SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA IBN MUCANA
História da Cultura e das Artes – 11ºF – 2012/2013
Ficha formativa 3

_________________________________________________________________________________________

Módulo 8 – A Cultura da Gare
1. Identifica o acontecimento que pôs fim à carreira política de Napoleão Bonaparte.
O fim do Império Napoleónico aconteceu em 1815, com a derrota de Napoleão na Batalha
de Waterloo.
2. Indica os objetivos do Congresso de Viena e as consequências destas medidas.
As potências aliadas (Prússia, Rússia e Império Austro-Húngaro) formaram a Santa
Aliança e organizaram o Congresso de Viena (1814-15).

Neste Congresso

reafirmaram-se os direitos dinásticos e fez-se num novo mapa da Europa, criando
fronteiras artificiais e ignorando as aspirações nacionalistas de vários povos.
3. Refere a evolução política da França entre 1815 e 1871.
Registaram-se em França uma série de revoltas que conduziram a alguma instabilidade
política:
- 1815-1830: restauração da monarquia dos Bourbon
- 1830-1848: monarquia constitucional de Luís Filipe
- 1848-1851: Segunda República
- 1851-1870: Segundo Império
- 1871-1940: Terceira República
4. Após o Congresso de Viena deram-se, na Europa, um conjunto de movimentos
revolucionários de independência nacional. Onde tiveram lugar? Contra quem?
Os movimentos de independência, conhecidos como “A Primavera das Nações”,
foram os seguintes:
- Movimentos nacionalistas na Grécia e Sérvia (libertaram-se dos turcos otomanos em
1830)
- Movimento nacionalista da Bélgica (separação da Holanda em 1830)
5. No século XIX a Alemanha e a Itália unificaram-se. Quem foram os mentores
destas unificações?
A unificação política da Itália (1870) foi realizada graças à ação do rei Vitor Emanuel e do
seu ministro Garibaldi; a da Alemanha (1871) foi realizada por Otto Von Bismarck.
6. A América Central e do Sul também foram abrangidas por esta vaga
revolucionária. Justifica.
Ao longo do século XIX registaram-se revoltas liberais e nacionalistas na América
Latina, tendo as colónias espanholas e portuguesa (Brasil) declarado a independência e
tendo imposto, paralelamente, regimes liberais.
7. Indica algumas invenções tecnológicas fundamentais para o desenvolvimento da
Revolução Industrial no século XIX.
Ao longo do século XIX registou-se um grande avanço científico, a par de um grande
avanço tecnológico, nomeadamente com o aparecimento do telefone, da lâmpada /
eletricidade, telégrafo e a aplicação da máquina a vapor aos transportes (locomotiva e
navio a vapor)
8. Quais os tipos de transporte que mais se desenvolveram no século XIX?
No século XIX desenvolveu-se a locomotiva a vapor e o navio a vapor.
9. Quais as vantagens económicas, sociais e culturais resultantes do desenvolvimento
dos transportes?
- desenvolvimento económico devido ao aumento de circulação de produtos
- formação de novas cidades
- alteração urbanística nas cidades devido à construção de infraestruturas (pontes,
viadutos, túneis, apeadeiros, gares)
- combateu o isolamento e encurtou distâncias
- aumento da mobilidade geográfica e social da população
- aumento da população urbana (bairros operários)
- aparecimento de novos empregos e profissões
- desenvolvimento financeiro dos investidores (Estados, sociedades privadas e Bolsa de
Valores)
- rapidez na correspondência
- avanço cultural
10.“ Convertidas em autênticos templos de modernidade, as gares vão refletir as
últimas novidades tecnológicas e construtivas decorrentes da Revolução
industrial”. Comenta a frase. ( página 112)
No século XIX, dá-se um desenvolvimento urbano devido ao crescimento demográfico,
à industrialização, ao desenvolvimento do comércio e dos serviços, ao crescimento da
burguesia e ao aparecimento do caminho-de-ferro. Este novo meio de transporte leva à
necessidade de construir uma estação de caminhos-de-ferro, a gare, no centro da cidade,
para onde convergem largas vias e avenidas, permitindo o escoamento rápido de um
tráfico intensificado pelas constantes “chegadas” dos comboios, dos transportes
públicos, dos automóveis e da população. A gare passa a ser a “nova porta da cidade”:
ponto de encontro e local de divulgação e de troca, espaços animados pela azáfama de
gentes. Por isso, a gare passa a ser um pólo de dinamização urbana: era um ponto
aglutinador de ideias, experiências e trocas, um local de pessoas em trânsito
(esperas/despedidas), num permanente movimento e burburinho. Tornou-se um símbolo
da vida urbana, do progresso e da civilização, lugar de confluência de viajantes e
aventureiros, homens de negócios e industriais, de gente à procura de melhores
condições de vida.
A gare representa os novos tempos (a velocidade, o desenvolvimento da tecnologia, a
modernidade, a abertura ao mundo), a capacidade inventiva dos homens e o exemplo do
uso dos novos materiais construtivos (o ferro e o vidro, produzidos industrialmente) e a
proeminência de uma classe de técnicos, os engenheiros que se destacam dos
arquitectos pela sua formação nas Escolas Politécnicas. Os novos materiais permitem
um novo esqueleto arquitectónico, com uma estrutura mais resistente e aligeirada,
maior amplidão dos vãos e da altura dos edifícios; maior facilidade de modelação dos
elementos, maior rapidez na construção. Por outro lado, surge uma nova estética
dominada pelas novas técnicas construtivas, caracterizando-se pela abundância de vidro
nas fachadas, pelas novas formas de cobertura e pela valorização estética da estrutura.
11.Descreve a primazia do sentimento e da natureza no movimento Romântico.
O Romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, na
literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do racionalismo
anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento.
Este movimento cultural caracterizou-se por cultivar a emoção, a fantasia, o sonho, a
originalidade, a evasão para mundos exóticos, onde a verdade e a imaginação se
confundem, a exaltação da Natureza, o gosto pela Idade Média (o tempo da formação
das Nações) e a defesa dos ideais nacionalistas.
O romântico sente-se em ruptura consigo próprio e, para se reconciliar consigo mesmo
e entender o mundo exterior projectou-se e identificou-se com a Natureza, ajustando-a a
si, fazendo dela o reflexo do seu estado interior, das suas emoções.
12.Descreve a importância do sentimento nacionalista para os Românticos.
Os Românticos eram defensores dos ideais liberais e, por isso, tinham preocupações
políticas, numa permanente contestação ao presente, apoiando os projectos
nacionalistas (como por exemplo Lord Byron, que apoiou a luta grega). Por isso, os
românticos valorizaram as raízes históricas das nações, retrocedendo até à Idade Média,
e privilegiaram as línguas nacionais, o folclore e as tradições.
13.Elabora um pequeno texto sobre as condições de vida e de trabalho do
proletariado.
Com a industrialização, surgem cidades-cogumelo que acolhiam cada vez mais
operários vindos dos campos, com famílias numerosas que vendiam como força de
trabalho às fábricas e minas, de onde retiravam, em média, parcos sustentos e
encontravam difíceis e desumanas condições de trabalho, nomeadamente em Inglaterra,
onde a pobreza urbana da Revolução Industrial atingiu níveis chocantes e desigualdades
sociais extremas.
14.Identifica os teóricos e as obras que contribuíram para a melhoria das condições
de vida da classe operária.
- Socialismo Utópico (exposição dos princípios de uma sociedade ideal sem indicar os
meios para alcançá-la):
- Saint-Simon - Conde inglês que defendeu reformas do Estado para terminar
com a exploração e a proporcionalidade entre o salário e a produtividade de cada
um
- Robert Owen - proprietário de uma grande algodoeira que criou as primeiras
cooperativas operárias e construiu a New Lanark, uma cidade cooperativa para os
operários da sua fábrica
- Charles Fourrier - burguês francês que defendeu a transformação da sociedade
numa federação de comunidades (os falanstérios), cooperativas de produção e
consumo; defendeu a igualdade entre homens e mulheres
- Proudhon - pensador francês que defendeu a supressão do poder do estado, foi o
precursor do anarquismo e defendeu a criação de associações livres de operários
(Associações Mútuas)
- Científico (desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica
do próprio capitalismo, em reação contrária as ideias espiritualistas e científicas):
- Marx e Engels – estabeleceram os princípios básicos do Marxismo no
“Manifesto Comunista”, em 1848: o capitalismo seria, inevitavelmente, superado
e destruído. Entenderam, ainda, que a classe trabalhadora agora completamente
expropriada dos meios de subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica e
entender-se como uma classe revolucionária, teria um papel decisivo na
destruição da ordem capitalista e burguesa.
O socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária, para se
alcançar a sociedade comunista, o momento máximo da evolução histórica do
homem, em que a sociedade já não mais estaria dividida em classes.
15.Identifica os fatores que contribuíram para a crítica social e política.
Os factores que contribuíram para a crítica social e política foram a crescente
alfabetização, o desenvolvimento da imprensa, o espírito interventivo, o declínio da
mentalidade religiosa e a crescente consciencialização das liberdades individuais.
16.Relaciona a crítica social e política com a produção artística.
A defesa do princípio da liberdade estendeu-se ao princípio da liberdade na arte e,
através da acção criativa, os artistas acabaram, também, por contribuir para a crítica
social e política. A arte deixa de ser elitista e “desce à rua”: Munch e Toulouse-Lautrec
dedicaram-se ao cartaz, Balzac e George Sand publicaram os seus romances em
folhetins de jornais, os livros de Emílio Zola atingiram grandes tiragens e apareceram
os museus.
17.Justifica o contributo de Gustave Eiffel para a inovação registada na arquitetura
do século XIX.
Gustave Eiffel ( 1832-1923), nasceu em Dijon onde fez os estudos iniciais, mas
completa em Paris a sua formação superior e técnica. Preparado para dirigir uma
empresa familiar, acaba por iniciar a sua carreira numa empresa de construções
metálicas, onde se distinguiu na obra da ponte de Bordéus (1868-1860). Em 1867,
fundou a sua própria empresa especializando-se na chamada construção do ferro, sendo
o inventor de um novo sistema de distribuições de cargas com base no desenho de arcos
metálicos que lhe permitia vencer grandes vãos, sendo a Ponte de D.Maria I em 1877 a
sua primeira obra. Em Portugal da sua autoria, destaca-se a Ponte de Viana do Castelo
em 1878. No plano internacional, a estrutura interna da Estátua da Liberdade em Nova
Iorque em 1881 e em França uma série de obras de referência: Ponte Route de Saint
André de Cubaz, em Gironde (1883), a Ponte Garabit em Cantal (1884) e a Cúpula do
Observatório de Nice (1886). Porém a sua obra emblemática foi sem dúvida a Torre
Eiffel com 324 metros de altura e 12.000 peças, edificada em 1889, por ocasião da
Exposição Universal de Paris e por ocasião das Comemorações do 1ºCentenário da
Revolução Francesa e que traduz os novos desafios, das construções do ferro e do
vidro, associados à leveza e a originalidade da referida obra.
18.Explica a importância da 1ª Exposição Universal em Londres, em 1851.
- a Exposição Universal como montra do progresso industrial europeu e das suas
capacidades tecnológicas;
-

