8. 1. OS DESCOBRIMENTOS EUROPEUS
Expansão marítima de Portugal e Espanha, mais tarde Holanda, França e Inglaterra
9. 1. OS DESCOBRIMENTOS EUROPEUS
Comércio à
escala
mundial
Intercâmbios
Conhecimento do
culturais entre
Globo terrestre
continentes
Consequências
Novos conceitos
sobre o Experiencialismo
Homem
10. O experiencialismo e o alargamento da
compreensão da Natureza
Descobrimentos Portugueses
Ptolomeu escreveu que o Mar Índico é como uma lagoa apartada do nosso mar
Oceano Ocidental (o Atlântico) (…)
O que tudo isto é falso (…) como a experiência é madre das coisas, por ela
soubemos radicalmente a verdade.
Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de Situ Orbis
O valor da observação e da experiência,
em detrimento do saber livresco
11. Pedro Nunes, Tratado da Esfera, 1537
“Não há dúvida que as navegações deste reino, de cem anos a esta parte,
são as maiores, mais maravilhosas, de mais altas e mais discretas
conjecturas que as de nenhuma outra gente do mundo. Os Portugueses
ousaram cometer o grande mar oceano. Entraram por ele sem nenhum
receio. Descobriram novas ilhas, novas terras, novos mares, novos povos e o
que mais é, novo céu e novas estrelas.
(…) Tiraram-nos de muitas ignorâncias e amostraram-nos ser a terra maior
que o mar e haver aí antípodas, que até os santos duvidavam, e que não há
região que nem por quente, nem por fria, se deixe de habitar. E que em um
mesmo clima e a igual distância da equinocial há homens brancos e pretos e
de mui diferentes qualidades. (…)”
13. De Revolutionibus Orbium Coelestium (1543)
• Qual a importância da obra De
Revolutionibus Orbium Coelestium?
2. Como Copérnico atingiu as
conclusões que expõe na obra?
3. Porque razão essa obra foi tão
polémica no seu tempo?
Copérnico e a Teoria Heliocêntrica
14. De Revolutionibus Orbium Coelestium (1543)
• Qual a importância da obra De Revolutionibus
Orbium Coelestium?
Pela primeira vez, é exposta de forma
matemática e científica, a teoria heliocêntrica,
comprovando-se com rigorosas demonstrações
matemáticas.
3. Como Copérnico atingiu as conclusões que
expõe na obra?
Copérnico fez medições, utilizando o quadrante
(mede o arco diurno percorrido pelo Sol), a esfera
armilar (para determinar a posição dos astros) e Copérnico e a
um torqueton (medir a posição dos astros no
céu). A partir das observações, fez complicadas Teoria Heliocêntrica
demonstrações matemáticas
1. Porque razão essa obra foi tão polémica no seu tempo?
As conclusões de Copérnico eram contrárias aos ensinamentos dos sentidos e às
teorias dos Antigos e negavam afirmações da Bíblia, pondo em causa alguns dogmas
da Igreja. A obra permaneceu no Index até 1835.
17. Novos conceitos sobre o Homem
Os interesses dos
Humanistas:
- Estudo do grego, latim e
hebraico
- Leitura dos autores
antigos
- Crença nas capacidades
do Homem
Individualismo
18. 2. CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS
EM ITÁLIA
Itália estava dividida
em ducados,
Florença
repúblicas e reinados
soberanos
Roma
Rivalidade económica,
política e cultural
19. 2. CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS EM
ITÁLIA
Abundam em Itália os
vestígios da arte greco-
romana, que viriam a
inspirar numerosos artistas.
Por sua vez, as bibliotecas
dos mosteiros guardavam
cópias de muitas obras da
antiguidade, que os
intelectuais italianos
estudavam, e muitas vezes,
reeditavam.
20. 2. CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS EM
ITÁLIA
Muitas cidades italianas tinham-se
tornado activos e prósperos
centros de comércio e
financeiros.
