[1] O documento discute os fundamentos da imuno-hematologia, incluindo os sistemas ABO e Rh, assim como suas aplicações clínicas.
[2] É abordado o sistema ABO, incluindo seus antígenos, anticorpos, subgrupos e técnicas de classificação.
[3] Também é descrito o sistema Rh, com detalhes sobre seus antígenos, anticorpos, fenótipos como D fraco e D parcial, e sua importância clínica.
2. Timeline da hemoterapia
Mundo
antigo
1000 AC
1665
Idade
Média
1628 1667
1678/79
Proibição da
prática
transfusional
na Europa
1818
1867
1901
1912Sec. III
Taurobolium
Papa Inocêncio
VIII
W. Harvey J. B. Denis K. Landsteiner
R. OttenbergR. Lower J. Lister
J. Blundell
Hiato
1945
R. Coombs
3. Imuno-hematologia
Imuno-hematologia é um ramo da hemoterapia que
estuda os antígenos presentes nos eritrócitos e seus
anticorpos correspondentes, assim como fenômenos
análogos relacionados com a patogênese e com as
manifestações clínicas provocadas por problemas do
sangue
4. Imuno-hematologia
As máximas da imuno-hematologia
1°- tudo se resume a interação antígeno x anticorpo
2°- se o alvo da pesquisa é o antígeno, usamos anticorpos
conhecidos e vice-versa
3°- se o teste diz que é “direto”, a pesquisa é na hemácia e se
o teste é “indireto” ou “reverso”, a pesquisa é no plasma/soro
5. Introdução
O que são antígenos eritrocitários?
São marcadores de superfície que possuem função definida
e podem deflagrar a resposta imune
6. Introdução
O que são anticorpos?
São proteínas cuja reação se dá somente com o antígeno contra o qual
foi produzido
8. Sistema ABO
Grupo A Grupo B Grupo AB Grupo O
Tipo das
hemácias
Anticorpos
presentes
Nenhum
Antígenos
presentes
Nenhum
Anti-B Anti-A
9. Sistema ABO
ITENS ANTÍGENOS ANTICORPOS
PRODUÇÃO Desde a 5ª semana de vida IU
À partir do 4º mês após o
nascimento
APRESENTAÇÃO Em RN, 1/3 dos sítios de A e B
IU: somente anticorpos maternos
Neonato: anticorpos maternos e
início da produção no 4º mês
EXPRESSÃO MÁXIMA 2-4 anos de vida N/A
OUTRAS
CONSIDERAÇÕES
Antígenos de histocompatibilidade
PAI: Atenção aos anticorpos
MATERNOS
10. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Gene B
Gene H Substância H
11. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Gene B
Gene H Substância HSubstância H
12. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Gene B
Gene H Substância HSubstância H
Substância H
13. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Gene B
Gene H Substância HSubstância H
Substância H
Substância H
14. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Grupo A
GalNac + H
Grupo B
Gal + H
Gene B
Grupo O
Substância H
Gene H Substância H
Substância H
Substância H
Substância H
15. Sistema ABO
• Considerações gerais
ABO
Glicosil
transferases
N-acetilgalactosaminil
transferase
Galactosiltransferase
Sem produção de
transferase
Cromossomo 9
Grupo A
GalNac + H
Grupo B
Gal + H
Gene B
Grupo O
Substância H
Gene H Substância H
Substância H
Substância H
Substância H
16. Sistema ABO
• Técnica de classificação ABO geral
• Prova direta – consiste em por as hemácias a serem testadas frente a
antissoros comercias
• Prova reversa – consiste em por o plasma a ser testado frente a hemácias
comercias
18. Sistema ABO – Subgrupo
• Os polimorfismos do sistema ABO são causados por mutações nas sequências
de nucleotídeos no DNA. O gene A1 é considerado o gene selvagem
• Subgrupos diferem pela quantidade antígenos nas hemácias
• Os subgrupos de A (A1, A2, A3, Ax, Aend, Am) e B (B3, Bx,Bm) resultam de
polimorfismos na estrutura do gene produtor da glicosiltransferase
• A1: 80% indivíduo
• A2: 19,9 %
• A3, Ax, Aend, Am,...: 0,1%
• Grupo A e subgrupos de A –acetilgalactosamina
• Grupo B e subgrupos de B – galactose
19. Sistema ABO – Subgrupo
• Sorologia:
• Fraca expressão antigênica na fenotipagem c/ reagentes anti-A, anti-B ou anti-
AB – reagentes policlonais principalmente
• Possibilidade de discrepância entre tipagem direta e reversa
• Lectinas servem como ferramenta para elucidação de subgrupos. As mais
comuns são as lectinas para os antígenos A1 e H
20. Sistema ABO – Subgrupo
• As lectinas são proteínas, de origem não-imunológica, com propriedades de se
ligar de forma reversível a carboidratos
• São produzidas à partir de extratos herbários
Lec. Anti-A1: Dolichos biflorus
Lec. Anti-H: Ulex europaeus
Já existem anticorpos monoclonais no mercado
Anti-H Mono-type Grifols – clone 10934C11
21. Reatividade de A1 e A2 com Lectinas
Por que a Lectina anti-A1 (Dolichos biflorus) identifica somente o antígeno A1 e não
o A2 se o açúcar imunodominante é o mesmo?
