SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Entende-se por TCE agressão de qualquer natureza que
acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do
couro cabeludo, crânio, meninges e/ou encéfalo.
O TCE tem o potencial de produzir uma variedade de lesões no
tecido cerebral, tendo-se tornado a principal causa de morte
em adultos jovens.
As causas mais comuns de TCE são:
- Acidentes automobilísticos (colisões e atropelamentos);
- Quedas;
- Agressões (incluindo ferimentos por projétil de arma de fogo e
arma branca);
- Colisão de objetos.
Fisiopatologia
• A lesão encefálica definitiva que se estabelece após o TCE é o
resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o
acidente e se estendem por dias a semanas.
• As lesões cerebrais são classificadas em:
- Lesão Primária;
- Lesão Secundária.
• Lesão Primária - refere-se à lesão inicial ao encéfalo, que
resulta de um evento traumático. As lesões primárias incluem
contusões, lacerações e ruptura de vasos sanguíneos em razão
do impacto, aceleração-desaceleração ou penetração de
objeto estranho.
• Lesão secundaria - evolui durante as horas e dias seguintes
após a lesão inicial e resulta do aporte inadequado de
nutrientes e oxigênio às células. As lesões secundárias incluem
hemorragia intracraniana, edema cerebral, elevação da
pressão intracraniana, lesão cerebral hipóxica e infecção.
Manifestações Clinicas
• Os sintomas, além dos sintomas locais, dependem da gravidade
e da localização anatômica da lesão cerebral subjacente.
 A dor persistente e localizada sugere a existência de fratura;
 As fraturas da base do crânio frequentemente provocam hemorragia a partir do
nariz, faringe ou ouvidos;
 Pode-se observar a existência de equimoses;
 A lesão cerebral pode apresentar vários sinais, incluindo alteração do nível de
consciência, anormalidades pupilares, alteração ou ausência do reflexo do
vômito ou do reflexo corneano, déficits neurológicos, alteração dos sinais vitais,
hipertermia ou hipotermia e comprometimento sensorial, visual ou auditivo;
 Os sinais de uma síndrome pós-lesão podem incluir cefaleia, tontura, ansiedade,
irritabilidade e letargia.
Diagnostico
• Exame físico e avaliação do estado neurológico;
• Exames radiográficos: radiografias, TC, RM;
• Angiografia cerebral.
Lesões do couro cabeludo e do crânio
• O traumatismo do couro cabeludo pode resultar em abrasão
(lesão por esfoladura), contusão, laceração ou hematoma.
• As fraturas de crânio podem ocorrer com ou sem lesões ao
cérebro.
• São classificadas em simples, cominutivas, deprimidas ou
basilares e podem ser abertas (ruptura da dura-máter) ou
fechadas (dura-máter intacta).
Concussão (Lesão cerebral)
• Refere-se à perda temporária da
função neurológica, sem danos
estruturais aparentes.
• O mecanismo da lesão consiste em
traumatismo fechado em
consequência de uma força de
aceleração-desaceleração, pancada
direta ou lesão por explosão.
• Existe três graus de concussão:
Grau 1: confusão transitória sem perda de consciência e
resolução das anormalidades do estado mental ao exame em
menos de 15 min;
Grau 2: confusão transitória sem perda da consciência e
sintomas de concussão ou anormalidades do estado mental ao
exame com mais de 15 min de duração
Grau 3: qualquer perda da consciência de vários segundos a
minutos de duração.
Contusão
• O cérebro é ferido e sofre lesão em uma área específica em
decorrência de uma força de aceleração-desaceleração intensa
ou traumatismo fechado.
• As contusões são caracterizadas por perda da consciência
associada a estupor e confusão mental.
• Outras características podem incluir alteração tissular e déficit
neurológico, sem formação de hematoma, alteração da
consciência sem sinais de localização ou hemorragia no tecido,
que varia de tamanho e é circundada por edema.
Lesão axônica difusa
• Resulta das forças de cisalhamento e rotacionais disseminadas,
que produzem dano em todo o encéfalo.
• O cliente com LAD não apresenta intervalos lúcidos e entra em
coma imediato, com postura decorticada e descerebrada e
edema cerebral global.
Hemorragias intracranianas
• Os hematomas são coleções de sangue no encéfalo que podem
ser extradurais (acima da dura-máter), subdurais (abaixo da
dura-máter) ou intracerebrais (dentro do cérebro).
• Os principais sintomas frequentemente são retardados até que
o hematoma seja grande o suficiente para causar distorção do
cérebro e elevação da pressão intracraniana (PIC).
Escala de Coma de
Glasgow
A Escala de Coma de Glasgow
define o nível de consciência
mediante a observação do
comportamento, baseando-se
em um valor numérico.
É o sistema de pontuação mais
utilizado internacionalmente
para avaliação de pacientes
comatosos em cuidados
intensivos.
Intervenções de Enfermagem
• Monitorar os sinais vitais a intervalos frequentes para avaliar o
estado intracraniano;
• Monitorar a temperatura (Deve-se manter a temperatura
abaixo de 38°C);
• Monitorar à procura de sinais de elevação da PIC, incluindo
diminuição da frequência cardíaca (bradicardia), elevação da
pressão arterial sistólica e alargamento da pressão do pulso
(reflexo de Cushing);
• Fornecer à família informações acuradas e honestas;
• Elevar a cabeceira do leito a 30° para diminuir a pressão
intracraniana;
• Monitorar o cliente que está recebendo ventilação mecânica
para complicações pulmonares;
• Proteger o cliente contra a autolesão e o deslocamento dos
tubos (grades laterais acolchoadas, mãos protegidas em
ataduras em forma de luvas);
• Avaliar todas as superfícies do corpo e documentar a
integridade da pele a cada 8 h;
• Mudar o decúbito a cada 2 h;
• Ajudar o cliente a se levantar do leito 3 vezes/dia, quando
apropriado.
Referência Bibliográfica
Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-
cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução
Patricia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2015.
TCE