Graças a essa prosperidade, os
grandes senhores nobres e
eclesiásticos e os ricos burgueses
praticavam o mecenato cultural,
apoiando escritores e artistas.
LOURENÇO DE MÉDICIS
21. Lourenço de Médicis, Il Magnífico
(1449 – 1492)
1. Que características definem a
personalidade e a atuação
política de Lourenço de Médicis?
2. Quais os contributos de
Lourenço para a vida da sua
cidade, Florença?
3. De que modo a sua prsonalidade
e a sua atuação política refletem
o seu tempo?
22. Lourenço de Médicis, Il Magnífico
(1449 – 1492)
1. Que características definem a personalidade e a atuação política de Lourenço de
Médicis?
Lourenço era eloquente, curioso e vivo, tinha uma inteligência acima da média e
uma grande sensibilidade artística, era culto, eclético, sensível e sofisticado
2. Quais os contributos de Lourenço para a vida da sua cidade, Florença?
Lourenço governou com grande sabedoria e tato político, tendo trazido bem-
estar e fama a Florença. Instituiu um poder absoluto mas teve o apoio dos mais
pobres. Amante das artes e das letras, desenvolveu uma política cultural
notável, criando em Florença um ambiente de permanente animação cultural.
Atraiu e apoiou poetas, pensadores e artistas, criou escolas e bibliotecas,
colecionou livros e obras de arte, renovou arquitetonicamente a cidade e
promoveu inúmeras festas públicas e privadas.
3. De que modo a sua personalidade e a sua atuação política refletem o seu
tempo?
Lourenço é um homem do seu tempo devido à enorme curiosidade e vontade
de saber que sempre demonstrou e ao valor dado à criatividade dos artistas que
apoiou
23. AS CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
Humanismo
Espírito crítico
Individualismo / antropocentrismo / Humanismo
Experiencialismo / Racionalismo
Evolução científica dos conhecimentos da Natureza:
- Geografia
- Matemática
- Astronomia
- Anatomia
- Medicina
- Astrologia
24. AS CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
ANTROPOCENTRISMO: Atitude
filosófica que coloca o Homem no centro
do Universo.
MECENATO: é a acção de proteger
a cultura, por parte de um particular,
isto é, de um mecenas.
HUMANISMO: Movimento cultural
renascentista – filosófico, literário e
artístico – que se interessa pelo
Homem, as suas características e
potencialidades. Apoiou-se na cultura
clássica (grega e romana) que
redescobriu e reinventou.
25. AS CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
INDIVIDUALISMO: Corrente doutrinal e
prática que defende, para cada homem,
a concretização das potencialidades e
características próprias e sobrevaloriza
o papel do indivíduo na evolução das
sociedades e da História.
Exemplo: os artistas assumem-se como intelectuais, que
pelo seu talento técnico, pelo raciocínio e compreensão das
coisas, mostram génio, recebendo reconhecimento público,
garantindo a sua ascensão social, pelo que são chamados
às cortes dos senhores e assinam as suas obras.
26. AS CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
CLASSICISMO: Tendência
literária e artística baseada na
imitação dos clássicos:
gregos e romanos.
HOMEM IDEAL: Homem completo e perfeito, cultiva a formação
física, intelectual e cívica, ou seja uma formação integral (mente sã,
em corpo são).
NATURALISMO: Doutrina e
atitude filosófica e estética que
valoriza a observação e
imitação da Natureza.
27. AS CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
EXPERIENCIALISMO: Espírito de curiosidade (gosto por) e de
observação da Natureza para a construção do conhecimento
recusando aceitar a autoridade dos livros, valorizando a
Experiência de quem vê.
O experiencialismo para qual os portugueses com as suas
descobertas e estudos tanto contribuíram, consiste num saber da
experiência feito de resultados de observações empíricas.