os progressos tecnológicos e a sua manifestação na arquitectura: afirmação da

engenharia do ferro, que estende os seus processos construtivos, ligados aos caminhosde-ferro,
à edificação de pavilhões;
- construção do Palácio de Cristal, um edifício de grande capacidade (70 000 m2) que
não era mais do que uma gigantesca estufa de ferro e vidro, criando um espaço amplo e
translúcido que surpreendeu a sociedade da época.
- para a construção ser rápida, foram introduzidos sistemas de pré-fabricação e
estandardização de elementos construtivos;
- a cobertura de interiores foi feita com grandes superfícies em vidro;
19.Identifica o Romantismo como um produto da época.
O Romantismo foi um produto da própria época porque adoptou os princípios do
Liberalismo (individualismo, humanismo e nacionalismo), identificando o povo como a
verdadeira alma das nações, valorizando, portanto, a cultura popular (tradição,
folclore). Defendeu o idealismo revolucionário (democrático e socializante) devido à
desilusão com a nova elite dominadora: a burguesia. Adoptou as novas correntes
filosóficas: Kant, Schelling e Schopanhauer.
20.Descreve os princípios do Romantismo.
O Romantismo é um movimento cultural que se caracteriza por uma nova maneira de
sentir:
- a interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções, os sonhos, os
devaneios, as fantasias, as viagens ao interior de cada um, numa incansável fuga ao
real, que desilude, magoa e engana
- privilegia a emoção em detrimento da razão, o sonho em vez da realidade e o
idealismo acima do pragmatismo
- o isolamento da alma em comunhão com a natureza, manifestado na exaltação do
mundo rural e puro e no interesse pelas sociedades primitivas ou exóticas, não
maculadas pela civilização ocidental
- a valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam na Idade Média,
idealizada através da literatura e das suas ruínas monumentais
- convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação (não nasce por receita,
academismo ou encomenda), obedecendo unicamente a impulsos pessoais, despoletada
por uma necessidade inata e sublime. Por isso, afronta aos critérios e normas
académicas, apresentando os esboços, os desenhos ou as aguarelas como obras
definitivas e utilizando técnicas mais experimentais e expressivas, com pincelada mais
fluida.
21.Descreve as características da arquitectura romântica, integrando-as na procura
de uma estética própria.
À ordem, proporção, simetria e harmonia do Neoclassicismo, a arquitectura romântica
vai contrapor a irregularidade, o organicismo das formas, os efeitos de luz, os
movimentos dos planos e o pitoresco da decoração, com a intenção de provocar o
encantamento e evasão, a imaginação e sentidos, o sonho e fantasia, os espaços
distantes ou imaginários. Para os Românticos, a arquitetura deveria ser capaz de
provocar sensações, motivar estados de espírito e transmitir ideias, marcando a
passagem da “forma medida” (neoclássica) para a “forma sentida” (a romântica).
Os primeiros sinais desta nova postura face à arquitectura dos espaços manifestaram-se
nos jardins que, desde os inícios do século XVIII, começaram a misturar as
características do jardim francês, racional e geométrico, com o chamado “jardim à
inglesa”, natural e selvagem, semeado de pavilhões chineses e falsas ruínas.
Preocupada com os efeitos, a arquitectura do Romantismo manifestou-se sobretudo pela
forma e pela decoração na procura de uma estética própria, dando menos importância
aos aspectos técnicos e estruturais que, no geral, seguiram as tendências e os progressos
da construção da época. São muitos os exemplos de edifícios com estruturas em ferro e
aço (com estruturadas deixadas à vista e/ou trabalhadas com formas decorativas
próprias) e com a utilização de materiais industriais (ferro, tijolo vidrado e vidro).
A procura de uma estética própria não conduziu, no entanto, a uma nova arquitectura ou
a um novo estilo porque promoveu a reprodução de estilos construídos em épocas não
influenciadas pelo Classicismo, em culturas exóticas e não contaminadas pela
civilização industrial.
22.Descreve o aparecimento de revivalismos no contexto cultural da época.
O interesse crescente pela História, o nacionalismo político, a valorização das tradições
nacionais, o desejo de fuga ao presente conduziram aos revivalismos, ao desejo de
reanimar estilos do passado.
A Idade Média foi a época de eleição do 1º revivalismo – o Neogótico – que começou a
revelar-se em meados do século XVIII com os arquitetosHorace Walpole e filho, James
Wyatt, os teorizadores August Pugin filho, o historiador e crítico de arte John Ruskin e
os franceses Chateaubriand e Viollet-le-Duc. John Ruskin enaltecia as qualidades do
Gótico, afirmando ser um estilo verdadeiramente universal pois aliou-se às
necessidades práticas sem receber influência de movimentos anteriores. Viollet-le-Duc
destacou o Gótico como o apogeu do progresso e expressão do génio humano devido à
invenção de nova tecnologia construtiva.
Exemplos de construções românticas:
- Charles Berry e August Pugin, filho, Palácio do Parlamento, Londres, Inglaterra:
longa fachada, simétrica; irregularidade gótica (algumas torres desirmanadas),
decoração tipicamente medieval (esculturas, pináculos, cúpulas)
- F.C. Bau,e Thérodore Ballu, Igreja de Santa Clotilde, Paris: planta em cruz latina,
transepto pouco saliente, abóbadas nas naves, torres sineiras terminadas com agulhas,
portal ocidental triplo; características modernas: utilização de novos materiais (ferro,
aço)
- Georg von Dollman, Castelo de Neuschwanstein, 1870, Baviera, Alemanha: volumes
irregulares; múltiplas torres aguçadas e esguias
Outros revivalismos: neorromânico, neorrenascentista, neobizantino, neobarroco.
Ecletismo: combinação de vários estilos arquitetónicos no mesmo edifício
Exotismos (Estilo indo-muçulmano): gosto pelas culturas não europeias, por tudo
aquilo que apela à imaginação e ao mistério; o espírito irrequieto, insatisfeito e
sonhador leva ao gosto por viagens e pelas culturas não europeias, por tudo aquilo que
apela à imaginação e ao mistério
23.Caracteriza a arquitectura romântica portuguesa.
A introdução do Romantismo em Portugal está relacionada com uma conjuntura
propícia à eclosão do nacionalismo e à defesa intransigente da nossa cultura e do nosso
passado histórico: as invasões francesas, a Revolução Liberal de 1820, a Guerra Civil e
a Regeneração. Em Portugal, o revivalismo teve, por isso, um carácter nacionalista,
evocando, principalmente nos edifícios públicos, as épocas de maior esplendor da nossa
História, com destaque para os Descobrimentos e o estilo Manuelino:
- Palácio do Buçaco (Luigi Manini e Nicola Bigaglia): exemplo da arquitetura
revivalista romântica; revivalismo neomanuelino, adotando características da Torre de
Belém, com planta rectangular, torre coroada por uma esfera armilar e galeria do piso
térreo com arcadas ornamentadas; corpo central é uma réplica da Torre de Belém
enquanto que a arcada é uma réplica do Mosteiro dos Jerónimos.
- Estação do Rossio (José Luís Monteiro)
- Palácio da Regaleira (Luigi Manini) - obra mística e misteriosa, eclética, simbolista e
esotérica
O Neogótico ficou em 2º plano: moradias, igrejas, jazigos fúnebres.
Outros revivalismos: neorromânico, neoárabe
24.Integra a construção e as características formais do Palácio da Pena no contexto
artístico da época.
O Palácio da Pena é expressão da arquitectura e do espírito romântico, devido aos
seguintes aspectos e características:
- Iniciativa e sensibilidade estética do encomendador:
- aquisição, por parte de D. Fernando de Saxe-Coburgo (1818-1885), marido da
rainha D. Maria II, de um antigo mosteiro, para a construção de uma residênciapalácio de Verão ao gosto romântico;
- escolha de um local no topo da Serra de Sintra, com vista privilegiada sobre
toda a natureza envolvente;
- o encomendador, D. Fernando, era um romântico por natureza.
- Exotismos e revivalismos presentes na estrutura:
• ecletismo arquitetónico, concretizado numa profusão de estilos: neogótico,
neomanuelino, neomourisco, neo-indiano (mistura intencional da mentalidade
romântica, que dedicava invulgar fascínio ao exotismo);
• neomourisco, nos contrafortes exteriores, nos arcos e nas cúpulas;
• neogótico, na torre do relógio;
• neomanuelino, na decoração do claustro do antigo convento e na janela que
constitui uma réplica da janela manuelina do Convento de Cristo, em Tomar.
Elementos decorativos exteriores:
• bow-window (janela saliente), ladeada por duas torres de sugestão medieval;
• pórtico alegórico da criação do mundo, encimado por um tritão (representação
manuelina – temas marítimos – e exótica);
• baluarte cilíndrico de grande porte, encimado por uma cúpula;
• cúpulas orientalizantes.
25.Descreve as características da pintura romântica.
A pintura foi a disciplina mais representativa do romantismo. Foi ela o veículo que
consolidaria definitivamente o ideal de uma época. As cores se libertaram e
fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio
conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como
cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como
seu meio de expressão.
- Quebra de regras das academias e exaltação da liberdade de expressão artística e de
sentimentos: a obra de arte é o resultado da inspiração, genialidade e impulsos o que
leva à emancipação do pintor relativamente à encomenda, à individualização e à
diversificação da pintura romântica.
Temas:
- históricos: episódios da época medieval de cada nação, através de uma leitura exaltada
dos acontecimentos e da valorização do herói individual, abnegado, individualista, e
entregue à causa
- literários: inspiração na literatura do passado e do presente: romances medievais de
cavalaria e autores clássicos
- mitológicos: Gosto pelas mitologias cristã e nórdica, tratadas com misticismo e
espiritualidade
- atualidade político-social da época: naufrágios, revoltas sociais, lutas nacionalistas e
seus heróis, lutas pela libertação das minorias
- Temas inspirados no mundo do sonho (onírico) e do fantástico: inspiração no mundo
interior, na imaginação e na fantasia, no subconsciente, nas lendas, nos contos de fadas,
no metafísico e no absurdo
- costumes populares: festas e romarias
- Temas inspirados nas tradições, hábitos e raças exóticas e nas civilizações não
europeias (China, Índia ou Norte de África) devido ao gosto pelo pitoresco
- vida animal
- paisagem, o tema de grande preferência: natureza tratada com bucolismo e nostalgia
(dramática ou emocional), projetando nela os seus próprios estados de espírito
26.Caracteriza os distintos modos como o tema “paisagem” ou “natureza” foi tratado
no período romântico.
Na pintura romântica, o artista privilegia a natureza da seguinte forma:
- a paisagem é um tema preferencial entre os pintores românticos, porque nela
projectavam os seus estados de espírito e a sua visão da existência;
- a natureza torna-se uma fonte de inspiração para os românticos, que a retratavam nas
suas várias cambiante (tempestuosa, dramática, bucólica e pitoresca);
- a representação da natureza constitui um modo privilegiado de os artistas expressarem
