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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Teoria da Precificação
por Arbitragem - APT
Prof. Felipe Pontes
Estagiário Docente: Lucas Nogueira
Objetivo da aula: o aluno deverá compreender os desenvolvimentos
ocorridos após a proposição do CAPM, compreendendo a importância e o uso
dos modelos multifatoriais de precificação de ativos, como o APT.
Conteúdo: Revisão do CAPM, APT, Aplicações Empíricas.
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2
it
k
k
ktk
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j
jitjit XCustosIncAD     1
,,2,,10
𝑃𝑡 =
𝜏=1
∞
𝑅𝑓−𝑡
𝐸𝜏 𝑑 𝑡+𝜏
youtube.com/contabilidademq
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@contabilidademq
Slideshare.net/felipepontes16
/pontesfelipe Se inscreva em nosso canal e
ative as notificações para não
perder nada!
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Relembrando o CAPM
3
Nas aulas anteriores vimos que:
I. O retorno está diretamente associado com o risco incorrido.
II. O risco pode ser dividido em Sistemático e Não-Sistemático;
III. O Risco Não-Sistemático pode ser diversificado com a inclusão de
vários ativos em uma carteira (com baixa correlação entre eles, claro).
IV. O Retorno Esperado é uma função linear da
sensibilidade dos retornos da ação i com a carteira
de Mercado (Rm):
E(R) = Rf + β1(Rm - Rf)
β1 = Cov(Ri , Rm)/Var(Rm)
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Introdução
4
Betas e Arbitragem
Suponha uma linha de mercado de títulos com a relação entre o retorno e o β dos
ativos A, B e C.
Retorno Esperado (%)
β
Linha do
Mercado de
Títulos
1 2
Rf
A
B
C
Alguém racional investiria no Ativo C?
Trade Ativo F. de Caixa t F. de Caixa t+1 β
(V) C + $ 10.000 + $ 1.000 1
(C) A - $ 10.000 - $ 500 1
Resultado 0 + $ 500 0
É claro que sim!
Neste caso, o preço do Ativo C está muito alto.
Em um mercado competitivo, o preço do Ativo C cairá,
forçando o seu retorno esperado de volta ao equilíbrio.
Geralmente, essas operações são feitas com carteiras de
títulos.
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Introdução
5
Betas e Arbitragem: Exemplos
Neste caso, temos os retornos de 10
carteiras formadas com base no beta.
O retorno médio destas carteiras difere
do previsto pelo CAPM:
• Carteiras de ações com beta baixo
estão acima da linha do mercado de
títulos (Retornos acima do esperado).
• Já as carteiras de beta alto
apresentam retornos médios abaixo
do previsto.
Fonte: Fama & French (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46.
http://www.jstor.org/stable/3216805
Baixo Beta
Alto Beta
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Introdução
6
Betas e Arbitragem: Exemplos
Neste caso, temos os retornos de 10
carteiras formadas com base Book-to-
Market (No Brasil é chamado de VPA/P).
O retorno médio destas carteiras difere
do previsto pelo CAPM:
• Carteiras de ações com Alto B/M
estão acima da linha do mercado de
títulos (Retornos acima do esperado).
• Já as carteiras 1 com Baixo B/M
apresenta retornos médios abaixo do
previsto.
Fonte: Fama, E. F., & French, K. (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46.
http://www.jstor.org/stable/3216805
>>> ! >>>
Quais a implicações das evidências encontradas?
Será que existem outros fatores, além do β, que explicam os retornos?
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APT
7
Precificação por Arbitragem – APT (Ross, 1976)
A observação de que outros fatores ou características poderiam ter relevância na explicação
dos retornos levou a formulação de modelos que permitem mais de um fator explicativo.
A teoria da Precificação por Arbitragem - APT requer que o retorno de qualquer ação se
relacione linearmente a um conjunto de índices, conforme a equação abaixo:
Ri = ai + βi1 I1 + βi2 I2 + ... + βin In + ei
Como o ei é diversificável, o modelo APT que surge deste processo gerador de retornos pode
ser escrito como:
Fonte: Fama & French (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46. http://www.jstor.org/stable/3216805
• Cada Ativo i tem uma
sensibilidade diferente para
cada βn
• Cada βn tem o mesmo valor
para todas as ações.
