
• Febre baixa;
• Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior, geralmente antecedendo ao
exantema.
Período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas semanas.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Diagnóstico da
Rubéola Materna
Gestação de alto risco: manual técnico 5ª Edição
MS/Brasil – 2012.
Gestante com
quadro
exantemático
IgG e IgM
após 5 dias
Suspeita de
infecção
aguda
IgM + IgM -
IgG +
Descarta
infecção
aguda
IgG -
Exame
colhido
após 5
dias
Exame
colhido
antes de 4
dias
Repetir IgG
em 3
semanas
IgG + IgG -
Confirma
infecção
aguda
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Diagnóstico da Rubéola Fetal
Em pacientes com infecção materna:
• Diagnóstico direto: RT-PCR do líquido amniótico
• Diagnóstico indireto: Sinais ecográficos característicos Pesquisar infecção materna
• Hepatoesplenomegalia
• Calcificações abdominais
• Ascite
• Hidropsia fetal
• Polihidrâmnio
{
• Cardiopatias (defeito septais, EAP)
• RCIU
• Microcefalia
• Microftalmia
• Alterações cerebrais
• “Sepse fetal”
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018.
Tratamento da Rubéola Fetal
• Não existe tratamento
• Acompanhamento em serviço especializado:
-> Vigilância da vitalidade fetal
-> Se sinal de “sepse fetal” considerar interrupção da gestação
-> Avaliar necessidade de suporte perinatal específico
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Rastreamento da Rubéola Materna
E o rastreamento para pacientes assintomáticas?
Ministério da Saúde – Manual de Vigilância Epidemiológica das Doenças Exantemáticas,
2003. (Extraído de: Nota Informativa da Rubéola, Secretaria de Vigilância em Saúde)
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Rubéola: recomendações
• Sorologia IgM para rubéola não deve ser colhido em pacientes assintomáticos;
• Sorologias IgG podem ser colhidas na gestação para identificar susceptibilidade;
• Sorologia IgG e IgM deve ser colhida em pacientes susceptíveis sintomáticas ou
contactantes;
• O diagnóstico da infecção materna aguda é realizado a partir da viragem sorológica ou pela
presença de cultura positiva para o vírus;
• Quando documentada a infecção aguda materna, o diagnóstico de acometimento fetal é
realizado principalmente por reação em cadeia da polimerase (PCR);
• Vacinação contra rubéola protege efetivamente contra a infecção subsequente e é a
melhor estratégia para eliminar a síndrome da rubéola congênita;
• A vacinação é contraindicada durante a gestação.
A Rubéola é uma doença de notificação compulsória!
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Inquestionavelmente, a principal arma que há contra a
síndrome da rubéola congênita é a vacinação de crianças e
mulheres não grávidas em idade fértil. FEBRASGO, 2018.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
• Telles JA, Calai G. Rubéola na gestação. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 96/ Comissão Nacional Especializada
em Medicina Fetal).
• Gestação de alto risco: manual técnico / High-risk pregnancy: technical manual. Brasil. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde
da Mulher. Brasília; Ministério da Saúde; 5 ed; 2012. 301 p. Livroilus.(A. Normas e Manuais Técnicos).
• Unidade Técnica de Vigilancia das Doenças de Transmissão Respiratória e Imunopreveniveis - UVRI. Nota
Informativa Rubéola. 02 out. 2015.
Referências
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 20 de março de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
ATENÇÃO ÀS
MULHERES
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aleitamento Materno
Aleitamento Materno Aleitamento Materno
Aleitamento Materno blogped1
 
Pré parto
Pré parto Pré parto
Pré parto tvf
 
Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básica
Diagnóstico de Gravidez na Atenção BásicaDiagnóstico de Gravidez na Atenção Básica
Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básicamarianagusmao39
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoErivaldo Rosendo
 
Toxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaToxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaPatricia Nunes
 
Falando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroFalando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroLetícia Spina Tapia
 

Mais procurados (20)

Aleitamento Materno
Aleitamento Materno Aleitamento Materno
Aleitamento Materno
 
Gestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
Gestação de Risco: Cuidados Básicos e ImprescindíveisGestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
Gestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
 
