O documento descreve as principais técnicas e estilos de pintura gótica, incluindo vitrais, iluminuras e afrescos. A pintura gótica desenvolveu-se de quatro técnicas distintas e passou por duas fases principais. O estilo gótico internacional misturou influências de várias regiões da Europa.
1. Módulo 5 – Cultura da Catedral
Pintura Gótica
Carlos Jorge Canto Vieira
2. Pintura do Gótico
• Desenvolve-se a partir de quatro técnicas distintas:
– o vitral (França);
– a iluminura;
– o fresco (Itália);
– pintura sobre madeira (Flandres).
2Prof. Carlos Vieira
3. Pintura do Gótico
• 2 Fases
– Século XIII – evolução do Românico para o Gótico;
– Final do século XIV:
• grande heterogeneidade
• diversas tendências
• surge o chamado Gótico Internacional
3Prof. Carlos Vieira
4. Pintura do Gótico
• Gótico Internacional
– mistura influências
• bizantinas (gosto pelo dourado e tons brilhantes);
• realismo dos rostos e dos panejamentos;
• nova concepção espacial do fresco italiano;
• desenvolvimento da arte do retrato e da paisagem.
4Prof. Carlos Vieira
5. Pintura do Gótico
Espacialidade
Sul da Europa Norte da Europa
os quadros apresentavam
uma tendência para o
realismo técnico e artístico
Os quadros caminharam
para soluções mais
naturalistas
Desenvolve-se o
Renascimento na Itália
Mantêm-se o Gótico
5Prof. Carlos Vieira
7. Vitral
• Vitral
– Ocupa o lugar dos murais pintados a fresco;
– Teve grande divulgação em França e na Inglaterra.
– Apogeu
• entre 1200 e 1260 durante o período de construção das
grandes catedrais góticas;
7Prof. Carlos Vieira
8. Vitral
Rosáceas e Janelões
desenvolveu-se a ideia das igrejas de vidro,
cheias de luminosidade e cor
luz filtrada pelos vitrais
acabava por proporcionar um ambiente místico
8Prof. Carlos Vieira
9. Vitral
• Temática
– essencialmente religiosa
• versava sobre a vida da Virgem e de Cristo
• cenas dos Testamentos;
• Cores
– vibrantes e simbólicas.
9Prof. Carlos Vieira
14. Iluminura
• Iluminura
– afirma durante o período do Gótico Internacional;
– A partir do século XIII conjugou influências da arte
românica e da arte bizantina;
– A iluminação dos códices deixou de estar apenas associada
aos scriptoria dos mosteiros e passou também a ser
efectuada por laicos (Irmãos de Limburg);
14Prof. Carlos Vieira
15. Iluminura
• Temática
– quase sempre religiosa
– Livros de Horas, que traziam orações de carácter pessoal e
salmos.
• Cores
– a palete cromática valorizava os tons dourados de
influência bizantina;
– Azul forte
– Turquesa
– Vermelho;
15Prof. Carlos Vieira
17. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Janeiro: Um banquete de ano-novo
com o duque à direita, vestindo uma
túnica azul.
17Prof. Carlos Vieira
18. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Fevereiro: Um dia típico de inverno.
Servos aquecem-se junto ao fogo,
outros cortam árvores e ainda,
outros vão ao mercado.
18Prof. Carlos Vieira
19. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Março: Uns semeiam o campo. Ao
fundo está o Château de Lusignan,
uma das residências do duque.
19Prof. Carlos Vieira
20. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Abril: Um jovem casal troca alianças.
Ao fundo o Château de Dourdan.
20Prof. Carlos Vieira
21. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Maio: Jovens nobres a cavalo. Ao
fundo o Palais de la Cité em Paris.
21Prof. Carlos Vieira
22. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Junho: Colheita. Ao fundo o Hôtel de
Nesle.
22Prof. Carlos Vieira
23. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Julho: Tosquia de ovelhas. Ao fundo
o Château de Clain próximo a
Poitiers.
23Prof. Carlos Vieira
24. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Agosto: Nobres com falcões. Ao
fundo o Château d'Étampes.
24Prof. Carlos Vieira
25. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Setembro: Colheita das uvas. Ao
fundo o Château de Saumur.
25Prof. Carlos Vieira
26. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Outubro: Cultivo dos campos. Ao
fundo o Louvre.
26Prof. Carlos Vieira
27. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Novembro: Um servo alimenta os
porcos.
27Prof. Carlos Vieira
28. Iluminura
Irmãos Limbourg e outros
Très riches heures, 1412 e 1416
Dezembro: A caça de um javali. Ao
fundo o Château de Vincennes.
28Prof. Carlos Vieira
33. Pintura sobre Madeira
• Utilizada por toda a Europa
– Painéis fixos ou móveis
• Temática
– Religiosa
– Retratos
• Técnica
– Pintura a óleo (Flandres)
33Prof. Carlos Vieira
35. Pintura a Fresco
• A pintura a fresco
– grande impacto na Itália onde as igrejas góticas nunca
atingiram a verticalidade típica das construções francesas e
inglesas;
– A tradição da pintura mural a fresco vinha já desde a
Antiguidade Clássica;
35Prof. Carlos Vieira
36. Pintura a Fresco
– As diversas cidades-estado italianas prosperavam
economicamente e esse facto originou um forte
desenvolvimento artístico e cultural;
– Pintores como Duccio, Cimabue e Giotto iniciaram um
movimento de renovação que prosseguiu com Simone
Martini e os irmãos Lorenzetti;
– Todos estes artistas foram pioneiros do que viria a ser a
maior revolução da arte até então: o Quattrocento ou
Primeiro Renascimento;
36Prof. Carlos Vieira
39. Duccio do Buoninsegna
Virgem com o menino
1308-1311.