Ri = Rf+
n=1
n
βinxn
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APT
8
Precificação por Arbitragem – APT (Ou APM)
Alguns pontos importantes:
A APT é extremamente geral...
Pontos Fortes
• Permite descrever o equilíbrio em termos de qualquer modelo de índice múltiplo,
sem a necessidade dos pressupostos rígidos do CAPM;
Pontos Fracos
• Não aponta qual os índices que devem ser adicionados no modelo;
• Não aponta os sinais esperados e o tamanho dos 𝑩n;
• Geralmente, o conjunto de Bn não é definido pela teoria.
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APT
9
Estimação e Teste do Precificação por Arbitragem – APT (Ou APM)
Como escolher os xn?
A literatura cita duas formas viáveis de aplicação da APT:
Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372.
Atributos (Características)
Book-to-maket, Dividend Yield, ROE, Alavancagem,
P/LPA, P/VPA, Tamanho (Valor de Mercado)
Fatores Macroeconômicos
Inflação, juros, PIB...
Fatores de Risco (Baseados em Carteiras)
Mercado (MKT), Efeito Valor (HML), Tamanho
(SMB); Momentum (WML), Iliquidez (LMI).
Baseadas em Índices
Especificando os fatores xn (com base em teoria)
e em seguida os coeficientes βin
Baseada em Características
Especificando as características ou atributos que
podem estar associados com os retornos.
1
2a
2b
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APT
10
Baseada em Características
Fundamentação
• A busca por variáveis que estejam associados com os retornos acionários.
• Diferente do CAPM, onde os retornos dependem da sensibilidade da ação à carteira de mercado, o
uso de característica não se apoia na existência de uma relação entre a característica e o risco.
• Para a APT, as variáveis encontradas que podem ter associação com os retornos são passíveis de
arbitragem.
• Como exemplo, segundo a Análise Fundamentalista muitas das características das empresas são
regularidades entre elas com os retornos (Berk, 1997).
Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372.
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APT
11
Baseada em Características
Se um conjunto de características que possuem relação com os retornos pudessem ser
especificadas a priori, a equação de estimação teria a forma:
Ri = a0 + β1 xi1 + βi2 xi2 + ... + βin xin
Onde:
• Os xin seriam os valores tomados por cada característica;
• Os βn seriam os retornos excedentes médios exigidos por causa destas características.
Os valores βn seriam estimados por análise de regressão (Corte transversal) ou com dados em
painel.
Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372.
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APT
12
Baseada em Características - Exemplos
Após a inclusão de várias características e o teste de sua significância com os retornos acionários,
podemos resumir alguns dos principais resultados na Tabela 1, abaixo:
Características
Relação com os
retornos
Principais Fontes
Valor Contábil / Valor de Mercado “Book-to-
Market”
+ Daniel e Titman (1997), Chan, Hamao e Lakonishok (1991).
Lucro por Ação / Preço + Basu (1977, 1983), Chan, Hamao e Lakonishok (1991)
Valor de Mercado – Banz (1981), Sharpe (1982).
Alavancagem – Bhandari (1988), Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012)
Beta + Sharpe (1982);
Fluxo de Caixa/ Preço + Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012), Chan, Hamao e
Lakonishok (1991)
Dividendos por Ação/ Preço + Sharpe (1982)
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APT
13
Baseada em Características - Exemplos
___[Teste no Excel]___
Regressão Cross-Section no Ano de 2016 com as variáveis:
B/M, ROE, Alavancagem e Tamanho.
___Resultados___
O B/M apresenta-se como principal característica
associada com os retornos. ROE, Alav e Tam foram insig.
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
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APT
14
Baseada em Características - Exemplos
___Resultados___
O B/M apresenta-se como principal característica
associada com os retornos. ROE, Alav e Tam foram insig.
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão
estimada por MQO!
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APT – Baseado em Características
15
Pontos Fortes
• Dados contábeis e de mercado de fácil obtenção;
• Simplicidade na realização dos testes.
Problemas
• No geral, os modelos de possuem baixo poder de explicação;
• A escolha das características muitas vezes é feita de modo ad hoc;
• Ausência de teoria econômica para fundamentar os achados e explicar os sinais.
Veja exemplos nacionais:
Cordeiro, R. A., & Machado, M. A. V. (2013). Estratégias de Valor ou de Crescimento? Evidencias Empíricas no Brasil.
