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FARMACOTERAPIA BASEADA
     EM EVIDÊNCIAS
Uma Abordagem Sobre os Processos da Farmacoterapia




                                      Cassyano J Correr MSc PhD
                                         Departamento de Farmácia
                            Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
                                     Universidade Federal do Paraná
Os Seis Processos da Farmacoterapia



                         P1             P4
                       Seleção    Farmacocinético


                       P2               P5
                  Administração   Farmacodinâmico


                                         P6
                      P3
                                     Resultados
                Biofarmacêutico
                                    Terapêuticos
                                                    2
Correr & Otuki, 2011
Os Seis Processos da Farmacoterapia

                A definição de um tratamento
                farmacológico para uma indicação
      P1        clínica específica. Colaboração
    Seleção     profissional – paciente ou
                automedicação




                                                   3
P1
               Seleção



         Modelo OMS

                       Objetivo
Indicação Clínica
                     terapêutico

    Grupos
                    Medicamento-I
    Eficazes

    Fármaco            Regime
 Forma farmac.       Terapêutico
Como escolher um medicamento
          Definir o diagnóstico



    Especificar o objetivo terapêutico


    Fazer um levantamento de grupos
                eficazes


       Escolher um medicamento-I


   Fármaco, forma farmacêutica, regime
               terapêutico


                                         OMS, 1998
Saúde Baseada em Evidências
Elo entre a boa ciência e a boa prática clínica

Integração das melhores evidências de pesquisa com a
habilidade clínica e a preferência do paciente


                           Melhor evidência
                              científica



                   Experiência            Valores do
                     clínica              paciente




                                 COOK; MULROW; HAYNES, 1997; WANNMACHER; FUCHS, 2000
Hierarquia da Evidência




                    COOK et al., 1992; ECCLES; FREEMANTLE; MASON, 1998
ECR – Desenho Experimental




http://moodle.lava.med.br/file.php/19/capitulos/aldemar/aneurisma/rct_grande.PNG   8
Eficácia e segurança comparativas do uso de antifúngicos
tópicos no tratamento de dermatomicoses:
meta-análise de ensaios clínicos randomizados




                                                           9
MEDLINE (via PUBMED.com)
#1 (amorolfine OR amorolfin* OR loceryl)
#2 (bifonazole OR bifonazol* OR mycospor)
#3 (butenafine OR butenafin* OR mentax)
#4 (ciclopirox OR ciclopiroxolamine OR ciclopiroxolamin* OR loprox)
#5 (clotrimazole OR clotrimazol* OR canesten)
#6 (econazole OR econazol* OR pevaryl)
#7 (fenticonazole OR fenticonazol* OR lomexin)
#8 (flutrimazole OR flutrimazol* OR mycetal)
#9 (isoconazole OR isoconazol* OR travogen)
#10 (ketoconazole OR ketoconazol* OR nizoral)
#11 (miconazole OR miconazol* OR dactarin)
#12 (naftifine OR naftifin* OR exoderil)
#13 (oxiconazole OR oxiconazol* OR oxistat)
#14 (sertaconazole OR sertaconazol* OR zalain)
#15 (terbinafine OR terbinafin* OR lamisil)
#16 (tioconazole OR tioconazol* OR trosyl)
#17 “random* controlled trial” OR “controlled clinical trial” OR random*
#18 “vaginal” OR “vulvovaginal” OR “oropharyngeal”
#19 (#17 AND #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 OR #7 OR #8 OR #9 OR #10
OR #11 OR #12 OR #13 OR #14 OR #15 OR #16)
#20 (19 NOT 18)
                                                                           10
AZÓLICOS VERSUS ALILAMINAS
Cura Micológica ao Final do Tratamento




AZÓLICOS VERSUS ALILAMINAS




                                         11
Prescrição
                                                             irrestrita
 Prescrição                      Prescrição
suplementar                     colaborativa




                                    Prescrição por
        Repetição de                formulários ou
         Prescrição                   protocolos




               Adaptado de: http://www.aph.gov.au/library/pubs/rp/2007-08/08rp10.htm
Os Seis Processos da Farmacoterapia




                  A utilização do medicamento pelo
       P2         paciente ou a administração do
  Administração   medicamento pelo profissional




                                                     13
P2
        Administração



            Modelos


  Adesão ao       Experiência de
 tratamento         Medicação


Persistência no     Erros de
 tratamento       Administração


                                   14
Adesão & Eventos Adversos




       Drug Regimen Compliance: Issues in Clinical Trials and Patient Management 1999
Kaplan-Meier para 1.011 pacientes em
polifarmácia, de acordo com a adesão ao
               tratamento