RACIONALISMO: Atitude filosófica em que os
conhecimentos antigos ou resultantes da observação
da Natureza só seriam válidos se fossem
confirmados / interpretado pela Razão.
ESPÍRITO CRÍTICO: Atitude de uma
pessoa que não aceita ideias, factos,
conceitos, teorias, sem reflectir sobre os
seus fundamentos e sobre o seu valor.
28. OS REFLEXOS SOBRE A ARTE
Abandono das práticas góticas
Libertação dos artistas das corporações e reconhecimento do valor
da sua autoria
Elevação do seu estatuto social
Giorgio Vasari aparece como o 1º historiador da arte
Rigor conceptual e técnico na descoberta e criação de novas
regras, cânones e temas para suplantar a própria natureza
Arte racional e científica, imitação intelectualizada e tecnicista da
natureza
29. OS REFLEXOS SOBRE A ARTE
Homem Vitruviano:
- figura masculina desnuda
separadamente e
simultaneamente em duas
posições sobrepostas com os
braços inscritos num círculo e
num quadrado.
- a combinação das posições dos
braços e pernas formam quatro
posturas diferentes.
As proporções matemáticas
do corpo humano
30. OS REFLEXOS SOBRE A ARTE
Homem Vitruviano:
- As posições com os braços
em cruz e os pés são inscritas
juntas no quadrado. Por outro
lado, a posição superior dos
braços e das pernas é inscrita
no círculo.
- Isto ilustra o princípio que na
mudança entre as duas
posições, o centro aparente da
figura parece se mover, mas
de fato o umbigo da figura, que
é o verdadeiro centro de
gravidade, permanece imóvel.
As proporções matemáticas
do corpo humano
31. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
Palácio Strozzi
Século XV
32. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
A vida centra-se nas cidades
nobres
Palácio – habitação típica das elites eclesiásticos
burgueses
Palacio Rucellai,
Florença, século
XIV
33. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
A vida centra-se nas cidades
nobres
Palácio – habitação típica das elites eclesiásticos
burgueses
- planta quadrangular
- 3 a 4 pisos
- ocupa normalmente um quarteirão
- de pedra
- aspeto fechado, compacto e maciço,
poucas janelas
34. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
- Fachadas internas em torno de
um pátio central e aberto:
elegantes loggias, de arcos
redondos à maneirra romana,
decoradas com mármores,
medalhões de cerâmica
esmaltada e peças de estatuária
- Pátio como centro orgânico do
palácio: divisões desenvolvem-se
a partir dele assim como os eixos
de circulação interna
Palácio Médici-Ricardi, Florença,
século XV
35. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
- Fachadas internas em torno de
um pátio central e aberto:
elegantes loggias, de arcos
redondos à maneirra romana,
decoradas com mármores,
medalhões de cerâmica
esmaltada e peças de estatuária
- Pátio como centro orgânico do
palácio: divisões desenvolvem-se
a partir dele assim como os eixos
de circulação interna
36. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
- Pisos segundo critérios
funcionais:
- Rés do chão: área de
serviços
- 1º andar: dependências
nobres e sociais
- 2º andar: zonas privadas
Palácio Médicis-Ricardi
37. 2. O palácio, habitação das elites. As artes
no palácio
Palácios como centros
culturais e artísticos:
- banquetes, bailes e
saraus
- Bibliotecas e
museus privados
- Tertúlias intelectuais
- Local de trabalho de
artistas
Palácio Pitti, Florença, século XV
44. 3. O Humanismo e a Imprensa
Expressão literária dos novos valores
intelectuais do Renascimento
- Pesquisa em bibliotecas e nos scriptoria dos mosteiros dos
manuscritos antigos
- Aprendizagem do grego e do latim
Renovação literária
- Pesquisa e estudo de inscrições
- Valorização das línguas nacionais
Obras de crítica social
45. 3. O Humanismo e a Imprensa
Descoberta da imprensa por João Gutenberg,
na Alemanha, em 1434 e outros seus
colaboradores.