RBGN, 15(42). 91-111 https://rbgn.fecap.br/RBGN/article/viewFile/1170/935
Malta, T. L., & Camargos, M. A. (2016) Variáveis da análise fundamentalista e dinâmica e o retorno acionário de empresas
brasileiras entre 2007 e 2014. REGE 23(1) 52-62 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1809227616300066
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Modelo APT do Chen, Roll & Ross (1986)
Modelo APT CRR (1986)
Um dos principais modelo APT foi desenvolvido por Chen, Roll e Ross (1986) utilizando
variáveis macroeconômicas:
Ri = a0 + B1(PI) + B2(ΔlE) + B3(II) + B4(URP) + B5(UBR) + ei
• PI = Produção Industrial;
• ΔIE = Alteração na Inflação Esperada;
• II = Inflação Inesperada;
• URP = Alteração Imprevista no prêmio pelo risco entre títulos de dívida com risco e sem risco de
inadimplência;
• UBR = Alteração Imprevista na diferença entre títulos sobrenos e Curto e Longo Prazo
OBS: Cada coeficiente mensura a sensibildiade de uma ação i às variáveis do modelo.
Assim como o CAPM, o modelo pode ser utilizado para o calculo do Custo de Capital Próprio
Devido a sua complexidade, o modelo do CRR (1986) não é utilizado com frequência...
16
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais
Principal Questionamento:
17
Será que a diferença no retorno das ações acima e abaixo da Linha
do Mercado de Títulos, não seria explicada por outros fatores de
risco?
Segundo Fama e French (1993), o retorno superior das ações de
empresas menores e das ações com alto Book-to-Market seria
explicado pela alta correlação entre estas variáveis e fatores de
risco não observados diretamente.
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais
Com isto, é possível explicar o retorno superior de certos tipos de carteiras de ações
pela sua maior exposição à outros fatores de risco sistemático.
Neste caso, o risco sistemático seria multidimensional, onde temos:
• O Fator de Risco de Mercado;
• O Fator de Risco do qual as empresas pequenas estão expostas;
• O Fator de Risco do qual as empresas com alto Book-to-Market estão expostas;
18
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais
Modelo Empírico de Três Fatores de Fama e French (1993)
Rp – Rf = a0 + b1(MKT) + b2(SML) + b3(HML) + ep
Onde:
MKT é o fator de risco do CAPM: Rm – Rf
SML é o retorno de uma carteira COMPRADA em ações com baixa capitalização de mercado e VENDIDA
em ações com alta capitalização de mercado (grandes empresas).
HML é o retorno de uma carteira COMPRADA em ações com alto book-to-market e VENDIDA em ações
com baixo book-to-Market.
19
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
Formando as carteiras:
• Uma vez por ano as ações são ranqueadas de acordo com o seu Valor de Mercado
(Tamanho) e o seu índice Book-to-Market.
• O retorno é computado diariamente até o ano seguinte, onde são novamente ranqueadas.
• O spread entre as duas carteiras, COMPRADAS e VENDIDAS, é o prêmio pelo risco.
20
Tamanho ValorCOMPRADA
VENDIDA
COMPRADA
VENDIDA
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
Boas fontes para coletar os fatores de risco:
www.nefin.com.br/risk_factors.html (Para o Brasil - NEFIN da USP)
http://mba.tuck.dartmouth.edu/pages/faculty/ken.french/data_library.html (Dados para os Mercados
Desenvolvidos na Kenneth R. French - Data Library)
Na Tabela abaixo temos os retornos dos fatores de risco para o Brasil:
21
Distribuição dos Retornos das carteiras Long-Short
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
Aplicação na Avaliação de Fundos
Uma das principais aplicações do modelo está na avaliação de fundos de investimento,
sendo possível:
• Avaliar como o fundo investe de acordo com a sua sensibilidade ao mercado e aos
fatores Tamanho e Valor.
• Avaliar se um fundo ou carteira apresenta retornos anormais (alpha significativo);
Em adição:
• É possível utilizar o modelo para estimar o custo de capital próprio (Em Finanças 2...)