Reativos
Hemácias Teste
A1 A1B A2 A2B
Anti-A1 (Dolichos biflorus) 4+ 4+ Neg. Neg.
Anti-A1 (Humano) 4+ 2/3+ Neg. Neg.
Anti-H (Ulex europaeus) Neg. Neg. 3/4+ 2/3+
Anti-H (Humano) Neg. Neg. 2/3+ 1/2+
22. Reatividade de A1 e A2 com Lectinas
A1 A2
A lectina anti-A1 reage somente com
cadeias ramificadas do Ag A1
N-acetilgalactosamina
23. Relação dos grupos ABO/sítios antigênicos A, B e H
Concentração do Antígeno H:
O > A2 > B > A2B > A1 > A1B
Grupo Sanguíneo # de sítios do ag. A # de sítios do ag. B # de sítios do ag. H
O - - 1.590.000 a 1.740.000
A2 160.000 a 290.000 - 1.080.000 a 1.210.000
B - 610.000 a 830.000 540.000 a 760.000
A2B 120.000 a 200.000 450.000 a 550.000 300.000 a 500.000
A1 910.000 a 1.300.000 - 70.000 a 170.000
A1B 420.000 a 850.000 310.000 a 560.000 20.000 a 70.000
24. Com o que resolver a maioria dos problemas de ABO em ATs?
27. Sistema Rh (004 – ISBT)
• Cromossomo 1 – RHD e RHCE
• 417 aminoácidos
• Antígenos polimórficos: D, C, c, E, e
• Antígenos compostos: f
• Exclusivo de hemácias
• Enzima - resistentes
Anticorpos:
Geralmente imunes – IgG e não fixam “C”
RT e DHPN (moderada a grave)
Autoanticorpos
Efeitos de dose
TA, AGH e enzima
C/c
Ser103Pro
E/e
Pro226Ala
COOH
NH
2
Antígeno
Frequência %
Caucasianos Africanos
D 85 92
C 68 27
c 80 96
E 29 22
e 98 98
28. Sistema RH
• Considerações gerais
RH
Genes Rh
Antígeno D
Antígenos CcEe
Cromossomo 1
D normal
D fraco
D parcial
D negativo
SNPs
29. Sistema RH
ITENS ANTÍGENOS
PRODUÇÃO 6ª semana de vida IU
APRESENTAÇÃO Proteína com 417 aa, atravessando a membrana 12 vezes
FUNÇÃO Integridade da membrana e auxílio no transporte de amônia e CO2
ASSOCIAÇÃO COM
DOENÇAS
DHPN é a mais importante
EFEITO DAS PROTEASES Aumenta a expressão dos ags
EFEITO DE REAGENTES Resistentes ao tratamento
OUTRAS CONSIDERAÇÕES Exclusivo de hemácias
30. Sistema RH
ITENS ANTICORPOS
PRODUÇÃO Irregulares e imunes
APRESENTAÇÃO
IgG na maioria. Alguns IgM (IgA raro)
Dificilmente fixam complemento
TÉCNICA DE MELHOR
DETECÇÃO
Antiglobulina humana (AGH) e enzima (papaína, bromelina, etc.)
