SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
1
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias
Vias digestivas
Giardia lamblia
Pentatrichomonas hominis (IG)
Trichomonas tenax (boca)
Vias urinárias:
Trichomonas vaginalis.
Giardíase
• Agente etiológico Giardia lamblia,
Protozoário flagelado forma de: cisto e trofozoíto.
O cisto é a forma infectante encontrada no ambiente.
Patogenia e sintomatologia
• Diarréia: aguda e autolimitada crônica e persistente
• Má absorção
• Cólicas abdominais
• Perda de peso
• Náuseas e vômitos
• Fraqueza
• Distribuição mundial comum em clima temperado;
• Adultos e crianças;
• Porção superior do intestino delgado;
• Infecção assintomática;
• Sintomática:
– Diarréia, acompanhada de dor abdominal.
– Dejeções amolecidas, com aspecto gorduroso,
– Acompanhada de fadiga;
– Anorexia, associada com má absorção, pode ocasionar perda de peso e anemia;
– Flatulência e distensão abdominal.
– Não há invasão intestinal.
floridopss
2
• Reservatório
– O homem e animais domésticos ou selvagens, com:
• Cães, gatos, castor.
• Modo de transmissão :
Fecal - oral.
• Direta: pela contaminação das mãos e conseqüente ingestão de cistos existentes em dejetos de
pessoa infectada; ou
• Indireta: através de ingestão de água ou alimento contaminado
C I C L O B I O L Ó G I C O
Ingestão de cistos maduros através de água e alimentos contaminados ou transmissão direta pelas mãos (fecal-oral)
desencistamento
Colonização de trofozoítos na mucosa do Int. delgado (duodeno)
Divisão binária
encistamento
Eliminação de cistos nas fezes
• Período de incubação
• De 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias.
• Período de transmissibilidade
• Enquanto persistir a infecção.
floridopss
3
• Diagnóstico:
Identificação de cistos ou trofozoítos no exame direto de fezes ou
Identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido através aspiração.
A detecção de antígenos pode ser realizada através do ELISA, com confirmação diagnóstica.
Em raras ocasiões, poderá ser realizada biópsia duodenal, com identificação de trofozoítos.
• Diagnóstico diferencial:
Enterites causadas por protozoários, bactérias ou outros agentes infecciosos.
•Diagnóstico Imunológico:
Detecção de antígenos (testes disponíveis comercialmente):
ELISA, Imunofluorescência e Imunocromatográficos (testes rápidos) Alta sensibilidade e especificidade
Detecção de anticorpos: Imunofluorescência indireta, ELISA e western blot baixa sensibilidade.
Diagnóstico por PCR
• Características epidemiológicas:
É doença de distribuição mundial.
Epidemias em instituições fechadas que atendam crianças, de 8 meses 10 a 12 anos.
"Diarréia dos viajantes" em zonas endêmicas.
Os cistos podem resistir até dois meses no meio exterior (água) e são resistentes ao processo de cloração da água.
Também é descrita a transmissão envolvendo atividades sexuais resultante do contato oro - anal.
• Objetivos da vigilância epidemiológica
Diagnosticar e tratar os casos para impedir a transmissão direta ou indireta da infecção.
Medidas de controle:
a) Geral:
Construir instalações sanitárias adequadas;
Enfatizar medidas de higiene pessoal. Educação sanitária, em particular desenvolvimento de hábitos de higiene c/ lavar
as mãos após uso do banheiro;
floridopss
4
Filtração da água potável.
Saneamento básico;
b) Específicas:
Pessoa(s) com giardíase; deve ser afastada do cuidado de crianças.
Com pacientes internados, devem ser adotadas precauções entéricas através de medidas de desinfecção para fezes e
material contaminado.
Controle de cura, que é feito com o exame parasitológico de fezes, negativo no 7º, 14º e 21º dias após o término do