as emoções, os sentimentos, a sensibilidade, a imaginação, a fantasia, o mistério, o
sonho, a subjectividade, a espiritualidade;
- John Constable recria, de um modo naturalista, ainda que poético, emotivo e sensível,
as formas, o elementos e as cores da natureza, com rigor, detalhe e precisão, evocando,
por vezes, o gosto pela Idade Média
- William Turner tem uma conceção sublime da paisagem, recriando paisagens heróicas
através da apresentação da paisagem como protagonista no momento de máxima
violência. Neste sentido, o indivíduo funde-se com a paisagem e as formas diluem-se
(próximo da abstração)
- C.D. Friedrich cria espaços irreais, atmosferas melancólicas, apresentando uma
Natureza como emanação de Deus (espaço poético, espiritual e sublime). Por
conseguinte, há uma indefinição de espaço concreto (vazio inquietante), uma limitada
gama cromática e uma ausência de detalhes.
27.Descreve as técnicas inovadoras da pintura romântica.
- Influências do academismo: tratamento realista e naturalista da forma; prática do
claro-escuro
- Emancipação do academismo: sobrevalorização da cor, usada de forma mais livre,
emocional e lírica; a cor transforma-se no principal elemento construtivo da forma pelo
que se regista uma simplificação no desenho das formas e no tratamento do claroescuro e uma maior sensação de bidimensionalidade
- Prevaleceu a cor sobre o desenho linear
- Uso de uma paleta cromática variada
- Exploração dos contrastes fortes e não harmónicos
- Uso de intensos efeitos de claro-escuro
- Luminosidade artificial e dramática
- Focalização da luz sobre o assunto a destacar, acentuando a expressividade da cena
- Preferência pelo óleo e pela aguarela
- Pintura larga, fluida, vigorosa e espontânea
- Definição menos nítida dos volumes
- Composições movimentadas: linhas oblíquas e sinuosas para reforçar o sentido
trágico, dramático e heróico da cena
- A figura humana não obedece aos cânones clássicos: em escorço e em contraposto;
atitudes contratadas; dramatismo e movimento
28.Identifica os principais pintores românticos.
- França: Théodore Géricault e Eugéne Delacroix
- Alemanha: Gaspar David Friedrich
- Inglaterra: William Blake, Georges Stubbs, John Constable e William Turner
- Suiça: Henri Füssli
- Espanha: Francisco Goya
29.Identifica o lugar da escultura na arte romântica.
A escultura romântica teve um lugar secundário entre as artes do Romantismo. A
exigência dos materiais e a concepção/execução mais lenta impunham limites à
espontaneidade e à liberdade do artista.
30.Descreve a temática e as formas de representação da escultura romântica.
Os temas da escultura romântica foram: a natureza (animais selvagens), as alegorias /
fantasias, a história / literatura e o retrato
Quanto às formas de representação, e como reação ao Neoclassicismo (evitaram-se as
composições estáticas e as superfícies polidas e lisas), exaltou-se a expressividade
através de composições movimentadas e de sentido dramático.
Os principais escultores foram: August Préault, Jean Batista Carpeaux, François Rude
31.Caracteriza a pintura e a escultura romântica em Portugal.
A pintura romântica teve uma entrada tardia em Portugal, não teve um programa
consistente nem objetivos concretos e incidiu sobretudo pintura de paisagens (confusão
com Naturalismo)
Os principais temas foram a pintura histórica (Idade Média/História Nacional), a
pintura de género (vida rural e costumes populares),a paisagem, as cenas místicas
(procissões) e o retrato
Os principais pintores foram Tomás da Anunciação, Francisco Metras, Leonel Marques
Pereira, João Cristino da Silva, Augusto Roquemont
A escultura também teve uma forte tradição académica neoclássica e representou,
sobretudo, heróis e figuras nacionais. Os principais escultores românticos foram Vitor
Bastos , Costa Mota Tio e Anatole Camels
32.Descreve a nova conjuntura de meados do século XIX e os seus reflexos sobre a
arte.
Em meados do século XIX fazem-se já sentir as primeiras crises do sistema capitalista,
a “questão operária” transforma-se num verdadeiro problema social, conduzindo à
organização do movimento operário, com o crescente número de greves e de
manifestações. Os movimentos nacionalistas continuavam assim como a luta entre os
liberais (entre as facções mais democráticas e as mais conservadoras). As questões
políticas, económicas e sociais eram divulgadas pelo crescente número de jornais o
que, conjuntamente com a crescente alfabetização, contribuiu para a laicização do
pensamento e das mentalidades. Deste modo, foi crescendo o interesse pela realidade, a
par de um maior racionalismo, pragmatismo e materialismo da vida quotidiana, o que
permitiu uma visão mais realista e objectiva da realidade. A imaginação começa a ser
substituída pela observação da realidade e a subjectividade é posta de parte.
33.Caracteriza a pintura da “Escola de Barbizon”.
Barbizon, a 30 km de Paris, foi o local escolhido por alguns pintores para pintar a
natureza em natureza (ao ar livre), fora dos ateliers. Os naturalistas pintam paisagens,
cenas do quotidiano e retratos, com o objectivo de representar objectivamente a
realidade visível. Abandonam os temas dos pintores românticos (temas de inspiração
literária ou histórica, fantasias) e o sentimentalismo e a subjectividade exagerados.
Camille Corot retrata paisagem rural e citadina e retratos com rigor objetivo da
composição, respeito pelos valores atmosféricos (luz e cor) e serenidade expressiva.
Eugéne Boudin e Jonkind dedicam-se a temas ligados ao mar e à água, com um
intensificação da luminosidade
34.Justifica o conceito de “arte útil” defendido pelos pintores realistas.
O realismo nasceu na França, após as revoltas de 1848 e como resposta à estética
novelesca e fictícia do romantismo. A vida dos trabalhadores no campo, nas minas, ou
seja, das classes menos privilegiadas, foi o tema dessa pintura, que tinha como
finalidade a consciencialização da sociedade o que, logicamente, foi recusada pela alta
burguesia. O Realismo está, portanto, relacionado com o espírito científico e
tecnológico e com uma sociedade em mudança, levando os artistas a procurarem olhar a
realidade envolvente de modo objectivo. Como consequência, realizaram uma
renovação da linguagem plástica e das temáticas pictóricas, agora inspiradas na
realidade, demonstrando um espírito analítico e científico na arte. A pintura aparece,
portanto, como um processo interpretativo da realidade física e social, havendo uma
relação entre a arte e o compromisso social: a teoria sobre a Questão Social, de Pierre
Proudhon, segundo a qual a arte devia ter fins sociais e o artista devia comprometer-se
com as grandes causas humanas, denunciando, através da sua obra, as contradições e as
injustiças (arte útil).
35.Caracteriza a pintura realista, a nível temático e formal.
O Realismo descende do Naturalismo e da “Escola de Barbizon”, constituindo uma
forma mais politizada de retratar a realidade social, utilizando a arte como instrumento
de denúncia social e política (conceito socialista de arte útil).
Os pintores realistas retratam aspetos do quotidiano rural, representando a condição
humilde dos camponeses e a dureza do trabalho da terra: cenas domésticas, de trabalho
ou de lazer com pessoas comuns e anónimas. Representam a realidade de modo
fotográfico e objectivo (denúncia das injustiças e das incoerências sociais presentes no
mundo do trabalho).
Em termos formais, os pintores realistas acentuaram a importância da luz no tratamento
dos volumes, respeitaram a cor ambiente e a anatomia humana nas proporções e
volumetrias.
Gustave Courbet, defensor dos ideais socialistas, dedicou-se a representar paisagens
campestres e cenas da pequena burguesia urbana, retratos e auto-retratos (a realidade
visível). Jean François Millet retratou cenas da vida rural.
O Realismo expandiu-se sobretudo para países com maiores problemas sociais
causados pela industrialização: Wilhelm Leibl (Alemanha) e Giovanni Fattori (Itália)
36.Refere os principais progressos registados na fotografia.
- Século XVI – Giovanni Battista della Porta – invenção da “câmara escura”
- 1839 – Louis Daguerre inventa o “daguerreótipo” - emprego de uma camada de prata
pura sobre placas de cobre, polidas e sensibilizadas por meio de vapores de iodo que,
após uma exposição de 3 a 30 minutos, revelava a imagem por meio de vapores de
mercúrio, fixando-se numa solução de hipossulfito de soda.
- William Fox Talbot – invenção do processo de reprodução de imagens positivas a
partir de uma imagem negativa; Janela da biblioteca de Abadia de Locock Abbey,
considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo
37.Descreve os contributos recíprocos entre a fotografia e a pintura realista.
Os contributos da fotografia para a pintura foram o olhar casual capaz de ver a
realidade em fragmentos e de apreciar os gestos e os movimentos espontâneos,
contribuiu para terminar com todas as concepções académicas sobre a composição da
pintura e permitiu rever as técnicas de representação da realidade. Por sua vez, a pintura
contribuiu para a fotografia pelas referências temáticas, a composição e o
enquadramento da imagem.
38.Demonstra a utilização da fotografia por Lewis Hine como instrumento de
educação e de alerta.
Lewis Hine, nasceu em Winsconsin (Estados Unidos). Com formação académica na
área da sociologia, desenvolve a sua atividade no ensino onde utiliza a câmara
fotográfica com fins educativos antes de se dedicar definitivamente à fotografia. Os
seus primeiros trabalhos são marcados pela denúncia das injustiças sociais, situação da
classe trabalhadora e outras questões de natureza crítica que afectam a sociedade
americana. É neste contexto que se identificam as suas fotografias sobre a imigração de
Ellis Island , em que o papel persuasivo dessas imagens têm como objectivo abalar as
consciências dos cidadãos, de modo a fazer pressão paraa melhoria das condições de
alojamento, trabalho e educação dos imigrantes. Como fotógrafo do National Child
Labor desde 1808, denuncia a situação das crianças, desde o abandono à situação
precária a que estão sujeitas nomeadamente no trabalho infantil. Do seu registo,
destaca-se a acção da Cruz Vermelha americana na Europa durante o 1º conflito
mundial e as obras de construção do Empire State Building, nos anos 20 e 30, que se
destaca a valorização do trabalho do homem no contexto da construção da sociedade
industrial moderna. Finalmente de referir que o valor artístico das suas imagens
acompanhou este processo de denúncia da exploração da mão-de-obra infantil assim
como o valor da força do homem na construção da sociedade industrial.
O IMPRESSIONISMO SAI NO PRÓXIMO TESTE
39.Descreve os factores que contribuíram para o aparecimento da pintura impressionista.
40.Caracteriza a pintura impressionista, a nível temático e formal.
41.Identifica os pintores impressionistas, destacando as principais características de cada
um.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Arte portuguesa contemporânea 1
Arte portuguesa contemporânea 1Arte portuguesa contemporânea 1
Arte portuguesa contemporânea 1Lucilia Fonseca
 