                                     RR 2.9


                                     RR 1.8




                            BMJ. 2006 September 9; 333(7567): 522.
Adesão vs. Persistência




              ClinInterv Aging. 2008 June; 3(2): 279–297.
As cinco dimensões da adesão terapêutica




                              HCT = Health Care Team
                                          OMS, 2003
                                                 18
Adesão vs. Regime Terapêutico




              Dados extraídos de Claxton et al. 2001 PMID: 11558866
7h30     12h00    16h30    20h00    23h
 Medicamento / dose     Café    Almoço   Lanche   Jantar   h.d. S/N     Como está na prescrição

                       A   D    A   D    A   D    A   D     -
        HCTZ           1                                                Tomar 1 cpr pela manhã
    METFORMINA                      1                  1              Tomar 1 cpr duas vezes ao dia

     ENALAPRIL             1                           1                Tomar 1 cpr de 12/ 12 h
     DIGOXINA                       ½                                     Tomar 1/2 cpr ao dia
    SINVASTATINA                                            1            Tomar 1 cpr pela noite
Número de tomadas diárias = 5



                       7h30     12h00    16h30    20h00    23h
 Medicamento / dose     Café    Almoço   Lanche   Jantar   h.d. S/N     Como está na prescrição

                       A   D    A   D    A   D    A    D    -
        HCTZ               1                                            Tomar 1 cpr pela manhã
    METFORMINA             1                           1              Tomar 1 cpr duas vezes ao dia

     ENALAPRIL             1                           1                Tomar 1 cpr de 12/ 12 h
      DIGOXINA                                        ½                   Tomar 1/2 cpr ao dia
    SINVASTATINA                                       1                 Tomar 1 cpr pela noite
Número de tomadas diárias = 2
                                                                                                  20
BAIXA
                           ADESÃO AO
                          TRATAMENTO




NÃO INTENCIONAL                             INTENCIONAL


    • Esquecimento
    • Compreensão                            • Motivação e
 • Habilidades físicas,                      discernimento
cognitivas e sensoriais                         • Crenças
       • Equívocos                     • Experiência de medicação
       • Recursos



                                                                    21
Experiência de Medicação

        •   Atitude
        •   Expectativas
        •   Receios
        •   Conhecimento
        •   Interferentes externos
        •   Comportamento



                                                                  22
                Pharmaceutical Care Practice: The Clinician's Guide 2004
Experiência de Medicação

        • Atitude +
        • Expectativas +
        • Receios +
        • Conhecimento +
        • Interferentes externos
              =
        • Comportamento

                                                                 23
               Pharmaceutical Care Practice: The Clinician's Guide 2004
ATIVIDADES
                  PROFISSIONAIS
     P1
   Seleção           Prescrição
                    Transcrição
                    Manipulação
                   Fracionamento
                      Preparo
                     Rotulagem
                     Separação
                    Dispensação
                 Administração (Enf.)
     P2
Administração

                ERROS DE MEDICAÇÃO

                                        24
Os Seis Processos da Farmacoterapia




                   A liberação do fármaco e sua
       P3          dissolução no local de absorção ou
 Biofarmacêutico   de administração. Também
                   chamado biofarmacotécnico.
                                                        25
P3
      Biofarmacêutico



           Modelos

                  Classificação
Sistemas de
 Liberação      Biofarmacêutica
                 dos Fármacos

Equivalência
                Bioequivalência
Farmacêutica




                                  26
Desvios de qualidade
          NA FARMÁCIA                               NO DOMICÍLIO

               DIPIRONA                                  DIPIRONA

 Lotes de referência e genéricos                   43% das amostras
   dentro dos limites (teor de PA)                  com teor abaixo

Similares. Pelo menos um lote de              Até 42,6% de perda de teor
     cada marca com problemas
        (teor pouco abaixo)
                                             Contaminação com S. aureus,
                                                  E. coli e Salmonellasp,
                                                    fungos e leveduras

Ciênc. saúde coletiva vol.15 supl.3 Rio de   Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.43 no.1 São
           Janeiro Nov. 2010                          Paulo Jan./Mar. 2007
Os Seis Processos da Farmacoterapia


     A chegada do fármaco ao local de
     ação. A concentração de fármaco           P4
   distribuída pelos tecidos e o tempo   Farmacocinético
para que todo fármaco seja eliminado.




