1. HISTÓRIA
DA
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DA
ARTE
HISTÓRIA
DA
ARTE
HISTÓRIA DA ARTE
HISTÓRIA DA ARTE
Esta obra estuda a arte na Europa Ocidental desde as origens até ao
nosso tempo. Dirige-se a alunos do ensino secundário, seguindo as opções
relacionadas com a História da Arte, a estudantes, professores, arquitectos,
artistas e a todos aqueles que desejem descobrir (ou redescobrir)
o mundo da arte.
Foi redigida por quatro professores europeus (um português, um francês,
um alemão e um polaco) e é o fruto de uma discussão dinâmica, no decurso
da qual este grupo de autores confrontou as suas perspectivas, contribuindo
assim para uma aproximação inovadora aos fenómenos artísticos.
O estudo sintético dos movimentos ou dos períodos, apoiado numa expressão
simples e precisa, facilita a identificação dos processos criativos e prepara
o leitor para a consulta de obras mais especializadas.
O texto apoia-se em cerca de 500 reproduções de obras de arte,
frequentemente muito célebres, outras vezes menos conhecidas,
mas sempre seleccionadas em função da sua qualidade e representatividade.
A organização da obra baseia-se numa progressão cronológica, abrindo cada
período por uma apresentação dos contextos histórico, social e cultural
que influenciaram o movimento artístico estudado.
ARQUITECTURA
ESCULTURA
PINTURA
ARQUITECTURA
ESCULTURA
PINTURA
MinervaCoimbra
António Filipe Pimentel
Dietrich Grünewald
Jacek Debicki
Jean-François Favre
HISTÓRIA
DA ARTE
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2. HISTÓRIA
Arquitectura
da
Escultura
ARTE
Pintura
António Filipe
Pimentel
Professor de História da Arte
na Universidade de Coimbra
(Portugal)
Dietrich
Grünewald
Professor de História da Arte
na Universidade de Coblence-Landau
(Alemanha)
Jacek
Debicki
Professor de História da Arte
na Universidade de Cracóvia
(Polónia)
Jean-François
Favre
Professor agregado de Artes Plásticas
no Lycée Bellevue de Saintes
(França)
MinervaCoimbra
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4. Apresentação
A
originalidade desta História da Arte é ter sido escrita por quatro historiadores europeus
de diferentes países: Alemanha, França, Polónia e Portugal. Tomou forma ao longo de
numerosos encontros, no decurso dos quais os seus autores trocaram pontos de vista
sobre a história da arte, desse modo permitindo uma inovadora abordagem dos fenómenos
artísticos.
Esta obra estuda a arte da Europa Ocidental, desde as suas origens até aos dias de hoje.
Dirige-se aos estudantes e a todos aqueles que sintam a necessidade de descobrir o mundo da
arte, esforçando-se por utilizar um vocabulário simples mas preciso e por trazer ordem e clareza
à abundância de nomes próprios, datas e estilos, desse modo preparando o leitor para a consulta
de obras mais especializadas. Os textos apoiam-se em numerosas reproduções de obras de arte,
por vezes muito célebres, outras vezes menos conhecidas, mas escolhidas sempre pela sua
qualidade e pela sua representatividade.
A apresentação é cronológica e a aproximação sintética. Este método permite facilitar a
compreensão e desenvolver a análise em face da diversidade dos fenómenos artísticos. Com
idêntico intuito, uma mesma organização na estrutura dos capítulos orienta a leitura com
precisão:
Assim:
– Uma reprodução em grande formato abre a introdução, que aborda as problemáticas do
capítulo em análise.
– Uma primeira rubrica, designada contexto, destaca os factos históricos, sociológicos e
culturais que, pela sua influência, permitem compreender o movimento artístico estudado.
– Uma segunda rubrica, sob a denominação características e difusão, descreve e analisa o
movimento ou o período segundo uma visão sintética, definindo e facilitando a identificação de
um estilo, mostrando a sua unidade, expondo cronológica e geograficamente a sua evolução e
desenvolvendo as relações exercidas de um país a outro.