tratamento.
• Tratamento
Derivados Nitroimidazólicos:
• Metronidazol (® Flagil)
• Tinidazol (® Fasigyn)
• Ornidazol (® Giarlam)
Observação - Não usar bebidas alcoólicas durante ou até 4 dias após o tratamento. Contra-indicados em gestantes.
floridopss
5
Flagelados das vias urinárias
Agente etiológico: Trichomonas vaginalis
Morfologia
• Formas vivas: Elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos formam pseudópodos.
• Preparações fixadas e coradas: tipicamente elipsóide; piriforme ou oval; mede 9,7 mm x 7,0 mm (as formas vivas são
maiores).
• Não tem forma cística; somente trofozoítos.
• 4 Flagelos livres
• Membrana ondulante
• (flagelo aderente)
• Axóstilo (microtúbulos)
• Núcleo
• Não possui mitocôndrias
Biologia
• Habitat: trato geniturinário do homem e da mulher
• Mecanismos de transmissão:
Relação sexual + freqüente
Durante o parto (tricomoníase neonatal)
Outras formas de transmissão: via não sexual (roupa íntima ou de cama, instalações sanitárias).
floridopss
6
• Fatores que favorecem o desenvolvimento do parasita na vagina:
Modificações da flora bacteriana vaginal (fatores hormonais, inflamação, etc.).
Diminuição da acidez local (pH>5) - Bacilo de Doderlein.
Diminuição do glicogênio nas células do epitélio.
Acentuada descamação epitelial.
Ciclo biológico
Patogenia e Sintomatologia
• Na mulher
Assintomática: 25 a 50% dos casos
Vaginite aguda:
• Corrimento vaginal fluido abundante de cor amarela - esverdeada e de odor fétido.
• Prurido ou irritação vulvovaginal.
• Dor durante as relações sexuais.
• Dor ao urinar (disúria) e freqüência miccional.
Vaginite crônica: sintomas leves
• No homem:
Assintomática (a maioria)
Uretrite aguda: corrimento abundante
Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria, prurido.
Complicações (raras): epididimite, infertilidade e prostatite.
★ A Tricomoníase tem sido associada à:
floridopss
7
Transmissão do HIV;
Doença inflamatória pélvica;
Câncer cervical;
Infertilidade (adesão e oclusão tubária);
Parto prematuro;
Baixo peso de bebês nascidos de mães infectadas;
Epidemiologia
A tricomoníase é uma das DST mais prevalentes no mundo
(170 milhões de casos/ano – OMS, 1998);
A tricomoníase é mais comum em mulheres;
Incide de preferência no grupo etário de 16 a 35 anos;
O trofozoíto é suscetível à dessecação, mas pode viver fora do seu “habitat” por algumas horas sob condições de umidade.
Diagnóstico laboratorial
• Coleta da amostra Homem
Materiais: secreção uretral urina primeiro jato, esperma, secreção prostática e material subprepucial.
• Orientações:
Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica.
Estar pelo menos há 2 horas sem urinar.
Coleta da amostra Mulher
• Material: secreção vaginal;
floridopss
8
• Orientações:
Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica;
Sem higiene vaginal durante um período de 18 às 24h anterior à coleta.
Não estar menstruada.
• Preservação da amostra
Temporária (Meios de transporte):
Solução salina isotônica (0,15M) glicosada a 0,2%;
Meios de Stuart e Amies.
Permanente: Fixador álcool polivinílico
Diagnóstico laboratorial
• Diagnóstico imunológico: ELISA.
• Diagnóstico por PCR: alta sensibilidade e especificidade.
• Não são rotineiramente utilizados
Tratamento:
Derivados Nitroimidazólicos:
Metronidazol;
Não é indicado para o tratamento de mulheres que estejam no primeiro trimestre de gravidez.
Já foram descritas linhagens de parasitas resistentes na Europa.
Tinidazol;
Ornidazol;
Nimorazol.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris LumbricoidesAscaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Giardia
GiardiaGiardia
Giardia
 