AUTOANTICORPOS Sim. Podem aparecer como aloanticorpos mimetizantes, especialmente em AHAI
REAÇÃO TRANSFUSIONAL
Rara já que é necessária compatibilização prévia. Varia de imediata a tardia e pode
ser de moderada a grave
DHPN Moderada a grave
31. Fenótipos Rh
• Fenótipo D positivo
• Presença do antígeno D
• Fenótipo D Negativo
• Ausência do antígeno D
• Mecanismos moleculares: Deleção do gene RHD e pseudo gene
• Fenótipos Variantes
• Presença do antígeno D em quantidade/qualidade diferentes
• Ex.: D fraco e D parcial
• Mecanismos moleculares: principalmente SNPs e genes híbridos
34. D fraco
• É uma variação quantitativa do antígeno RhD na superfície da hemácia, porém, os
poucos antígenos presentes possuem todos os epítopos (região reconhecida por
anticorpos) de forma normal
• Alterações nas regiões transmembranares e intracelulares na proteína
RhD normal: 10.000 a 50.000 epítopos
D fraco: de 66 a 5.000
Sítios Tipo
Tipo 2: discrepâncias
Tipo 5: geralmente tipado como
RhD negativo
2300
1900
1300
500
300
Tipo 4
Tipo 3
Tipo 1
Tipo 2
Tipo 5
Cut off sorológico
500 ags/Hm
35. D parcial
• É uma alteração caracterizada pela ausência de um ou mais epítopos de RhD e
substituídos por epítopos da proteína RhCE (CcEe) ou por SNPs
• Alterações encontram-se na região na extracelular, o que confere a alteração de um
sítio antigênico, levando a um perfil imunogênico diferente do D normal
RhD normal: 10.000 a 50.000 epítopos
D parcial: de 500 a 25.000
Imuno-hematologia laboratorial, MS, Brasil - 2014
36. Sistema RH
D negativo D positivo D fraco D parcial
ATENÇÃO SEM PROBLEMA ATENÇÃO
REDOBRADA
ATENÇÃO
REDOBRADA
Paciente:
Pode fazer anti-D
Doador:
Tx em RhD e RhD +
Paciente:
Não faz anti-D
Doador:
Tx só em RhD +
Paciente:
Não faz anti-D*
Doador:
Tx só em RhD +
Paciente:
Pode fazer anti-D
Doador:
Tx só em RhD +
37. Sistema RH
D fraco
D parcial
Difícil
diferenciação
sorológica
Pesquisa D
fraco
Reagentes de rotina atualmente não
distinguem o antígeno D fraco e D
parcial
Difícil manejo com o resultado obtido
Pode
aparecer
como:
D negativo
D positivo
Problema!
Atenção a resultados
inconsistentes
38. RhD
RhD
CTL Rh Positivo TAD positivo
Aloanticorpos
Autoanticorpos
Reações mais fracas D parcial
D negativo
Pesquisa de
D fraco
Positivo D fraco
40. Antiglobulina humana (soro de Coombs)
Teste da Antiglobulina
Direta (TAD)
•Identificação de
anticorpos fixados à
superfície da hemácia
•Fixação in vivo
Pesquisa de Anticorpos
Irregulares
(PAI)
•Identificação de
anticorpos livres no
plasma
•Teste in vitro
AGH
Prova de Compatibilidade
•Compatibilização de
componentes eritrocitários
pré-txTeste in vitro
41. Antiglobulina humana (soro de Coombs)
• É um heteroanticorpo (anticorpos produzidos contra antígenos advindos de
indivíduos de espécies diferentes) que reconhece proteínas humanas
• Sua fração Fab se liga na fração Fc das imunoglobulinas
42. Teste da Antiglobulina Humana Direta (TAD)
• Aplicações diagnósticas do TAD:
• Investigação de Doença Hemolítica do Perinatal (DHPN)
• Investigação de Reação Hemolítica Transfusional (RHT)
• Testes de bloqueio
• Investigação de Anemia Hemolítica auto-imune (AHAI):
• Quente
• Fria
• Mista
• Por drogas
44. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
Aplicações diagnósticas da PAI:
Investigação de anticorpos irregulares em pacientes submetidos a
regime transfusional/gestantes RhD negativas
• Clinicamente significantes *
• Regime crônico de transfusão
• Politransfundidos
• Falciformes
• Talassêmicos
45. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
• ISBT (International Society of Blood Transfusion)
• 36 sistemas de grupos sanguíneos descritos com mais de 300 alelos
• Mais conhecidos: sistema ABO (A, B e O) e sistema Rh (RhD)
• Outros sistemas de importância transfusional
• Rh (RH) – 4 antígenos + RhD
• Kell (KEL) – 6 antígenos
• Kidd (JK) – 2 antígenos
• Duffy (FY) – 2 antígenos
• MNSs (MNS) – 5 antígenos
• Diego (DI) – 4 antígenos
Anticorpos contra esses antígenos são
descobertos na PAI
46. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
Consiste em colocar o soro ou plasma a ser pesquisado frente e hemácias
comerciais fenotipadas para os principais antígenos de sistemas de grupos
sanguíneos.
