3. Maneirismo
• Arquitectura
– também se traduziu por uma atitude de ruptura em
relação aos cânones clássicos.
– terceira década do século XVI:
• novo contexto histórico
• sobre as estruturas clássicas dos edifícios, foram inseridas
irregularidades, destruindo o equilíbrio (acabando com as
coordenadas axiais que organizavam o edifício segundo um eixo
simétrico);
• Utiliza-se consolas para dividir o espaço entre as janelas,
abandonando o princípio das três ordens.
3Prof. Carlos Vieira
4. Maneirismo
• Decoração
– mais caprichosa e exagerada
• Utilização de colunas de pedra almofadada, como no Palácio Pitti,
em Florença;
– utiliza silharia rude
• como no Palácio Tê, em Mântua;
– Preferência por espaços longitudinais e salas estreitas,
proporcionando uma ideia de maior profundidade;
– cria efeitos de surpresa e de fuga espacial, como os
conseguidos através de relações como calma/tensão e de
uma série de efeitos teatrais
4Prof. Carlos Vieira
6. Maneirismo
• As tipologias de edifícios:
– Palácios;
– Vilas;
– Bibliotecas;
– igrejas.
6Prof. Carlos Vieira
7. Maneirismo
• Igrejas
– Solidez pesada das paredes;
– Nave única de abóbada de berço, usada por razões
acústicas;
– Capelas entre os contrafortes;
– Transepto pouco saliente;
– Capela-mor reduzida à abside e uma cúpula no cruzeiro.
imposições da Contra-Reforma, as igrejas passaram a ser um
local privilegiado da pregação e, por isso, o púlpito e o
altar deviam ser bem visíveis.
7Prof. Carlos Vieira
8. Maneirismo
• Arquitectos
– Miquel Ângelo;
– Vasari;
– Júlio Romano (c. 1499-1546);
• discípulo de Rafael;
– Baldassarre Peruzzi (1481-1536);
• também arquitecto e pintor;
– Vignola (1507-1573);
• autor do modelo da Igreja de Il Gesú, que se manterá por todo o
Barroco;
– Palladio:
• defendeu o retorno à ordem clássica.
8Prof. Carlos Vieira
9. Maneirismo
• Palladio
– personificou a serenidade grega, a ordem renascentista e a
criatividade maneirista;
– Exemplos
• Igreja de São Giorqio Maggiore, em Veneza;
• Villa Rotonda.
– O termo "palladiano" tornou-se sinónimo de arquitectura
clássica, especialmente na arte palaciana
do século XVIII.
9Prof. Carlos Vieira
32. Maneirismo
• Escultura maneirista
– nunca conseguiu igualar a qualidade da pintura
e da arquitectura.
– A obra de Miguel Ângelo foi fonte de inspiração, mas
poderá ter sido factor de inibição.
– As obras mais significativas foram realizadas fora de Itália:
• espanhol Alonso Berruquete
32Prof. Carlos Vieira
33. Maneirismo
• Em Itália
– a partir de meados do século XVI
• pela perda do rigor da representação clássica;
• o realismo racional foi substituído por um grande
virtuosismo técnico e formal;
• Privilegiou-se a subjectividade, os sentimentos, a
sensualidade e o efeito puramente plástico e
decorativo
33Prof. Carlos Vieira
34. Maneirismo
• Estatuária
– modalidade mais comum;
– cumpriu funções monumentais, representativas e decorativas
– teve um cunho mais profano que religioso:
• sob a influência reformista assistiu-se a um período de austeridade
quase iconoclasta nas igrejas.
– São exemplo deste tipo de escultura:
• a estatuária individual;
• grupos escultóricos;
• Estátuas equestres:
• várias fontes esculpidas, cujo género se começou a divulgar neste
período.
34Prof. Carlos Vieira
35. Maneirismo
• Estatuária de pequena dimensão
– Muito utilizada neste período;
– De sentido mais decorativo;
– Destinava-se a coleccionadores e outra clientela privada
35Prof. Carlos Vieira
36. Maneirismo
• Estatuária individual
– Tendências pela figura contorcionada sobre si mesma,
artificialmente serpentinada, numa linha sinuosa e
helicoidal que evolui em ascensão.
– Preciosismos técnicos (escorços difíceis, contrapostos e
posições em desequilibrio), reproduziram-se movimentos
fluidos e angulosos;
– Intensificação de expressões faciais e corporais,
acentuando o jogo dos volumes e os contrastes luz-
sombra.