Tricomoníase
TricomoníaseTricomoníase
Tricomoníase
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Trabalho gonorreia
Trabalho gonorreiaTrabalho gonorreia
Trabalho gonorreia
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Aula 5 toxoplasma gondii e toxoplasmose
Aula 5  toxoplasma gondii e toxoplasmoseAula 5  toxoplasma gondii e toxoplasmose
Aula 5 toxoplasma gondii e toxoplasmose
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Tricomoniase
TricomoniaseTricomoniase
Tricomoniase
 
Leishmaniose
Leishmaniose Leishmaniose
Leishmaniose
 
Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Tricomoníase
TricomoníaseTricomoníase
Tricomoníase
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Parasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lambliaParasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lamblia
 

Semelhante a Flagelados das vias digestivas e geniturinárias

Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosRaquel Freiry
 
Parasitologia - Tricomonas
Parasitologia - TricomonasParasitologia - Tricomonas
Parasitologia - TricomonaspHrOzEn HeLL
 
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.ppt
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.pptaula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.ppt
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.pptAlberto205764
 
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.ppt
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.pptaula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.ppt
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.pptAlberto205764
 
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.ppt
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.pptaula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.ppt
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.pptAlberto205764
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistasISJ
 
Citomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaCitomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaRaphael Machado
 
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...Caroline Reis Gonçalves
 
Sistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxSistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxAlanaFagundes
 
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IV
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IVEducação sexual - Estágio Supervisionado III e IV
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IVBruno Djvan Ramos Barbosa
 
Aula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdfAula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdfUnicesumar
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protistaISJ
 

Semelhante a Flagelados das vias digestivas e geniturinárias (20)

Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
 
Parasitologia - Tricomonas
Parasitologia - TricomonasParasitologia - Tricomonas
Parasitologia - Tricomonas
 
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.ppt
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.pptaula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.ppt
aula ITSTransmissao.Sexual.2321005 Ia.ppt
 
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.ppt
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.pptaula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.ppt
aula ITS-DoencasSexualmente.Tra1005 Ia.ppt
 
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.ppt
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.pptaula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.ppt
aula ITS1005aTransmussaoxSexual.23 Ia.ppt
 
Aula n° 2
Aula n° 2  Aula n° 2
Aula n° 2
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Toxoplasmose. mácyo
Toxoplasmose. mácyoToxoplasmose. mácyo
Toxoplasmose. mácyo
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Citomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaCitomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: Patologia
 
apresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptxapresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptx
 
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...
Aula 3 - GINECOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, infecções genitour...
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Trichomonas vaginalis
Trichomonas vaginalisTrichomonas vaginalis
Trichomonas vaginalis
 
Sistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptxSistema pancreático endócrino.pptx
Sistema pancreático endócrino.pptx
 
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IV
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IVEducação sexual - Estágio Supervisionado III e IV
Educação sexual - Estágio Supervisionado III e IV
 
Aula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdfAula 02. Giardíase.pdf
Aula 02. Giardíase.pdf
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Coronavírus, Rotavírus e Hepatite
Coronavírus, Rotavírus e HepatiteCoronavírus, Rotavírus e Hepatite
Coronavírus, Rotavírus e Hepatite
 

Mais de ARTHUR CALIXTO

Mais de ARTHUR CALIXTO (7)

Tricuríase
TricuríaseTricuríase
Tricuríase
 
Introdução a parasito 01
Introdução a parasito 01Introdução a parasito 01
Introdução a parasito 01
 
Leishmanioses
LeishmaniosesLeishmanioses
Leishmanioses
 
Teníase e cisticercose
Teníase e cisticercoseTeníase e cisticercose
Teníase e cisticercose
 