A cultura da gare contexto
A cultura da gare contextoA cultura da gare contexto
A cultura da gare contextocattonia
 
Módulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contextoMódulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contextocattonia
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoAna Barreiros
 
A cultura do cinema
A cultura do cinemaA cultura do cinema
A cultura do cinemaTekas1967
 
Módulo 5 - Contexto Histórico
Módulo 5 - Contexto HistóricoMódulo 5 - Contexto Histórico
Módulo 5 - Contexto HistóricoCarla Freitas
 
Módulo 7 contexto histórico
Módulo 7   contexto históricoMódulo 7   contexto histórico
Módulo 7 contexto históricoCarla Freitas
 
Cultura do espaço virtual
Cultura do espaço virtual Cultura do espaço virtual
Cultura do espaço virtual Ana Barreiros
 
A cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
A cultura da Gare - História da Cultura e das ArtesA cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
A cultura da Gare - História da Cultura e das ArtesJoão Couto
 
Módulo 9 em portugal
Módulo 9  em portugalMódulo 9  em portugal
Módulo 9 em portugalcattonia
 
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3Hca Faro
 
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localA Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localHca Faro
 
Módulo 8 - Naturalismo e Realismo
Módulo 8 - Naturalismo e RealismoMódulo 8 - Naturalismo e Realismo
Módulo 8 - Naturalismo e RealismoCarla Freitas
 
Neoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalNeoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalAna Barreiros
 
Ficha "A Cultura do Palco"
Ficha "A Cultura do Palco"Ficha "A Cultura do Palco"
Ficha "A Cultura do Palco"Ana Barreiros
 
Arquitectura romantica
Arquitectura romanticaArquitectura romantica
Arquitectura romanticaAndreia Ramos
 

Mais procurados (20)

Arte portuguesa contemporânea 1
Arte portuguesa contemporânea 1Arte portuguesa contemporânea 1
Arte portuguesa contemporânea 1
 
A cultura da gare contexto
A cultura da gare contextoA cultura da gare contexto
A cultura da gare contexto
 
A cultura da gare
A cultura da gareA cultura da gare
A cultura da gare
 
Módulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contextoMódulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contexto
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismo
 
A cultura do cinema
A cultura do cinemaA cultura do cinema
A cultura do cinema
 
Módulo 5 - Contexto Histórico
Módulo 5 - Contexto HistóricoMódulo 5 - Contexto Histórico
Módulo 5 - Contexto Histórico
 
Cultura do salao
Cultura do salaoCultura do salao
Cultura do salao
 
Módulo 7 contexto histórico
Módulo 7   contexto históricoMódulo 7   contexto histórico
Módulo 7 contexto histórico
 
Cultura do espaço virtual
Cultura do espaço virtual Cultura do espaço virtual
Cultura do espaço virtual
 
A cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
A cultura da Gare - História da Cultura e das ArtesA cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
A cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
 
Módulo 9 em portugal
Módulo 9  em portugalMódulo 9  em portugal
Módulo 9 em portugal
 
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3
 
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e localA Cultura do Salão: tempo, espaço e local
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
 
Módulo 8 - Naturalismo e Realismo
Módulo 8 - Naturalismo e RealismoMódulo 8 - Naturalismo e Realismo
Módulo 8 - Naturalismo e Realismo
 
Neoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalNeoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugal
 
A arte nova
A arte novaA arte nova
A arte nova
 
Ficha "A Cultura do Palco"
Ficha "A Cultura do Palco"Ficha "A Cultura do Palco"
Ficha "A Cultura do Palco"
 
Modulo 9 de HCA
Modulo 9 de HCAModulo 9 de HCA
Modulo 9 de HCA
 
Arquitectura romantica
Arquitectura romanticaArquitectura romantica
Arquitectura romantica
 

Destaque

A liberdade o que é? José Jorge Letria
A liberdade o que é? José Jorge LetriaA liberdade o que é? José Jorge Letria
A liberdade o que é? José Jorge LetriaM José Buenavida
 
Propostas de resolução teste 12º
Propostas de resolução teste 12ºPropostas de resolução teste 12º
Propostas de resolução teste 12ºEscoladocs
 
Casamento D. Leonor e frederico III
Casamento D. Leonor e frederico IIICasamento D. Leonor e frederico III
Casamento D. Leonor e frederico IIIAna Barreiros
 
Linha conceptual 7º ano 2012-13
Linha conceptual   7º ano 2012-13Linha conceptual   7º ano 2012-13
Linha conceptual 7º ano 2012-13Ana Barreiros
 
Preparação para a prova intermédia
Preparação para a prova intermédiaPreparação para a prova intermédia
Preparação para a prova intermédiaAna Barreiros
 
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinemaCorrecao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinemaAna Barreiros
 
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcaoFicha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcaoAna Barreiros
 
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"Ana Barreiros
 
O estadio e o teatro
O estadio e o teatroO estadio e o teatro
O estadio e o teatroAna Barreiros
 
Religião e Filosofia da grécia antiga
Religião e Filosofia da grécia antigaReligião e Filosofia da grécia antiga
Religião e Filosofia da grécia antigaAna Barreiros
 
Uma aventura no palácio...
Uma aventura no palácio...Uma aventura no palácio...
Uma aventura no palácio...Ana Barreiros
 
Ficha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralFicha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralAna Barreiros
 
O século de péricles
O século de périclesO século de péricles
O século de périclesAna Barreiros
 
Ficha formativa grandes_civilizacoes
Ficha formativa grandes_civilizacoesFicha formativa grandes_civilizacoes
Ficha formativa grandes_civilizacoesAna Barreiros
 
F 2007 ficha de trabalho módulo ii - a acção humana e os valores
F 2007 ficha de trabalho  módulo ii -  a acção humana e os valoresF 2007 ficha de trabalho  módulo ii -  a acção humana e os valores
F 2007 ficha de trabalho módulo ii - a acção humana e os valoresmluisavalente
 

Destaque (20)

25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
 
25 de abril o tesouro
25 de abril   o tesouro25 de abril   o tesouro
25 de abril o tesouro
 
A liberdade o que é? José Jorge Letria
A liberdade o que é? José Jorge LetriaA liberdade o que é? José Jorge Letria
A liberdade o que é? José Jorge Letria
 
Propostas de resolução teste 12º
Propostas de resolução teste 12ºPropostas de resolução teste 12º
Propostas de resolução teste 12º
 
Casamento D. Leonor e frederico III
Casamento D. Leonor e frederico IIICasamento D. Leonor e frederico III
Casamento D. Leonor e frederico III
 
Bairro dos museus
Bairro dos museusBairro dos museus
Bairro dos museus
 
O maneirismo
O maneirismoO maneirismo
O maneirismo
 
Linha conceptual 7º ano 2012-13
Linha conceptual   7º ano 2012-13Linha conceptual   7º ano 2012-13
Linha conceptual 7º ano 2012-13
 
Preparação para a prova intermédia
Preparação para a prova intermédiaPreparação para a prova intermédia
Preparação para a prova intermédia
 
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinemaCorrecao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinema
 
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcaoFicha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcao
 
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
 
O estadio e o teatro
O estadio e o teatroO estadio e o teatro
O estadio e o teatro
 
Religião e Filosofia da grécia antiga
Religião e Filosofia da grécia antigaReligião e Filosofia da grécia antiga
Religião e Filosofia da grécia antiga
 
Uma aventura no palácio...
Uma aventura no palácio...Uma aventura no palácio...
Uma aventura no palácio...
 