Têmpera sobre ouro e madeira
450 x 292 cm.
Galeria do Uffizi
Florença, Itália
39Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
41. Cimabue
Virgem com o menino (pormenor)
1285-86
Têmpera sobre madeira
91 x 75 cm (385 x 223 cm).
Galeria dos Uffizi.
Florença, Itália.
41Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
43. Ambrogio Lorenzetti
O Bom Governo da Cidade, 1338-40
Sala dos nove, Palácio Comunale. Siena. Itália.
43Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
44. Ambrogio Lorenzetti
O Bom Governo da Cidade, sobre o campo 1338-40, Fresco
Sala dos nove, Palácio Comunale. Siena. Itália. 44Prof. Carlos Vieira
45. Ambrogio Lorenzetti
Apresentação no templo
1342.
Têmpera sobre madeira
257 x 168 cm.
Galeria dos Uffizi.
Florença, Itália.
45Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
53. Hans Memling
Alegoria à Castidade
Óleo sobre madeira.
Museu Jacquemart-André.
Paris. França.
53Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
54. Hans Memling
Adão e Eva
Óleo sobre madeira.
69,3 x 17,3 cm. (cada panel).
Kunsthistorisches Museum.
Viena. Áustria.
54Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
56. Hans Memling
A Virgem do Díptico
Díptico de Martin van Nieuwenhove
Óleo sobre madeira.
Museu Memling Bruxelas. Bélgica.
56Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
57. Hans Memling
O Homem da moeda
1477-1479.
Óleo sobre madeira..
31 x 23,2 cm.
Koninklijk Museum voor Schone Kunsten.
Amberes. Bélgica.
57Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
58. Hans Memling
Adoração dos Magos
1479 ,Óleo sobre madeira. Museu Memling.
Bruxelas. Bélgica
58Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
59. Roger van der Weyden
Anunciação
1435.
Óleo sobre madeira.
Painel central.
86 x 93 cm.
Museu do Louvre.
Paris. França.
59Prof. Carlos Vieira
60. Roger van der Weyden
Descida da Cruz
1435. Óleo sobre madeira.220 x 262 cm.
Museu do Prado. Madrid. Espana.
60Prof. Carlos Vieira
61. Roger van der Weyden
A Virgem com quatro Santos
1450.
Óleo sobre madeira
53 x 38 cm.
Stadelsches Kunsinstitut.
Frankfurt.
61Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
62. Roger van der Weyden
Lamentação
1445.
Óleo sobre madeira..
71 x 43 cm.
Tríptico de Miraflores.
Museu Dahlem.
Berlim. Alemanha.
62Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
63. Roger van der Weyden
Juízo Final
1445. Hôtel-Dieu. Beaunne. França.
63Prof. Carlos Vieira
64. Jan van Eyck
Adoração do Cordeiro
Políptico de Gante. Painel Central.
1432. Óleo sobre madeira.. Catedral de São Bravo. Gante. Bélgica.
64Prof. Carlos Vieira
74. Jan van Eyck
Esposos Arnolfini
1434.
Óleo sobre madeira
81,8 x 59,7 cm.
The National Gallery. Londres.
Inglaterra.
74Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
80. Jan van Eyck
Homem do Turbante
1433.
Óleo sobre madeira
25,5 x 19 cm.
The National Gallery.
Londres. Inglaterra.
80Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
81. Jan van Eyck
A Virgem de Lucca
c. 1438.
Óleo sobre madeira.
122 x 157 cm.
Museu Communal des Beaux-Arts.
Bruxelas.
81Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
82. Jan van Eyck
A Virgem do Chanceller Rolin
c. 1434/35
Óleo sobre madeira
66 x 62 cm.
Museu do Louvre.
Paris, França 82Prof. Carlos Vieira
83. Jan van Eyck
Tríptico da Virgem com o Menino. São Miguel e Santa Catarina
c. 1437. Óleo sobre madeira
Painéis laterais 33,1 x 27,5 cm, central 33,3 x 13,6 cm.
Gemäldegalerie, Dresden
83Prof. Carlos Vieira
84. Hieronymus Bosch
Juízo Final
c. 1482. Óleo sobre madeira
163,7 x 127 cm
Kupferstichkabinett der Akademie der Bildenden Künste. Viena. Áustria.
84Prof. Carlos Vieira
85. Hieronymus Bosch
As Tentações de S. Antão
1500.
Óleo sobre madeira, 131,5 x 119 cm.
Museu Nacional de Arte Antiga. Lisboa. Portugal.
85Prof. Carlos Vieira
86. Hieronymus Bosch
S. João Baptista em Meditação
c. 1489.
Óleo sobre madeira
48,5 x 40 cm.
Museo Lazaro Galdiano de Madrid.
Madrid. Espanha.
86Prof. Carlos Vieira
Pintura do Gótico
87. Hieronymus Bosch
Jardim das delícias
c. 1500-05. Tríptico.
Óleo sobre madeira, 220 x 389 cm.
87Prof. Carlos Vieira