Inovações:
criou caracteres individuais de metal
(antes existiam blocos de impressão em
madeira)
Experimentou misturas para tintas
Adaptação da prensa vinícola
Procura de novos suportes para as
impressões (pergaminho era utilizado até
então)
46. 3. O Humanismo e a Imprensa
Caracteres individuais de metal
- Individuais = podem ser feitos em quantidade e reutilizados
noutros livros
- Metal = feitos numa liga de chumbo fundido, estanho e
antimónio, logo mais resistentes, podem fazer mais cópias
Pensa-se que a letra
utilizada, Blackletter, foi
concebida por um dos
seus colaboradores
Peter Schöffer
Reconstituição dos caracteres da
oficina de Gutenberg.
47. 3. O Humanismo e a Imprensa
Misturas para tintas
As tintas sobre o suporte tinham de
ser absorvidas sem escorrer,
assegurando a precisão dos traços;
precisava-se que a secagem fosse
rápida e a impressão permanente.
Por isso, Gutenberg experimentou
pigmentos à base de azeite, para
imprimir com as matrizes, e as
capitulares e ilustrações que se
realizavam manualmente.
Bíblia de Gutenberg, 1455
48. 3. O Humanismo e a Imprensa
Adaptação da prensa
vinícola
Até se tornar mais prática e fácil de
usar
Procura de novos
suportes para as
impressões
Até então utilizava-se o
pergaminho.
Experimenta-se a utilização de
papel de trapo de origem chinesa,
introduzido na Europa na sua
época
49. Bíblia de Gutenberg,
1455
A primeira obra impressa foi
a Bíblia.
Cada página foi rubricada e
iluminada à mão em um
período de três anos.
Tinha 42 linhas (aqui 40)
em 2 colunas
Margens e texto seguem a
Razão de Ouro 1.6
Acredita-se que 180 cópias
foram produzidas com 1282
páginas, a maioria em 2
volumes; 45 em
pergaminho e 135 em
papel.
50. Título de cada livro
Resíduo de uma marcação de cabedal,
colocada no início de cada livro da Bíblia
Numeral romano acrescentado por um
escriba indicando a divisão do texto em
passagens para as leituras em voz alta
Abreviaturas do escriba
Pequena rubrica acrescentada à mão
Gralha no texto
Rubrica adicionada por um escriba para
indicar o fim do Livro do Génesis e o
início do Êxodo
Letra inicial iluminada
Nota de um escriba como este livro está
Retirado do Projecto Gutenberg dividido em 60 passagens para os serviços
51. Caracteres móveis metálicos
a
1
b
4 3
2
c
Elementos principais dum caracter móvel nos dias de hoje
a. Olho; b. Face (anterior) ou Barriga; c. Corpo
Detalhes: 1. Rebarba ou talude; 2. Risca ou ranhura 3. Canal ou goteira; 4. Pé.
52. 3. O Humanismo e a Imprensa
Imprensa: Temas / Géneros
Livros de carácter religioso: bíblias,
missais e outros livros de orações,
vidas de santos (hagiografias), obras
dos doutores da igreja (exemplos:
grandes teólogos do Ocidente:
Agostinho de Hipona, Jerónimo de
Strídon e Gregório Magno, Doutores
da Igreja em 1298; Padres do Oriente,
Atanásio de Alexandria e Gregório de
Nanzianzo, declarados Doutores em
1568, com Tomás de Aquino.)
A partir do século XVI: romances de cavalaria, literatura de
viagens, reedição de clássicos em latim ou grego, livros de
medicina e direito ou obras dos humanistas da época.
53. 3. O Humanismo e a Imprensa
Contributos do Desenvolvimento da Imprensa
As inovações na imprensa
permitiram fazer livros em maior
quantidade, logo estes livros
impressos ficavam mais baratos
que os seus antecessores todos
executados à mão, contribuindo
assim para o acesso à cultura de
um número maior de pessoas.
