O documento discute vários métodos para tratamento de perdas ósseas traumáticas, incluindo enxertos ósseos, técnicas de distração óssea e membrana induzida. Aborda opções como autoenxerto, aloenxerto e substitutos ósseos sintéticos, assim como suas vantagens e desvantagens.
2. •Amputação primaria fosse o tratamento de escolha nos
casos de perdas ósseas traumáticas extensas.
•Técnicas modernas de estabilização das fraturas e
reconstrução dos tecidos moles, anastomose microvascular,
muitos membros feridos com defeitos ósseos graves tem a
possibilidade de serem recuperados.
Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição. Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de Janeiro: Elsevier.
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3. Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição. Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de Janeiro: Elsevier.
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• Ocorrem em 11% a 12% de todas as
fraturas expostas.
• Perda óssea traumática é mais frequente
na tíbia.
• Acredita-se que 2/3 dos casos da perda
ósseas segmentares ocorrem na tíbia.
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10
20
30
40
50
60
70
80
TIBIA FEMUR
2.3 %
30.7 %
68 – 79 %
Perdas Ósseas Segmentares
Todos os Casos Fraturas Expostas Perdas Osseas
4. • Perda óssea segmentar é a causa mais
comum de falha óssea.
• Tratamento dos traumas de alta energia
da tíbia é o envelope de tecidos moles.
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0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
INFECÇÃO PSEUDOARTROSE
11%
7%
38%
60%
Complicações da fraturas
diafisiarias de Tíbia
Causa de Perda Óssea
Trauma Agudo
de Alta Energia
Osteomielite
5. Perda óssea de grande
porte
Segmento >30 milímetros.
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Orthopaedic Trauma
Association (OTA)
Tipo 1
Menos de
50% do
diâmetro do
osso
Tipo 2
Mais de 50%
da
circunferência
do osso
Tipo 3
Perda
Segmentar
• O suprimento sanguíneo do periósteo é
derivado principalmente do envelope de
partes moles circundante.
• Daí, a corticotomia sempre deverá ser
realizada através de tecidos saudáveis.
6. CLASSIFICAÇÃO – GUSTILLO E ANDERSON
Tipo Ferida Contaminação Lesão de Partes Moles Lesão Óssea
I < 1 cm Limpa Mínima Simples
II 1 a 10 cm Moderada Moderada Moderada
III A > 10 cm Contaminada Grave + Cobertura Cutânea Possível Multifragmentar
III B > 10 cm Contaminada Grave + Cobertura de Partes Moles Deficiente Multifragmentar
III C > 10 cm Contaminada Lesão Vascular que requer reparo Multifragmentar
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https://traumatologiaeortopedia.com.br/wp-content/uploads/2019/08/gustilo-e-andersen.jpg
7. Enxerto
Ósseo
Autoenxerto
Isoenxerto
Aloenxerto
Xenoenxerto
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• Crista ilíaca é o local mais utilizado para a
retirada de enxerto ósseo autógeno (cortical e
esponjoso).
• Metáfises proximal e distal da tíbia, distal do
radio e trocanter maior.
• Opção fresagem intramedular, reamer irrigator
aspirator (RIA) para retirada do enxerto ósseo
intramedular de fêmur.
Características
Macroscópicas e
Microscópicas
Enxerto Cortical Enxerto Esponjoso
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Propriedades
Osteocondutoras
Osteoindutivas
Osteogênicas
• Especial ênfase a sua natureza de suporte estrutural
as falhas ósseas.
• São avasculares, e mais para o tratamento de defeitos
estruturais que requeiram estabilidade mecânica
imediata.
• Primeiros 6 meses tornam-se progressivamente mais
fracos, vulneráveis a reabsorção.
• Recuperam a força estrutural dentro de 12 meses.
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Característica
Porosidade
Estrutura
trabecular
Contem Citocinas
• Bastante utilizado para acelerar o processo de
consolidação em casos de pseudartrose e artrodeses.
• É rapidamente integrado ao sitio receptor.
(Angiogênese, totalmente 2 dias)
• Formação de osso dentro de algumas semanas,
remodelação na 8va semana – 1 ano.
• Recomendado para as falhas com <3 cm, sitio bem
vascularizado e saudável.
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Técnica Quirúrgica: Injerto Autólogo de Cresta Ilíaca Para Procedimientos de Latarjet Fallídos em:
https://www.youtube.com/watch?v=tGsOHOYAgGQ
RIA reaming irrigation aspiration system em> https://www.youtube.com/O0o
11. • Enxerto ósseo corticais e esponjosos
podem ser retirados com um pedículo
vascular.