Hm I – CCDee Hm II - ccDEE
47. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
Ponto positivo
R1R1 e R2R2
Fya Fyb Jka Jkb
M S homozigose
Ponto negativo
Dia positivo
48. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
Ponto positivo
R1R1 e R2R2
Fya Fyb Jka Jkb
M S homozigose
Ponto negativo
Dia positivo
49. Pesquisa de anticorpos irregulares - PAI
ANTICORPOS CLINICAMENTE SIGNIFICANTES
Os anticorpos dos Sistemas ABO, RH, KELL, KIDD, DUFFY e contra os antígenos SsU devem ser
respeitados no caso de necessidade transfusional
ANTICORPOS QUE PODEM SER SIGNIFICANTES
Os anticorpos dirigidos contra os antígenos Lea, M, N, P, Lua e Lub podem ocasionalmente
determinar reação transfusional
ANTICORPOS QUE RARAMENTE SÃO SIGNIFICANTES
Os anticorpos dirigidos contra os antígenos Leb, Cha, Rga, Xga e os dirigidos contra antígenos de alto
título e baixa afinidade (HTLA) dificilmente estão envolvidos em problemas transfusionais
50. Prova de Compatibilidade (PC)
Consiste em colocar as hemácias do hemocomponente eritrocitário
frente ao soro/plasma do paciente
candidato a transfusão
52. Casos Clínicos
Caso 1: De quem é esse sangue?
Um mulher de 81 anos foi admitida no hospital com sangramento gastrointestinal. Foi realizada o
GS e o PAI. Os resultado estão abaixo.
Ela foi transfundida de emergência com 2 CH compatíveis no dia da admissão.
A pos neg
I II
53. Casos Clínicos
Caso 1: De quem é esse sangue?
- Dois dias depois, hemoglobina cai, surge dor no peito, tontura e dispneia.
- Liberado 1 CH do grupo A compatível.
Tudo OK até aqui! Certo?
54. Casos Clínicos
Caso 1: De quem é esse sangue?
- Duas horas após o início da transfusão, a paciente reclama de sensação de queimação no local da
punção e febre de 40°C com calafrios e hipotensão.
Investigação de RT
- GS realizado com todas as amostras nova amostra. Resultados a seguir:
O que fazer nesse momento?
E agora? O que o laboratório deve fazer?
- Transfusão interrompida – paciente segue para CTI com quadro instável e hemoglobinúria. Paciente
prontamente assistida.
56. Casos Clínicos
Caso 1: De quem é esse sangue?
- Com claros sintomas de RTH por incompatibilidade ABO, a investigação acabou sendo conduzida
até o técnico que efetuou as coletas
- Ele informa que coletou mais de uma amostra na mesma sala no mesmo momento.
- Busca-se a informação dos outros pacientes. Havia somente mais um no dia. Segue GS desse
paciente com amostra pré-tx e com nova amostra para investigação
A posO pos
2ª amostraAmostra pré-tx
57. Casos Clínicos
Caso 1: De quem é esse sangue?
- RESULTADO: O técnico que efetuou as coletas trocou as amostras no momento da identificação,
que não foi efetuado ao lado dos pacientes, mas ao retornar ao laboratório
Highlight do caso
Discrepância ABO por erro na identificação
da amostra
58. Casos Clínicos
Caso 2: Tem um frio aí? Ou tem dois?
