SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 68
Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da
Santa Casa de Misericórdia de
São José do Rio Preto
Regente : Dr Valdemar Mano Sanches
Fraturas de Maxila
Dr. Brunno Rosique Lara
Introdução
 O trauma facial é considerado uma das agressões mais
devastadoras encontradas em centros de trauma
devido às conseqüências emocionais e à possibilidade
de deformidade e também ao impacto econômico que
tais traumas causam em um sistema de saúde.
 Abrangência multidisciplinar
Histórico
• O Papiro de Smith, 1600 aC,
contém as primeiras
informações conhecidas sobre
o uso de ataduras feitas de
fibras especiais, de linho, no
tratamento de fraturas, porém
desaconselha qualquer
tentativa de tratamento de
fraturas expostas da
mandíbula, indicando-a como
"uma doença que não tem
tratamento".
Histórico
• Os etruscos supõe-se que
usavam fiação monomaxilar de
ouro para tratar fraturas da
mandíbula.
Na Grécia, Hipócrates também
se refere ao tratamento de fratura
de mandíbula, usando bandagem
na forma de tiras de couro e de
uma pomada para induzir a
adesão à pele
Histórico
• Ataduras de Linho de Celso
• Guglielmo Salicetti, (1474),
ligaduras dos dentes da
mandíbula aos dentes
correspondentes do maxilar
Histórico
• Pierre-Joseph Desault (1780)
dispositivo intraoral
Histórico
• Aparelho de Rutenick ,1799
• Ligadura circular de Jean-Baptiste
Baudens ,1840
• Amarria direta dos fragmentos
ósseos em fraturas mandibulares
relatado por Gurdon Buck Jr. ,
1846,
Histórico
• Renee Le Fort (1901) ,
cirurgião frânces, estudou e
classificou as fraturas
maxilares .
• Ele estudou 35 crânios
descrevendo as grandes linhas
de fraqueza após submeter os
cadáveres a um impacto
traumático em árvores
Histórico
• Thomas L. Gilmer (1887) fixação
intermaxilar por amarria
• William Milton ADAMS (1905-1957),
fixação interna com fios metálicos.
• Greene Vardiman BLACK (1836-
1915), Pai da Odontologia Moderna,
reduções de fraturas da mandíbula por
meio de ligaduras
Histórico
• John Bernhardt ERICH (1907- ), livro :Traumatic
Injuries of the Facial Bones
• Placas autocompressivas,1968
• Lag Screw,1971
• Miniplacas e parafusos,1973
• Miniplacas Absorvíveis ,1989
Epidemiologia
• Sexo mais acometido é o masculino (78%)
• A violência interpessoal foi a etiologia mais comum em
ambos os sexos (masculino=46,1%; feminino=58,3%),
perfazendo um total de 48,8%
• Três décadas atrás, os acidentes por veículos automotores
eram a principal causa de fratura facial (65%)
• Leis rigorosas de controle de velocidade, uso obrigatório de
cinto de segurança e uso de air bag, diminuiram os traumas
Epidemiologia
• A associação entre consumo de álcool e fraturas faciais
é bem documentada existe uma relação de até 45% dos
casos
• Uma legislação rigorosa de controle e punição para
motoristas embriagados e um maior alerta social das
morbidades relacionadas ao álcool podem ajudar a
reduzir quaisquer traumas decorrentes de seu uso.
• TCE = 55%
Epidemiologia
• 0-19a: Quedas e violência
• 20-39a: Violência interpessoal
• 40-...: Quedas
• Lacerações and abrasões 75%
• Lesão Ortopédica 51%
• Outras fraturas de face 42%
• Pulmonar 13%,
• Abdominal 5.7%,
• Cardíaca 3.8%
Anatomia
Anatomia
• Análise tridimensional
• Tecido ósseo compacto em meio ao laminar
• Resistência com proteção às estruturas nobres :
parênquima cerebral e ocular.
Anatomia
• Retículo tridimensional cuja finalidade é a dispersão e
centrifugação dos impactos.
• As chamadas barras ósseas de sustentação foram bem
elucidadas pelo trabalho de Sturla em 1980
• Resistência e Complacência
• O maxilar é um osso duplo, formado pela junção das duas
maxilas na linha média
Anatomia
• As maxilas são responsáveis pela dimensão vertical do
terço médio da face e são constituídas de um corpo e
quatro processos, formando as paredes laterais da
cavidade nasal e a maior parte do assoalho da órbita.