Ficha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedralFicha formativa cultura da catedral
Ficha formativa cultura da catedral
 
O século de péricles
O século de périclesO século de péricles
O século de péricles
 
Ficha formativa grandes_civilizacoes
Ficha formativa grandes_civilizacoesFicha formativa grandes_civilizacoes
Ficha formativa grandes_civilizacoes
 
F 2007 ficha de trabalho módulo ii - a acção humana e os valores
F 2007 ficha de trabalho  módulo ii -  a acção humana e os valoresF 2007 ficha de trabalho  módulo ii -  a acção humana e os valores
F 2007 ficha de trabalho módulo ii - a acção humana e os valores
 
A pólis de atenas
A pólis de atenasA pólis de atenas
A pólis de atenas
 

Semelhante a Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"

Semelhante a Ficha formativa "A Cultura da Gare 1" (20)

M8
M8M8
M8
 
O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...
O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...
O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...
 
Unidade 8 burgueses proletários classes medias e camponeses
Unidade 8 burgueses proletários classes medias e camponesesUnidade 8 burgueses proletários classes medias e camponeses
Unidade 8 burgueses proletários classes medias e camponeses
 
Sociologia apresentacao
Sociologia apresentacaoSociologia apresentacao
Sociologia apresentacao
 
Aula 1 módulo 8
Aula 1 módulo 8Aula 1 módulo 8
Aula 1 módulo 8
 
História 9ºano
História 9ºanoHistória 9ºano
História 9ºano
 
Capitulo 9
Capitulo 9Capitulo 9
Capitulo 9
 
A abertura ao mundo
A abertura ao mundoA abertura ao mundo
A abertura ao mundo
 
As cidades se c xix final
As cidades se c xix finalAs cidades se c xix final
As cidades se c xix final
 
A cultura do cinema 12º
A cultura do cinema 12ºA cultura do cinema 12º
A cultura do cinema 12º
 
01 a velocidade impoe se drive
01 a velocidade impoe se drive01 a velocidade impoe se drive
01 a velocidade impoe se drive
 
Manifestocomunista
ManifestocomunistaManifestocomunista
Manifestocomunista
 
Geo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptxGeo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptx
 
12. SIMBOLISMO - EDIÇÃO 2021.pptx
12. SIMBOLISMO - EDIÇÃO 2021.pptx12. SIMBOLISMO - EDIÇÃO 2021.pptx
12. SIMBOLISMO - EDIÇÃO 2021.pptx
 
Linha do tempo ciencias
Linha do tempo cienciasLinha do tempo ciencias
Linha do tempo ciencias
 
Linha do tempo ciencias nf6 a
Linha do tempo ciencias nf6 aLinha do tempo ciencias nf6 a
Linha do tempo ciencias nf6 a
 
capitalismo fases e características.pptx
capitalismo fases e características.pptxcapitalismo fases e características.pptx
capitalismo fases e características.pptx
 
Novos
NovosNovos
Novos
 
A Civilização Industrial no século XIX
A Civilização Industrial no século XIXA Civilização Industrial no século XIX
A Civilização Industrial no século XIX
 
9.1.pptx
9.1.pptx9.1.pptx
9.1.pptx
 

Mais de Ana Barreiros

Pintura barroca na Europa
Pintura barroca na EuropaPintura barroca na Europa
Pintura barroca na EuropaAna Barreiros
 
Rubrica de avaliação
Rubrica de avaliação Rubrica de avaliação
Rubrica de avaliação Ana Barreiros
 
Lista de verificação e-atividade
Lista de verificação e-atividade Lista de verificação e-atividade
Lista de verificação e-atividade Ana Barreiros
 
Imagens de Arquitetura Barroca
Imagens de Arquitetura BarrocaImagens de Arquitetura Barroca
Imagens de Arquitetura BarrocaAna Barreiros
 
Pintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoPintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoAna Barreiros
 
O aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte goticaO aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte goticaAna Barreiros
 
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºGA modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºGAna Barreiros
 
Ficha formativa 1 HGP 6º ano
Ficha formativa 1 HGP 6º anoFicha formativa 1 HGP 6º ano
Ficha formativa 1 HGP 6º anoAna Barreiros
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidadeAna Barreiros
 
A arquitetura da 1ª metade século xx
A arquitetura da 1ª metade século xxA arquitetura da 1ª metade século xx
A arquitetura da 1ª metade século xxAna Barreiros
 
A arte abstrata depois da 2ª guerra
A arte abstrata depois da 2ª guerraA arte abstrata depois da 2ª guerra
A arte abstrata depois da 2ª guerraAna Barreiros
 
Os caminhos da abstracao formal
Os caminhos da abstracao formalOs caminhos da abstracao formal
Os caminhos da abstracao formalAna Barreiros
 
Surrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoSurrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoAna Barreiros
 
O mundo comunista desenvolvimento e ruturas
O mundo comunista   desenvolvimento e ruturasO mundo comunista   desenvolvimento e ruturas
O mundo comunista desenvolvimento e ruturasAna Barreiros
 
O dinamismo económico do mundo capitalista
O dinamismo económico do mundo capitalistaO dinamismo económico do mundo capitalista
O dinamismo económico do mundo capitalistaAna Barreiros
 
As grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAs grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAna Barreiros
 

Mais de Ana Barreiros (20)

Pintura barroca na Europa
Pintura barroca na EuropaPintura barroca na Europa
Pintura barroca na Europa
 
Rubrica de avaliação
Rubrica de avaliação Rubrica de avaliação
Rubrica de avaliação
 
Lista de verificação e-atividade
Lista de verificação e-atividade Lista de verificação e-atividade
Lista de verificação e-atividade
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
Casa Sommer
Casa SommerCasa Sommer
Casa Sommer
 
Imagens de Arquitetura Barroca
Imagens de Arquitetura BarrocaImagens de Arquitetura Barroca
Imagens de Arquitetura Barroca
 
Pintura do quattrocento
Pintura do quattrocentoPintura do quattrocento
Pintura do quattrocento
 
O aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte goticaO aparecimento da arte gotica
O aparecimento da arte gotica
 
Escultura romana
Escultura romanaEscultura romana
Escultura romana
 
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºGA modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
 
Ficha formativa 1 HGP 6º ano
Ficha formativa 1 HGP 6º anoFicha formativa 1 HGP 6º ano
Ficha formativa 1 HGP 6º ano
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidade
 
A arquitetura da 1ª metade século xx
A arquitetura da 1ª metade século xxA arquitetura da 1ª metade século xx
A arquitetura da 1ª metade século xx
 
A arte abstrata depois da 2ª guerra
A arte abstrata depois da 2ª guerraA arte abstrata depois da 2ª guerra
A arte abstrata depois da 2ª guerra
 
Arte abstrata
Arte abstrataArte abstrata
Arte abstrata
 
Os caminhos da abstracao formal
Os caminhos da abstracao formalOs caminhos da abstracao formal
Os caminhos da abstracao formal
 
Surrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismoSurrealismo e neorealismo
Surrealismo e neorealismo
 
O mundo comunista desenvolvimento e ruturas
O mundo comunista   desenvolvimento e ruturasO mundo comunista   desenvolvimento e ruturas
O mundo comunista desenvolvimento e ruturas
 
O dinamismo económico do mundo capitalista
O dinamismo económico do mundo capitalistaO dinamismo económico do mundo capitalista
O dinamismo económico do mundo capitalista
 
As grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAs grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xx
 

Último

Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 

Último (20)

Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 

Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"