Um paciente de 65 anos com doença linfoproliferativa, politransfundida em um evento prévio há
algum anos atrás. Hoje, internada eu um hospital de outro estado, foi solicitada tx. O resultado do
GS ABO segue abaixo:
Estranho? Causas???
1. Auto-frio
2. A2 com anti A1
3. Aloanticorpo
4. Um pouco de cada???
59. Casos Clínicos
Caso 2: Tem um frio aí? Ou tem dois?
Como resolver?
Auto frio A2 com anti-A1
Lectinas
PAI +
62. Casos Clínicos
Caso 2: Tem um frio aí? Ou tem dois?
- RESULTADO: O paciente é subgrupo de A, sendo caracterizado como A2 e ainda possui uma auto-
aglutinina fria.
Highlight do caso
A maioria dos processos são plenamente passíveis
de serem realizados nas ATs
63. Casos Clínicos
Caso 3: Filho da mãe!
- Mulher, 37a, primeira gestação, nunca foi transfundida. Na rotina pré-natal, na tipagem sanguínea
dessa mulher, obtém-se os seguintes resultado:
O pos ? neg
I II
64. Casos Clínicos
Caso 3: Filho da mãe!
- Preocupado em classificar o paciente corretamente, o teste de D fraco é feito e o resultado
encontra-se abaixo:
neg
I II Df
4+
D fraco
positivo E aí?
65. Casos Clínicos
Caso 3: Filho da mãe!
- Uma amostra do pai da criança foi coletada e o resultado foi o seguinte:
O pos
Grandes chances da
criança ser RhD positivo
Qual a conduta?
Faz imunoglobulina nela
ou não?
66. Casos Clínicos
Caso 3: Filho da mãe!
- O teste de D fraco só nos mostra D fracos mesmo?
Clones DII DIV DBT DAR DVI Df2
ESD1 + + + + - +
LHM77/64 - - - + + +
MS26 - - - - + +
D parcial D fraco
67. Casos Clínicos
Caso 3: Filho da mãe!
- RESULTADO: Amostra encaminhada para posterior investigação molecular. Confirmado D parcial
tipo IV. Profilaxia com imunoglobulina realizada. Recém-nascido sem DHFRN.
Highlight do caso
Atenção com as reações entre +/- e 2+ na classificação
RhD
68. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- Um homem negro foi admitido no CTI de um hospital geral com quadro de hemorragia digestiva
baixa, dispinéico, hipocorado e foram solicitados 1 CH O+ (previamente classificados) em urgência.
Familiares informam que ele nunca foi transfundido.
- Amostra coletada e os resultados dos testes pré-transfusionais seguem abaixo:
B pos neg
I II x1
2+
PC
E agora?
69. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- Investigar a incompatibilidade.
TAD do CH
Ac x Ag alta
frequência
Como?
70. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- Proceder com o TAD da bolsa
neg
I II x1
2+
PC
x1
TAD
71. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- RESULTADO: O CH 1 está com TAD positivo, o que inviabiliza a sua compatibilização.
Finalizamos o caso?
Vamos retornar aos primeiros
resultados
72. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- Um homem negro foi admitido no CTI de um hospital geral com quadro de hemorragia digestiva
baixa, dispinéico, hipocorado e foram solicitados 1 CH O+ (previamente classificados) em urgência.
Familiares informam que ele nunca foi transfundido.
- Amostra coletada e os resultados dos testes pré-transfusionais seguem abaixo:
B pos ??? neg
I II x1
2+
PC
x1
TAD
73. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- É RhD positivo ou negativo ou não sei?
B pos Parcial tipo VI
Possui um clone que
detecta a variante
DVI sem a
necessidade do
teste de D fraco
Blend de clones que
não detectam a
variante DVI
Liberar CH RhD neg
74. Casos Clínicos
Caso 4: PAI negativo e PC incompatível? Como pode?
- RESULTADO: TAD positivo da bolsa impediu uma possível futura aloimunização anti-D
Highlight do caso
• Entender como os reagentes funcionam
• Ter a consciência de que o trabalho na AT abrange muito mais
do que se imagina