• A face anterior apresenta o forame infra-orbital que dá
passagem à artéria e nervo infra-orbitais, cerca de 1 cm
abaixo do rebordo orbitário inferior.
• Os processos da maxila são o zigomático, frontal,
palatino e o alveolar.
• A presença do seio maxilar confere uma característica
peculiar ao terço médio da face pela possível
comunicação mucosa por traços de fraturas que se
estendam até o corpo maxilar.
• Os dentes superiores estão situados nos processos
alveolares das maxilas e as bordas verticais correspondem
à projeção de suas raízes.
• As movimentações dos processos alveolares são
importantes para que se mantenha condições de uma
oclusão adequada.
Anatomia
Anatomia
• A vascularização da
maxila é feita
predominantemente
pela artéria maxilar,
que é um ramo terminal
da carótida externa (
maior)
• O suprimento
sanguíneo é feito então
pelos ramos terminais
da artéria maxilar,
sendo a mais
importante a artéria
esfeno palatal
Anatomia
• Na região do septo nasal
anterior encontra-se a zona
hemorrágica de
Kiesserlbach, onde uma rica
rede anastomótica comunica
a carótida externa, através de
ramos terminais da artéria
maxilar, com a carótida
interna, através de ramos
etmoidais anterior e
posterior da artéria
oftálmica.
Anatomia
• A . maxilar :
1ª Parte Mandibular
A . Auricular Profunda
A . Timpânica Anterior
A . Meníngea Média
A . Meníngea Acessória
A . Alveolar Inferior
Anatomia
• A . maxilar :
2ª Parte Pterigóidea
A . Massetérica
A . Temporal Profunda
Anterior e Posterior
A . Pterigóidea
A . Bucal ( bucinadora)
Anatomia
• A . maxilar :
3ª Parte Pterigopalatina
A . Alveolar Superior
Posterior
A . Infra-Orbital
A . Palatina Descendente
A . do Canal Pterigóideo
A . Faríngea
A . Esfenopalatina
Anatomia
• Antigamente, o termo artéria maxilar externa foi
usada para descrever o que é agora conhecido como
a artéria facial
• Atualmente, o termo artéria maxilar externa é
menos comumente usada, e as condições artéria
maxilar interna e artéria maxilar são equivalentes.
Anatomia
• A inervação da maxila é feita pelo ramo maxilar do nervo
trigêmeo (NC V).
• Exterioriza-se do crânio pelo forame redondo, atravessa a
fissura orbitária inferior e corre por um curto canal na
borda orbitária inferior, saindo deste canal pelo forame
infra-orbitário.
Classificação
• Le Fort
• Os estudos de Le Fort
(1901) determinaram as
áreas de fraqueza da
maxila, e originaram essa
classificação
Classificação
●Fratura Transversa
Baixa (Le Fort I,
Guerin, Duchange):
●Atribui-se a Guerin a
primeira descrição
desta fratura em 1866.
● Nesse tipo de
fratura, mais
conhecida como Le
Fort I, descrita em
1901, observa-se o
traço de fratura que
tangencia a margem
inferior do seio
piriforme,
Classificação
●Fratura Piramidal (Le Fort II):
●Caracteriza-se por linha de
fratura que se inicia na região
nasofrontal, desce pela apófise
frontal da maxila, correndo
lateralmente através dos ossos
lacrimais e assoalho da órbita.
Nos casos mais graves pode
ocorrer deslocamento posterior
severo do segmento, com lesão
associada da área etmoidal,
septo nasal, ducto lacrimal e
alargamento do espaço
interorbital.
Classificação
●Fratura de Disjunção
Craniofacial (Le Fort III):
●Linha de fratura que se inicia
na sutura nasofrontal,
estendendo-se lateralmente
através das paredes medial e
inferior da órbita,
atravessando as suturas
zigomático-frontal e arco
zigomático, terminando,
posteriormente, atingindo o
processo pterigóide.
● Resulta, portanto, na
completa separação da face
do crânio.
Classificação
●Fratura Mediana
da Maxila
(Lannelongue):
●Caracteriza-se pela
disjunção mediana
da maxila,
provocando
clinicamente um
diastema dos
incisivos centrais e
laceração da
mucosa palatal no
mesmo sentido da
lesão.
Classificação
●Fratura de Walthers (em
quatro fragmentos):
●Eventualmente pode ocorrer,
além da fratura mediana da
maxila, um traço de fratura
transverso no palato,
