O documento descreve o traumatismo cranioencefálico (TCE), definindo-o como qualquer lesão no couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. As causas mais comuns de TCE são acidentes de carro, quedas e agressões. O TCE pode causar uma variedade de lesões cerebrais primárias e secundárias que afetam o funcionamento do cérebro.
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
TCE
1.
2. Entende-se por TCE agressão de qualquer natureza que
acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do
couro cabeludo, crânio, meninges e/ou encéfalo.
O TCE tem o potencial de produzir uma variedade de lesões no
tecido cerebral, tendo-se tornado a principal causa de morte
em adultos jovens.
3. As causas mais comuns de TCE são:
- Acidentes automobilísticos (colisões e atropelamentos);
- Quedas;
- Agressões (incluindo ferimentos por projétil de arma de fogo e
arma branca);
- Colisão de objetos.
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5. Fisiopatologia
• A lesão encefálica definitiva que se estabelece após o TCE é o
resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o
acidente e se estendem por dias a semanas.
• As lesões cerebrais são classificadas em:
- Lesão Primária;
- Lesão Secundária.
6. • Lesão Primária - refere-se à lesão inicial ao encéfalo, que
resulta de um evento traumático. As lesões primárias incluem
contusões, lacerações e ruptura de vasos sanguíneos em razão
do impacto, aceleração-desaceleração ou penetração de
objeto estranho.
• Lesão secundaria - evolui durante as horas e dias seguintes
após a lesão inicial e resulta do aporte inadequado de
nutrientes e oxigênio às células. As lesões secundárias incluem
hemorragia intracraniana, edema cerebral, elevação da
pressão intracraniana, lesão cerebral hipóxica e infecção.
7. Manifestações Clinicas
• Os sintomas, além dos sintomas locais, dependem da gravidade
e da localização anatômica da lesão cerebral subjacente.
A dor persistente e localizada sugere a existência de fratura;
As fraturas da base do crânio frequentemente provocam hemorragia a partir do
nariz, faringe ou ouvidos;
Pode-se observar a existência de equimoses;
A lesão cerebral pode apresentar vários sinais, incluindo alteração do nível de
consciência, anormalidades pupilares, alteração ou ausência do reflexo do
vômito ou do reflexo corneano, déficits neurológicos, alteração dos sinais vitais,
hipertermia ou hipotermia e comprometimento sensorial, visual ou auditivo;
Os sinais de uma síndrome pós-lesão podem incluir cefaleia, tontura, ansiedade,
irritabilidade e letargia.
8. Diagnostico
• Exame físico e avaliação do estado neurológico;
• Exames radiográficos: radiografias, TC, RM;
• Angiografia cerebral.
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10. Lesões do couro cabeludo e do crânio
• O traumatismo do couro cabeludo pode resultar em abrasão
(lesão por esfoladura), contusão, laceração ou hematoma.
• As fraturas de crânio podem ocorrer com ou sem lesões ao
cérebro.
• São classificadas em simples, cominutivas, deprimidas ou
basilares e podem ser abertas (ruptura da dura-máter) ou
fechadas (dura-máter intacta).
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12. Concussão (Lesão cerebral)
• Refere-se à perda temporária da
função neurológica, sem danos
estruturais aparentes.
• O mecanismo da lesão consiste em
traumatismo fechado em
consequência de uma força de
aceleração-desaceleração, pancada
direta ou lesão por explosão.
13. • Existe três graus de concussão:
Grau 1: confusão transitória sem perda de consciência e
resolução das anormalidades do estado mental ao exame em
menos de 15 min;
Grau 2: confusão transitória sem perda da consciência e
sintomas de concussão ou anormalidades do estado mental ao
exame com mais de 15 min de duração
Grau 3: qualquer perda da consciência de vários segundos a
minutos de duração.
14. Contusão
• O cérebro é ferido e sofre lesão em uma área específica em
decorrência de uma força de aceleração-desaceleração intensa
ou traumatismo fechado.
• As contusões são caracterizadas por perda da consciência
associada a estupor e confusão mental.
• Outras características podem incluir alteração tissular e déficit
neurológico, sem formação de hematoma, alteração da
consciência sem sinais de localização ou hemorragia no tecido,
que varia de tamanho e é circundada por edema.
15. Lesão axônica difusa
• Resulta das forças de cisalhamento e rotacionais disseminadas,
que produzem dano em todo o encéfalo.
• O cliente com LAD não apresenta intervalos lúcidos e entra em
coma imediato, com postura decorticada e descerebrada e
edema cerebral global.
16. Hemorragias intracranianas
• Os hematomas são coleções de sangue no encéfalo que podem
ser extradurais (acima da dura-máter), subdurais (abaixo da
dura-máter) ou intracerebrais (dentro do cérebro).
• Os principais sintomas frequentemente são retardados até que
o hematoma seja grande o suficiente para causar distorção do
cérebro e elevação da pressão intracraniana (PIC).
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18. Escala de Coma de
Glasgow
A Escala de Coma de Glasgow
define o nível de consciência
mediante a observação do
comportamento, baseando-se
em um valor numérico.
É o sistema de pontuação mais
utilizado internacionalmente
para avaliação de pacientes
comatosos em cuidados
intensivos.
19. Intervenções de Enfermagem
• Monitorar os sinais vitais a intervalos frequentes para avaliar o
estado intracraniano;
• Monitorar a temperatura (Deve-se manter a temperatura
abaixo de 38°C);
• Monitorar à procura de sinais de elevação da PIC, incluindo
diminuição da frequência cardíaca (bradicardia), elevação da
pressão arterial sistólica e alargamento da pressão do pulso
(reflexo de Cushing);
• Fornecer à família informações acuradas e honestas;
20. • Elevar a cabeceira do leito a 30° para diminuir a pressão
intracraniana;
• Monitorar o cliente que está recebendo ventilação mecânica
para complicações pulmonares;
• Proteger o cliente contra a autolesão e o deslocamento dos
tubos (grades laterais acolchoadas, mãos protegidas em
ataduras em forma de luvas);
• Avaliar todas as superfícies do corpo e documentar a
integridade da pele a cada 8 h;
• Mudar o decúbito a cada 2 h;
• Ajudar o cliente a se levantar do leito 3 vezes/dia, quando
apropriado.
21. Referência Bibliográfica
Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-
cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução
Patricia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2015.