                                                           28
P4
    Farmacocinético




     Modelo ADME
                Biodisponi-
 Absorção
                 bilidade


Distribuição     Clearance


               Cinética linear
Meia-Vida
               ou não linear
                                 29
30
http://www.boomer.org/c/p3/c04/Fig19.gif
Os Seis Processos da Farmacoterapia




        A interação entre o fármaco e
estruturas moleculares do organismo.          P5
 A produção do efeito farmacológico.    Farmacodinâmico




                                                          31
P5
      Farmacodinâmico



 Modelo Chave-Fechadura

 Ação primária    Ação primária
       -                -
  tecido alvo     outros tecidos


Ação secundária   Ação secundária
       -                 -
  tecido alvo      outros tecidos

                                    32
Relação com a dose
                              (benefício:dano)



                                  Medicamento



                                    Extrínseca




                                            Efeito



                     Intrínseca                      Resultado

          Paciente                                               Desfecho
Suscetibilidade                                                              Tempo
                                                                                         33
                                                                 Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
A relação com a dose


                                    Refratários

                    Respondedores
                    normais



Hiper-suscetíveis




                                                  34
A relação com o tempo
 Efeito / Tempo        Ex. Benefícios              Ex. Dano


 Primeira dose           Analgesia          Hipotensão por captopril

    Precoce          Antibioticoterapia     Diarréia por antibióticos

                                               Hipersensibilidade
 Intermediário       Antihipertensivos
                                                     Tipo 2
                                               Osteoporose por
     Tardio        Cálcio para osteopenia
                                                 corticóides

  Retardados              Vacinas                Teratogênese

Independentes do                                  Queda por
                             -
     tempo                                     benzodiazepínicos

                                                                          35
                                                  Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
Fatores de suscetibilidade
   FONTE DE
                         Exemplos             Implicações
SUSCETIBILIDADE
    Genética          Polimorfismos CYP        Screening?
      Idade               Neonatos            Ajuste de dose
                           Idosos
       Sexo                  H/M             Doses diferentes
Fisiologia alterada       Gravidez           Dose ou não uso
Fatores exógenos       Interações Med       Manejo ou não uso
     Doenças          Insuficiencia renal       Screening
                       Cirrose hepática       Ajuste de dose


                                                                        36
                                                Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
Interações medicamentosas
   Medicamento -              Medicamento -                Medicamento -
   Medicamento                   Nutriente                     Doença

                             Os efeitos de um ou           Exacerbações de
  Os efeitos de um ou
                             mais medicamentos           doenças, condições ou
  mais medicamentos
                              alterados pelo uso            síndromes pré-
  alterados pelo uso
                               simultâneo com             existentes causadas
    simultâneo de
                               alimentos ou por               pelo uso de
        outro(s)
                            condições nutricionais          medicamentos
   medicamento(s)
                                  do paciente                  específicos




      P3                                                          P5
Biofarmacêutico         &          P4
                             Farmacocinético         &      Farmacodinâmico
Clinical Pharmacology – Bennett & Brown 2003
Interações Med - Doença
                                                                    Avaliação
                                                                        de
 Doença ou
                    Medicamento                Preocupação          severidade
 Condição
                                                                     (alta ou
                                                                      baixa)
                                                Preocupação
                                              devido a efeitos
              Antidepressivos tricíclicos:
                                              pró-arritimicos e
               (cloridrato de imipramina,
 Arritmias                                     capacidade de              Alta
              cloridrato de doxapamina e
                                                   produzir
               cloridrato de amitriptilina)
                                               mudanças no
                                                intervalo QT
                Bloqueador de canal de
                cálcio, anticolinérgicos e
                 antidepressivo tricíclico
Constipação                                   Pode exacerbar a
               (cloridrato de imipramina,                                Baixa
  crônica                                       constipação
              cloridrato de doxapamina e
               cloridrato de amitriptilina)


                                                           FickDM; BeersMH; et al, 2003.
Os Seis Processos da Farmacoterapia




       A mudança no estado de saúde           P6
decorrente do efeito farmacológico. As
 manifestações biológicas, psíquicas e    Resultados
  sociais decorrentes dessa mudança.     Terapêuticos
                                                        40
DOENÇA                           SAÚDE



              Efeito Placebo
            Arte do terapeuta
       História Natural da Doença
            Regressão à média
   Efeito intrínseco do medicamento



                                      Farmacologia Clínica. 3aEd.41
                                                                  2005
P6
       Resultados
      Terapêuticos


              Modelo


Efetividade          Segurança




          Avaliação de
           Desfechos


                                 42
Resultados Negativos
        INEFETIVIDADE               INSEGURANÇA

• Não alcança o objetivo     • Produz um novo problema
  terapêutico de modo          de saúde no paciente
  satisfatório
                             • Agrava um problema de
• Efetividade x Eficácia x     saúde pré-existente
  Eficiência
                             • Reações Adversas x
                               Toxicidade