freqüentemente na sutura
maxilopalatal, próximo ao
primeiro e segundo pré-
molares, configurando quatro
fragmentos ósseos.
●No tratamento desse tipo de
fratura encontra-se dificuldade
para a estabilização dos
fragmentos posteriores.
Classificação
●Fratura da Borda Alveolar:
●Geralmente conseqüência do impacto localizado nos
dentes, com báscula do dente e fratura da parede
contraria do alvéolo dentário, causa lesão dos
elementos dentários e na estrutura óssea alveolar da
maxila.
Classificação
●Fraturas Complexas da Maxila:
●Como fraturas complexas podemos considerar aquelas em
que há uma combinação dos tipos de fratura descritos ou,
também, envolvimento de outras estruturas do esqueleto
craniofacial.
Clínica
• ATLS
• História Clínica
• Exame Físico: Fraturas Associadas
Clínica
• Edema
• Dor
• Equimose
• Sangramento Nasal,
Otorragia
• Alteração da Oclusão
Dentária
• Anestesia
• Palpação: bidigital –
mobilidade da maxila
Propedêutica
• Oroscopia
• Rinoscopia ( Líquor, Hematoma septal)
• RX : A-P, Waters, Hirtz, Towne, Perfil, fronto-naso,
naso-mento, oclusal e ossos próprios do nariz,
panorâmica
● Tomografia Computadorizada e com recursos de
reconstrução tridimensional de imagem.
Tomografia
TC 3D
Tratamento
●Alguns cirurgiões preferem operar o paciente na ocasião
do diagnostico da fratura, porem outros preferem esperar a
regressão do edema para melhor avaliação das
deformidades e operar o paciente entre 7 e 10 dias após o
trauma.
● A realização de higiene oral rigorosa, assim como a
tricotomia de barba e bigode, é um aspecto pré-operatório
importante.
Tratamento
● Vias de Acesso para
Maxila:
● O acesso intra-oral
mais utilizado é através
do sulco gengivobucal
(Cadwell Luc).
● Zigomaticomaxilar
Tratamento
● Vias de Acesso para
Maxila:
● Acesso através da
Pálpebra Inferior:
●O acesso pela pálpebra
inferior pode ser
transcutâneo ou
transconjuntival
●Transcutâneo:
Infraciliar ,palpebral e
orbital
Tratamento
● Vias de Acesso para
Maxila:
● Acesso pela Pálpebra
Superior:
●O acesso através do sulco
palpebral superior permite
boa exposição da sutura
frontozigomática.
●Realiza-se uma incisão
da porção mediopupilar
até a lateral palpebral,
podendo ser estendida no
sentido das rugas
periorbitais.
Tratamento
● Vias de Acesso
para Maxila:
● Acesso Coronal:
●A incisão coronal
com descolamento
subgaleal e
subperiosteal no
arco zigomático
permite boa
exposição do crânio
e de toda a porção
superior da face.
Hemicoronal
Tratamento
●MÉTODOS DE FIXAÇÃO:
•Bloqueio Maxilomandibular:
●Pode ser a forma de tratamento nos casos de fraturas
alinhadas e estáveis, permanecendo por 4 a 6 semanas, ou
pode ser utilizado como tratamento temporário até que se
realize o tratamento definitivo.
Tratamento
●MÉTODOS DE FIXAÇÃO:
●Fixação Interna com Fios de Aço,
Parafusos e Placas:
●A exposição adequada dos
fragmentos fraturados e sua
fixação com fios de aço, placas e
parafusos propiciam os melhores
resultados.
●
Lefort II & III Reconstruction
Lefort II & III
Reconstruction
Tratamento
●MÉTODOS DE FIXAÇÃO:
●Fraturas Alveolares:
●As fraturas alveolares simples podem ser digitalmente
reduzidas e estabilizadas através de odontossínteses ou arcos
vestibulares, os quais são mantidos por 4 a 12 semanas, ou
até que seja observada clinicamente uma estabilidade
adequada.
●As fraturas complexas devem ser tratadas com
imobilizações com fios de aço ou placas e parafusos.
Complicações
● As complicações precoces mais comuns seriam hemorragia,
edema e obstrução das vias aéreas.
● Fistula liquórica e amaurose são complicações precoces
menos comuns, no entanto, podem ocorrer nas fraturas graves
tipo Le Fort II e III.
•Dentre as complicações tardias, podem ocorrer a exposição
dos meios de fixação, enoftalmo, alterações nas dimensões
verticais e horizontais da face, diplopia, lesões do nervo
infra-orbital, má oclusão e lesões dentarias.
Fratura Maxilar