Introdução a parasito 02
Introdução a parasito 02Introdução a parasito 02
Introdução a parasito 02
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Ascarídeos e enterobíase
Ascarídeos e enterobíaseAscarídeos e enterobíase
Ascarídeos e enterobíase
 

Último

Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfGiza Carla Nitz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 

Último (20)

Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 

Flagelados das vias digestivas e geniturinárias

  • 1. 1 Flagelados das vias digestivas e geniturinárias Vias digestivas Giardia lamblia Pentatrichomonas hominis (IG) Trichomonas tenax (boca) Vias urinárias: Trichomonas vaginalis. Giardíase • Agente etiológico Giardia lamblia, Protozoário flagelado forma de: cisto e trofozoíto. O cisto é a forma infectante encontrada no ambiente. Patogenia e sintomatologia • Diarréia: aguda e autolimitada crônica e persistente • Má absorção • Cólicas abdominais • Perda de peso • Náuseas e vômitos • Fraqueza • Distribuição mundial comum em clima temperado; • Adultos e crianças; • Porção superior do intestino delgado; • Infecção assintomática; • Sintomática: – Diarréia, acompanhada de dor abdominal. – Dejeções amolecidas, com aspecto gorduroso, – Acompanhada de fadiga; – Anorexia, associada com má absorção, pode ocasionar perda de peso e anemia; – Flatulência e distensão abdominal. – Não há invasão intestinal.
  • 2. floridopss 2 • Reservatório – O homem e animais domésticos ou selvagens, com: • Cães, gatos, castor. • Modo de transmissão : Fecal - oral. • Direta: pela contaminação das mãos e conseqüente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada; ou • Indireta: através de ingestão de água ou alimento contaminado C I C L O B I O L Ó G I C O Ingestão de cistos maduros através de água e alimentos contaminados ou transmissão direta pelas mãos (fecal-oral) desencistamento Colonização de trofozoítos na mucosa do Int. delgado (duodeno) Divisão binária encistamento Eliminação de cistos nas fezes • Período de incubação • De 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias. • Período de transmissibilidade • Enquanto persistir a infecção.
  • 3. floridopss 3 • Diagnóstico: Identificação de cistos ou trofozoítos no exame direto de fezes ou Identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido através aspiração. A detecção de antígenos pode ser realizada através do ELISA, com confirmação diagnóstica. Em raras ocasiões, poderá ser realizada biópsia duodenal, com identificação de trofozoítos. • Diagnóstico diferencial: Enterites causadas por protozoários, bactérias ou outros agentes infecciosos. •Diagnóstico Imunológico: Detecção de antígenos (testes disponíveis comercialmente): ELISA, Imunofluorescência e Imunocromatográficos (testes rápidos) Alta sensibilidade e especificidade Detecção de anticorpos: Imunofluorescência indireta, ELISA e western blot baixa sensibilidade. Diagnóstico por PCR • Características epidemiológicas: É doença de distribuição mundial. Epidemias em instituições fechadas que atendam crianças, de 8 meses 10 a 12 anos. "Diarréia dos viajantes" em zonas endêmicas. Os cistos podem resistir até dois meses no meio exterior (água) e são resistentes ao processo de cloração da água. Também é descrita a transmissão envolvendo atividades sexuais resultante do contato oro - anal. • Objetivos da vigilância epidemiológica Diagnosticar e tratar os casos para impedir a transmissão direta ou indireta da infecção. Medidas de controle: a) Geral: Construir instalações sanitárias adequadas; Enfatizar medidas de higiene pessoal. Educação sanitária, em particular desenvolvimento de hábitos de higiene c/ lavar as mãos após uso do banheiro;