22
Vamos avaliar dois fundos que seguem índices
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais – Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
Aplicação na Avaliação de Fundos
23
Fundos de Índices Índices
BOVA11
SMAL11
FONTE FUNDOS
https://www.blackrock.com/br/products/251752/ishares-
bmfbovespa-small-cap-fundo-de-ndice-fund
https://www.blackrock.com/br/products/251816/ishares-
ibovespa-fundo-de-ndice-fund
FONTE ÍNDICES:
http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/indices/
Segue o índice
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Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
Aplicação na Avaliação de Fundos (ETFs) e nas Lojas Renner
___[Teste no Excel]___
Regressão em Time-Series com dados diários dos ETFs (SMAL11 ou BOVA11) (250t)
e com dados mensais (60t) para a Renner
___Resultados___
Com o CAPM ou FF93 os alphas são insigs e o R2 Ajust é elevado.
Todos os dois ETFs são sensíveis ao MKT
O SMLL11 apresenta coeficientes negativos para o HML.
O BOVA11 apresenta coeficientes negativo para o SML.
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
25
___Resultados___
O SMAL11 está positivamente exposto ao Fator de
risco de Mercado
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por
MQO!
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
26
___Resultados___
O SMAL11 (Formado por Small Caps) está
positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado e
ao fator tamanho (SMB) e negativamente exposto aos
fator de Risco Valor (HML).
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por
MQO!
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
27
___Resultados___
O BOVA11 (Formado pelas maiores empresas da B3) está
positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado (MKT).
Nota: Mesmo replicando o índice, o ETF é mais arriscado,
com Beta > 1.
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
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Modelos com Fatores de Risco Adicionais
Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993)
28
___Resultados___
O BOVA11 (Formado pelas maiores empresas da B3) está
positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado (MKT) e
negativamente ao Fator tamanho (SMB).
O ETF não apresentou sensibilidade ao Fator de Risco Valor (HML).
OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
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Conclusão
Resumo e Conclusões
• As limitações do Beta do CAPM em explicar os retornos de algumas ações/carteiras
motivou o desenvolvimento de modelos Multifatoriais;
• A APT surge para fundamentar a inclusão de outras características/fatores;
• Como vantagens, temos a possibilidade do teste empírico com maior flexibilidade;
• Como desvantagens, a maior parte das variáveis incluídas no modelo carecem de
explicações econômicas;
• O teste empíricos podem ser classificados em:
– (1) Com uso de Características
– (2) Uso de Fatores Econômicos
– (3) Uso de Fatores de Risco
29
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Principais Referências
• Banz (1981), BANZ, R. The relationship between return and market value of common stocks. Journal of Financial
Economics, Amsterdam, v. 9, n. 1, p. 3-18, Mar. 1981.
• BHANDARI, L. C. (1988) Debt/equity ratio and expected common stock returns: empirical evidence. Journal of
Finance, Malden, v. 43, n. 2, p. 507-28, June 1988.
• CHAN, L.K.; HAMAO, Y.; LAKONISHOK, J. (1991) Fundamentals and stock returns in Japan. Journal of Finance,
Malden, v. 46, n. 5, p. 1739-1789, Dec. 1991.
• DANIEL, K.; TITMAN, S. (1997) Evidence on the characteristics of cross sectional variation in stock returns.
Journal of Finance, Malden, v. 52, n. 1, p. 1-33, Mar. 1997.
• Fama, E. F., & French, K. (1993). Common risk factors in the returns on stocks and bonds. Journal of Financial
Economics, Amsterdam, v. 33, n. 1, p. 3-56, Feb. 1993
• Fama, E. F., & French, K. (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic
Perspectives 18(3). 25-46.
• Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012) Value versus growth: australian evidence. Accounting & Finance,
Carlton, 2012
• Kenneth R. French - Data Library. Disponível em:
http://mba.tuck.dartmouth.edu/pages/faculty/ken.french/data_library.html
• NEFIN. Disponível em: www.nefin.com.br/risk_factors.html
• ROSS, S. (1976) The arbitrage theory of capital asset pricing. Journal of Economic Theory, San Diego, v. 13, n. 3, p.
341-360, Dec. 1976.
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APT: Teoria da Precificação por Arbitragem

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Teoria da Precificação por Arbitragem - APT Prof. Felipe Pontes Estagiário Docente: Lucas Nogueira Objetivo da aula: o aluno deverá compreender os desenvolvimentos ocorridos após a proposição do CAPM, compreendendo a importância e o uso dos modelos multifatoriais de precificação de ativos, como o APT. Conteúdo: Revisão do CAPM, APT, Aplicações Empíricas.