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013
Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013
Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013Guilherme Terra
 
Instrumental endodontico blog
Instrumental endodontico   blogInstrumental endodontico   blog
Instrumental endodontico blogCharles Pereira
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelCamilla Bringel
 
Preparo e restauração classes II e V em amálgama
Preparo e restauração classes II e V em amálgamaPreparo e restauração classes II e V em amálgama
Preparo e restauração classes II e V em amálgamaprofguilhermeterra
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILATÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILACamilla Bringel
 
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013Tratamento das comunicações buco sinusais 2013
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013Guilherme Terra
 
Fraturas de 13 médio da face
Fraturas de 13 médio da faceFraturas de 13 médio da face
Fraturas de 13 médio da faceClaudio Fleig
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementaresRamon Mendes
 
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013Guilherme Terra
 
Escultura dental com auxílio do método geométrico
Escultura dental com auxílio do método geométricoEscultura dental com auxílio do método geométrico
Escultura dental com auxílio do método geométricoprofguilhermeterra
 
Etiologia, sinais e sintomas das DTM's
Etiologia, sinais e sintomas das DTM'sEtiologia, sinais e sintomas das DTM's
Etiologia, sinais e sintomas das DTM'sCamilla Bringel
 
Classificações das Resinas Compostas
Classificações das Resinas CompostasClassificações das Resinas Compostas
Classificações das Resinas Compostasprofguilhermeterra
 
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]André Milioli Martins
 

Mais procurados (20)

Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013
Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013
Traumatologia Buco Maxilo Facial 2013
 
Instrumental endodontico blog
Instrumental endodontico   blogInstrumental endodontico   blog
Instrumental endodontico blog
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
 
Preparo e restauração classes II e V em amálgama
Preparo e restauração classes II e V em amálgamaPreparo e restauração classes II e V em amálgama
Preparo e restauração classes II e V em amálgama
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILATÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA
 
Cirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostilaCirurgia Odontológica - apostila
Cirurgia Odontológica - apostila
 
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013Tratamento das comunicações buco sinusais 2013
Tratamento das comunicações buco sinusais 2013
 
Fraturas de 13 médio da face
Fraturas de 13 médio da faceFraturas de 13 médio da face
Fraturas de 13 médio da face
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementares
 
Importancia do preparo apical
Importancia do preparo apicalImportancia do preparo apical
Importancia do preparo apical
 
Anatomia anestesica
Anatomia anestesicaAnatomia anestesica
Anatomia anestesica
 
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013
Técnicas anestésicas e soluções anestésicas 2013
 
Escultura dental com auxílio do método geométrico
Escultura dental com auxílio do método geométricoEscultura dental com auxílio do método geométrico
Escultura dental com auxílio do método geométrico
 
Implantes dentarios
Implantes dentariosImplantes dentarios
Implantes dentarios
 
Resinas
ResinasResinas
Resinas
 
Dtm slides
Dtm   slidesDtm   slides
Dtm slides
 
Fraturas de Mandíbula
Fraturas de Mandíbula Fraturas de Mandíbula
Fraturas de Mandíbula
 
Etiologia, sinais e sintomas das DTM's
Etiologia, sinais e sintomas das DTM'sEtiologia, sinais e sintomas das DTM's
Etiologia, sinais e sintomas das DTM's
 
Classificações das Resinas Compostas
Classificações das Resinas CompostasClassificações das Resinas Compostas
Classificações das Resinas Compostas
 
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]
Resumo de Periodontia - Classificação dos Retalhos Periodontais [Parte #2]
 

Semelhante a Fratura Maxilar

FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITAS
FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITASFRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITAS
FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITASBrunno Rosique
 
6. aula patrícia juan sobre trauma de face
6. aula patrícia juan sobre trauma de face6. aula patrícia juan sobre trauma de face
6. aula patrícia juan sobre trauma de faceJuan Zambon
 
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e Maxila
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e MaxilaTrauma de Face IV- Fratura de Orbita e Maxila
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e MaxilaBrunno Rosique
 
Anatomia Cirúrgica da Face
Anatomia Cirúrgica da FaceAnatomia Cirúrgica da Face
Anatomia Cirúrgica da FaceBrunno Rosique
 
Trauma de Face III - Fratura Nasal e Zigomática
Trauma de Face III - Fratura Nasal e ZigomáticaTrauma de Face III - Fratura Nasal e Zigomática
Trauma de Face III - Fratura Nasal e ZigomáticaBrunno Rosique
 
Fissura Labial Unilateral
Fissura Labial UnilateralFissura Labial Unilateral
Fissura Labial UnilateralBrunno Rosique
 
Fissuras Faciais de Tessier
Fissuras Faciais de TessierFissuras Faciais de Tessier
Fissuras Faciais de TessierBrunno Rosique
 