36Prof. Carlos Vieira
37. Maneirismo
• Temas
– grupos escultóricos de temática mitológica, alegórica ou
comemorativa;
– Eram colocados em lugares públicos com carácter
monumental;
– Abandonou-se completamente a regra da estatuária do
Renascimento clássico que defendia a unifacialidade da
obra (único ângulo de visão) e a utilização de um só bloco
de material.
– Substituíram esta concepção pela perspectiva
estereométrica e multivisual que permite a contemplação
omnilateral da obra.
37Prof. Carlos Vieira
38. Maneirismo
• Bartolomeo Ammanati (1511-1592)
– Trabalha em várias cidades italianas;
– Decorou palácio dos Mantova e o túmulo do conde da
cidade.
– Em 1555 vence o concurso para a construção da fonte da
Piazza della Signoria, Florença;
– Tem interesse pela arquitectura o levou a estudar os
tratados de Alberti e Brunelleschi.
38Prof. Carlos Vieira
39. Maneirismo
• O Carro de Neptuno
– situada na Praça de Senhoria, em Florença
– Explora os efeitos estéticos resultantes do forte contraste
cromático dos materiais usados:
• o mármore branco e o bronze
39Prof. Carlos Vieira
40. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 40
AMMANATI, Bartolomeo
Fonte de Neptuno
1559-75
Mármore e bronze
Piazza della Signoria,
Florença
41. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 41
AMMANATI, Bartolomeo
Fonte de Neptuno
1559-75
Mármore e bronze
Piazza della Signoria,
Florença
42. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 42
AMMANATI, Bartolomeo
Leda e o cisne
1540s
Marmore
Alt: 50 cm
Museo Nazionale del
Bargello
Florença
43. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 43
AMMANATI, Bartolomeo
Vitória
1540
Mármore
Alt: 262 cm
Museo Nazionale del Bargello
Florença
44. Maneirismo
• Giovanni di Bologna ou
Giambologna (1529-1608)
• De origem flamenga;
• Foi aprendiz na oficina do francês
Jacques Dubroecq;
• Terá colaborado com Miguel
Ângelo em muitas de suas obras;
• Trabalhou na corte dos Medici;
• Influência os escultores europeus.
44Prof. Carlos Vieira
45. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 45
GIAMBOLOGNA
Appenine
1570s
Rocha, Lava, Tijolo
Alt: 10 m
Jardim da Villa Medici
Pratolino
46. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 46
GIAMBOLOGNA
Appenine
1570s
Rocha, Lava, Tijolo
Alt: 10 m
Jardim da Villa Medici
Pratolino
47. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 47
GIAMBOLOGNA
Estátua equestre de Cosme I
1587-94
Bronze
Alt: 450 cm
Piazza della Signoria
Florença
48. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 48
GIAMBOLOGNA
Fonte de Neptuno
1563-66
Bronze e Mármore
335 cm (figura central)
Piazza Maggiore
Bolonha
introduz a água corrente como
elemento decorativo
51. Maneirismo
• O Rapto das Sabinas (1582)
– composição sinuosa que envolve
três personagens num movimento
helicoidal ascendente de grande
expressividade e dramatismo
51Prof. Carlos Vieira
52. Maneirismo
• ApoIo
– gosto pelas formas sinuosas e
contorcionadas sobre si
próprias estão bem
evidenciadas;
52Prof. Carlos Vieira
GIAMBOLOGNA
Apollo
-
Bronze
Palazzo Vecchio
Florença
53. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 53
GIAMBOLOGNA
Hércules a lutasr com o Centauro Nesso
1599
Mármore
Loggia dei Lanzi
Florença
55. Maneirismo
• Benvenuto Cellini (I501-I571)
– nasceu em Florença;
– Foi escultor e ourives;
– Trabalhou na corte dos Médicis
em Florença e a de Francisco I
em França.
55Prof. Carlos Vieira
56. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 56
CELLINI, Benvenuto
Busto de Cosme I
1546-47
Bronze
Alt 110 cm
Museo Nazionale del Bargello
Florença
57. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 57
CELLINI, Benvenuto
Danae e o seu filho Perseus
1545-53
Bronze
Alt 84 cm
Museo Nazionale del Bargello
Florença
58. Maneirismo
Prof. Carlos Vieira 58
CELLINI, Benvenuto
Ganymede
1548-50
Bronze
Alt: 60 cm
Museo Nazionale del Bargello
Florença