2. A nutrição como uma necessidade humana
básica
▫ Os nutrientes fornecidos pela ingestão adequada
de alimentos são os materiais de construção do
qual é feito o corpo.
▫ Eles são essenciais ao crescimento, regeneração
tissular e funcionamento normal das células do
organismo.
3. Fatores que afetam a ingestão de alimentos
Um Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Paralisias
Anorexia Nervosa
Lesões, ferimentos e cânceres de face e esôfago
Própria doença e processo de hospitalização
4. Dietas Básicas
• Normal, Geral ou Livre: para pacientes que não têm restrição de
nutrientes, portanto há quantidade de carboidratos, proteínas e
lipídeos;
• Branda: para pacientes com problemas mecânicos de mastigação
e deglutição, são alimentos com consistência mais macia;
• Leve: para pacientes com problemas mecânicos de mastigação,
com função gastrintestinal alterada, no preparo de exames,
cirurgias e nos períodos pré e pós-operatório, sua consistência
deve ser semilíquida, além de hiperglicídica, normoprotéica e
hipolipídica;
5. Dietas Básicas
• Líquida: pacientes com restrição na função digestiva, problemas
mecânicos de mastigação e deglutição, no preparo para exames e
no pré e pós-operatório, sua consistência é líquida, hiperglicídica,
normoprotéica e hipolipídica, sendo de baixo teor calórico e de fácil
absorção;
• Pastosa: para pacientes com dificuldade de deglutição, digestão,
que necessitem de repouso gastrintestinal e em alguns pós-
operatórios. A consistência da dieta é abrandada por processos
mecânicos, com alimentos moídos, liquidificados, em formas
de purês. A composição deve ser normoglicídica, normoprotéica e
normolipídica.
6. Conceito de Terapia Nutricional
´´A terapia nutricional é
definida como o conjunto
de procedimentos
terapêuticos
para manutenção ou
recuperação do
estado nutricional do
paciente.`` (DREYER;
BRITO, 2003).
7. Dieta Oral
É importante ter a existência de um trato
gastrointestinal íntegro, com condições
de ingestão, digestão e absorção dos
alimentos.
• Ambiente tranquilo
• Auxílio de acordo com as
incapacidades do paciente
8. FATORES QUE INFLUENCIAM NA ACEITAÇÃO
DOS ALIMENTOS
Aspecto dos alimentos;
Ambiente: limpo e ausente de odores desagradáveis;
Emoções fortes;
Notícias desagradáveis na hora das refeições;
Posição do paciente no leito;
Colocação de soro ou sangue, curativos ou outros
cuidados na hora das refeições.
9. Alterações do TGI
• Hemorragia Digestiva Alta
• Envenenamento exógeno
• Distúrbios digestivos
• Paciente inconsciente
• Úlceras pépticas
12. LEGISLAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL
- Em 1999, o Ministério da Saúde, através da
Portaria 337 e da Resolução 63 de 2000,
normatizou a Terapia Nutricional Enteral e
oficializou as atribuições de cada
profissional dentro da equipe
multiprofissional especializada.
13. LEGISLAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONA
- Resolução N° 63/2000: “(...) é responsabilidade do
enfermeiro estabelecer o acesso enteral por via
oro/nasogástrica ou transpilórica. Este
procedimento pode ter complicações graves como
inserção inadvertida na árvore traqueobrônquica e
pneumotórax”.
14. LEGISLAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL
- Segundo a Resolução COFEN Nº 277/2003, o
enfermeiro deve: “assumir o acesso ao trato
gastrointestinal (sonda com fio guia introdutor e
transpilórica) assegurando o posicionamento
adequado por avaliação radiológica.”
- Ainda segundo esta resolução, a introdução de
“sonda nasogástrica sem introdutor” (sonda de
Levine) poderá ser delegada ao técnico ou
auxiliar de enfermagem, sob orientação e
supervisão do enfermeiro.
15. Atribuições do Enfermeiro:
• Orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto
à utilização e controle da TNE.
• Preparar o paciente, o material e o local para o acesso
enteral.
• Prescrever os cuidados de enfermagem na TNE, em nível
hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
• Proceder ou assegurar a colocação da sonda
oro/nasogástrica ou transpilórica (no duodeno).
• Assegurar a manutenção da via de administração.
• Receber a NE e assegurar a sua conservação até a
completa administração
16. • Proceder à inspeção visual da NE antes de sua
administração.
• Avaliar e assegurar a administração da NE
observando as informações contidas no rótulo,
confrontando-as com a prescrição médica.
• Detectar, registrar e comunicar à EMTN e ou o
médico responsável pelo paciente, as
intercorrências de qualquer ordem técnica e ou
administrativa.
• Garantir o registro claro e preciso de informações
relacionadas à administração e à evolução do
paciente quanto ao: peso, sinais vitais, tolerância
digestiva e outros que se fizerem necessários
17. • Garantir a troca do curativo e ou fixação da
sonda enteral, com base em procedimentos
pré-estabelecidos.
• Participar e promover atividades de
treinamento operacional e de educação
continuada, garantindo a atualização de
seus colaboradores.
• Elaborar e padronizar os procedimentos de
enfermagem relacionadas à TNE.
18. • Indicações da TNE
▫ Risco de desnutrição/anorexia
▫ TGI total ou parcialmente funcional (contra-indicação
oral)
▫ Alimentação (Gavagem ou em Bomba de Infusão);
▫ Administração de Medicamentos
19. • Classificação da TNE
▫ Quanto à apresentação da dieta – aberta ou fechada
• Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer
manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou
atendendo à orientação do fabricante;
• Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada,
estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e
apropriado para conexão ao equipo de administração.
20. A validade da dieta em sistema aberto, em
temperatura ambiente, é de quatro horas, incluindo
o tempo de administração.