  • 2. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com 2 it k k ktk k kitk j jitjit XCustosIncAD     1 ,,2,,10 𝑃𝑡 = 𝜏=1 ∞ 𝑅𝑓−𝑡 𝐸𝜏 𝑑 𝑡+𝜏 youtube.com/contabilidademq @felfelipepontes @contabilidademq Slideshare.net/felipepontes16 /pontesfelipe Se inscreva em nosso canal e ative as notificações para não perder nada!
  • 3. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Relembrando o CAPM 3 Nas aulas anteriores vimos que: I. O retorno está diretamente associado com o risco incorrido. II. O risco pode ser dividido em Sistemático e Não-Sistemático; III. O Risco Não-Sistemático pode ser diversificado com a inclusão de vários ativos em uma carteira (com baixa correlação entre eles, claro). IV. O Retorno Esperado é uma função linear da sensibilidade dos retornos da ação i com a carteira de Mercado (Rm): E(R) = Rf + β1(Rm - Rf) β1 = Cov(Ri , Rm)/Var(Rm)
  • 4. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Introdução 4 Betas e Arbitragem Suponha uma linha de mercado de títulos com a relação entre o retorno e o β dos ativos A, B e C. Retorno Esperado (%) β Linha do Mercado de Títulos 1 2 Rf A B C Alguém racional investiria no Ativo C? Trade Ativo F. de Caixa t F. de Caixa t+1 β (V) C + $ 10.000 + $ 1.000 1 (C) A - $ 10.000 - $ 500 1 Resultado 0 + $ 500 0 É claro que sim! Neste caso, o preço do Ativo C está muito alto. Em um mercado competitivo, o preço do Ativo C cairá, forçando o seu retorno esperado de volta ao equilíbrio. Geralmente, essas operações são feitas com carteiras de títulos.
  • 5. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Introdução 5 Betas e Arbitragem: Exemplos Neste caso, temos os retornos de 10 carteiras formadas com base no beta. O retorno médio destas carteiras difere do previsto pelo CAPM: • Carteiras de ações com beta baixo estão acima da linha do mercado de títulos (Retornos acima do esperado). • Já as carteiras de beta alto apresentam retornos médios abaixo do previsto. Fonte: Fama & French (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46. http://www.jstor.org/stable/3216805 Baixo Beta Alto Beta
  • 6. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Introdução 6 Betas e Arbitragem: Exemplos Neste caso, temos os retornos de 10 carteiras formadas com base Book-to- Market (No Brasil é chamado de VPA/P). O retorno médio destas carteiras difere do previsto pelo CAPM: • Carteiras de ações com Alto B/M estão acima da linha do mercado de títulos (Retornos acima do esperado). • Já as carteiras 1 com Baixo B/M apresenta retornos médios abaixo do previsto. Fonte: Fama, E. F., & French, K. (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46. http://www.jstor.org/stable/3216805 >>> ! >>> Quais a implicações das evidências encontradas? Será que existem outros fatores, além do β, que explicam os retornos?
  • 7. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 7 Precificação por Arbitragem – APT (Ross, 1976) A observação de que outros fatores ou características poderiam ter relevância na explicação dos retornos levou a formulação de modelos que permitem mais de um fator explicativo. A teoria da Precificação por Arbitragem - APT requer que o retorno de qualquer ação se relacione linearmente a um conjunto de índices, conforme a equação abaixo: Ri = ai + βi1 I1 + βi2 I2 + ... + βin In + ei Como o ei é diversificável, o modelo APT que surge deste processo gerador de retornos pode ser escrito como: Fonte: Fama & French (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46. http://www.jstor.org/stable/3216805 • Cada Ativo i tem uma sensibilidade diferente para cada βn • Cada βn tem o mesmo valor para todas as ações. Ri = Rf+ n=1 n βinxn
  • 8. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 8 Precificação por Arbitragem – APT (Ou APM) Alguns pontos importantes: A APT é extremamente geral... Pontos Fortes • Permite descrever o equilíbrio em termos de qualquer modelo de índice múltiplo, sem a necessidade dos pressupostos rígidos do CAPM; Pontos Fracos • Não aponta qual os índices que devem ser adicionados no modelo; • Não aponta os sinais esperados e o tamanho dos 𝑩n; • Geralmente, o conjunto de Bn não é definido pela teoria.