  • 1. ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA IBN MUCANA História da Cultura e das Artes – 11ºF – 2012/2013 Ficha formativa 3 _________________________________________________________________________________________ Módulo 8 – A Cultura da Gare 1. Identifica o acontecimento que pôs fim à carreira política de Napoleão Bonaparte. O fim do Império Napoleónico aconteceu em 1815, com a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo. 2. Indica os objetivos do Congresso de Viena e as consequências destas medidas. As potências aliadas (Prússia, Rússia e Império Austro-Húngaro) formaram a Santa Aliança e organizaram o Congresso de Viena (1814-15). Neste Congresso reafirmaram-se os direitos dinásticos e fez-se num novo mapa da Europa, criando fronteiras artificiais e ignorando as aspirações nacionalistas de vários povos. 3. Refere a evolução política da França entre 1815 e 1871. Registaram-se em França uma série de revoltas que conduziram a alguma instabilidade política: - 1815-1830: restauração da monarquia dos Bourbon - 1830-1848: monarquia constitucional de Luís Filipe - 1848-1851: Segunda República - 1851-1870: Segundo Império - 1871-1940: Terceira República 4. Após o Congresso de Viena deram-se, na Europa, um conjunto de movimentos revolucionários de independência nacional. Onde tiveram lugar? Contra quem? Os movimentos de independência, conhecidos como “A Primavera das Nações”, foram os seguintes: - Movimentos nacionalistas na Grécia e Sérvia (libertaram-se dos turcos otomanos em 1830) - Movimento nacionalista da Bélgica (separação da Holanda em 1830) 5. No século XIX a Alemanha e a Itália unificaram-se. Quem foram os mentores destas unificações? A unificação política da Itália (1870) foi realizada graças à ação do rei Vitor Emanuel e do seu ministro Garibaldi; a da Alemanha (1871) foi realizada por Otto Von Bismarck. 6. A América Central e do Sul também foram abrangidas por esta vaga revolucionária. Justifica.
  • 2. Ao longo do século XIX registaram-se revoltas liberais e nacionalistas na América Latina, tendo as colónias espanholas e portuguesa (Brasil) declarado a independência e tendo imposto, paralelamente, regimes liberais. 7. Indica algumas invenções tecnológicas fundamentais para o desenvolvimento da Revolução Industrial no século XIX. Ao longo do século XIX registou-se um grande avanço científico, a par de um grande avanço tecnológico, nomeadamente com o aparecimento do telefone, da lâmpada / eletricidade, telégrafo e a aplicação da máquina a vapor aos transportes (locomotiva e navio a vapor) 8. Quais os tipos de transporte que mais se desenvolveram no século XIX? No século XIX desenvolveu-se a locomotiva a vapor e o navio a vapor. 9. Quais as vantagens económicas, sociais e culturais resultantes do desenvolvimento dos transportes? - desenvolvimento económico devido ao aumento de circulação de produtos - formação de novas cidades - alteração urbanística nas cidades devido à construção de infraestruturas (pontes, viadutos, túneis, apeadeiros, gares) - combateu o isolamento e encurtou distâncias - aumento da mobilidade geográfica e social da população - aumento da população urbana (bairros operários) - aparecimento de novos empregos e profissões - desenvolvimento financeiro dos investidores (Estados, sociedades privadas e Bolsa de Valores) - rapidez na correspondência - avanço cultural 10.“ Convertidas em autênticos templos de modernidade, as gares vão refletir as últimas novidades tecnológicas e construtivas decorrentes da Revolução industrial”. Comenta a frase. ( página 112) No século XIX, dá-se um desenvolvimento urbano devido ao crescimento demográfico, à industrialização, ao desenvolvimento do comércio e dos serviços, ao crescimento da burguesia e ao aparecimento do caminho-de-ferro. Este novo meio de transporte leva à necessidade de construir uma estação de caminhos-de-ferro, a gare, no centro da cidade, para onde convergem largas vias e avenidas, permitindo o escoamento rápido de um
  • 3. tráfico intensificado pelas constantes “chegadas” dos comboios, dos transportes públicos, dos automóveis e da população. A gare passa a ser a “nova porta da cidade”: ponto de encontro e local de divulgação e de troca, espaços animados pela azáfama de gentes. Por isso, a gare passa a ser um pólo de dinamização urbana: era um ponto aglutinador de ideias, experiências e trocas, um local de pessoas em trânsito (esperas/despedidas), num permanente movimento e burburinho. Tornou-se um símbolo da vida urbana, do progresso e da civilização, lugar de confluência de viajantes e aventureiros, homens de negócios e industriais, de gente à procura de melhores condições de vida. A gare representa os novos tempos (a velocidade, o desenvolvimento da tecnologia, a modernidade, a abertura ao mundo), a capacidade inventiva dos homens e o exemplo do uso dos novos materiais construtivos (o ferro e o vidro, produzidos industrialmente) e a proeminência de uma classe de técnicos, os engenheiros que se destacam dos arquitectos pela sua formação nas Escolas Politécnicas. Os novos materiais permitem um novo esqueleto arquitectónico, com uma estrutura mais resistente e aligeirada, maior amplidão dos vãos e da altura dos edifícios; maior facilidade de modelação dos elementos, maior rapidez na construção. Por outro lado, surge uma nova estética dominada pelas novas técnicas construtivas, caracterizando-se pela abundância de vidro nas fachadas, pelas novas formas de cobertura e pela valorização estética da estrutura. 11.Descreve a primazia do sentimento e da natureza no movimento Romântico. O Romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, na literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do racionalismo anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Este movimento cultural caracterizou-se por cultivar a emoção, a fantasia, o sonho, a originalidade, a evasão para mundos exóticos, onde a verdade e a imaginação se confundem, a exaltação da Natureza, o gosto pela Idade Média (o tempo da formação das Nações) e a defesa dos ideais nacionalistas. O romântico sente-se em ruptura consigo próprio e, para se reconciliar consigo mesmo e entender o mundo exterior projectou-se e identificou-se com a Natureza, ajustando-a a si, fazendo dela o reflexo do seu estado interior, das suas emoções. 12.Descreve a importância do sentimento nacionalista para os Românticos. Os Românticos eram defensores dos ideais liberais e, por isso, tinham preocupações políticas, numa permanente contestação ao presente, apoiando os projectos
  • 4. nacionalistas (como por exemplo Lord Byron, que apoiou a luta grega). Por isso, os românticos valorizaram as raízes históricas das nações, retrocedendo até à Idade Média, e privilegiaram as línguas nacionais, o folclore e as tradições. 13.Elabora um pequeno texto sobre as condições de vida e de trabalho do proletariado. Com a industrialização, surgem cidades-cogumelo que acolhiam cada vez mais operários vindos dos campos, com famílias numerosas que vendiam como força de trabalho às fábricas e minas, de onde retiravam, em média, parcos sustentos e encontravam difíceis e desumanas condições de trabalho, nomeadamente em Inglaterra, onde a pobreza urbana da Revolução Industrial atingiu níveis chocantes e desigualdades sociais extremas. 14.Identifica os teóricos e as obras que contribuíram para a melhoria das condições de vida da classe operária. - Socialismo Utópico (exposição dos princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la): - Saint-Simon - Conde inglês que defendeu reformas do Estado para terminar com a exploração e a proporcionalidade entre o salário e a produtividade de cada um - Robert Owen - proprietário de uma grande algodoeira que criou as primeiras cooperativas operárias e construiu a New Lanark, uma cidade cooperativa para os operários da sua fábrica - Charles Fourrier - burguês francês que defendeu a transformação da sociedade numa federação de comunidades (os falanstérios), cooperativas de produção e consumo; defendeu a igualdade entre homens e mulheres - Proudhon - pensador francês que defendeu a supressão do poder do estado, foi o precursor do anarquismo e defendeu a criação de associações livres de operários (Associações Mútuas) - Científico (desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do próprio capitalismo, em reação contrária as ideias espiritualistas e científicas): - Marx e Engels – estabeleceram os princípios básicos do Marxismo no “Manifesto Comunista”, em 1848: o capitalismo seria, inevitavelmente, superado e destruído. Entenderam, ainda, que a classe trabalhadora agora completamente expropriada dos meios de subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica e
  • 5. entender-se como uma classe revolucionária, teria um papel decisivo na destruição da ordem capitalista e burguesa. O socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária, para se alcançar a sociedade comunista, o momento máximo da evolução histórica do homem, em que a sociedade já não mais estaria dividida em classes. 15.Identifica os fatores que contribuíram para a crítica social e política. Os factores que contribuíram para a crítica social e política foram a crescente alfabetização, o desenvolvimento da imprensa, o espírito interventivo, o declínio da mentalidade religiosa e a crescente consciencialização das liberdades individuais. 16.Relaciona a crítica social e política com a produção artística. A defesa do princípio da liberdade estendeu-se ao princípio da liberdade na arte e, através da acção criativa, os artistas acabaram, também, por contribuir para a crítica social e política. A arte deixa de ser elitista e “desce à rua”: Munch e Toulouse-Lautrec dedicaram-se ao cartaz, Balzac e George Sand publicaram os seus romances em folhetins de jornais, os livros de Emílio Zola atingiram grandes tiragens e apareceram os museus. 17.Justifica o contributo de Gustave Eiffel para a inovação registada na arquitetura do século XIX. Gustave Eiffel ( 1832-1923), nasceu em Dijon onde fez os estudos iniciais, mas completa em Paris a sua formação superior e técnica. Preparado para dirigir uma empresa familiar, acaba por iniciar a sua carreira numa empresa de construções metálicas, onde se distinguiu na obra da ponte de Bordéus (1868-1860). Em 1867, fundou a sua própria empresa especializando-se na chamada construção do ferro, sendo o inventor de um novo sistema de distribuições de cargas com base no desenho de arcos metálicos que lhe permitia vencer grandes vãos, sendo a Ponte de D.Maria I em 1877 a sua primeira obra. Em Portugal da sua autoria, destaca-se a Ponte de Viana do Castelo em 1878. No plano internacional, a estrutura interna da Estátua da Liberdade em Nova Iorque em 1881 e em França uma série de obras de referência: Ponte Route de Saint André de Cubaz, em Gironde (1883), a Ponte Garabit em Cantal (1884) e a Cúpula do Observatório de Nice (1886). Porém a sua obra emblemática foi sem dúvida a Torre Eiffel com 324 metros de altura e 12.000 peças, edificada em 1889, por ocasião da Exposição Universal de Paris e por ocasião das Comemorações do 1ºCentenário da