                                                         43
Modelo ECHO


CLÍNICOS     HUMANÍSTICOS    ECONÔMICOS




                                                 44
                            ClinTher. 1993;15:1121–32.
Risco absoluto para AVC por níveis pressóricos




                                  Farmacologia Clínica. 3aEd.45
                                                              2005
Tipologia de desfechos


  Desfechos               Desfechos
Intermediários            Primordiais




            Desfechos
            Substitutos


                                        Fuchs, 2010 46
Desfechos Humanísticos


Viver mais pode ser bom, mas as
pessoas não querem também viver
            melhor?




                                  47
Percepção Geral da Saúde

     0       10        20   30   40   50   60   70   80        90       100




Pior estado de saúde                                      Melhor estado de saúde
imaginável                                                            imaginável




                                                                                   48
Qualidade de Vida

                              comunidade
             trabalho                        educação



                                                        vida em
padrão de                                               família
  vida


                              Qualidade
                               de vida                  amizades
 auto-
estima



                                                    saúde
     nação
                        casamento      moradia

                                                                   49
Desfechos Econômicos


Viver mais e melhor seria ótimo,
       mas quanto custa?




                                   50
Desfechos Econômicos
• Um tratamento pode ser avaliado do
  ponto de vista econômico:

  – Custo – Efetividade
      $$ X Resultados Clínicos
  – Custo – Utilidade
     $$ X Qualidade de Vida (Utilidade)
  – Custo – Benefício
     $$ X economia de recursos $$

                                          51
Modelo de desfechos em saúde
Parametros fisiológicos e   Exames laboratoriais e
      biológicos            medidores


  Quadro sintomático
                            Avaliação do
                            profissional
   Quadro funcional
                                                Resultados reportados
                                                pelo paciente / cuidador
Percepção geral da saúde


   Qualidade de vida
  relacionada à saúde

                                                          JAMA 1995;273:59–65
Avaliação de resultados do paciente
                             Fontes e Exemplos




    Avaliados                                Relatados               Relatados
      pelo             Fisiológicos            pelo                    pelo
   Profissional                              cuidador                paciente




                         VEF1                                    Percepção Geral
Impressões globais      HbA1c              Dependência /            Bem estar
   Observações            PA                 Autonomia              Sintomas
 Testes de função         FC              Estado Funcional      Qualidade de vida
                     Tamanho tumor                                  Satisfação


                                                                                 53
                                                     http://www.ispor.org/terminology/
Exemplo: PASI (Psoríase)




                           http://pasi.corti.li/
Exemplo: Escala de dor



 http://3.bp.blogspot.com/_fN6jLRmSg8k/SKdTl
 7we9wI/AAAAAAAAAlc/_nxU0AtPXgg/s400/es
 cala+de+dor+a.jpg




                                               55
Como seria uma
  farmacoterapia ideal?

      P1                P4
    Seleção       Farmacocinético


     P2                 P5
Administração     Farmacodinâmico


                         P6
      P3             Resultados
Biofarmacêutico     Terapêuticos
                                    56
Farmacoterapia Ideal
                                               Necessidade
                          - O paciente utiliza todos os medicamentos que necessita
                        - O paciente não utiliza nenhum medicamento desnecessário


                                            Adesão Terapêutica
                  - O paciente compreende e é capaz de cumprir o regime terapêutico
                       - O paciente concorda e adere ao tratamento numa postura ativa


                                                Efetividade
                           - O paciente apresenta a resposta esperada à medicação
               - O regime terapêutico está adequado ao alcance das metas terapêuticas


                                                Segurança
                          - A farmacoterapia não produz novos problemas de saúde
                   - A farmacoterapia não agrava problemas de saúde pré-existentes
                                                                                        57
Correr & Otuki, 2011
Modelo de Avaliação Ampla da Farmacoterapia

                                                                             Fatores que podem
                                                                             alterar a qualidade,
                                                                           cinética ou dinâmica de
                                                                                medicamentos
                                  Construção do
                                Estado Situacional

                                                                       Liberação => Cinética => Dinâmica




         Paciente                    Seleção             Administração                                      Resultados     Fatores de risco
                                                                                                           Terapêuticos   da farmacoterapia


