Este documento fornece um resumo sobre a parasitologia do protozoário Toxoplasma gondii. Aborda tópicos como classificação taxonômica, histórico, morfologia, formas infectantes, ciclo biológico, transmissão, imunidade, patogenia, diagnóstico, epidemiologia, tratamento e profilaxia.
1. PARASITOLOGIA DO
PROTOZOÁRIO Toxoplasma
gondii
CRATO - CE
2022
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE –CCBS
DEPARTAMENTE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DCBio
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
2. INTRODUÇÃO
A Distribuição do protozoário Toxoplasma gondii é
geograficamente mundial.
Assintomático
A toxoplasmose é uma zoonose
Toxoplasma gondii (Nicolle e Manceaux, 1909) é o
causador da Toxoplasmose.
5. HISTÓRICO
Tunísia e Brasil, em 1908.
O parasito foi descrito e criado o
gênero Toxoplasma e a espécie T.
gondii em 1909.
Em 1937 foi realizado o primeiro
estudo detalhado do Toxoplasma
parasita intracelular obrigatório.
Ctenodatylus gundi
6. MORFOLOGIA E HABITAT
Toxoplasma gondii pode encontra-se em
diversos tecidos.
Em felídeos ciclo sexuado nas células do
epitélio intestinal.
Formas de resistência no meio exterior.
O parasito apresenta uma morfologia
múltipla.
Taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos
forma infectante: Taquizoíto
9. FORMAS INFECTANTES
Bradizoítos
• Forma encontrada em células
permanentes de vários tecidos;
• Fase crônica
• Vacúolo parasitóforo;
• Endodiogenia e endopoligenia;
• Parede do cisto resistente
10. FORMAS INFECTANTES
Oocistos
Parede dupla resistente
Forma de resistência
células intestinais de felídeos não imune
Oocisto esporulado com dois esporocistos,
com quatro esporozoítos.
15. CICLO BIOLÓGICO
O oocisto maduro
contendo
esporozoítos resiste a
passagem pelo suco
gástrico.
Diferenciação e
multiplicação
intracelular
Divisão no vacúolo
parasitóforo
(endodiogenia)
Rompimento da
célula
parasitada
Disseminação do
parasito no
organismo.
Diminuição do
parasitismo.
Diferenciação em
bradizoítos para a
formação de cistos.
FASE ASSEXUADA
16. CICLO BIOLÓGICO
Multiplicação por
merogonia
Alguns diferenciam-se
em microgametas e
macrogametas
A junção dos
gametas darão
origem ao
oocisto
FASE SEXUADA
Parasitas penetram as
células epiteliais do
intestino
Esporogônia, no meio externo
eles amadurecem (1 – 5 dias)
Duas
semanas.
12 a 18
meses
17. TRANSMISÃO
T. gondii constitui uma das zoonoses mais
difundidas no mundo;
40 a 80% dos adultos apresentam-se
positivos para toxoplasmose, em testes
sorológicos.
18. IMUNIDADE
A aquisição da imunidade a toxoplasmose depende fundamentalmente da
indução de uma resposta celular específica.
IFN-γ e IL-12 se comportam como citocinas-chaves nesse processo.
19. PATOGENIA
O Toxoplasma gondii parasita seus hospedeiros intermediários e definitivos, sem produzir sinais
clínicos;
Raras manifestações clinicas graves;
Taquizoítos de T. gondii livres ou intracelulares podem se espalhar a partir do local da infecção
para linfonodos mesentéricos, órgãos mais distantes através da linfa ou do sangue;
20. PATOGENIA
A conversão de taquizoítos para Bradizoíto é responsável pela fase crônica da infecção.
A forma cística com bradizoítos contribui para que o Toxoplasma obtenha sucesso como
parasito.
Os cistos teciduais permanecem infectantes, porém transmitindo somente pelo consumo de
vísceras do hospedeiro pelo predador .
21. TOXOPLASMOSE TRANSPLACENTÁRIA OU PRÉ-NATAL
A gestante tem que estar na fase aguda da doença, ou tenha ocorrido uma reativação
da infecção no período gestacional associada a imunodepressão acentuada.
Placentite
As lesões fetais varia de acordo com o período de gestação.
24. É a forma mais frequentemente encontrada em crianças e adultos.
Comprometimento ganglionar, apresenta febre alta.
Pode ainda ocorrer mialgia, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, mal-estar, exantema
e uveíte.
TOXOPLASMOSE GANGLIONAR OU FEBRIL AGUDA
HEPATOESPLENOMEGALIA
UVEÍTE
25. DIAGNÓSTICO
Pode ser clinico ou laboratorial.