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Crise convulsiva e quedas
Crise convulsiva e quedasCrise convulsiva e quedas
Crise convulsiva e quedas
 
Apresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebralApresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebral
 
AVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular CerebralAVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular Cerebral
 
Palestra tce 2
Palestra tce 2Palestra tce 2
Palestra tce 2
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
 
Politrauma
PolitraumaPolitrauma
Politrauma
 
3ª aula atendimento inicial no trauma
3ª aula   atendimento inicial no trauma3ª aula   atendimento inicial no trauma
3ª aula atendimento inicial no trauma
 
T C E - Anatomia
T C E - AnatomiaT C E - Anatomia
T C E - Anatomia
 
Epilepsia
EpilepsiaEpilepsia
Epilepsia
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
22ª aula trauma de crânio Silvio
22ª aula   trauma de crânio Silvio22ª aula   trauma de crânio Silvio
22ª aula trauma de crânio Silvio
 
Estudo de caso tce
Estudo de caso tceEstudo de caso tce
Estudo de caso tce
 
Assistência de enfermagem ao homem vítima
Assistência de enfermagem ao homem vítimaAssistência de enfermagem ao homem vítima
Assistência de enfermagem ao homem vítima
 
Arritimias cardíacas
Arritimias cardíacasArritimias cardíacas
Arritimias cardíacas
 
Parkinson
ParkinsonParkinson
Parkinson
 
Epilepsia e crise convulsiva
Epilepsia e crise convulsivaEpilepsia e crise convulsiva
Epilepsia e crise convulsiva
 
TCE e TRM
TCE e TRMTCE e TRM
TCE e TRM
 
Atendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizadoAtendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizado
 
Infarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioInfarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do Miocárdio
 
Crise hipertensiva
Crise hipertensivaCrise hipertensiva
Crise hipertensiva
 

Semelhante a TCE (20)

AGRAVOS NEUROLÓGICOS1 (1).pptx
AGRAVOS NEUROLÓGICOS1 (1).pptxAGRAVOS NEUROLÓGICOS1 (1).pptx
AGRAVOS NEUROLÓGICOS1 (1).pptx
 
Traumatismo cranioencefálico (1)
Traumatismo cranioencefálico (1)Traumatismo cranioencefálico (1)
Traumatismo cranioencefálico (1)
 
Traumatismo
TraumatismoTraumatismo
Traumatismo
 
Aula 2 AVC TCE.pdf
Aula 2 AVC TCE.pdfAula 2 AVC TCE.pdf
Aula 2 AVC TCE.pdf
 
Atendimento aph
Atendimento aphAtendimento aph
Atendimento aph
 
Tce
TceTce
Tce
 
Abordagem traumatismo cranioencefálico na emergência
Abordagem traumatismo cranioencefálico na emergênciaAbordagem traumatismo cranioencefálico na emergência
Abordagem traumatismo cranioencefálico na emergência
 