     Idade                      Indicações clínicas      Rotina de medicação                         Efetividade          Idade
     Sexo                       Medicamentos                                                         (parâmetros          Fisiologia alterada
     Peso, Altura,              Regime terapêutico       Mapa posológico                             biológicos,          Doenças & Contra-
     Cintura                    (dose, freq.,                                                        sintomas, quadro     indicações
     Doenças                    duração)                 Uso correto                                 funcional)           Genética
     Fisiologia alterada        Objetivos                (preparo,                                   Segurança
                                terapêuticos             armazenamento,
                                                                                                                          Terapêutica &
     Cognição & Função                                                                               Percepção da saúde   Interações
     História pregressa                                  administração)                              Qualidade de vida
                                Medicamentos sem                                                                          Fatores cognitivos,
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Correr & Otuki, 2011
P6                          PRESSÃO
            Resultados    HIPOGLICEMIA    ARTERIAL NÃO         DIARRÉIA
           Terapêuticos                   CONTROLADA


             P5                              Interação          Hiper-
                               ok
       Farmacodinâmico                       Med-Med         sensibilidade?


              P4
                               ok               ok                ok
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              P3                                             Medicamento
                               ok               ok
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             P2           Administração
                                                ok                ok
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                                          ENALAPRIL / HCTZ   CARBAMAZEPINA
                P1        INSULINA NPH
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Correr & Otuki, 2011
Muito Obrigado!
  Cassyano J Correr
  Departamento de Farmácia
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Farmacoterapia Baseada em Evidências: Os Seis Processos