Testes sorológicos;
Teste do corante ou reação
de Sabin Feldman (RSF)
Hemaglutinação indireta ( HAI) Reação de imunofluorescência indireta
( RIFI)
27. DIAGNÓSTICO
Associação de dados clínicos ;
Pesquisa de anticorpos e exame de fundo do olho;
Coeficiente de Goldmann-Witmer.
DIAGNÓSTICO PARA TOXOPLASMOSE OCULAR
28. EPIDEMIOLOGIA
Encontrado em quase todos os países;
Tipo I: Altamente virulenta;
Tipo II: Não são virulentas;
Tipo III: Não são virulentas;
Os gatos têm importância fundamental na toxoplasmose.
33. RESUMO E INTRODUÇÃO
Conhecimento e o comportamento preventivo da toxoplasmose entre gestantes;
Na região Nordeste do Brasil, em um município do Estado do Maranhão;
Levando-se em conta a importância de sua repercussão para a gravidez.
34. MÉTODO
Foi realizado um estudo de corte transversal
analítico, descritivo, com abordagem
quantitativa no período de junho de 2016 até
fevereiro de 2017, no município de Imperatriz no
Maranhão.
A população sob estudo foi de gestantes que
realizavam pré-natal nas UBS.
35. RESULTADOS
Entre as 239 gestantes que participaram do
estudo, a média da idade foi 24,4 anos.
A maioria (77,8%) era casada ou vivia com o
companheiro e 41,8% das gestantes tinha ensino
médio completo; 52,3% mencionaram não
trabalhar formal ou informalmente; e 34,3%
referiram não trabalhar por ocupar-se com as
atividades domésticas.
A renda mensal familiar de 77,3% variou de 1 a 2
salários mínimos; o número de pessoas que vivem
com a gestante variou de uma a oito pessoas.
Nenhuma associação significativa foi encontrada
entre o grupo de risco para toxoplasmose e as
variáveis sociodemográficas.
36. DISCUSSÃO
Este é o primeiro estudo baseado em
cuidados primários que explora
toxoplasmose relacionada ao
conhecimento e comportamento
preventivo entre as gestantes;
No município de Imperatriz, e também
no Estado do Maranhão.
37. CONCLUSÃO
De uma forma geral, houve baixo nível de
conhecimento entre as entrevistadas, porém, uma
parte considerável teve conhecimento sobre as
medidas de prevenção para evitar a toxoplasmose
durante a gravidez.
Entretanto, comportamentos não-preventivos
associaram-se fortemente à fatores de risco, como
contato com gatos, consumo de carne crua ou mal
cozida, contato com gatos filhotes na residência,
realizar limpeza das fezes do gato, mexer com areia.
39. BIBLIOGRAFIA
• Biologia geral:
Morfologia (ultraestrutura);
Ciclo de vida;
Biologia molecular;
Análise de imagem por MET;
Epidemiologia;
Relação parasita-hospedeiro;
Diagnóstico, tratamento, prevenção e controle;
Imunologia relacionada;
40. BIBLIOGRAFIA
Cultivo
Taquizoítos
Cistos teciduais
Oocistos
Isolamento de T. gondii
Bioensaios de tecidos em camundongos
Bioensaios de T. gondii em gatos
Exame de fezes de gato para oocistos de T.
gondii
Inoculação e Exame de Camundongos para T.
gondii
Procedimentos sorológicos
Detecção de anticorpos humorais
Testes de avidez
Detecção de DNA de T. gondii
Coloração imuno-histoquímica
Criopreservação
Preocupações e precauções de segurança ao
trabalhar com T. gondii
41. BIBLIOGRAFIA
Aspectos Taxonômicos e Evolutivos;
O Ciclo Evolutivo;
A Organização Estrutural de Toxoplasma gondii;
Aspectos Bioquímicos;
A Interação de Toxoplasma gondii com a Célula
Hospedeira;
Relação parasita-hospedeiro;
Quimioterapia Experimental;
Quadros Clínico (Patogênese, sintomatologia e
diagnóstico);
44. ULTRAESTRUTURA
O núcleo (azul) é circundado pelo
retículo endoplasmático rugoso
(amarelo). Acima dele, o
complexo de Golgi (verde) e o
apicoplasto (azul-verde). A única
mitocôndria se espalha através do
citosol (vermelho). Grânulos
densos (magenta) e grânulos de
amilopectina (branco) estão
dispersos no citosol. O complexo
apical é composto pelo conóide
cilíndrico. Abaixo, as organelas
secretoras: micronemas (laranja)
e roptrias (rosa). O corpo celular é
limitado por três unidades de
membrana (película) e abaixo dela
um conjunto de microtúbulos
subpeliculares
48. CULTIVO – TAQUIZOÍTO (in vivo)
Os taquizoítos crescem na cavidade
peritoneal de camundongos, às vezes
produzindo ascite, e também crescem
na maioria dos outros tecidos do
hospedeiro.