– Enfim, a análise de uma ou várias obras significativas conclui cada capítulo, compreen-
dendo a descrição da obra e o estudo das suas inovações técnicas e contributos artísticos.
Por último e para maior facilidade de consulta, inclui-se no final da obra um glossário e um
índice de autores.
De facto, as obras de arte não devem ser vistas como objectos culturais isolados, destinados a
enriquecer os museus. Existem em relação com as sociedades que as produziram. Por isso esta
História da Arte se esforça por as relacionar com o seu contexto. Contudo, estas obras revelam-
-se demasiado complexas para que se lhes apliquem unicamente os processos rigorosos da
análise científica. O artista traduz e imita, mas também cria: daí o interesse múltiplo da sua obra.
Todavia, se é certo que a obra que apresentamos pode ajudar a compreendê-las melhor, nem por
isso se poderá certamente vangloriar de lhes revelar todas as facetas.
Os Editores
O símbolo * corresponde a uma obra reproduzida no livro.
O símbolo •
remete para uma palavra definida no glossário.
N.B. Pode-se consultar o glossário e o índice de autores que se encontram no fim do livro.
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5. 4
Sumário
Capítulo 1. A arte da Mesopotâmia e do Egipto ................................................. 12
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Templo de Horus em Edfu ...................................................... 20
●
As Três Tocadoras, Tebas, túmulo de Nakht ................................... 22
Capítulo 2. A arte grega ............................................................................ 24
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Parténon de Atenas ............................................................. 34
●
O Grande Altar de Zeus e de Atena em Pérgamo .............................. 36
Capítulo 3. A arte romana .......................................................................... 39
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Anfiteatro Flávio: o Coliseu .................................................... 48
●
O Panteão de Adriano ............................................................. 50
Quadro de síntese ..................................................................................... 52
Capítulo 4. A arte paleocristã e a arte bizantina ................................................. 56
■ ANÁLISE DE OBRA
●
Os mosaicos da igreja de São Vital: O Imperador Justiniano e a Imperatriz
Teodora ................................................................................ 64
Capítulo 5. A arte românica ......................................................................... 66
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
Inicial do Livro de Kells ............................................................ 78
●
O portal de São Pedro de Moissac ................................................ 80
Capítulo 6. A arte gótica ............................................................................. 82
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
A Deposição da Cruz, GIOTTO ..................................................... 94
●
Retábulo de Nossa Senhora de Cracóvia, Veit STOSS ........................... 96
Capítulo 7. A arte muçulmana na Europa medieval ............................................. 98
■ ANÁLISE DE OBRA
●
O Pátio dos Leões do Alhambra de Granada .................................... 106
Quadro de Síntese .................................................................................... 108
Capítulo 8. O Renascimento ........................................................................ 112
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
David, DONATELLO .................................................................. 128
●
A Flagelação de Cristo, PIERO DELLA FRANCESCA ................................ 130
●
O Tempietto, Donato BRAMANTE .................................................. 132
Capítulo 9. O Maneirismo .......................................................................... 134
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Enterro do Conde de Orgaz, EL GRECO ........................................ 144
●
A Basílica de Vicenza, Andrea PALLADIO ........................................ 146
Capítulo 10. Barroco e Classicismo ............................................................... 148
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Palácio de Versalhes ............................................................. 166
●
O êxtase de Santa Teresa, BERNINI ............................................... 168
●
Os auto-retratos de REMBRANDT ................................................... 170
●
O rapto das filhas de Leucipo, Peter Paul RUBENS .............................. 172
Capítulo 11. O Rococó ................................................................................ 174