  • 9. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 9 Estimação e Teste do Precificação por Arbitragem – APT (Ou APM) Como escolher os xn? A literatura cita duas formas viáveis de aplicação da APT: Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372. Atributos (Características) Book-to-maket, Dividend Yield, ROE, Alavancagem, P/LPA, P/VPA, Tamanho (Valor de Mercado) Fatores Macroeconômicos Inflação, juros, PIB... Fatores de Risco (Baseados em Carteiras) Mercado (MKT), Efeito Valor (HML), Tamanho (SMB); Momentum (WML), Iliquidez (LMI). Baseadas em Índices Especificando os fatores xn (com base em teoria) e em seguida os coeficientes βin Baseada em Características Especificando as características ou atributos que podem estar associados com os retornos. 1 2a 2b
  • 10. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 10 Baseada em Características Fundamentação • A busca por variáveis que estejam associados com os retornos acionários. • Diferente do CAPM, onde os retornos dependem da sensibilidade da ação à carteira de mercado, o uso de característica não se apoia na existência de uma relação entre a característica e o risco. • Para a APT, as variáveis encontradas que podem ter associação com os retornos são passíveis de arbitragem. • Como exemplo, segundo a Análise Fundamentalista muitas das características das empresas são regularidades entre elas com os retornos (Berk, 1997). Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372.
  • 11. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 11 Baseada em Características Se um conjunto de características que possuem relação com os retornos pudessem ser especificadas a priori, a equação de estimação teria a forma: Ri = a0 + β1 xi1 + βi2 xi2 + ... + βin xin Onde: • Os xin seriam os valores tomados por cada característica; • Os βn seriam os retornos excedentes médios exigidos por causa destas características. Os valores βn seriam estimados por análise de regressão (Corte transversal) ou com dados em painel. Fonte: Elton, E. J., Gruber, M. J., Brown, S. T., & Goetzmann, W. N. (2012) Moderna Teoria das Carteiras e Análise de Investimentos. 3ª Edição. Página 372.
  • 12. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 12 Baseada em Características - Exemplos Após a inclusão de várias características e o teste de sua significância com os retornos acionários, podemos resumir alguns dos principais resultados na Tabela 1, abaixo: Características Relação com os retornos Principais Fontes Valor Contábil / Valor de Mercado “Book-to- Market” + Daniel e Titman (1997), Chan, Hamao e Lakonishok (1991). Lucro por Ação / Preço + Basu (1977, 1983), Chan, Hamao e Lakonishok (1991) Valor de Mercado – Banz (1981), Sharpe (1982). Alavancagem – Bhandari (1988), Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012) Beta + Sharpe (1982); Fluxo de Caixa/ Preço + Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012), Chan, Hamao e Lakonishok (1991) Dividendos por Ação/ Preço + Sharpe (1982)
  • 13. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 13 Baseada em Características - Exemplos ___[Teste no Excel]___ Regressão Cross-Section no Ano de 2016 com as variáveis: B/M, ROE, Alavancagem e Tamanho. ___Resultados___ O B/M apresenta-se como principal característica associada com os retornos. ROE, Alav e Tam foram insig. OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 14. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT 14 Baseada em Características - Exemplos ___Resultados___ O B/M apresenta-se como principal característica associada com os retornos. ROE, Alav e Tam foram insig. OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 15. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com APT – Baseado em Características 15 Pontos Fortes • Dados contábeis e de mercado de fácil obtenção; • Simplicidade na realização dos testes. Problemas • No geral, os modelos de possuem baixo poder de explicação; • A escolha das características muitas vezes é feita de modo ad hoc; • Ausência de teoria econômica para fundamentar os achados e explicar os sinais. Veja exemplos nacionais: Cordeiro, R. A., & Machado, M. A. V. (2013). Estratégias de Valor ou de Crescimento? Evidencias Empíricas no Brasil. RBGN, 15(42). 91-111 https://rbgn.fecap.br/RBGN/article/viewFile/1170/935 Malta, T. L., & Camargos, M. A. (2016) Variáveis da análise fundamentalista e dinâmica e o retorno acionário de empresas brasileiras entre 2007 e 2014. REGE 23(1) 52-62 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1809227616300066