Artigo Articulação Temporomandibular
Artigo   Articulação TemporomandibularArtigo   Articulação Temporomandibular
Artigo Articulação TemporomandibularValriaSouzaMartins
 
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoes
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoesAnatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoes
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoesGabriel da Cruz
 
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.Brunno Rosique
 
amputação membros inferiores
 amputação membros inferiores   amputação membros inferiores
amputação membros inferiores Ruan Silva
 
Fratura de Órbita e Anatomia
Fratura de Órbita e AnatomiaFratura de Órbita e Anatomia
Fratura de Órbita e AnatomiaBrunno Rosique
 
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic Treatment
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic TreatmentCartilage lesions in the hip. Arthroscopic Treatment
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic TreatmentUnidade da Anca - Hip Unit
 
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARayssa Mendonça
 
Cirurgia de cabeça e pescoço completa
Cirurgia de cabeça e pescoço   completaCirurgia de cabeça e pescoço   completa
Cirurgia de cabeça e pescoço completaJucie Vasconcelos
 

Semelhante a Fratura Maxilar (20)

FRATURAS DA MAXILA.doc
FRATURAS DA MAXILA.docFRATURAS DA MAXILA.doc
FRATURAS DA MAXILA.doc
 
FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITAS
FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITASFRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITAS
FRATURAS NASAIS, ZIGOMA E ÓRBITAS
 
6. aula patrícia juan sobre trauma de face
6. aula patrícia juan sobre trauma de face6. aula patrícia juan sobre trauma de face
6. aula patrícia juan sobre trauma de face
 
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e Maxila
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e MaxilaTrauma de Face IV- Fratura de Orbita e Maxila
Trauma de Face IV- Fratura de Orbita e Maxila
 
Anatomia Cirúrgica da Face
Anatomia Cirúrgica da FaceAnatomia Cirúrgica da Face
Anatomia Cirúrgica da Face
 
Reconstrução Nasal
Reconstrução Nasal Reconstrução Nasal
Reconstrução Nasal
 
Artroplastia pri ma ria do quadril
Artroplastia pri ma ria do quadrilArtroplastia pri ma ria do quadril
Artroplastia pri ma ria do quadril
 
Trauma de Face III - Fratura Nasal e Zigomática
Trauma de Face III - Fratura Nasal e ZigomáticaTrauma de Face III - Fratura Nasal e Zigomática
Trauma de Face III - Fratura Nasal e Zigomática
 
Fraturas
FraturasFraturas
Fraturas
 
Modulo 08
Modulo 08Modulo 08
Modulo 08
 
Fissura Labial Unilateral
Fissura Labial UnilateralFissura Labial Unilateral
Fissura Labial Unilateral
 
Fissuras Faciais de Tessier
Fissuras Faciais de TessierFissuras Faciais de Tessier
Fissuras Faciais de Tessier
 
Artigo Articulação Temporomandibular
Artigo   Articulação TemporomandibularArtigo   Articulação Temporomandibular
Artigo Articulação Temporomandibular
 
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoes
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoesAnatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoes
Anatomia radiologica-e-propedeutica-por-imagem-das-afeccoes
 
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.
Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.
 
amputação membros inferiores
 amputação membros inferiores   amputação membros inferiores
amputação membros inferiores
 
Fratura de Órbita e Anatomia
Fratura de Órbita e AnatomiaFratura de Órbita e Anatomia
Fratura de Órbita e Anatomia
 
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic Treatment
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic TreatmentCartilage lesions in the hip. Arthroscopic Treatment
Cartilage lesions in the hip. Arthroscopic Treatment
 
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
 
Cirurgia de cabeça e pescoço completa
Cirurgia de cabeça e pescoço   completaCirurgia de cabeça e pescoço   completa
Cirurgia de cabeça e pescoço completa
 

Mais de Brunno Rosique

Mais de Brunno Rosique (20)

Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial
 
Onfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdfOnfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdf
 
Tumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.pptTumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.ppt
 
Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia
 
Abdominoplastia.doc
Abdominoplastia.docAbdominoplastia.doc
Abdominoplastia.doc
 
ABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.pptABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.ppt
 
Abdominoplastia
 Abdominoplastia  Abdominoplastia
Abdominoplastia
 
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica SaldanhaLipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
 
Excisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDFExcisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDF
 
CBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdfCBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdf
 
Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele
 
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .pptCARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
 
Queimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.docQueimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.doc
 
Queimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .docQueimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .doc
 