Prevenção do AVC
Prevenção do AVC   Prevenção do AVC
Prevenção do AVC
 
Traumatismo craniano encefálico
Traumatismo craniano encefálicoTraumatismo craniano encefálico
Traumatismo craniano encefálico
 
Epilepsia gabi ab
Epilepsia  gabi abEpilepsia  gabi ab
Epilepsia gabi ab
 
Avc – acidente vascular cerebral
Avc – acidente vascular cerebralAvc – acidente vascular cerebral
Avc – acidente vascular cerebral
 
Trauma Crânio Encefálico e Raqui Medular
Trauma Crânio Encefálico e Raqui MedularTrauma Crânio Encefálico e Raqui Medular
Trauma Crânio Encefálico e Raqui Medular
 
Acidente vascular cerebral
Acidente vascular cerebralAcidente vascular cerebral
Acidente vascular cerebral
 
Acidente vascular cerebral
Acidente vascular cerebralAcidente vascular cerebral
Acidente vascular cerebral
 
CEFALEIA.pptx
CEFALEIA.pptxCEFALEIA.pptx
CEFALEIA.pptx
 
Tce pediatria
Tce pediatriaTce pediatria
Tce pediatria
 
Tce pediatria
Tce pediatriaTce pediatria
Tce pediatria
 
Avc
AvcAvc
Avc
 
Transtornos cerebrais 10_k
Transtornos cerebrais 10_kTranstornos cerebrais 10_k
Transtornos cerebrais 10_k
 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL PAPEL DA ENFERMAGEM
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL PAPEL DA ENFERMAGEMACIDENTE VASCULAR CEREBRAL PAPEL DA ENFERMAGEM
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL PAPEL DA ENFERMAGEM
 

Mais de Patricia Nunes

Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosPatricia Nunes
 
Transtorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoTranstorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoPatricia Nunes
 
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Patricia Nunes
 
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosCuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosPatricia Nunes
 
Toxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaToxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaPatricia Nunes
 
Cálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioCálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioPatricia Nunes
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilPatricia Nunes
 
Toxoplasmose Congenita
Toxoplasmose CongenitaToxoplasmose Congenita
Toxoplasmose CongenitaPatricia Nunes
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaPatricia Nunes
 

Mais de Patricia Nunes (16)

Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentos
 
Transtorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoTranstorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumático
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
 
Hiv na infância
Hiv na infânciaHiv na infância
Hiv na infância
 
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosCuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
 
Toxoplasmose Congênita
Toxoplasmose CongênitaToxoplasmose Congênita
Toxoplasmose Congênita
 
Rubéola
RubéolaRubéola
Rubéola
 
Cálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioCálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e Magnesio
 
Colostomia
ColostomiaColostomia
Colostomia
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasil
 
Vitaminas
Vitaminas Vitaminas
Vitaminas
 
Erros na enfermagem
Erros na enfermagemErros na enfermagem
Erros na enfermagem
 
Toxoplasmose Congenita
Toxoplasmose CongenitaToxoplasmose Congenita
Toxoplasmose Congenita
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 

Último

NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 

Último (15)

NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 

TCE

  • 1.
  • 2. Entende-se por TCE agressão de qualquer natureza que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges e/ou encéfalo. O TCE tem o potencial de produzir uma variedade de lesões no tecido cerebral, tendo-se tornado a principal causa de morte em adultos jovens.
  • 3. As causas mais comuns de TCE são: - Acidentes automobilísticos (colisões e atropelamentos); - Quedas; - Agressões (incluindo ferimentos por projétil de arma de fogo e arma branca); - Colisão de objetos.
  • 4.
  • 5. Fisiopatologia • A lesão encefálica definitiva que se estabelece após o TCE é o resultado de mecanismos fisiopatológicos que se iniciam com o acidente e se estendem por dias a semanas. • As lesões cerebrais são classificadas em: - Lesão Primária; - Lesão Secundária.
  • 6. • Lesão Primária - refere-se à lesão inicial ao encéfalo, que resulta de um evento traumático. As lesões primárias incluem contusões, lacerações e ruptura de vasos sanguíneos em razão do impacto, aceleração-desaceleração ou penetração de objeto estranho. • Lesão secundaria - evolui durante as horas e dias seguintes após a lesão inicial e resulta do aporte inadequado de nutrientes e oxigênio às células. As lesões secundárias incluem hemorragia intracraniana, edema cerebral, elevação da pressão intracraniana, lesão cerebral hipóxica e infecção.
  • 7. Manifestações Clinicas • Os sintomas, além dos sintomas locais, dependem da gravidade e da localização anatômica da lesão cerebral subjacente.  A dor persistente e localizada sugere a existência de fratura;  As fraturas da base do crânio frequentemente provocam hemorragia a partir do nariz, faringe ou ouvidos;  Pode-se observar a existência de equimoses;  A lesão cerebral pode apresentar vários sinais, incluindo alteração do nível de consciência, anormalidades pupilares, alteração ou ausência do reflexo do vômito ou do reflexo corneano, déficits neurológicos, alteração dos sinais vitais, hipertermia ou hipotermia e comprometimento sensorial, visual ou auditivo;  Os sinais de uma síndrome pós-lesão podem incluir cefaleia, tontura, ansiedade, irritabilidade e letargia.
  • 8. Diagnostico • Exame físico e avaliação do estado neurológico; • Exames radiográficos: radiografias, TC, RM; • Angiografia cerebral.
  • 9.
  • 10. Lesões do couro cabeludo e do crânio • O traumatismo do couro cabeludo pode resultar em abrasão (lesão por esfoladura), contusão, laceração ou hematoma. • As fraturas de crânio podem ocorrer com ou sem lesões ao cérebro. • São classificadas em simples, cominutivas, deprimidas ou basilares e podem ser abertas (ruptura da dura-máter) ou fechadas (dura-máter intacta).
  • 11.
  • 12. Concussão (Lesão cerebral) • Refere-se à perda temporária da função neurológica, sem danos estruturais aparentes. • O mecanismo da lesão consiste em traumatismo fechado em consequência de uma força de aceleração-desaceleração, pancada direta ou lesão por explosão.
  • 13. • Existe três graus de concussão: Grau 1: confusão transitória sem perda de consciência e resolução das anormalidades do estado mental ao exame em menos de 15 min; Grau 2: confusão transitória sem perda da consciência e sintomas de concussão ou anormalidades do estado mental ao exame com mais de 15 min de duração Grau 3: qualquer perda da consciência de vários segundos a minutos de duração.
  • 14. Contusão • O cérebro é ferido e sofre lesão em uma área específica em decorrência de uma força de aceleração-desaceleração intensa ou traumatismo fechado. • As contusões são caracterizadas por perda da consciência associada a estupor e confusão mental. • Outras características podem incluir alteração tissular e déficit neurológico, sem formação de hematoma, alteração da consciência sem sinais de localização ou hemorragia no tecido, que varia de tamanho e é circundada por edema.
  • 15. Lesão axônica difusa • Resulta das forças de cisalhamento e rotacionais disseminadas, que produzem dano em todo o encéfalo. • O cliente com LAD não apresenta intervalos lúcidos e entra em coma imediato, com postura decorticada e descerebrada e edema cerebral global.
  • 16. Hemorragias intracranianas • Os hematomas são coleções de sangue no encéfalo que podem ser extradurais (acima da dura-máter), subdurais (abaixo da dura-máter) ou intracerebrais (dentro do cérebro). • Os principais sintomas frequentemente são retardados até que o hematoma seja grande o suficiente para causar distorção do cérebro e elevação da pressão intracraniana (PIC).
  • 17.
  • 18. Escala de Coma de Glasgow A Escala de Coma de Glasgow define o nível de consciência mediante a observação do comportamento, baseando-se em um valor numérico. É o sistema de pontuação mais utilizado internacionalmente para avaliação de pacientes comatosos em cuidados intensivos.
  • 19. Intervenções de Enfermagem • Monitorar os sinais vitais a intervalos frequentes para avaliar o estado intracraniano; • Monitorar a temperatura (Deve-se manter a temperatura abaixo de 38°C); • Monitorar à procura de sinais de elevação da PIC, incluindo diminuição da frequência cardíaca (bradicardia), elevação da pressão arterial sistólica e alargamento da pressão do pulso (reflexo de Cushing); • Fornecer à família informações acuradas e honestas;
  • 20. • Elevar a cabeceira do leito a 30° para diminuir a pressão intracraniana; • Monitorar o cliente que está recebendo ventilação mecânica para complicações pulmonares; • Proteger o cliente contra a autolesão e o deslocamento dos tubos (grades laterais acolchoadas, mãos protegidas em ataduras em forma de luvas); • Avaliar todas as superfícies do corpo e documentar a integridade da pele a cada 8 h; • Mudar o decúbito a cada 2 h; • Ajudar o cliente a se levantar do leito 3 vezes/dia, quando apropriado.
  • 21. Referência Bibliográfica Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico- cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.