A paciente deu entrada no hospital com crise hipertensiva e foi admitida na UTI. Ela evoluiu com piora do quadro respiratório e renal, sendo diagnosticada com insuficiência cardíaca e renal agudas. A paciente realizou traqueostomia e foi conectada a ventilação mecânica, apresentando melhora gradual do quadro e recebendo alta da UTI e nefrologia.
1. Estudo de Caso
MARTHA PRISCILA DE ALMEIDA
ESPECIALIZAÇÃO E RESIDÊNCIA EM
FISIOTERAPIA HOSPITALAR _
HOSPITAL SANTA RIA
2. Paciente A.R.B, 65 anos, portadora de
HAS, DM, febre reumática, valvopatia mitral com
passado de 3 cirurgias prévias e fibrilação atrial
crônica, usando anticoagulante oral. Evoluiu com
quadro de dispneia e elevação da PA. Teve piora do
quadro e foi atendida no PA de outro hospital, onde
deu entrada com crise hipertensiva, foi admitida no
CTI consciente, com bom padrão respiratório e
hipertensa, no dia 03-11-12
3. Paciente foi evoluindo mais congesta e taquipnéica,
estava em VNI. No dia 06-11, evoluiu com oligúria e
aumento de escorias renais, apresentou crepitações e
leve esforço respiratório, e foi optado por
monitorização hemodinâmica e inicio de inotrópicos.
Foi diagnotiscado ICC e IRC agudizada. Gasometria
com CO2 aumentado (narcose). Iniciou com dieta
enteral no dia 09-11.
4. Insuficiência Respiratória
É a incapacidade de manutenção da oferta normal de
O2 aos tecidos ou remoção normal de CO2 dos
tecidos, resultando, em um desequilíbrio entre o
trabalho respiratório imposto e a força e ou
resistência ventilatória.
FUNDAMENTOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA - EGAN
5. Insuficiência Respiratória
Hipoxêmica (Tipo I): oferta inadequada de O2.
Hipercápnica (Tipo II): “insuficiência por
hipoventilação pulmonar”, resultando em níveis
elevados de CO2.
FUNDAMENTOS DA TERAPIA RESPIRATÓRIA - EGAN
6. Malácea Traqueal
Amolecimento dos anéis cartilaginosos, causando o
colapso da traquéia durante a inspiração.
FUNDAMENTOS DA TERAPIA RESPIRATORIA- EGAN
7. ICC descompensada
“É a incapacidade do coração de bombear sangue
suficiente para satisfazer às necessidades de oxigênio
e nutrientes por parte dos tecidos.”
Causas: Taxa metabólica aumentada; Hipóxia e
anemia; Acidose (respiratória ou metabólica);
Anormalidades eletrolíticas; Arritmias cardíacas;
Cardiopatia valvar; HAS.
http://www.uftm.edu.br/upload/ensino/see_assistencia_a_clientes_com_compr
ometimento_cardiocirculatorio.pdf
8. IRC: mal funcionamento dos rins.
Hipertensão arterial pulmonar: pressão anormal alta
nas artérias dos pulmões. Causando um trabalho
com maior dificuldade para o coração no lado D.
HAS;
DM;
9. Valvopatia mitral: é o fluxo retrógrado de sangue
pela válvula mitral, que não fecha bem cada vez que
o ventrículo esquerdo se contrai.
http://www.manualmerck.net/?id=45&cn=639
FA crônica: É um ritmo irregular proveniente dos
átrios. Causas: hipertensão, doença arterial
coronariana, ICC, doença valvar cardíaca.
http://www.arritmiacardiaca.com.br/p_entendendo05.php
10. Realizou traqueostomia com colocaçao de órtese traqueal
no dia 15-11, cânula plástica e 29-11, cânula de Rush e no
dia 31-12, cânula de Shiley. Foi implantada cânula de
traqueostomia longa, porem o colapso das vias aéreas era
mais baixo, então foi conectada ao BIPAP. Teve quadro
de IRA e sudorese por provável obstrução por rolha de
secreção.
Em 31-1-13 A.R.B evoluiu com piora, necessitando de
VM, e teve pneumonia associada a VM. Teve
deteriorização da função renal, necessitando de
hemodíalise. Apresentou dificuldade para desconexão da
VM e foi submetida a broncoscopia que mostrou
traqueomalácia.
11. Teve alta do CTI no dia 14-12-12.
Com melhora do quadro renal e em
acompanhamento, recebeu alta da Nefrologia no dia
11-02-13.
Desde 15-02-13 vem sendo reduzido os parâmetros
do BIPAP, paciente vem tolerando bem e tem
evoluido com melhora o seu quadro respiratório
ficando em ar ambiente por algumas horas, sem
necessidade do BIPAP.