Queimaduras.doc
Queimaduras.docQueimaduras.doc
Queimaduras.doc
 
Queimadura Química.ppt
Queimadura Química.pptQueimadura Química.ppt
Queimadura Química.ppt
 
Lesões elétricas.doc
Lesões elétricas.docLesões elétricas.doc
Lesões elétricas.doc
 
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica
 
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica
 
Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica
 

Fratura Maxilar

  • 1. Cirurgia Plástica Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Regente : Dr Valdemar Mano Sanches
  • 2. Fraturas de Maxila Dr. Brunno Rosique Lara
  • 3. Introdução  O trauma facial é considerado uma das agressões mais devastadoras encontradas em centros de trauma devido às conseqüências emocionais e à possibilidade de deformidade e também ao impacto econômico que tais traumas causam em um sistema de saúde.  Abrangência multidisciplinar
  • 4. Histórico • O Papiro de Smith, 1600 aC, contém as primeiras informações conhecidas sobre o uso de ataduras feitas de fibras especiais, de linho, no tratamento de fraturas, porém desaconselha qualquer tentativa de tratamento de fraturas expostas da mandíbula, indicando-a como "uma doença que não tem tratamento".
  • 5. Histórico • Os etruscos supõe-se que usavam fiação monomaxilar de ouro para tratar fraturas da mandíbula. Na Grécia, Hipócrates também se refere ao tratamento de fratura de mandíbula, usando bandagem na forma de tiras de couro e de uma pomada para induzir a adesão à pele
  • 6. Histórico • Ataduras de Linho de Celso • Guglielmo Salicetti, (1474), ligaduras dos dentes da mandíbula aos dentes correspondentes do maxilar
  • 7. Histórico • Pierre-Joseph Desault (1780) dispositivo intraoral
  • 8. Histórico • Aparelho de Rutenick ,1799 • Ligadura circular de Jean-Baptiste Baudens ,1840 • Amarria direta dos fragmentos ósseos em fraturas mandibulares relatado por Gurdon Buck Jr. , 1846,
  • 9. Histórico • Renee Le Fort (1901) , cirurgião frânces, estudou e classificou as fraturas maxilares . • Ele estudou 35 crânios descrevendo as grandes linhas de fraqueza após submeter os cadáveres a um impacto traumático em árvores
  • 10. Histórico • Thomas L. Gilmer (1887) fixação intermaxilar por amarria • William Milton ADAMS (1905-1957), fixação interna com fios metálicos. • Greene Vardiman BLACK (1836- 1915), Pai da Odontologia Moderna, reduções de fraturas da mandíbula por meio de ligaduras
  • 11. Histórico • John Bernhardt ERICH (1907- ), livro :Traumatic Injuries of the Facial Bones • Placas autocompressivas,1968 • Lag Screw,1971 • Miniplacas e parafusos,1973 • Miniplacas Absorvíveis ,1989
  • 12. Epidemiologia • Sexo mais acometido é o masculino (78%) • A violência interpessoal foi a etiologia mais comum em ambos os sexos (masculino=46,1%; feminino=58,3%), perfazendo um total de 48,8% • Três décadas atrás, os acidentes por veículos automotores eram a principal causa de fratura facial (65%) • Leis rigorosas de controle de velocidade, uso obrigatório de cinto de segurança e uso de air bag, diminuiram os traumas
  • 13. Epidemiologia • A associação entre consumo de álcool e fraturas faciais é bem documentada existe uma relação de até 45% dos casos • Uma legislação rigorosa de controle e punição para motoristas embriagados e um maior alerta social das morbidades relacionadas ao álcool podem ajudar a reduzir quaisquer traumas decorrentes de seu uso. • TCE = 55%
  • 14. Epidemiologia • 0-19a: Quedas e violência • 20-39a: Violência interpessoal • 40-...: Quedas • Lacerações and abrasões 75% • Lesão Ortopédica 51% • Outras fraturas de face 42% • Pulmonar 13%, • Abdominal 5.7%, • Cardíaca 3.8%
  • 16. Anatomia • Análise tridimensional • Tecido ósseo compacto em meio ao laminar • Resistência com proteção às estruturas nobres : parênquima cerebral e ocular.
  • 17.
  • 18. Anatomia • Retículo tridimensional cuja finalidade é a dispersão e centrifugação dos impactos. • As chamadas barras ósseas de sustentação foram bem elucidadas pelo trabalho de Sturla em 1980 • Resistência e Complacência • O maxilar é um osso duplo, formado pela junção das duas maxilas na linha média