  • 4. floridopss 4 Filtração da água potável. Saneamento básico; b) Específicas: Pessoa(s) com giardíase; deve ser afastada do cuidado de crianças. Com pacientes internados, devem ser adotadas precauções entéricas através de medidas de desinfecção para fezes e material contaminado. Controle de cura, que é feito com o exame parasitológico de fezes, negativo no 7º, 14º e 21º dias após o término do tratamento. • Tratamento Derivados Nitroimidazólicos: • Metronidazol (® Flagil) • Tinidazol (® Fasigyn) • Ornidazol (® Giarlam) Observação - Não usar bebidas alcoólicas durante ou até 4 dias após o tratamento. Contra-indicados em gestantes.
  • 5. floridopss 5 Flagelados das vias urinárias Agente etiológico: Trichomonas vaginalis Morfologia • Formas vivas: Elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos formam pseudópodos. • Preparações fixadas e coradas: tipicamente elipsóide; piriforme ou oval; mede 9,7 mm x 7,0 mm (as formas vivas são maiores). • Não tem forma cística; somente trofozoítos. • 4 Flagelos livres • Membrana ondulante • (flagelo aderente) • Axóstilo (microtúbulos) • Núcleo • Não possui mitocôndrias Biologia • Habitat: trato geniturinário do homem e da mulher • Mecanismos de transmissão: Relação sexual + freqüente Durante o parto (tricomoníase neonatal) Outras formas de transmissão: via não sexual (roupa íntima ou de cama, instalações sanitárias).
  • 6. floridopss 6 • Fatores que favorecem o desenvolvimento do parasita na vagina: Modificações da flora bacteriana vaginal (fatores hormonais, inflamação, etc.). Diminuição da acidez local (pH>5) - Bacilo de Doderlein. Diminuição do glicogênio nas células do epitélio. Acentuada descamação epitelial. Ciclo biológico Patogenia e Sintomatologia • Na mulher Assintomática: 25 a 50% dos casos Vaginite aguda: • Corrimento vaginal fluido abundante de cor amarela - esverdeada e de odor fétido. • Prurido ou irritação vulvovaginal. • Dor durante as relações sexuais. • Dor ao urinar (disúria) e freqüência miccional. Vaginite crônica: sintomas leves • No homem: Assintomática (a maioria) Uretrite aguda: corrimento abundante Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria, prurido. Complicações (raras): epididimite, infertilidade e prostatite. ★ A Tricomoníase tem sido associada à:
  • 7. floridopss 7 Transmissão do HIV; Doença inflamatória pélvica; Câncer cervical; Infertilidade (adesão e oclusão tubária); Parto prematuro; Baixo peso de bebês nascidos de mães infectadas; Epidemiologia A tricomoníase é uma das DST mais prevalentes no mundo (170 milhões de casos/ano – OMS, 1998); A tricomoníase é mais comum em mulheres; Incide de preferência no grupo etário de 16 a 35 anos; O trofozoíto é suscetível à dessecação, mas pode viver fora do seu “habitat” por algumas horas sob condições de umidade. Diagnóstico laboratorial • Coleta da amostra Homem Materiais: secreção uretral urina primeiro jato, esperma, secreção prostática e material subprepucial. • Orientações: Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica. Estar pelo menos há 2 horas sem urinar. Coleta da amostra Mulher • Material: secreção vaginal;
  • 8. floridopss 8 • Orientações: Preferencialmente não estar em uso de medicação antiparasitária sistêmica ou tópica; Sem higiene vaginal durante um período de 18 às 24h anterior à coleta. Não estar menstruada. • Preservação da amostra Temporária (Meios de transporte): Solução salina isotônica (0,15M) glicosada a 0,2%; Meios de Stuart e Amies. Permanente: Fixador álcool polivinílico Diagnóstico laboratorial • Diagnóstico imunológico: ELISA. • Diagnóstico por PCR: alta sensibilidade e especificidade. • Não são rotineiramente utilizados Tratamento: Derivados Nitroimidazólicos: Metronidazol; Não é indicado para o tratamento de mulheres que estejam no primeiro trimestre de gravidez. Já foram descritas linhagens de parasitas resistentes na Europa. Tinidazol; Ornidazol; Nimorazol.