  • 1. FARMACOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Uma Abordagem Sobre os Processos da Farmacoterapia Cassyano J Correr MSc PhD Departamento de Farmácia Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas Universidade Federal do Paraná
  • 2. Os Seis Processos da Farmacoterapia P1 P4 Seleção Farmacocinético P2 P5 Administração Farmacodinâmico P6 P3 Resultados Biofarmacêutico Terapêuticos 2 Correr & Otuki, 2011
  • 3. Os Seis Processos da Farmacoterapia A definição de um tratamento farmacológico para uma indicação P1 clínica específica. Colaboração Seleção profissional – paciente ou automedicação 3
  • 4. P1 Seleção Modelo OMS Objetivo Indicação Clínica terapêutico Grupos Medicamento-I Eficazes Fármaco Regime Forma farmac. Terapêutico
  • 5. Como escolher um medicamento Definir o diagnóstico Especificar o objetivo terapêutico Fazer um levantamento de grupos eficazes Escolher um medicamento-I Fármaco, forma farmacêutica, regime terapêutico OMS, 1998
  • 6. Saúde Baseada em Evidências Elo entre a boa ciência e a boa prática clínica Integração das melhores evidências de pesquisa com a habilidade clínica e a preferência do paciente Melhor evidência científica Experiência Valores do clínica paciente COOK; MULROW; HAYNES, 1997; WANNMACHER; FUCHS, 2000
  • 7. Hierarquia da Evidência COOK et al., 1992; ECCLES; FREEMANTLE; MASON, 1998
  • 8. ECR – Desenho Experimental http://moodle.lava.med.br/file.php/19/capitulos/aldemar/aneurisma/rct_grande.PNG 8
  • 9. Eficácia e segurança comparativas do uso de antifúngicos tópicos no tratamento de dermatomicoses: meta-análise de ensaios clínicos randomizados 9
  • 10. MEDLINE (via PUBMED.com) #1 (amorolfine OR amorolfin* OR loceryl) #2 (bifonazole OR bifonazol* OR mycospor) #3 (butenafine OR butenafin* OR mentax) #4 (ciclopirox OR ciclopiroxolamine OR ciclopiroxolamin* OR loprox) #5 (clotrimazole OR clotrimazol* OR canesten) #6 (econazole OR econazol* OR pevaryl) #7 (fenticonazole OR fenticonazol* OR lomexin) #8 (flutrimazole OR flutrimazol* OR mycetal) #9 (isoconazole OR isoconazol* OR travogen) #10 (ketoconazole OR ketoconazol* OR nizoral) #11 (miconazole OR miconazol* OR dactarin) #12 (naftifine OR naftifin* OR exoderil) #13 (oxiconazole OR oxiconazol* OR oxistat) #14 (sertaconazole OR sertaconazol* OR zalain) #15 (terbinafine OR terbinafin* OR lamisil) #16 (tioconazole OR tioconazol* OR trosyl) #17 “random* controlled trial” OR “controlled clinical trial” OR random* #18 “vaginal” OR “vulvovaginal” OR “oropharyngeal” #19 (#17 AND #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 OR #7 OR #8 OR #9 OR #10 OR #11 OR #12 OR #13 OR #14 OR #15 OR #16) #20 (19 NOT 18) 10
  • 11. AZÓLICOS VERSUS ALILAMINAS Cura Micológica ao Final do Tratamento AZÓLICOS VERSUS ALILAMINAS 11
  • 12. Prescrição irrestrita Prescrição Prescrição suplementar colaborativa Prescrição por Repetição de formulários ou Prescrição protocolos Adaptado de: http://www.aph.gov.au/library/pubs/rp/2007-08/08rp10.htm
  • 13. Os Seis Processos da Farmacoterapia A utilização do medicamento pelo P2 paciente ou a administração do Administração medicamento pelo profissional 13
  • 14. P2 Administração Modelos Adesão ao Experiência de tratamento Medicação Persistência no Erros de tratamento Administração 14
  • 15. Adesão & Eventos Adversos Drug Regimen Compliance: Issues in Clinical Trials and Patient Management 1999
  • 16. Kaplan-Meier para 1.011 pacientes em polifarmácia, de acordo com a adesão ao tratamento RR 2.9 RR 1.8 BMJ. 2006 September 9; 333(7567): 522.
  • 17. Adesão vs. Persistência ClinInterv Aging. 2008 June; 3(2): 279–297.
  • 18. As cinco dimensões da adesão terapêutica HCT = Health Care Team OMS, 2003 18
  • 19. Adesão vs. Regime Terapêutico Dados extraídos de Claxton et al. 2001 PMID: 11558866
  • 20. 7h30 12h00 16h30 20h00 23h Medicamento / dose Café Almoço Lanche Jantar h.d. S/N Como está na prescrição A D A D A D A D - HCTZ 1 Tomar 1 cpr pela manhã METFORMINA 1 1 Tomar 1 cpr duas vezes ao dia ENALAPRIL 1 1 Tomar 1 cpr de 12/ 12 h DIGOXINA ½ Tomar 1/2 cpr ao dia SINVASTATINA 1 Tomar 1 cpr pela noite Número de tomadas diárias = 5 7h30 12h00 16h30 20h00 23h Medicamento / dose Café Almoço Lanche Jantar h.d. S/N Como está na prescrição A D A D A D A D - HCTZ 1 Tomar 1 cpr pela manhã METFORMINA 1 1 Tomar 1 cpr duas vezes ao dia ENALAPRIL 1 1 Tomar 1 cpr de 12/ 12 h DIGOXINA ½ Tomar 1/2 cpr ao dia SINVASTATINA 1 Tomar 1 cpr pela noite Número de tomadas diárias = 2 20
  • 21. BAIXA ADESÃO AO TRATAMENTO NÃO INTENCIONAL INTENCIONAL • Esquecimento • Compreensão • Motivação e • Habilidades físicas, discernimento cognitivas e sensoriais • Crenças • Equívocos • Experiência de medicação • Recursos 21