• Enxertos vascularizados libres oferecem
ótima incorporação e são indicados para
defeitos ósseos de > 8 cm.
• Fixação do enxerto pode ser realizada por
osteossíntese interna o com fixadores
externos.
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Cresta Ilíaca
Fíbula
Extremidade
Distal de Radio
Costelas
Artéria
Circunflexa
Profunda
Ramos de Artéria
Fibular
Artéria
Supraretinacular
Artéria Intercostal
Posterior
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Peroné vascularizado em:
https://www.youtube.com/watch?v=yilKZWM6f14
13. • Aloenxerto estrutural é frequentemente utilizado para restaurar o
estoque ósseo nos pacientes com defeitos ósseos extensos
submetidos a artroplastia de revisão de quadril e joelho.
• Estudos mostram que seu uso para tratamento em falhas ósseas
devido a trauma apresentam complicações e falhas na incorporação
do enxerto, devido a infecção, remodelação lenta e incompleta e uma
elevada taxa de fratura.
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14. • Masquelet e Begue: Reconstruções de
defeitos ósseos variando de 5 a 24 cm.
• O defeito ósseo é preenchido por um
espaçador de polimetilmetacrilato. Despois é
retirado após 6 semanas.
• Observa-se a formação de uma membrana
envolvendo o espaçador, com gran potencial
osteogênico, altamente vascularizada.
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Membrana Indutora
Fator de Crescimento Vascular
Endotelial (VEGF)
Proteína Morfogênica do Osso (BMP-
2)
Fator de Transformação do
crescimento beta 1 (TGF-B1)
Superfície Interior Sinovial formada
por fibroblastos e colágeno.
15. Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição. Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de Janeiro: Elsevier.
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I do 'Masquelet Technique’ em:
https://www.youtube.com/watch?v=eHbLjV6J7co
16. • Fosfato tricálcio
• A matriz óssea desmineralizada
• Hidroxiapatita,
• Cimento ósseo cálcio fosfato
• E alguns tipos de polímeros
sintéticos.
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17. • A osteogênese por distração foi descrita na década de
1950 por Ilizarov.
• Principai vantagem poupar áreas sadias da retirada de
enxerto e utilizar a capacidade única do tecido ósseo de
se regenerar para que perdas ósseas possam ser
reconstruídas.
• Corticotomia é realizada em área de boa cobertura de
tecidos moles.
• O ritmo desse transporte, à velocidade de 1 mm/dia.
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18. Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição. Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de Janeiro: Elsevier.
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Ilizarov em:
https://www.youtube.com/watch?v=2_ZOwcQ1wl4
19. • Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição.
Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de
Janeiro: Elsevier.
• França, A. J. B. D., Jardim, V. B. F., Vasconcellos, R. J. D. H., Barboza, K.
O., Leite Segundo, A. V., & Nogueira, E. F. D. C. (2016). Enxerto ósseo
microvascularizado na reconstrução mandibular: relato de
caso. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 16(1),
45-49.
• Rodrigues, F. L., & Mercadante, M. T. (2005). Tratamento da falha
óssea parcial pelo transporte ósseo parietal. Acta Ortopédica
Brasileira, 13, 9-12.
Bibliografia
Motta, Barros. Ortopedia e Traumatologia, 2 Volumes, 1ra Edição. Perdas Ósseas Segmentares, Cap 51 (Págs. 1378 – 1397). Rio de Janeiro: Elsevier.
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Notas do Editor
O elemento chave no tratamento dos traumas de alta energia da tíbia é o envelope de tecidos moles, responsável por assegurar um aporte vascular adequado aos fragmentos ósseos subjacentes.
A abordagem e o tratamento inicial das fraturas expostas, que consiste em desbridamento mecânico, antibióticoterapia e controle de danos adequado, é fundamental para a prevenção de infecções ósseas.
É muito importante a avaliação das condições de partes moles para se indicar o tipo de tratamento para o preenchimento do defeito ósseo, pois sabe-se que em locais com grande perda de partes moles com baixa vascularização local, pode comprometer a qualidade do osso regenerado.
O suprimento sanguíneo do periósteo é derivado principalmente do envelope de partes moles circundantes.
Se este envelope é incapaz de suprir às necessidades de irrigação sanguínea da região, poderá ocorrer o comprometimento da consolidação óssea, e se usado a técnica de osteogênese por distração com transporte ósseo, o comprometimento do desenvolvimento do osso regenerado.
Daí, a corticotomia sempre deverá ser realizada através de tecidos saudáveis.