Hepatite B e Gestação
Hepatite B e GestaçãoHepatite B e Gestação
Hepatite B e Gestação
 
Pré parto
Pré parto Pré parto
Pré parto
 
Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básica
Diagnóstico de Gravidez na Atenção BásicaDiagnóstico de Gravidez na Atenção Básica
Diagnóstico de Gravidez na Atenção Básica
 
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEMSAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de Imunizacao
 
Toxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaToxoplasmose Congênita
Toxoplasmose Congênita
 
AssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao PartoAssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao Parto
 
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia AntirretroviralHIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
 
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafiosAções de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
Ações de controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil: avanços e desafios
 
Falando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de úteroFalando sobre câncer de colo de útero
Falando sobre câncer de colo de útero
 
Parto Normal
Parto NormalParto Normal
Parto Normal
 
Doenças comuns em crianças.
Doenças comuns em crianças.Doenças comuns em crianças.
Doenças comuns em crianças.
 
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco HabitualCuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
 
Dheg
Dheg Dheg
Dheg
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 
HPV: prevenção, diagnóstico e abordagem
HPV: prevenção, diagnóstico e abordagemHPV: prevenção, diagnóstico e abordagem
HPV: prevenção, diagnóstico e abordagem
 
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
 
IMUNIZAÇÃO - tudo o que voce sempre quis saber
IMUNIZAÇÃO - tudo o que voce sempre quis saberIMUNIZAÇÃO - tudo o que voce sempre quis saber
IMUNIZAÇÃO - tudo o que voce sempre quis saber
 

Semelhante a Rubéola na Gestação

Aainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoAainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoRafael Ghisi
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...Pelo Siro
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Enfº Ícaro Araújo
 
Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Amanda Thomé
 
Rubéola descrição
Rubéola descriçãoRubéola descrição
Rubéola descriçãoEliene Meira
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpestvf
 
Aula 3 -_doencas_infecciosas
Aula 3 -_doencas_infecciosasAula 3 -_doencas_infecciosas
Aula 3 -_doencas_infecciosasGustavo Henrique
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaFranciskelly
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Liene Campos
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxMarcosErnestoCome
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Liene Campos
 
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvRecomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvJoão Pedro Batista Tomaz
 
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNV
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNVFolheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNV
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNVFrancisco Vilaça Lopes
 
Profilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalProfilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalSandra Tomaz
 

Semelhante a Rubéola na Gestação (20)

Aainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoAainfecções na gestação
Aainfecções na gestação
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
 
Varicela 4
Varicela 4Varicela 4
Varicela 4
 
Toxoplasmose
Toxoplasmose Toxoplasmose
Toxoplasmose
 
Hiv na infância
Hiv na infânciaHiv na infância
Hiv na infância
 
Gestação na Doença Falciforme
Gestação na Doença FalciformeGestação na Doença Falciforme
Gestação na Doença Falciforme
 
Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita
 
Rubéola descrição
Rubéola descriçãoRubéola descrição
Rubéola descrição
 
Vacinas COVID-19 em Gestantes, Puérperas e Lactantes
Vacinas COVID-19 em Gestantes, Puérperas e LactantesVacinas COVID-19 em Gestantes, Puérperas e Lactantes
Vacinas COVID-19 em Gestantes, Puérperas e Lactantes
 
Prevenção e Tratamento da Infecção pelo Vírus Influenza
Prevenção e Tratamento da Infecção pelo Vírus InfluenzaPrevenção e Tratamento da Infecção pelo Vírus Influenza
Prevenção e Tratamento da Infecção pelo Vírus Influenza
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpes
 
Aula 3 -_doencas_infecciosas
Aula 3 -_doencas_infecciosasAula 3 -_doencas_infecciosas
Aula 3 -_doencas_infecciosas
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
 
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvRecomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
 
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNV
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNVFolheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNV
Folheto USF Descobrimentos sobre Vacinas Extra-PNV
 
Profilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalProfilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatal
 