  • 22. Experiência de Medicação • Atitude • Expectativas • Receios • Conhecimento • Interferentes externos • Comportamento 22 Pharmaceutical Care Practice: The Clinician's Guide 2004
  • 23. Experiência de Medicação • Atitude + • Expectativas + • Receios + • Conhecimento + • Interferentes externos = • Comportamento 23 Pharmaceutical Care Practice: The Clinician's Guide 2004
  • 24. ATIVIDADES PROFISSIONAIS P1 Seleção Prescrição Transcrição Manipulação Fracionamento Preparo Rotulagem Separação Dispensação Administração (Enf.) P2 Administração ERROS DE MEDICAÇÃO 24
  • 25. Os Seis Processos da Farmacoterapia A liberação do fármaco e sua P3 dissolução no local de absorção ou Biofarmacêutico de administração. Também chamado biofarmacotécnico. 25
  • 26. P3 Biofarmacêutico Modelos Classificação Sistemas de Liberação Biofarmacêutica dos Fármacos Equivalência Bioequivalência Farmacêutica 26
  • 27. Desvios de qualidade NA FARMÁCIA NO DOMICÍLIO DIPIRONA DIPIRONA Lotes de referência e genéricos 43% das amostras dentro dos limites (teor de PA) com teor abaixo Similares. Pelo menos um lote de Até 42,6% de perda de teor cada marca com problemas (teor pouco abaixo) Contaminação com S. aureus, E. coli e Salmonellasp, fungos e leveduras Ciênc. saúde coletiva vol.15 supl.3 Rio de Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.43 no.1 São Janeiro Nov. 2010 Paulo Jan./Mar. 2007
  • 28. Os Seis Processos da Farmacoterapia A chegada do fármaco ao local de ação. A concentração de fármaco P4 distribuída pelos tecidos e o tempo Farmacocinético para que todo fármaco seja eliminado. 28
  • 29. P4 Farmacocinético Modelo ADME Biodisponi- Absorção bilidade Distribuição Clearance Cinética linear Meia-Vida ou não linear 29
  • 31. Os Seis Processos da Farmacoterapia A interação entre o fármaco e estruturas moleculares do organismo. P5 A produção do efeito farmacológico. Farmacodinâmico 31
  • 32. P5 Farmacodinâmico Modelo Chave-Fechadura Ação primária Ação primária - - tecido alvo outros tecidos Ação secundária Ação secundária - - tecido alvo outros tecidos 32
  • 33. Relação com a dose (benefício:dano) Medicamento Extrínseca Efeito Intrínseca Resultado Paciente Desfecho Suscetibilidade Tempo 33 Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
  • 34. A relação com a dose Refratários Respondedores normais Hiper-suscetíveis 34
  • 35. A relação com o tempo Efeito / Tempo Ex. Benefícios Ex. Dano Primeira dose Analgesia Hipotensão por captopril Precoce Antibioticoterapia Diarréia por antibióticos Hipersensibilidade Intermediário Antihipertensivos Tipo 2 Osteoporose por Tardio Cálcio para osteopenia corticóides Retardados Vacinas Teratogênese Independentes do Queda por - tempo benzodiazepínicos 35 Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
  • 36. Fatores de suscetibilidade FONTE DE Exemplos Implicações SUSCETIBILIDADE Genética Polimorfismos CYP Screening? Idade Neonatos Ajuste de dose Idosos Sexo H/M Doses diferentes Fisiologia alterada Gravidez Dose ou não uso Fatores exógenos Interações Med Manejo ou não uso Doenças Insuficiencia renal Screening Cirrose hepática Ajuste de dose 36 Adaptado de: DrugSaf 2010; 33(1)
  • 37. Interações medicamentosas Medicamento - Medicamento - Medicamento - Medicamento Nutriente Doença Os efeitos de um ou Exacerbações de Os efeitos de um ou mais medicamentos doenças, condições ou mais medicamentos alterados pelo uso síndromes pré- alterados pelo uso simultâneo com existentes causadas simultâneo de alimentos ou por pelo uso de outro(s) condições nutricionais medicamentos medicamento(s) do paciente específicos P3 P5 Biofarmacêutico & P4 Farmacocinético & Farmacodinâmico
  • 38. Clinical Pharmacology – Bennett & Brown 2003
  • 39. Interações Med - Doença Avaliação de Doença ou Medicamento Preocupação severidade Condição (alta ou baixa) Preocupação devido a efeitos Antidepressivos tricíclicos: pró-arritimicos e (cloridrato de imipramina, Arritmias capacidade de Alta cloridrato de doxapamina e produzir cloridrato de amitriptilina) mudanças no intervalo QT Bloqueador de canal de cálcio, anticolinérgicos e antidepressivo tricíclico Constipação Pode exacerbar a (cloridrato de imipramina, Baixa crônica constipação cloridrato de doxapamina e cloridrato de amitriptilina) FickDM; BeersMH; et al, 2003.
  • 40. Os Seis Processos da Farmacoterapia A mudança no estado de saúde P6 decorrente do efeito farmacológico. As manifestações biológicas, psíquicas e Resultados sociais decorrentes dessa mudança. Terapêuticos 40
  • 41. DOENÇA SAÚDE Efeito Placebo Arte do terapeuta História Natural da Doença Regressão à média Efeito intrínseco do medicamento Farmacologia Clínica. 3aEd.41 2005