  • 16. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelo APT do Chen, Roll & Ross (1986) Modelo APT CRR (1986) Um dos principais modelo APT foi desenvolvido por Chen, Roll e Ross (1986) utilizando variáveis macroeconômicas: Ri = a0 + B1(PI) + B2(ΔlE) + B3(II) + B4(URP) + B5(UBR) + ei • PI = Produção Industrial; • ΔIE = Alteração na Inflação Esperada; • II = Inflação Inesperada; • URP = Alteração Imprevista no prêmio pelo risco entre títulos de dívida com risco e sem risco de inadimplência; • UBR = Alteração Imprevista na diferença entre títulos sobrenos e Curto e Longo Prazo OBS: Cada coeficiente mensura a sensibildiade de uma ação i às variáveis do modelo. Assim como o CAPM, o modelo pode ser utilizado para o calculo do Custo de Capital Próprio Devido a sua complexidade, o modelo do CRR (1986) não é utilizado com frequência... 16
  • 17. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais Principal Questionamento: 17 Será que a diferença no retorno das ações acima e abaixo da Linha do Mercado de Títulos, não seria explicada por outros fatores de risco? Segundo Fama e French (1993), o retorno superior das ações de empresas menores e das ações com alto Book-to-Market seria explicado pela alta correlação entre estas variáveis e fatores de risco não observados diretamente.
  • 18. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais Com isto, é possível explicar o retorno superior de certos tipos de carteiras de ações pela sua maior exposição à outros fatores de risco sistemático. Neste caso, o risco sistemático seria multidimensional, onde temos: • O Fator de Risco de Mercado; • O Fator de Risco do qual as empresas pequenas estão expostas; • O Fator de Risco do qual as empresas com alto Book-to-Market estão expostas; 18
  • 19. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais Modelo Empírico de Três Fatores de Fama e French (1993) Rp – Rf = a0 + b1(MKT) + b2(SML) + b3(HML) + ep Onde: MKT é o fator de risco do CAPM: Rm – Rf SML é o retorno de uma carteira COMPRADA em ações com baixa capitalização de mercado e VENDIDA em ações com alta capitalização de mercado (grandes empresas). HML é o retorno de uma carteira COMPRADA em ações com alto book-to-market e VENDIDA em ações com baixo book-to-Market. 19
  • 20. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) Formando as carteiras: • Uma vez por ano as ações são ranqueadas de acordo com o seu Valor de Mercado (Tamanho) e o seu índice Book-to-Market. • O retorno é computado diariamente até o ano seguinte, onde são novamente ranqueadas. • O spread entre as duas carteiras, COMPRADAS e VENDIDAS, é o prêmio pelo risco. 20 Tamanho ValorCOMPRADA VENDIDA COMPRADA VENDIDA
  • 21. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) Boas fontes para coletar os fatores de risco: www.nefin.com.br/risk_factors.html (Para o Brasil - NEFIN da USP) http://mba.tuck.dartmouth.edu/pages/faculty/ken.french/data_library.html (Dados para os Mercados Desenvolvidos na Kenneth R. French - Data Library) Na Tabela abaixo temos os retornos dos fatores de risco para o Brasil: 21 Distribuição dos Retornos das carteiras Long-Short
  • 22. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) Aplicação na Avaliação de Fundos Uma das principais aplicações do modelo está na avaliação de fundos de investimento, sendo possível: • Avaliar como o fundo investe de acordo com a sua sensibilidade ao mercado e aos fatores Tamanho e Valor. • Avaliar se um fundo ou carteira apresenta retornos anormais (alpha significativo); Em adição: • É possível utilizar o modelo para estimar o custo de capital próprio (Em Finanças 2...) 22 Vamos avaliar dois fundos que seguem índices
  • 23. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais – Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) Aplicação na Avaliação de Fundos 23 Fundos de Índices Índices BOVA11 SMAL11 FONTE FUNDOS https://www.blackrock.com/br/products/251752/ishares- bmfbovespa-small-cap-fundo-de-ndice-fund https://www.blackrock.com/br/products/251816/ishares- ibovespa-fundo-de-ndice-fund FONTE ÍNDICES: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/indices/ Segue o índice Segue o índice