  • 19. Anatomia • As maxilas são responsáveis pela dimensão vertical do terço médio da face e são constituídas de um corpo e quatro processos, formando as paredes laterais da cavidade nasal e a maior parte do assoalho da órbita. • A face anterior apresenta o forame infra-orbital que dá passagem à artéria e nervo infra-orbitais, cerca de 1 cm abaixo do rebordo orbitário inferior. • Os processos da maxila são o zigomático, frontal, palatino e o alveolar.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • A presença do seio maxilar confere uma característica peculiar ao terço médio da face pela possível comunicação mucosa por traços de fraturas que se estendam até o corpo maxilar. • Os dentes superiores estão situados nos processos alveolares das maxilas e as bordas verticais correspondem à projeção de suas raízes. • As movimentações dos processos alveolares são importantes para que se mantenha condições de uma oclusão adequada. Anatomia
  • 25. Anatomia • A vascularização da maxila é feita predominantemente pela artéria maxilar, que é um ramo terminal da carótida externa ( maior) • O suprimento sanguíneo é feito então pelos ramos terminais da artéria maxilar, sendo a mais importante a artéria esfeno palatal
  • 26. Anatomia • Na região do septo nasal anterior encontra-se a zona hemorrágica de Kiesserlbach, onde uma rica rede anastomótica comunica a carótida externa, através de ramos terminais da artéria maxilar, com a carótida interna, através de ramos etmoidais anterior e posterior da artéria oftálmica.
  • 27. Anatomia • A . maxilar : 1ª Parte Mandibular A . Auricular Profunda A . Timpânica Anterior A . Meníngea Média A . Meníngea Acessória A . Alveolar Inferior
  • 28. Anatomia • A . maxilar : 2ª Parte Pterigóidea A . Massetérica A . Temporal Profunda Anterior e Posterior A . Pterigóidea A . Bucal ( bucinadora)
  • 29. Anatomia • A . maxilar : 3ª Parte Pterigopalatina A . Alveolar Superior Posterior A . Infra-Orbital A . Palatina Descendente A . do Canal Pterigóideo A . Faríngea A . Esfenopalatina
  • 30. Anatomia • Antigamente, o termo artéria maxilar externa foi usada para descrever o que é agora conhecido como a artéria facial • Atualmente, o termo artéria maxilar externa é menos comumente usada, e as condições artéria maxilar interna e artéria maxilar são equivalentes.
  • 31. Anatomia • A inervação da maxila é feita pelo ramo maxilar do nervo trigêmeo (NC V). • Exterioriza-se do crânio pelo forame redondo, atravessa a fissura orbitária inferior e corre por um curto canal na borda orbitária inferior, saindo deste canal pelo forame infra-orbitário.
  • 32.
  • 33. Classificação • Le Fort • Os estudos de Le Fort (1901) determinaram as áreas de fraqueza da maxila, e originaram essa classificação
  • 34. Classificação ●Fratura Transversa Baixa (Le Fort I, Guerin, Duchange): ●Atribui-se a Guerin a primeira descrição desta fratura em 1866. ● Nesse tipo de fratura, mais conhecida como Le Fort I, descrita em 1901, observa-se o traço de fratura que tangencia a margem inferior do seio piriforme,
  • 35.
  • 36. Classificação ●Fratura Piramidal (Le Fort II): ●Caracteriza-se por linha de fratura que se inicia na região nasofrontal, desce pela apófise frontal da maxila, correndo lateralmente através dos ossos lacrimais e assoalho da órbita. Nos casos mais graves pode ocorrer deslocamento posterior severo do segmento, com lesão associada da área etmoidal, septo nasal, ducto lacrimal e alargamento do espaço interorbital.
  • 37.
  • 38. Classificação ●Fratura de Disjunção Craniofacial (Le Fort III): ●Linha de fratura que se inicia na sutura nasofrontal, estendendo-se lateralmente através das paredes medial e inferior da órbita, atravessando as suturas zigomático-frontal e arco zigomático, terminando, posteriormente, atingindo o processo pterigóide. ● Resulta, portanto, na completa separação da face do crânio.
  • 39.
  • 40. Classificação ●Fratura Mediana da Maxila (Lannelongue): ●Caracteriza-se pela disjunção mediana da maxila, provocando clinicamente um diastema dos incisivos centrais e laceração da mucosa palatal no mesmo sentido da lesão.
  • 41.