■ ANÁLISE DE OBRA
●
A Igreja de Wies, Dominikus ZIMMERMANN ..................................... 182
Quadro de síntese ..................................................................................... 184
Introdução : O nascimento da arte.................................................................... 6
Primeira
parte:
As artes
da Antiguidade
Segunda
parte:
A arte
da
Idade Média
Terceira
parte:
A arte
do século XV
ao
século XVIII
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6. 5
Capítulo 12. O Neoclassicismo ....................................................................... 188
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
O Juramento dos Horácios, Jacques-Louis DAVID .............................. 196
●
O Panteão (Paris), Jacques-Germain SOUFFLOT ............................... 198
Capítulo 13. O Romantismo .......................................................................... 200
■ ANÁLISE DE OBRA
●
A Morte de Sardanapalo, Eugène DELACROIX .................................. 210
Capítulo 14. O Realismo e o Impressionismo ...................................................... 212
■ ANÁLISES DE OBRAS
●
A oficina do pintor, Gustave COURBET ........................................... 222
●
« Série » des Gares Saint-Lazare, Claude MONET ............................. 224
Capítulo 15. A arte em redor de 1900 ............................................................. 226
■ ANÁLISE DE OBRA
●
O Palacete Tassel (Bruxelas), Victor HORTA ................................... 232
Quadro de síntese ..................................................................................... 234
Capítulo 16. As bases do século XX: cubismo e futurismo ................................... 242
■ ANÁLISE DE OBRA
●
As Demoiselles d’Avignon, Pablo PICASSO ....................................... 248
Capítulo 17. A arte informal e a abstracção geométrica ......................................... 250
■ ANÁLISE DE OBRAS
●
Number 3, Jackson POLLOCK ...................................................... 256
●
Who’s Afraid of Red, Yellow and Blue ? IV, Barnett NEWMAN ................ 258
Capítulo 18. A arte figurativa: o olhar subjectivo .................................................. 260
■ ANÁLISE DE OBRAS
●
Pierrette e o Palhaço, Max BECKMANN ........................................... 268
●
Figura com peças de carne, Francis BACON ..................................... 270
●
Supermarket Lady, Duane HANSON .............................................. 272
Capítulo 19. Os mundos pictóricos do surreal .................................................... 274
■ ANÁLISE DE OBRA
●
Os Passeios de Euclides, René MAGRITTE ........................................ 280
Capítulo 20. A arte enquanto processo: movimento e acção ....................................... 282
■ ANÁLISE DE OBRA
●
7000 Carvalhos, Joseph BEUYS ................................................... 288
Capítulo 21. Arte e função: a arquitectura e o design .............................................. 290
■ ANÁLISE DE OBRAS
●
Cadeirão vermelho e azul, Gerrit Thomas RIETVELD .......................... 296
●
Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou, (Paris) Renzo PIANO,
Richard ROGERS ..................................................................... 298
Quadro de síntese ..................................................................................... 300
Glossário .................................................................................................. 302
Índice de autores ...................................................................................... 313
Referências das citações ................................................................................ 319
Créditos fotográficos dos documentos das páginas de abertura das partes ................ 319
Quarta
parte:
A arte
do
século XIX
Quinta
parte:
A arte
do
século XX
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11. Primeira parte
As artes
da Antiguidade
A arte da Mesopotâmia e do Egipto
A arte grega
A arte romana
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12. D
esigna-se por “Antiguidade” o período que se estende do fim da época neolítica ao
início da Idade Média. A palavra “antiguidades”, por seu turno, designaria, a par-
tir do Renascimento italiano, as produções antigas, por oposição às criações
“modernas”.
A Antiguidade corresponde, essencialmente, ao tempo histórico que decorre a par-
tir do aparecimento da escrita, por volta do IVº milénio a.C., prolongando-se até à
queda do Império Romano, em 476, com a deposição do último Imperador. Contudo e
apesar desta data simbólica, o limite entre a Antiguidade e a Idade Média permanece
fluido e verifica-se antes uma lenta evolução, marcada pela cristianização do Império
Romano e pela sua divisão em duas partes, enquanto se produzem as grandes inva-
sões germânicas.