  • 42. P6 Resultados Terapêuticos Modelo Efetividade Segurança Avaliação de Desfechos 42
  • 43. Resultados Negativos INEFETIVIDADE INSEGURANÇA • Não alcança o objetivo • Produz um novo problema terapêutico de modo de saúde no paciente satisfatório • Agrava um problema de • Efetividade x Eficácia x saúde pré-existente Eficiência • Reações Adversas x Toxicidade 43
  • 44. Modelo ECHO CLÍNICOS HUMANÍSTICOS ECONÔMICOS 44 ClinTher. 1993;15:1121–32.
  • 45. Risco absoluto para AVC por níveis pressóricos Farmacologia Clínica. 3aEd.45 2005
  • 46. Tipologia de desfechos Desfechos Desfechos Intermediários Primordiais Desfechos Substitutos Fuchs, 2010 46
  • 47. Desfechos Humanísticos Viver mais pode ser bom, mas as pessoas não querem também viver melhor? 47
  • 48. Percepção Geral da Saúde 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Pior estado de saúde Melhor estado de saúde imaginável imaginável 48
  • 49. Qualidade de Vida comunidade trabalho educação vida em padrão de família vida Qualidade de vida amizades auto- estima saúde nação casamento moradia 49
  • 50. Desfechos Econômicos Viver mais e melhor seria ótimo, mas quanto custa? 50
  • 51. Desfechos Econômicos • Um tratamento pode ser avaliado do ponto de vista econômico: – Custo – Efetividade $$ X Resultados Clínicos – Custo – Utilidade $$ X Qualidade de Vida (Utilidade) – Custo – Benefício $$ X economia de recursos $$ 51
  • 52. Modelo de desfechos em saúde Parametros fisiológicos e Exames laboratoriais e biológicos medidores Quadro sintomático Avaliação do profissional Quadro funcional Resultados reportados pelo paciente / cuidador Percepção geral da saúde Qualidade de vida relacionada à saúde JAMA 1995;273:59–65
  • 53. Avaliação de resultados do paciente Fontes e Exemplos Avaliados Relatados Relatados pelo Fisiológicos pelo pelo Profissional cuidador paciente VEF1 Percepção Geral Impressões globais HbA1c Dependência / Bem estar Observações PA Autonomia Sintomas Testes de função FC Estado Funcional Qualidade de vida Tamanho tumor Satisfação 53 http://www.ispor.org/terminology/
  • 54. Exemplo: PASI (Psoríase) http://pasi.corti.li/
  • 55. Exemplo: Escala de dor http://3.bp.blogspot.com/_fN6jLRmSg8k/SKdTl 7we9wI/AAAAAAAAAlc/_nxU0AtPXgg/s400/es cala+de+dor+a.jpg 55
  • 56. Como seria uma farmacoterapia ideal? P1 P4 Seleção Farmacocinético P2 P5 Administração Farmacodinâmico P6 P3 Resultados Biofarmacêutico Terapêuticos 56
  • 57. Farmacoterapia Ideal Necessidade - O paciente utiliza todos os medicamentos que necessita - O paciente não utiliza nenhum medicamento desnecessário Adesão Terapêutica - O paciente compreende e é capaz de cumprir o regime terapêutico - O paciente concorda e adere ao tratamento numa postura ativa Efetividade - O paciente apresenta a resposta esperada à medicação - O regime terapêutico está adequado ao alcance das metas terapêuticas Segurança - A farmacoterapia não produz novos problemas de saúde - A farmacoterapia não agrava problemas de saúde pré-existentes 57 Correr & Otuki, 2011
  • 58. Modelo de Avaliação Ampla da Farmacoterapia Fatores que podem alterar a qualidade, cinética ou dinâmica de medicamentos Construção do Estado Situacional Liberação => Cinética => Dinâmica Paciente Seleção Administração Resultados Fatores de risco Terapêuticos da farmacoterapia Idade Indicações clínicas Rotina de medicação Efetividade Idade Sexo Medicamentos (parâmetros Fisiologia alterada Peso, Altura, Regime terapêutico Mapa posológico biológicos, Doenças & Contra- Cintura (dose, freq., sintomas, quadro indicações Doenças duração) Uso correto funcional) Genética Fisiologia alterada Objetivos (preparo, Segurança terapêuticos armazenamento, Terapêutica & Cognição & Função Percepção da saúde Interações História pregressa administração) Qualidade de vida Medicamentos sem Fatores cognitivos, Família, Meio Social Impacto econômico funcionais e sociais indicação clara Adesão ao Comportamento (eficiência) Condições não tratamento tratadas Fatores ligados ao paciente, à seleção ou administração do medicamento que aumentam o risco de não efetividade ou reações adversos 58 Correr & Otuki, 2011
  • 59. P6 PRESSÃO Resultados HIPOGLICEMIA ARTERIAL NÃO DIARRÉIA Terapêuticos CONTROLADA P5 Interação Hiper- ok Farmacodinâmico Med-Med sensibilidade? P4 ok ok ok Farmacocinético P3 Medicamento ok ok Biofarmacêutico contaminado? P2 Administração ok ok Administração Incorreta ENALAPRIL / HCTZ CARBAMAZEPINA P1 INSULINA NPH SUSP 2% 10ML Seleção MANHÃ - NOITE CELECOXIB 3X DIA 59 Correr & Otuki, 2011
  • 60. Muito Obrigado! Cassyano J Correr Departamento de Farmácia Universidade Federal do Paraná cassyano@ufpr.br