Não se conhece o valor na época,
mas sabemos que continua a ser
um artigo caro a que poucos
conseguem ter acesso, como os
clérigos, nobres e burgueses ricos.
54. 3. O Humanismo e a Imprensa
Contributos do Desenvolvimento da Imprensa
Grandes progressos na vida
cultural:
Permitiu a mais rápida divulgação
das ideias e dos saberes
Generalizou as correntes culturais
(filosóficas, literárias ou
científicas)
Facilitou o estudo e o ensino
Alargou os horizontes mentais e
geográficos dos homens
56. 4. Reformas e Espiritualidade
Grande acumulação de
riqueza e poder político
pelo clero, o que provoca o
desagrado de nobres e
burgueses.
Bula das Indulgências – o
pedido de esmolas para a
construção da Basílica de
S. Pedro em Roma,
garantindo o perdão dos
pecados e a salvação da
alma, conduz a protestos.
57. Martinho Lutero, As 95 Teses contra as
Indulgências, 31 de Outubro de 1517
[…] 21. Erram, pois, os pregadores das
indulgências que dizem que, pelas
indulgências do papa, o homem fica livre
de toda a pena e fica salvo.
27. Pregam doutrina puramente humana
os que dizem que “logo que o dinheiro cai
na caixa a alma se liberta do Purgatório”.
32. Serão eternamente condenados com
seus mestres, aqueles que pensam que as
indulgências lhes asseguram a salvação.
50. É preciso ensinar aos cristãos que, se
o Papa soubesse as exacções dos
pregadores de indulgências, preferia ver a
basílica de S. Pedro reduzida a cinzas do
que sabê-la edificada com a pele, a carne
e os ossos das suas ovelhas. […]
58. Reforma Protestante
Lucas Cranach, 1529
Martinho Lutero João Calvino Henrique VIII
Monge Agostinho alemão Teólogo francês Rei de Inglaterra
95 Teses contra as Adere protestantismo Act of Supremacy 1534
Indulgências 1517 em 1532-1533 (23 ou 24 anos)
1521 Bula de excomunhão Genebra, Suíça
IGREJA IGREJA IGREJA
LUTERANA CALVINISTA ANGLICANA
61. A reação da Igreja Católica
Concílio Reafirmação do dogma e do culto
de Trento Reforma dos costumes do clero e da
A Reforma (1545-1563) organização da Igreja
católica
(renovação)
Criação de novas ordens religiosas
Inquisição
A Contra- Tribunal do
(desde o séc. XII, reorganizada no
séc. XVI)
reforma Santo Ofício
(combate) Congregação do Índex
(1543)
62. Concílio de Trento (1545-1563)
1º Período – 13/12/1545 a 17/09/1549 (morte do Papa Paulo III)
2º Período – 14/12/1550 (Papa Júlio III) a 28/04/1552 (guerras)
3º Período – 18/01/1562 a 04/12/1563 (período mais importante)
Sessão do 2º Período
63. Concílio de Trento (1545-1563)
- Salvação pela fé e boas obras
- Mantidos os 7 sacramentos
- Reforçado o culto da Virgem Maria e dos
Santos
Reafirmação
do dogma e - Presença real de Crista na Eucaristia com
transubstanciação
do culto
- Manutenção do poder supremo do Papa e da
hierarquia episcopal
- Igreja essencial à salvação (meio)
- Manutenção da Bíblia e celebrações em Latim
64. Concílio de Trento (1545-1563)
- Criação de Seminários para
melhorar a formação de
sacerdotes
- Obrigatoriedade dos Bispos e
Reforma dos sacerdotes de residirem nas
costumes do dioceses
clero e da - Manutenção do celibato dos padres
- Defendida a organização de
organização grandes cerimónias para atrair
da Igreja seguidores
- Construídas ou renovadas igrejas
com decorações cada vez mais
ricas e faustosas para atrair as
populações
65. Criação de
novas
Ordens
religiosas
Companhia
Agostinhos Carmelitas
Capucinhos De Oratorianos
Descalços Descalças
Jesus
66. Criação de
novas
Ordens
religiosas
Companhia
De
Jesus
Objectivos dos Jesuítas:
- Pregação
- Ensino em colégios e universidades
- Evangelização como por exemplo, os padres Manuel
da Nóbrega e José de Anchieta, no Brasil onde
defenderam os índios e S. Francisco Xavier no
Oriente
67. Santo Inácio de Loyola, Les Constitutions
REGRAS QUE OS JESUÍTAS DEVEM
SEGUIR:
1. (...) Todos devem esforçar-se
para observar o melhor possível a
obediência e, ser o melhor, não só
no que é obrigatório mas ainda em
tudo o resto, e isto a um simples
sinal da vontade do superior, sem
nenhuma ordem expressa. (...)
