O documento discute intervenções nutricionais para pacientes hospitalizados, incluindo terapia nutricional enteral e parenteral. A terapia nutricional enteral envolve a administração controlada de nutrientes por sonda ou via oral, enquanto a parenteral fornece todos os nutrientes por via intravenosa. O documento descreve indicações, métodos de administração, cuidados e equipamentos necessários para ambos os tipos de terapia nutricional.
2. A intervenção nutricional pode ser capaz
de reduzir o tempo de permanência no
hospital, aumenta a rotatividade nos leitos,
melhora os resultados clínicos e reduz os
custos.
Terapia Nutricional
3. Ingestão controlada de nutrientes;
Na forma isolada ou combinada;
Composição definida ou estimada;
Especialmente elaborada por sonda
ou via oral;
Utilizada de forma exclusiva ou parcial;
Conforme suas necessidades nutricionais;
Visando à síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas ;
Nutrição Enteral
5. Ao receber o frasco, observar o tipo de dieta
prescrita, integridade da embalagem e aspecto;
Agitar levemente o frasco antes de administrá-lo,
para homogeneizar a dieta;
Não expor o frasco a incidência de luz solar direta
ou fonte de calor;
Checar na prescrição, o horário da infusão da
dieta;
Cuidados na instalação da dieta
6. ◦ É obrigatório o preenchimento
completo do rótulo com letra legível
(Nome do paciente, leito, nome da
dieta, volume infundido, ml/h, data,
horário, prontuário, confirmando estes
dados na prescrição médica).
7. Estimular a ingestão oral
sempre que possível, registrando com
precisão a aceitação do paciente;
Ao iniciar o desmame, quem deverá
prescrever a suspensão da sonda é o
médico do paciente;
Importante a realização do dextro, nos
pacientes que estão com sonda.
Atenção
8. O paciente deverá ser mantido em decúbito
elevado (30-45);
Trocar a fixação diariamente, preferencialmente
após o banho;
Observar e anotar rigorosamente número, e o
aspecto do vômito, caso ocorrer, comunicar o
enfermeiro;
Anotar rigorosamente, a quantidade e o aspecto
das evacuações;
Cuidados da Enfermagem
com o paciente
9. Identifica os indivíduos desnutridos e
principalmente os indivíduos com risco
potencial para a desnutrição intra-hospitalar;
Os indivíduos em risco nutricional
devem posteriormente serem
submetidos a uma a avaliação nutricional,
para classificar o estado de nutrição
e instituir uma estratégia para a
terapia nutricional;
Triagem Nutricional
10. É uma abordagem completa, realizada pelo
nutricionista, para estimar o estado nutricional do
indivíduo, detectando suas necessidades
alimentares;
Avaliação Nutricional
12. TerapiaNutricionalEnteral (TNE)
Conjunto de procedimentos
terapêuticos empregados
para manutenção ou
recuperação do estado
nutricional por meio de
nutrição enteral.” (Dan,
2000)
13. TerapiaNutricionalEnteral (TNE)
A resolução RDC 63 da ANVISA de 06/07/00, define nutrição
enteral como
“Alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de
nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição
definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para
uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada
exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a
alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas.”
(RDC n.63, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde, 06/07/2000).
14. Indicação da Terapia
Nutricional Enteral (TNE)
Risco de desnutrição, ou seja, quando a
ingestão oral for inadequada para prover
as necessidades diárias;
Trato digestório total ou parcialmente
funcionante. É preferível a nutrição enteral
nos pacientes cujo TGIestáfuncionante.
O paciente deve possuir no mínimo 60a
100cm de TGI.
15. Critérios de decisão na
seleção de dietas enterais
Variáveis avaliadas
Densidade calórica
Osmolaridade /Osmolalidade
Via de acesso e método de administração
Fonte e complexidade dos nutrientes
Categorização das dietasenterais
16. Densidade calórica
Quantidade de calorias fornecidas por mililitro (mL) de
dieta pronta.
Pacientes sem restrição hídrica:
1,0kcal/mL;
Pacientes com restrição hídrica: 1,5 a
2,0kcal/mL. O volume da dieta a ser
infundido depende de:
17. •Estado de hidratação
•Presença de hipertermia e perdas importante de
líquidos por diarréia
•Vômitos
•Fístulas com alto
débito Queimaduras
graves,etc.