  • 24. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) Aplicação na Avaliação de Fundos (ETFs) e nas Lojas Renner ___[Teste no Excel]___ Regressão em Time-Series com dados diários dos ETFs (SMAL11 ou BOVA11) (250t) e com dados mensais (60t) para a Renner ___Resultados___ Com o CAPM ou FF93 os alphas são insigs e o R2 Ajust é elevado. Todos os dois ETFs são sensíveis ao MKT O SMLL11 apresenta coeficientes negativos para o HML. O BOVA11 apresenta coeficientes negativo para o SML. OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO! 24
  • 25. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) 25 ___Resultados___ O SMAL11 está positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 26. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) 26 ___Resultados___ O SMAL11 (Formado por Small Caps) está positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado e ao fator tamanho (SMB) e negativamente exposto aos fator de Risco Valor (HML). OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 27. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) 27 ___Resultados___ O BOVA11 (Formado pelas maiores empresas da B3) está positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado (MKT). Nota: Mesmo replicando o índice, o ETF é mais arriscado, com Beta > 1. OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 28. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Modelos com Fatores de Risco Adicionais Fatores de Risco Adicionais - Modelo de 3 Fatores de Fama e French (1993) 28 ___Resultados___ O BOVA11 (Formado pelas maiores empresas da B3) está positivamente exposto ao Fator de risco de Mercado (MKT) e negativamente ao Fator tamanho (SMB). O ETF não apresentou sensibilidade ao Fator de Risco Valor (HML). OBS: É necessário o teste dos pressupostos da regressão estimada por MQO!
  • 29. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Conclusão Resumo e Conclusões • As limitações do Beta do CAPM em explicar os retornos de algumas ações/carteiras motivou o desenvolvimento de modelos Multifatoriais; • A APT surge para fundamentar a inclusão de outras características/fatores; • Como vantagens, temos a possibilidade do teste empírico com maior flexibilidade; • Como desvantagens, a maior parte das variáveis incluídas no modelo carecem de explicações econômicas; • O teste empíricos podem ser classificados em: – (1) Com uso de Características – (2) Uso de Fatores Econômicos – (3) Uso de Fatores de Risco 29
  • 30. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Principais Referências • Banz (1981), BANZ, R. The relationship between return and market value of common stocks. Journal of Financial Economics, Amsterdam, v. 9, n. 1, p. 3-18, Mar. 1981. • BHANDARI, L. C. (1988) Debt/equity ratio and expected common stock returns: empirical evidence. Journal of Finance, Malden, v. 43, n. 2, p. 507-28, June 1988. • CHAN, L.K.; HAMAO, Y.; LAKONISHOK, J. (1991) Fundamentals and stock returns in Japan. Journal of Finance, Malden, v. 46, n. 5, p. 1739-1789, Dec. 1991. • DANIEL, K.; TITMAN, S. (1997) Evidence on the characteristics of cross sectional variation in stock returns. Journal of Finance, Malden, v. 52, n. 1, p. 1-33, Mar. 1997. • Fama, E. F., & French, K. (1993). Common risk factors in the returns on stocks and bonds. Journal of Financial Economics, Amsterdam, v. 33, n. 1, p. 3-56, Feb. 1993 • Fama, E. F., & French, K. (2003). The Capital Asset Pricing Model: Theory and Evidence. The Journal of Economic Perspectives 18(3). 25-46. • Gharghori, Stryjkowski e Veeraraghavan (2012) Value versus growth: australian evidence. Accounting & Finance, Carlton, 2012 • Kenneth R. French - Data Library. Disponível em: http://mba.tuck.dartmouth.edu/pages/faculty/ken.french/data_library.html • NEFIN. Disponível em: www.nefin.com.br/risk_factors.html • ROSS, S. (1976) The arbitrage theory of capital asset pricing. Journal of Economic Theory, San Diego, v. 13, n. 3, p. 341-360, Dec. 1976. 30
  • 31. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Para ter acesso a mais conteúdos, acesse: – Blogs www.ContabilidadeMQ.blogspot.com www.FinancasAplicadasBrasil.blogspot.com – Facebook: www.facebook.com/ContabilidadeMQ – Twitter: www.twitter.com/ContabilidadeMQ – YouTube: www.youtube.com/FelipePontes16 31