Executemos o que nos é mandado
com prontidão, com contentamento
de espírito, com perseverança.
Persuadamo-nos de que tudo é justo
quando o Superior o ordena.
68. Inquisição
(desde o séc. XII, reorganizada no séc. XVI - Dominicanos)
Função: Julgar os acusados de práticas de:
Heresia – afastamento dos dogmas católicos
Apostasia – crença diferente como:
- Judaísmo - judeus ou cristãos-novos (judeus que se converteram ao
catolicismo, principalmente na Península Ibérica)
- Protestantismo (principalmente no Norte da Europa)
Feitiçaria, bigamia ou sodomia
Processo: Envolve perseguição, aprisionamento, tortura, vexame público,
confisco de bens (parte ficava para quem denuncia, a outra parte para a
Igreja), encarceramento ou ainda o culpado é relaxado à justiça secular e
morto pelo fogo em auto-de-fé.
69. Inquisição
(desde o séc. XII, reorganizada no séc. XVI - Dominicanos)
Auto-de-fé no Terreiro do Paço, Lisboa
70. Congregação do Índex (1543)
Funções:
- Criação de listas de livros
(Index Librorum
Proibitorum ), autores e
)
impressores / tipografias
considerados perigosos à
fé católica ou ao poder do
Papa
- Leitura e censura de todos
os livros ou outros
escritos a publicar
71. António Ferreira, 1598
(…) A medo vivo, a medo escrevo e falo;
Hei medo do que falo só comigo;
Mais inda a medo cuido, a medo calo.
Encontro a cada passo com um inimigo
De todo bom espírito: este me faz
Temer-me de mi mesmo, e do amigo.
Tais novidades este tempo traz,
Que é necessário fingir pouco siso,
Se queres vida ter, se queres paz.
Vida em tanta cautela, tanto aviso,
Quando me deixarás? quando verei
Um verdadeiro rosto, um simples riso?
(…)
72. NOVA ESPIRITUALIDADE
Exteriorização de rituais (culto,
festas, peregrinações,
confrarias, devoções,
promessas…)
Tendência para uma nova
espiritualidade interior,
individual, apoiada na leitura da
Bíblia.
73. NOVA ESPIRITUALIDADE
Duas obras:
- “Imitação de Cristo”, de Thomas
Kempis;
- Aparecimento do movimento da
devotio moderna , pelos Irmãos da Vida
Comum, nos Países Baixos: Gerado
Croote e discípulo Florêncio Radewijns
Características da modernidade da
Devotio moderna:
- abertura à influência secular
- recusa reconhecer a existência de
discórdia entre o clero e as aspirações
religiosas dos leigos.
Thomas Kempis
74. Consequências das Reformas Religiosas
Aspectos políticos: graves
conflitos entre as igrejas
que levaram a
perseguições, execuções,
massacres e guerras
Aspectos culturais:
condiciona a produção
literária e científica, assim
como a sua difusão e
evolução, com medo de
represálias por parte das
igrejas.