– Afecção caracterizada pela interrupção do fluxo sanguíneo a um segmento do côndilo femoral, podendo progredir para fratura subcondral, colapso e artrite degenerativa.
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2. Introdução
Descrita inicialmente: Ahlback et al(1), em 1968
Mulheres (3:1)
Mais de 55 anos de idade
Obesas (60%)
Necrose avascular
Afecção: fluxo sanguíneo deficitário em dada
porção óssea
Estados Unidos da América: 300.000 e 600.000
pessoas – causa 5 a 12% das indicações de
artroplastia total do joelho
3. Introdução:
A osteonecrose do joelho e uma patologia que pode se
apresentar sob duas formas:
Osteonecrose primária – idiopática espontânea
Pacientes sexo feminino
>55 anos
Unilateral – porção lateral do côndilo medial
Osteonecrose secundária - fator causal
Adultos jovens
Bilateral em 80% - não localizada – acomete outras
articulações
Etilismo, corticoterapia, discrasias sanguíneas, lúpus,
transplante renal, artroscopia, hemoglobinopatias,
meniscectomias, anemia falciforme, doença de Gaucher
4. Patogênese e Fisipatologia
“Desconhecida”
Existem teorias que defendem a origem traumática
da osteonecrose espontânea
Microfraturas na cartilagem por traumatismos de
repetição, que levam ao aumento da pressão no
osso subcondral pelo edema e por passagem de
líquido sinovial para o interior da lesão,
contribuindo, ainda mais, para o aumento da
pressão e piora da isquemia.
Teorias defendem que a fratura subcondral ocorra
por insuficiência de um osso osteoporótico.
5. Patogênese e Fisipatologia
“Desconhecida”
Osteonecrose secundária:
Duas principais teorias:
Interrupção da circulação microvascular no osso
subcondral por êmbolos de gordura ou microtrombos,
levando ao edema e aumento de pressão local.
O uso de corticoesteróides pode aumentar o tamanho
das células de gordura na medula óssea o que pode
gerar aumento de pressão local e por conseqüência
isquemia
“estudos identificaram uma diferença no suprimento
sanguíneo dos côndilos femural medial e lateral,
explicando assim, a maior freqüência de osteonecrose
no côndilo medial.”
6. Patogênese e Fisipatologia
“Desconhecida”
Presença de lesão meniscal.Não está presente em
todos os casos – conseqüência da doença
(insucesso de muitas operações de ressecção do
menisco).
Fisiopatologia: doença do osso subcondral e não
da cartilagem articular.
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7. Clínica
Osteonecrose primária
Dor no joelho, contínua, inclusive à noite;
Pode durar semanas;
Piora com a descarga de peso;
sexo feminino, > 55 anos;
Côndilo medial do fêmur - 90%;
Bilateral - 20%;
Início súbito e intenso;
Incapacitante, derrame articular leve à moderada;
Melhora espontânea da dor após 6 semanas – bom prognóstico;
Persistência da dor – mau prognóstico.
8. Clínica
Osteonecrose secundária
Dor no joelho de forma mais difusa e insidiosa;
Derrame articular variável;
Acometimento bilateral em 80% dos casos;
Outras articulações podem estar envolvidas;
História pregressa compatível com algum fator
etiológico.
9. Diagnóstico
Os achados clínicos precedem os achados
radiográficos cerca de 1 a 8 meses
Rx – pobre
TC – SPECT
RNM – quantificar a lesão
Cintilografia – diagnóstico precoce, 8
semanas – área quente
15. Classificação - Koshino
Tipo 1: radiografias normais e cintilografia positiva, se
nenhuma alteração for observada em 6 meses, permanecerá
neste estágio;
Tipo 2: radiografias com aplanamento do planalto tibial e do
côndilo femoral e cintilografia positiva;
Tipo 3: radiografias com áreas de radioluscência, halo
esclerótico no foco de ON e áreas de esclerose distal a este –
Sinal do crescente; cintilografia positiva.
Obs 1.: no estágio 3, quando o acometimento atinge até 2,5 cm² é
menor a possibilidade de futura osteoartrose, quando as
lesões são maiores do que 10 cm² o prognóstico para
osteoartrose é quase certo.
Obs 2.:menor que 3,2 cm² são tratadas conservadoramente e
maiores que 5 cm² , cirurgicamente.
16.
17. Classificação - Koshino
Tipo 4: área com placa calcificada,
seqüestro ou fragmento circundado por halo
esclerótico; cintilografia positiva;
Tipo 5: radiografias com redução do espaço
articular, presença de osteófitos e áreas de
esclerose subcondral - osteoartrose;
cintilografia positiva.
20. Tratamento
A osteonecrose secundária geralmente tem
uma evolução menos favorável do que a
espontânea, por serem maiores, bilaterais e
jovens ativos, além do acometimento por
outras doenças associadas.
As modalidades de tratamento são as
mesmas para os dois tipos.
As lesões do condilo femural medial
geralmente tem bom prognóstico, enquanto
as do platô medial evoluem mal.
21. Tratamento
Incruento (12 meses)
AINH
Retirada de carga – bengalas ou muletas
Cruento
Osteotomias tibiais
Perfurações ósseas
Curetagem e enxertia autóloga
Artropastia total ou parcial