A Antiguidade abrange, assim, uma vasta região do mundo, principalmente organi-
zada em torno do Mediterrâneo, que oferece uma via de comunicação natural. Distin-
gue-se nela a Antiguidade Pré-Clássica, englobando o Egipto, a Mesopotâmia e a Pérsia,
e a Antiguidade Clássica, correspondente às civilizações grega, etrusca e romana.
O nascimento e o desenvolvimento das cidades acarretará a criação de uma arte
monumental, que se enriquece cada vez mais com a constituição dos estados e, depois,
dos impérios. A emergência das cidades não se produz, porém, simultaneamente, em
redor da grande bacia mediterrânica, razão pela qual se sobrepõem na Europa períodos
diferentes. Mas uma poderosa corrente de civilização emana do Oriente, expandindo-se
depois para Ocidente.
Este capítulo mostrar-nos-á, ao longo de 4 000 anos de história, a evolução da arqui-
tectura, da construção colossal mesopotâmico-egípcia até à elegância da colunata grega.
Roma retomará esta herança, numa proposta organizada em torno da grandiosidade e
da desmesura. Paralelamente, a arte da representação – pintura e escultura – conhecerá
a mesma evolução. O artista inventará formas cada vez mais esbeltas e vivas, avançando
progressivamente da superfície plana para um mundo complexo a três dimensões.
Assim, pois, o estudo da Antiguidade revela, em pequena escala, o antagonismo sempre
latente entre as civilizações oriental e ocidental, num confronto que com frequência se
revelará brutal, mas cujas benéficas influências o Ocidente não deixará jamais de sofrer.
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24. 23
Vista interior do túmulo de Nakht. Lado Sul.
Exercício de desenho sobre tabuinha de madeira
estucada. XVIIIª dinastia:
– Imagem do Rei quadriculada para aumento.
– Estudos de hieróglifos
Museu Britânico, Londres. D.R.
personagem no local desejado, como o demonstra a
tabuinha conservada no Museu Britânico. Após esta
operação, pinta o fundo das cenas de um azul-acinzen-
tado claro, depois do que executa as personagens com
cores planas e sem sombras. A paleta do pintor egípcio
compreende ocres avermelhados, amarelos e casta-
nhos, o branco de cal, o negro de fumo, o verde e o
azul produzidos por restos de cobre e de cobalto. O ar-
tesão reduz a pó estas cores encontradas na natureza e
dilui-as em água e num pouco de goma arábica a fim de
possibilitar a aderência à parede. Esta técnica asseme-
lha-se à do nosso guache•
moderno.
Pelos meados da XVIIIª dinastia, os pintores reves-
tem algumas cenas dum verniz protector que, ao enve-
lhecer, produz um aspecto castanho alaranjado sobre a
carnação humana, como no grupo das três tocadoras
do túmulo de Nakht.
A expressão
A pintura dos túmulos egípcios deve evocar três
dimensões: a vida terrestre, a representação dos ritos
funerários realizados sobre o falecido e a vida do além.
Apesar destes temas convencionais, o artesão do
Império Novo revela-se a maior parte das vezes um
artista original, retomando cada um dos motivos se-
gundo o seu próprio génio. A pintura consegue, assim,
libertar-se do seu compromisso religioso e decorativo,
para se revelar como uma arte independente. Por isso
nos toca ainda hoje, pois, longe de uma espiritualidade
exacerbada, representa essencialmente e na sua pleni-
tude a vida dos homens.
A técnica
Sobre a parede rugosa do rochedo, o artista
aplica por diversas vezes espessas camadas de uma
argamassa feita de barro amalgamado com palha,
para lhe conferir consistência. Depois, a superfície
recebe um fino reboco de estuque, composto de
gesso e de pedra moída em pó. O pintor traça aí as
linhas horizontais para separar os registos, no inte-
rior dos quais estabelece um quadriculado seguin-
do um cânone tradicional. Pode assim situar cada
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