23. Vias de acesso
Posicionamento gástrico ou entérico?
Principal critériode determinação: possibilidade de
aspiração pulmonar.
Posicionamento pós-pilórico da sonda: paciente de
alto risco (déficit neurológico, gastroparesia, semi-
obstrução gástrica, câncer de cabeça e pescoço) – não
elimina o riscode pneumonia aspirativa.
Posicionamento gástrico: paciente com função
gastrointestinal preservada e sem grande risco de
aspiração e refluxo gastroesofágico – forma mais fácil e
com menor custo para acesso.
24. Localização gástrica
Vantagens
Maior tolerância a fórmulas variadas;
Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas;
Progressão mais rápida para alcançar o VET;
Introdução de grandes volumes em curto
tempo (dilatação gástrica receptiva);
Fácil posicionamento da sonda.
25. Localização gástrica
Desvantagens:
Alto risco de aspiração em pacientes
com dificuldades neuromotoras de
deglutição;
A ocorrência de tosse, náuseas ou
vômito favorece a saída acidental da
sonda.
26. Localização duodenal e jejunal
Vantagens
Menor risco de aspiração;
Maior dificuldade de saída acidental da sonda;
Permite nutrição enteral quando a
alimentação gástrica é inconveniente
e inoportuna.
Desvantagens
Desalojamento acidental, podendo causar
refluxo gástrico;
Requer dietas normo ou hipo-osmolares.
27. Características da sonda
Fio-guia: facilita a instalação.
não utilizá-la para desobstruir a sonda
removê-la antes de prosseguir com a introdução da
sonda Radiopaca: facilita a visualização radiológica.
28. Métodos de administração
Em bolo: Indicação - pacientesclinicamente
estáveis, com estômago funcionante.
Características:
mais conveniente e menos dispendiosa;
utiliza-se seringa de 60mL para infundir a fórmula;
se ocorrer inchaço ou desconforto abdominal, esperar
de 10 a 15 minutos para prosseguir com o restante da
fórmula;
o paciente com função gástrica normal pode tolerar
500mL de fórmula a cada etapa de alimentação;
3 a 4 bolos/dia geralmentefornecem as
necessidades nutricionais.
29. Métodos de administração
Gotejamento Intermitente
Características:
podem ser administradas por bomba ou gravidade;
confere ao paciente mais tempo livre e
autonomia comparado ao gotejamento
contínuo:
esquema: 4 a 6 refeições/dia administradas ao longo de 20
a 60 minutos cada;
a administração da fórmula é iniciadaem
100 a 150mL/
hora e aumenta gradativamente
conformetolerância;
não deve ser usada em pacientes com alto risco de
aspiração pulmonar.
30. Métodos de administração
Gotejamento Contínuo: Indicação – pacientes
que não toleram infusões de grandes volumes;
com função GI comprometida por doenças,
cirurgias e outros impedimentos fisiológicos.
Características:
requer o uso de bomba;
a taxa de velocidade de infusão (mL/hora)
32. NUTRIÇÃO PARENTERAL
Trato GI funcionante
Sim Não
Use NPT
Use NE
Curto prazo
SNG,SNE,SNJ
Longo prazo
Gastrostomia,
jejunostomia
Curto prazo
NPP
Longo prazo
NPT
33.
34. NUTRIÇÃOPARENTERAL
Consiste na administração de todos os nutrientes
necessários para sobrevida por outras vias que não
o trato gastrintestinal.
Suprimento de todas as necessidades nutricionais e
metabólicas por via endovenosa, em pacientes que
não podem ser alimentados por via oral ou enteral
adequadamente:
36. INDICAÇÕES DA NUTRIÇÃO
PARENTERAL
Apenas quando a utilização do trato
digestivo estiver impossibilitada, limitada ou
contra-indicada. Se possível, fazer
combinação das duas vias (enteral e
parenteral).
38. INDICAÇÕES DA NUTRIÇÃO
PARENTERAL
Perdas aumentadas/má absorção
Vômito incoercível
Diarréia severa alta (>1500 ml/d)
Fístula de alto débito sem acesso distal
Síndrome de intestino curto
Má absorção severa