  • 6. Revolução Francesa e que traduz os novos desafios, das construções do ferro e do vidro, associados à leveza e a originalidade da referida obra. 18.Explica a importância da 1ª Exposição Universal em Londres, em 1851. - a Exposição Universal como montra do progresso industrial europeu e das suas capacidades tecnológicas; - os progressos tecnológicos e a sua manifestação na arquitectura: afirmação da engenharia do ferro, que estende os seus processos construtivos, ligados aos caminhosde-ferro, à edificação de pavilhões; - construção do Palácio de Cristal, um edifício de grande capacidade (70 000 m2) que não era mais do que uma gigantesca estufa de ferro e vidro, criando um espaço amplo e translúcido que surpreendeu a sociedade da época. - para a construção ser rápida, foram introduzidos sistemas de pré-fabricação e estandardização de elementos construtivos; - a cobertura de interiores foi feita com grandes superfícies em vidro; 19.Identifica o Romantismo como um produto da época. O Romantismo foi um produto da própria época porque adoptou os princípios do Liberalismo (individualismo, humanismo e nacionalismo), identificando o povo como a verdadeira alma das nações, valorizando, portanto, a cultura popular (tradição, folclore). Defendeu o idealismo revolucionário (democrático e socializante) devido à desilusão com a nova elite dominadora: a burguesia. Adoptou as novas correntes filosóficas: Kant, Schelling e Schopanhauer. 20.Descreve os princípios do Romantismo. O Romantismo é um movimento cultural que se caracteriza por uma nova maneira de sentir: - a interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções, os sonhos, os devaneios, as fantasias, as viagens ao interior de cada um, numa incansável fuga ao real, que desilude, magoa e engana - privilegia a emoção em detrimento da razão, o sonho em vez da realidade e o idealismo acima do pragmatismo - o isolamento da alma em comunhão com a natureza, manifestado na exaltação do mundo rural e puro e no interesse pelas sociedades primitivas ou exóticas, não maculadas pela civilização ocidental
  • 7. - a valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam na Idade Média, idealizada através da literatura e das suas ruínas monumentais - convicção de que a arte é essencialmente inspiração e criação (não nasce por receita, academismo ou encomenda), obedecendo unicamente a impulsos pessoais, despoletada por uma necessidade inata e sublime. Por isso, afronta aos critérios e normas académicas, apresentando os esboços, os desenhos ou as aguarelas como obras definitivas e utilizando técnicas mais experimentais e expressivas, com pincelada mais fluida. 21.Descreve as características da arquitectura romântica, integrando-as na procura de uma estética própria. À ordem, proporção, simetria e harmonia do Neoclassicismo, a arquitectura romântica vai contrapor a irregularidade, o organicismo das formas, os efeitos de luz, os movimentos dos planos e o pitoresco da decoração, com a intenção de provocar o encantamento e evasão, a imaginação e sentidos, o sonho e fantasia, os espaços distantes ou imaginários. Para os Românticos, a arquitetura deveria ser capaz de provocar sensações, motivar estados de espírito e transmitir ideias, marcando a passagem da “forma medida” (neoclássica) para a “forma sentida” (a romântica). Os primeiros sinais desta nova postura face à arquitectura dos espaços manifestaram-se nos jardins que, desde os inícios do século XVIII, começaram a misturar as características do jardim francês, racional e geométrico, com o chamado “jardim à inglesa”, natural e selvagem, semeado de pavilhões chineses e falsas ruínas. Preocupada com os efeitos, a arquitectura do Romantismo manifestou-se sobretudo pela forma e pela decoração na procura de uma estética própria, dando menos importância aos aspectos técnicos e estruturais que, no geral, seguiram as tendências e os progressos da construção da época. São muitos os exemplos de edifícios com estruturas em ferro e aço (com estruturadas deixadas à vista e/ou trabalhadas com formas decorativas próprias) e com a utilização de materiais industriais (ferro, tijolo vidrado e vidro). A procura de uma estética própria não conduziu, no entanto, a uma nova arquitectura ou a um novo estilo porque promoveu a reprodução de estilos construídos em épocas não influenciadas pelo Classicismo, em culturas exóticas e não contaminadas pela civilização industrial. 22.Descreve o aparecimento de revivalismos no contexto cultural da época.
  • 8. O interesse crescente pela História, o nacionalismo político, a valorização das tradições nacionais, o desejo de fuga ao presente conduziram aos revivalismos, ao desejo de reanimar estilos do passado. A Idade Média foi a época de eleição do 1º revivalismo – o Neogótico – que começou a revelar-se em meados do século XVIII com os arquitetosHorace Walpole e filho, James Wyatt, os teorizadores August Pugin filho, o historiador e crítico de arte John Ruskin e os franceses Chateaubriand e Viollet-le-Duc. John Ruskin enaltecia as qualidades do Gótico, afirmando ser um estilo verdadeiramente universal pois aliou-se às necessidades práticas sem receber influência de movimentos anteriores. Viollet-le-Duc destacou o Gótico como o apogeu do progresso e expressão do génio humano devido à invenção de nova tecnologia construtiva. Exemplos de construções românticas: - Charles Berry e August Pugin, filho, Palácio do Parlamento, Londres, Inglaterra: longa fachada, simétrica; irregularidade gótica (algumas torres desirmanadas), decoração tipicamente medieval (esculturas, pináculos, cúpulas) - F.C. Bau,e Thérodore Ballu, Igreja de Santa Clotilde, Paris: planta em cruz latina, transepto pouco saliente, abóbadas nas naves, torres sineiras terminadas com agulhas, portal ocidental triplo; características modernas: utilização de novos materiais (ferro, aço) - Georg von Dollman, Castelo de Neuschwanstein, 1870, Baviera, Alemanha: volumes irregulares; múltiplas torres aguçadas e esguias Outros revivalismos: neorromânico, neorrenascentista, neobizantino, neobarroco. Ecletismo: combinação de vários estilos arquitetónicos no mesmo edifício Exotismos (Estilo indo-muçulmano): gosto pelas culturas não europeias, por tudo aquilo que apela à imaginação e ao mistério; o espírito irrequieto, insatisfeito e sonhador leva ao gosto por viagens e pelas culturas não europeias, por tudo aquilo que apela à imaginação e ao mistério 23.Caracteriza a arquitectura romântica portuguesa. A introdução do Romantismo em Portugal está relacionada com uma conjuntura propícia à eclosão do nacionalismo e à defesa intransigente da nossa cultura e do nosso passado histórico: as invasões francesas, a Revolução Liberal de 1820, a Guerra Civil e a Regeneração. Em Portugal, o revivalismo teve, por isso, um carácter nacionalista,
  • 9. evocando, principalmente nos edifícios públicos, as épocas de maior esplendor da nossa História, com destaque para os Descobrimentos e o estilo Manuelino: - Palácio do Buçaco (Luigi Manini e Nicola Bigaglia): exemplo da arquitetura revivalista romântica; revivalismo neomanuelino, adotando características da Torre de Belém, com planta rectangular, torre coroada por uma esfera armilar e galeria do piso térreo com arcadas ornamentadas; corpo central é uma réplica da Torre de Belém enquanto que a arcada é uma réplica do Mosteiro dos Jerónimos. - Estação do Rossio (José Luís Monteiro) - Palácio da Regaleira (Luigi Manini) - obra mística e misteriosa, eclética, simbolista e esotérica O Neogótico ficou em 2º plano: moradias, igrejas, jazigos fúnebres. Outros revivalismos: neorromânico, neoárabe 24.Integra a construção e as características formais do Palácio da Pena no contexto artístico da época. O Palácio da Pena é expressão da arquitectura e do espírito romântico, devido aos seguintes aspectos e características: - Iniciativa e sensibilidade estética do encomendador: - aquisição, por parte de D. Fernando de Saxe-Coburgo (1818-1885), marido da rainha D. Maria II, de um antigo mosteiro, para a construção de uma residênciapalácio de Verão ao gosto romântico; - escolha de um local no topo da Serra de Sintra, com vista privilegiada sobre toda a natureza envolvente; - o encomendador, D. Fernando, era um romântico por natureza. - Exotismos e revivalismos presentes na estrutura: • ecletismo arquitetónico, concretizado numa profusão de estilos: neogótico, neomanuelino, neomourisco, neo-indiano (mistura intencional da mentalidade romântica, que dedicava invulgar fascínio ao exotismo); • neomourisco, nos contrafortes exteriores, nos arcos e nas cúpulas; • neogótico, na torre do relógio; • neomanuelino, na decoração do claustro do antigo convento e na janela que constitui uma réplica da janela manuelina do Convento de Cristo, em Tomar. Elementos decorativos exteriores: • bow-window (janela saliente), ladeada por duas torres de sugestão medieval;
  • 10. • pórtico alegórico da criação do mundo, encimado por um tritão (representação manuelina – temas marítimos – e exótica); • baluarte cilíndrico de grande porte, encimado por uma cúpula; • cúpulas orientalizantes. 25.Descreve as características da pintura romântica. A pintura foi a disciplina mais representativa do romantismo. Foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época. As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão. - Quebra de regras das academias e exaltação da liberdade de expressão artística e de sentimentos: a obra de arte é o resultado da inspiração, genialidade e impulsos o que leva à emancipação do pintor relativamente à encomenda, à individualização e à diversificação da pintura romântica. Temas: - históricos: episódios da época medieval de cada nação, através de uma leitura exaltada dos acontecimentos e da valorização do herói individual, abnegado, individualista, e entregue à causa - literários: inspiração na literatura do passado e do presente: romances medievais de cavalaria e autores clássicos - mitológicos: Gosto pelas mitologias cristã e nórdica, tratadas com misticismo e espiritualidade - atualidade político-social da época: naufrágios, revoltas sociais, lutas nacionalistas e seus heróis, lutas pela libertação das minorias - Temas inspirados no mundo do sonho (onírico) e do fantástico: inspiração no mundo interior, na imaginação e na fantasia, no subconsciente, nas lendas, nos contos de fadas, no metafísico e no absurdo - costumes populares: festas e romarias - Temas inspirados nas tradições, hábitos e raças exóticas e nas civilizações não europeias (China, Índia ou Norte de África) devido ao gosto pelo pitoresco - vida animal