Mais de Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)

Mais de Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz) (20)

Disbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
Disbioses, Infecções Genitais e InfertilidadeDisbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
Disbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
 
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em PediatriaPrevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
 
Ansiedade e Depressão no Climatério
Ansiedade e Depressão no ClimatérioAnsiedade e Depressão no Climatério
Ansiedade e Depressão no Climatério
 
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
 
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
 
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no BrasilDesospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
 
O Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
O Pré-natal e a Promoção do Parto NormalO Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
O Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
 
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
 
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
 
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadasDiabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
 
Luto Perinatal
Luto PerinatalLuto Perinatal
Luto Perinatal
 
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e ManejoAnafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
 
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e PuerpérioDiabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
 
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no BrasilRetomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
 
Cuidados com a Saúde Bucal na Gestação
Cuidados com a Saúde Bucal na GestaçãoCuidados com a Saúde Bucal na Gestação
Cuidados com a Saúde Bucal na Gestação
 
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
 
Fibrose Cística: como diagnosticar?
Fibrose Cística: como diagnosticar?Fibrose Cística: como diagnosticar?
Fibrose Cística: como diagnosticar?
 
Osteogênese Imperfeita
Osteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita
Osteogênese Imperfeita
 
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natalDiabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
 
Desafios na Introdução Alimentar
Desafios na Introdução AlimentarDesafios na Introdução Alimentar
Desafios na Introdução Alimentar
 

Último

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (9)

Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Rubéola na Gestação

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO A vacinação contra rubéola protege efetivamente contra a infecção subsequente e é a melhor estratégia para eliminar a síndrome da rubéola congênita. FEBRASGO, 2018.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Objetivos dessa apresentação: • Apresentar as consequências da infecção pela rubéola durante a gestação; • Apresentar um roteiro para seu diagnóstico; • Apresentar estratégias de manejo obstétrico.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Introdução • A rubéola é uma infecção viral. • Apresenta-se como uma doença exantemática leve ou até assintomática, autolimitada, e que raramente resulta em complicações. • Quando acomete gestantes, principalmente no primeiro trimestre, pode resultar em abortamento, óbito fetal ou em uma síndrome, que inclui uma gama de defeitos congênitos, conhecida como Síndrome da Rubéola Congênita.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Etiologia • O vírus da rubéola atravessa a barreira placentária quando infecta a gestante e dissemina-se nos tecidos fetais e o efeito do vírus no feto depende do momento de sua infecção: quanto mais próximo da concepção, maior é o dano produzido. • O aborto espontâneo pode ocorrer em mais de 20% dos casos quando a infecção materna por rubéola dá-se nas primeiras 8 semanas de gestação. • Estima-se que a incidência de acometimento fetal seja de 80% a 90% quando a infecção materna ocorre no 1º mês de gestação, decrescendo para 40% a 60% no 2º mês e, 30% a 35% no 3º mês. No 4º mês de gestação, os riscos não chegam a 10%. • A infecção materna que ocorre após esse período não confere risco para o feto ou para o recém-nascido.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Síndrome da Rubéola Congênita • Decorre da teratogênese do vírus da rubéola e pode apresentar anomalias congênitas como: alterações cardíacas (ducto arterioso persistente, defeitos do septo interatrial ou interventricular, estenose da artéria pulmonar), restrição de crescimento fetal intrauterino, microcefalia, hipoacusia neurossensorial, catarata congênita, microftalmia e retinopatia. • Outras alterações transitórias incluem hepatoesplenomegalia, meningoencefalite, trombocitopenia e radioluscência óssea. • 50% a 70% dos recém-nascidos com a infecção congênita podem ser aparentemente normais ao nascimento.
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Incidência • Incidência global da Síndrome da Rubéola Congênita -> Antes da vacina: 0,8 a 4,0 / 1000 nascidos vivos -> Atualmente: 0,1 a 0,2 / 1000 nascidos vivos Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Incidência da Síndrome da Rubéola Congênita no Brasil: 0 desde 2009
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Vacinação Os custos associados à Síndrome da Rubéola Congênita são altos e os programas de vacinação possuem boas taxas de custo-efetividade, custo-utilidade e custo-benefício. Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. • A orientação pós-vacinação de mulheres em idade fértil é de evitar engravidar por 28 dias após a vacinação, mesmo sabendo-se que o risco de acometimento fetal por vacinação materna é muito baixo. • A aplicação da vacina contra rubéola inadvertidamente em mulheres grávidas soronegativas raramente produz infecção fetal (1-2%) e não causa anomalias congênitas ou manifestações da síndrome da rubéola congênita.
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Manifestações Clínicas O quadro clínico é caracterizado por: • Exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o tronco e membros; • Febre baixa; • Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior, geralmente antecedendo ao exantema. Período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas semanas.
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Diagnóstico da Rubéola Materna Gestação de alto risco: manual técnico 5ª Edição MS/Brasil – 2012. Gestante com quadro exantemático IgG e IgM após 5 dias Suspeita de infecção aguda IgM + IgM - IgG + Descarta infecção aguda IgG - Exame colhido após 5 dias Exame colhido antes de 4 dias Repetir IgG em 3 semanas IgG + IgG - Confirma infecção aguda
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Diagnóstico da Rubéola Fetal Em pacientes com infecção materna: • Diagnóstico direto: RT-PCR do líquido amniótico • Diagnóstico indireto: Sinais ecográficos característicos Pesquisar infecção materna • Hepatoesplenomegalia • Calcificações abdominais • Ascite • Hidropsia fetal • Polihidrâmnio { • Cardiopatias (defeito septais, EAP) • RCIU • Microcefalia • Microftalmia • Alterações cerebrais • “Sepse fetal”
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Protocolo FEBRASGO nº 96, CNE Medicina Fetal – 2018. Tratamento da Rubéola Fetal • Não existe tratamento • Acompanhamento em serviço especializado: -> Vigilância da vitalidade fetal -> Se sinal de “sepse fetal” considerar interrupção da gestação -> Avaliar necessidade de suporte perinatal específico
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Rastreamento da Rubéola Materna E o rastreamento para pacientes assintomáticas? Ministério da Saúde – Manual de Vigilância Epidemiológica das Doenças Exantemáticas, 2003. (Extraído de: Nota Informativa da Rubéola, Secretaria de Vigilância em Saúde)
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Rubéola: recomendações • Sorologia IgM para rubéola não deve ser colhido em pacientes assintomáticos; • Sorologias IgG podem ser colhidas na gestação para identificar susceptibilidade; • Sorologia IgG e IgM deve ser colhida em pacientes susceptíveis sintomáticas ou contactantes; • O diagnóstico da infecção materna aguda é realizado a partir da viragem sorológica ou pela presença de cultura positiva para o vírus; • Quando documentada a infecção aguda materna, o diagnóstico de acometimento fetal é realizado principalmente por reação em cadeia da polimerase (PCR); • Vacinação contra rubéola protege efetivamente contra a infecção subsequente e é a melhor estratégia para eliminar a síndrome da rubéola congênita; • A vacinação é contraindicada durante a gestação. A Rubéola é uma doença de notificação compulsória!
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO Inquestionavelmente, a principal arma que há contra a síndrome da rubéola congênita é a vacinação de crianças e mulheres não grávidas em idade fértil. FEBRASGO, 2018.
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RUBÉOLA NA GESTAÇÃO • Telles JA, Calai G. Rubéola na gestação. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 96/ Comissão Nacional Especializada em Medicina Fetal). • Gestação de alto risco: manual técnico / High-risk pregnancy: technical manual. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Brasília; Ministério da Saúde; 5 ed; 2012. 301 p. Livroilus.(A. Normas e Manuais Técnicos). • Unidade Técnica de Vigilancia das Doenças de Transmissão Respiratória e Imunopreveniveis - UVRI. Nota Informativa Rubéola. 02 out. 2015. Referências
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 20 de março de 2021 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção às Mulheres Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. ATENÇÃO ÀS MULHERES RUBÉOLA NA GESTAÇÃO