Taquizoítos de uma cepa virulenta
podem ser aspirados da cavidade
peritoneal após eutanásia.
• A passagem rápida e frequente de taquizoítos de baixa virulência pode aumentar a virulência.
• Cepas de laboratório antigas não produzem mais oocistos depois que os cistos teciduais são
dados aos gatos.
49. CULTIVO – TAQUIZOÍTO (in vitro)
• O rendimento de taquizoítos irá variar com a linhagem celular e a cepa
de T. gondii. As cepas “virulentas” de camundongo destroem
rapidamente as células, enquanto as cepas “avirulentas” crescem
lentamente, causando danos celulares mínimos. O tempo médio de
geração dos taquizoítos da cepa RH é de 5 horas.
51. CULTIVO – CISTOS TECIDUAIS (in vivo)
• Para manutenção de cistos teciduais em
camundongos, esses animais devem ser inoculados
s.c. com homogeneizado de cérebro a cada 3 a 6
meses.
• Os cistos teciduais do T. gondii têm gravidade
específica de 1,056.
53. CULTIVO – CISTOS TECIDUAIS (in vitro)
• A maioria das cepas de T. gondii
desenvolverá espontaneamente cistos
teciduais em cultura de células sem
manipulação.
57. ISOLAMENTO – OOCISTOS
1. Depois de flutuar os oocistos em solução de
sacarose, adicione 10 ml de solução fecal (em
ácido sulfúrico 2%) em um novo tubo Falcon de
50 ml. Neutralize o ácido com 6 ml de NaOH 1N
e complete o volume para 50 ml com água.
Vórtex para misturar bem.
2. Centrifugue a amostra fecal por 20 min a
1.200 X g à temperatura ambiente sem freios.
3. Descartar o sobrenadante e ressuspender o
sedimento em tampão Tris (TE, Tris 50 mM, EDTA
10 mM, pH 7,2).
4. Prepare a solução estoque de CsCl (gravidade
específica = 1,15) misturando 21,75 g de CsCl
com 103,25 ml de tampão TE e prepare o
gradiente conforme mostrado na tabela:
58. ISOLAMENTO – OOCISTOS
5. Despeje o gradiente descontínuo em um garrafa Nalgene Oak.
O gradiente é formado colocando cuidadosamente cada solução
usando seringa/agulha com uma torneira de duas vias.
6. Adicione lentamente o seguinte na ordem listada abaixo na
parte inferior do tubo Nalgene Oak Ridge (Observação: a taxa de
fluxo deve ser de 0,5 ml/s ou mais lenta):
i. 10 ml de amostra de suspensão de TE/oocistos
ii. 8 ml de solução A
iii. 8 ml de solução B
iv. 8 ml de solução C
7. Centrifugar a 12.000 X g 60 min + 4 ºC sem freios. Para melhor
separação, use um rotor oscilante de alta velocidade, mas um
rotor de ângulo fixo.
8. Colete oocistos da camada interfase opaca a branca (entre 1,05
e 1,11) usando uma pipeta de 10 ml. Esteja atento e minimize a
perturbação do gradiente e dos detritos ao transferir a interfase
para o novo tubo Falcon de 50 ml.
62. AMADURECIMENTO – OOCISTOS
• O sedimento contendo os oocistos deve ser lavado mais uma vez e, em seguida, misturado com 2%
de H2SO4 e arejado em um agitador por 7 dias à temperatura ambiente (20–22 ºC).
63. DESENCISTAMENTO – OOCISTOS
• Procedimentos para excistação ideal de
esporozoítos de T. gondii não foram publicados*.
66. REFERÊNCIAS
FREITAS, K. Pesquisadores descobrem uma nova organela no parasita da toxoplasmose. Dra.
Keilla Freitas, 2017. Disponível em: https://www.drakeillafreitas.com.br/toxoplasmose-em-
humanos/. Acesso em: 15, Junho de 2022.
MOURA, I.; FERREIRA, I.; PONTES, A.; BICHARA, C. Conhecimento e comportamento
preventivo de gestantes sobre Toxoplasmose no município de Imperatriz, Maranhão, Brasil.
Temas livres Free themes. e
MOTTA, D. Pesquisadores descobrem uma nova organela no parasita da toxoplasmose. FAPERJ,
2010. Disponível em:
https://siteantigo.faperj.br/?id=1773.2.0#:~:text=%E2%80%9CO%20Toxoplasma%20gondii%20%C3
%A9%20um,do%20organismo%20infectado%E2%80%9D%2C%20explica. Acesso em: 15, Junho de
2022.
NEVES, D. P. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
c