  • 11. - paisagem, o tema de grande preferência: natureza tratada com bucolismo e nostalgia (dramática ou emocional), projetando nela os seus próprios estados de espírito 26.Caracteriza os distintos modos como o tema “paisagem” ou “natureza” foi tratado no período romântico. Na pintura romântica, o artista privilegia a natureza da seguinte forma: - a paisagem é um tema preferencial entre os pintores românticos, porque nela projectavam os seus estados de espírito e a sua visão da existência; - a natureza torna-se uma fonte de inspiração para os românticos, que a retratavam nas suas várias cambiante (tempestuosa, dramática, bucólica e pitoresca); - a representação da natureza constitui um modo privilegiado de os artistas expressarem as emoções, os sentimentos, a sensibilidade, a imaginação, a fantasia, o mistério, o sonho, a subjectividade, a espiritualidade; - John Constable recria, de um modo naturalista, ainda que poético, emotivo e sensível, as formas, o elementos e as cores da natureza, com rigor, detalhe e precisão, evocando, por vezes, o gosto pela Idade Média - William Turner tem uma conceção sublime da paisagem, recriando paisagens heróicas através da apresentação da paisagem como protagonista no momento de máxima violência. Neste sentido, o indivíduo funde-se com a paisagem e as formas diluem-se (próximo da abstração) - C.D. Friedrich cria espaços irreais, atmosferas melancólicas, apresentando uma Natureza como emanação de Deus (espaço poético, espiritual e sublime). Por conseguinte, há uma indefinição de espaço concreto (vazio inquietante), uma limitada gama cromática e uma ausência de detalhes. 27.Descreve as técnicas inovadoras da pintura romântica. - Influências do academismo: tratamento realista e naturalista da forma; prática do claro-escuro - Emancipação do academismo: sobrevalorização da cor, usada de forma mais livre, emocional e lírica; a cor transforma-se no principal elemento construtivo da forma pelo que se regista uma simplificação no desenho das formas e no tratamento do claroescuro e uma maior sensação de bidimensionalidade - Prevaleceu a cor sobre o desenho linear - Uso de uma paleta cromática variada - Exploração dos contrastes fortes e não harmónicos
  • 12. - Uso de intensos efeitos de claro-escuro - Luminosidade artificial e dramática - Focalização da luz sobre o assunto a destacar, acentuando a expressividade da cena - Preferência pelo óleo e pela aguarela - Pintura larga, fluida, vigorosa e espontânea - Definição menos nítida dos volumes - Composições movimentadas: linhas oblíquas e sinuosas para reforçar o sentido trágico, dramático e heróico da cena - A figura humana não obedece aos cânones clássicos: em escorço e em contraposto; atitudes contratadas; dramatismo e movimento 28.Identifica os principais pintores românticos. - França: Théodore Géricault e Eugéne Delacroix - Alemanha: Gaspar David Friedrich - Inglaterra: William Blake, Georges Stubbs, John Constable e William Turner - Suiça: Henri Füssli - Espanha: Francisco Goya 29.Identifica o lugar da escultura na arte romântica. A escultura romântica teve um lugar secundário entre as artes do Romantismo. A exigência dos materiais e a concepção/execução mais lenta impunham limites à espontaneidade e à liberdade do artista. 30.Descreve a temática e as formas de representação da escultura romântica. Os temas da escultura romântica foram: a natureza (animais selvagens), as alegorias / fantasias, a história / literatura e o retrato Quanto às formas de representação, e como reação ao Neoclassicismo (evitaram-se as composições estáticas e as superfícies polidas e lisas), exaltou-se a expressividade através de composições movimentadas e de sentido dramático. Os principais escultores foram: August Préault, Jean Batista Carpeaux, François Rude 31.Caracteriza a pintura e a escultura romântica em Portugal. A pintura romântica teve uma entrada tardia em Portugal, não teve um programa consistente nem objetivos concretos e incidiu sobretudo pintura de paisagens (confusão com Naturalismo)
  • 13. Os principais temas foram a pintura histórica (Idade Média/História Nacional), a pintura de género (vida rural e costumes populares),a paisagem, as cenas místicas (procissões) e o retrato Os principais pintores foram Tomás da Anunciação, Francisco Metras, Leonel Marques Pereira, João Cristino da Silva, Augusto Roquemont A escultura também teve uma forte tradição académica neoclássica e representou, sobretudo, heróis e figuras nacionais. Os principais escultores românticos foram Vitor Bastos , Costa Mota Tio e Anatole Camels 32.Descreve a nova conjuntura de meados do século XIX e os seus reflexos sobre a arte. Em meados do século XIX fazem-se já sentir as primeiras crises do sistema capitalista, a “questão operária” transforma-se num verdadeiro problema social, conduzindo à organização do movimento operário, com o crescente número de greves e de manifestações. Os movimentos nacionalistas continuavam assim como a luta entre os liberais (entre as facções mais democráticas e as mais conservadoras). As questões políticas, económicas e sociais eram divulgadas pelo crescente número de jornais o que, conjuntamente com a crescente alfabetização, contribuiu para a laicização do pensamento e das mentalidades. Deste modo, foi crescendo o interesse pela realidade, a par de um maior racionalismo, pragmatismo e materialismo da vida quotidiana, o que permitiu uma visão mais realista e objectiva da realidade. A imaginação começa a ser substituída pela observação da realidade e a subjectividade é posta de parte. 33.Caracteriza a pintura da “Escola de Barbizon”. Barbizon, a 30 km de Paris, foi o local escolhido por alguns pintores para pintar a natureza em natureza (ao ar livre), fora dos ateliers. Os naturalistas pintam paisagens, cenas do quotidiano e retratos, com o objectivo de representar objectivamente a realidade visível. Abandonam os temas dos pintores românticos (temas de inspiração literária ou histórica, fantasias) e o sentimentalismo e a subjectividade exagerados. Camille Corot retrata paisagem rural e citadina e retratos com rigor objetivo da composição, respeito pelos valores atmosféricos (luz e cor) e serenidade expressiva. Eugéne Boudin e Jonkind dedicam-se a temas ligados ao mar e à água, com um intensificação da luminosidade 34.Justifica o conceito de “arte útil” defendido pelos pintores realistas.
  • 14. O realismo nasceu na França, após as revoltas de 1848 e como resposta à estética novelesca e fictícia do romantismo. A vida dos trabalhadores no campo, nas minas, ou seja, das classes menos privilegiadas, foi o tema dessa pintura, que tinha como finalidade a consciencialização da sociedade o que, logicamente, foi recusada pela alta burguesia. O Realismo está, portanto, relacionado com o espírito científico e tecnológico e com uma sociedade em mudança, levando os artistas a procurarem olhar a realidade envolvente de modo objectivo. Como consequência, realizaram uma renovação da linguagem plástica e das temáticas pictóricas, agora inspiradas na realidade, demonstrando um espírito analítico e científico na arte. A pintura aparece, portanto, como um processo interpretativo da realidade física e social, havendo uma relação entre a arte e o compromisso social: a teoria sobre a Questão Social, de Pierre Proudhon, segundo a qual a arte devia ter fins sociais e o artista devia comprometer-se com as grandes causas humanas, denunciando, através da sua obra, as contradições e as injustiças (arte útil). 35.Caracteriza a pintura realista, a nível temático e formal. O Realismo descende do Naturalismo e da “Escola de Barbizon”, constituindo uma forma mais politizada de retratar a realidade social, utilizando a arte como instrumento de denúncia social e política (conceito socialista de arte útil). Os pintores realistas retratam aspetos do quotidiano rural, representando a condição humilde dos camponeses e a dureza do trabalho da terra: cenas domésticas, de trabalho ou de lazer com pessoas comuns e anónimas. Representam a realidade de modo fotográfico e objectivo (denúncia das injustiças e das incoerências sociais presentes no mundo do trabalho). Em termos formais, os pintores realistas acentuaram a importância da luz no tratamento dos volumes, respeitaram a cor ambiente e a anatomia humana nas proporções e volumetrias. Gustave Courbet, defensor dos ideais socialistas, dedicou-se a representar paisagens campestres e cenas da pequena burguesia urbana, retratos e auto-retratos (a realidade visível). Jean François Millet retratou cenas da vida rural. O Realismo expandiu-se sobretudo para países com maiores problemas sociais causados pela industrialização: Wilhelm Leibl (Alemanha) e Giovanni Fattori (Itália) 36.Refere os principais progressos registados na fotografia. - Século XVI – Giovanni Battista della Porta – invenção da “câmara escura”
  • 15. - 1839 – Louis Daguerre inventa o “daguerreótipo” - emprego de uma camada de prata pura sobre placas de cobre, polidas e sensibilizadas por meio de vapores de iodo que, após uma exposição de 3 a 30 minutos, revelava a imagem por meio de vapores de mercúrio, fixando-se numa solução de hipossulfito de soda. - William Fox Talbot – invenção do processo de reprodução de imagens positivas a partir de uma imagem negativa; Janela da biblioteca de Abadia de Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo 37.Descreve os contributos recíprocos entre a fotografia e a pintura realista. Os contributos da fotografia para a pintura foram o olhar casual capaz de ver a realidade em fragmentos e de apreciar os gestos e os movimentos espontâneos, contribuiu para terminar com todas as concepções académicas sobre a composição da pintura e permitiu rever as técnicas de representação da realidade. Por sua vez, a pintura contribuiu para a fotografia pelas referências temáticas, a composição e o enquadramento da imagem. 38.Demonstra a utilização da fotografia por Lewis Hine como instrumento de educação e de alerta. Lewis Hine, nasceu em Winsconsin (Estados Unidos). Com formação académica na área da sociologia, desenvolve a sua atividade no ensino onde utiliza a câmara fotográfica com fins educativos antes de se dedicar definitivamente à fotografia. Os seus primeiros trabalhos são marcados pela denúncia das injustiças sociais, situação da classe trabalhadora e outras questões de natureza crítica que afectam a sociedade americana. É neste contexto que se identificam as suas fotografias sobre a imigração de Ellis Island , em que o papel persuasivo dessas imagens têm como objectivo abalar as consciências dos cidadãos, de modo a fazer pressão paraa melhoria das condições de alojamento, trabalho e educação dos imigrantes. Como fotógrafo do National Child Labor desde 1808, denuncia a situação das crianças, desde o abandono à situação precária a que estão sujeitas nomeadamente no trabalho infantil. Do seu registo, destaca-se a acção da Cruz Vermelha americana na Europa durante o 1º conflito mundial e as obras de construção do Empire State Building, nos anos 20 e 30, que se destaca a valorização do trabalho do homem no contexto da construção da sociedade industrial moderna. Finalmente de referir que o valor artístico das suas imagens acompanhou este processo de denúncia da exploração da mão-de-obra infantil assim como o valor da força do homem na construção da sociedade industrial.
  • 16. O IMPRESSIONISMO SAI NO PRÓXIMO TESTE 39.Descreve os factores que contribuíram para o aparecimento da pintura impressionista. 40.Caracteriza a pintura impressionista, a nível temático e formal. 41.Identifica os pintores impressionistas, destacando as principais características de cada um.