  • 42. Classificação ●Fratura de Walthers (em quatro fragmentos): ●Eventualmente pode ocorrer, além da fratura mediana da maxila, um traço de fratura transverso no palato, freqüentemente na sutura maxilopalatal, próximo ao primeiro e segundo pré- molares, configurando quatro fragmentos ósseos. ●No tratamento desse tipo de fratura encontra-se dificuldade para a estabilização dos fragmentos posteriores.
  • 43. Classificação ●Fratura da Borda Alveolar: ●Geralmente conseqüência do impacto localizado nos dentes, com báscula do dente e fratura da parede contraria do alvéolo dentário, causa lesão dos elementos dentários e na estrutura óssea alveolar da maxila.
  • 44. Classificação ●Fraturas Complexas da Maxila: ●Como fraturas complexas podemos considerar aquelas em que há uma combinação dos tipos de fratura descritos ou, também, envolvimento de outras estruturas do esqueleto craniofacial.
  • 45. Clínica • ATLS • História Clínica • Exame Físico: Fraturas Associadas
  • 46. Clínica • Edema • Dor • Equimose • Sangramento Nasal, Otorragia • Alteração da Oclusão Dentária • Anestesia • Palpação: bidigital – mobilidade da maxila
  • 47.
  • 48. Propedêutica • Oroscopia • Rinoscopia ( Líquor, Hematoma septal) • RX : A-P, Waters, Hirtz, Towne, Perfil, fronto-naso, naso-mento, oclusal e ossos próprios do nariz, panorâmica ● Tomografia Computadorizada e com recursos de reconstrução tridimensional de imagem.
  • 50. TC 3D
  • 51. Tratamento ●Alguns cirurgiões preferem operar o paciente na ocasião do diagnostico da fratura, porem outros preferem esperar a regressão do edema para melhor avaliação das deformidades e operar o paciente entre 7 e 10 dias após o trauma. ● A realização de higiene oral rigorosa, assim como a tricotomia de barba e bigode, é um aspecto pré-operatório importante.
  • 52. Tratamento ● Vias de Acesso para Maxila: ● O acesso intra-oral mais utilizado é através do sulco gengivobucal (Cadwell Luc). ● Zigomaticomaxilar
  • 53.
  • 54. Tratamento ● Vias de Acesso para Maxila: ● Acesso através da Pálpebra Inferior: ●O acesso pela pálpebra inferior pode ser transcutâneo ou transconjuntival ●Transcutâneo: Infraciliar ,palpebral e orbital
  • 55.
  • 56. Tratamento ● Vias de Acesso para Maxila: ● Acesso pela Pálpebra Superior: ●O acesso através do sulco palpebral superior permite boa exposição da sutura frontozigomática. ●Realiza-se uma incisão da porção mediopupilar até a lateral palpebral, podendo ser estendida no sentido das rugas periorbitais.
  • 57. Tratamento ● Vias de Acesso para Maxila: ● Acesso Coronal: ●A incisão coronal com descolamento subgaleal e subperiosteal no arco zigomático permite boa exposição do crânio e de toda a porção superior da face.
  • 58.
  • 60. Tratamento ●MÉTODOS DE FIXAÇÃO: •Bloqueio Maxilomandibular: ●Pode ser a forma de tratamento nos casos de fraturas alinhadas e estáveis, permanecendo por 4 a 6 semanas, ou pode ser utilizado como tratamento temporário até que se realize o tratamento definitivo.
  • 61.
  • 62. Tratamento ●MÉTODOS DE FIXAÇÃO: ●Fixação Interna com Fios de Aço, Parafusos e Placas: ●A exposição adequada dos fragmentos fraturados e sua fixação com fios de aço, placas e parafusos propiciam os melhores resultados. ●
  • 63.
  • 64. Lefort II & III Reconstruction
  • 65. Lefort II & III Reconstruction
  • 66. Tratamento ●MÉTODOS DE FIXAÇÃO: ●Fraturas Alveolares: ●As fraturas alveolares simples podem ser digitalmente reduzidas e estabilizadas através de odontossínteses ou arcos vestibulares, os quais são mantidos por 4 a 12 semanas, ou até que seja observada clinicamente uma estabilidade adequada. ●As fraturas complexas devem ser tratadas com imobilizações com fios de aço ou placas e parafusos.
  • 67. Complicações ● As complicações precoces mais comuns seriam hemorragia, edema e obstrução das vias aéreas. ● Fistula liquórica e amaurose são complicações precoces menos comuns, no entanto, podem ocorrer nas fraturas graves tipo Le Fort II e III. •Dentre as complicações tardias, podem ocorrer a exposição dos meios de fixação, enoftalmo, alterações nas dimensões verticais e horizontais da face, diplopia, lesões do nervo infra-orbital, má oclusão e lesões dentarias.