22. Classificação da TNE
▫ Quanto ao material
SONDA: tubo fino ( sonda gástrica ou entérica )
ou mais calibroso( sonda de gastrostomia ou
jejunostomia ) e flexível, de material, tipo
poliuretano ou silicone que permite ao alimento
chegar ao estômago ou intestino.
24. Tipos de Sondas
Classificação
Sonda Gástrica/ Levin:
- Posição gástrica: via oral (orogástrica) e nasal
(nasogástrica)
- Complicações e desconforto no uso prolongado.
25. Indicações da SNG
- Usada para lavagem;
- Descompressão gástrica;
- Preparar para cirurgias;
- Aliviar distensão abdominal através da drenagem de gases e
secreções do estômago;
- Controlar o sangramento gástrico;
- Obter amostras de secreções para exames laboratoriais.
26. Sonda Enteral / Dobbhoff:
- Posição gástrica e pós-pilórica: via oral
(oroenteral) e nasal (nasoenteral).
- Poliuretano e silicone;
- Não sofrem alteração física na presença
do pH ácido;
- Conservam flexibilidade e maleabilidade
- A passagem da sonda pelo piloro se faz
de maneira espontânea de 4 a 24 h;
- É radiopaca;
- Possui um guia metálico e flexível para
facilitar sua introdução nasal.
30. • Características da sonda
Calibre mais utilizado
8fr (French – “Dubbohoff”): dietas pouco viscosas ou
com utilização de bomba de infusão.
Material: silicone, poliuretano. São flexíveis,
diminuindo os riscos impostos por sondas rígidas.
Fio-guia: facilita a instalação
não utilizá-lo para desobstruir a sonda
risco de perfuração do TGI
• Radiopaca: facilita a visualização radiológica.
31. Indicações da SNE:
• Administrar líquidos e medicamentos;
• Proporcionar nutrição por gavagem/bomba de
infusão;
• Melhorar aporte nutricional de pacientes debilitados
através de dietas especiais.
32.
33.
34.
35. Contra-indicações do cateterismo gástrico e
entérico
- Estenose de esôfago;
- Câncer de esôfago com obstrução;
- Coagulopatia;
- Recusa do paciente;
- Paciente agitado;
- Traumatismo facial com fraturas ou TCE grave com suspeita de
fratura da base do crânio.
36. GASTROSTOMIA
- Importante para pacientes que
necessitam receber alimentos
por essa via durante muito
tempo.
- As mais modernas para
gastrostomias: são de silicone ou
de poliuretano, com paredes finas
e flexíveis, numeradas e com
duas vias que facilitam a
irrigação e a administração de
medicamentos, mesmo durante a
infusão da dieta.
37.
38. JEJUNOSTOMIA
- As sondas para jejunostomia
são de poliuretano ou silicone e
possuem um diâmetro menor
que a de gastrostomia. Podem
ser instaladas
percutaneamente, usando-se
anestesia local e devem ser
fixadas na pele para que não se
desloquem.
39. • Localização jejunal
• Vantagens
Menor risco de aspiração;
Maior dificuldade de saída acidental da sonda;
Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente e
inoportuna.
Desvantagens
Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico.
40. Terapia de Nutrição Enteral (TNE)
• Métodos de administração de NE
▫ Intermitente – “bolus”,
gravitacional ou BI
▫ Contínuo – gotejamento
gravitacional ou BI
41. Consequências e Complicações da TNE
• Diarréia
• Constipação
• Distensão abdominal
• Flatulência
• Náusea e vômito
• Desidratação ou
hiperidratação
• Desequilíbrio nutricional
• Complicações psicológicas
• Infecção
42. • Categorização das dietas enterais
Quanto a forma de preparo
Dieta artesanal ou caseira ou blender
Dieta enteral industrializada
Dieta em pó para reconstituição;
Dieta líquida semi-pronta para uso;
Dieta pronta para uso.
43. Dieta artesanal ou caseira ou blender
▫ Preparadas à base de alimentos in natura (leite,
ovos, carnes, legumes, frutas...), produtos
alimentícios (leite em pó, ovo liofilizado, óleos
vegetais, amido de milho, creme de arroz...) e/ou
módulos de nutrientes (fornecem primeiramente
um tipo de nutriente).
▫ Indicação:
- Situações que o TGI esteja com a capacidade de
digestão e de absorção normais; requer sonda de
grande calibre.
44. Dieta enteral industrializada
▫ São aquelas preparadas industrialmente;
▫ visam suprir as necessidade nutricionais dos
pacientes, de forma a manter ou melhorar o estado
nutricional dos mesmos.
45. Assistência de Enfermagem
Irrigação (mínimo):
10 mL antes da administração do medicamento;
10 mL entre os medicamentos;
20 mL após o medicamentos, término da dieta.
OBS: O volume de irrigação depende da prescrição
médica/dietética.
46. Assistência de Enfermagem
Trocar equipo e fixação a cada 24 horas;
Antes de instalar, confirmar o posicionamento da
sonda através do teste de ausculta ou aspiração do
resíduo gástrico;
Atentar para a formação de lesões ou áreas de
pressão.
47. REGISTROS DE ENFERMAGEM
• Data e horário da inserção;
• Tipo da sonda (nasogástrica ou nasoenteral);
• Características da drenagem no caso da SNG (quantidade,
coloração, consistência e odor);
• Tolerância do paciente ao procedimento;
• Registre regularmente a confirmação da posição da SNG
ou SNE;
• Mantenha um registro exato da ingesta e débito hídricos;
• Anote os horários da troca de esparadrapos e a condição
das narinas;
• Nome do profissional e COREN que realizou o
procedimento.
48. Definição: Solução
estéril que contém
todos os nutrientes
necessários ao
paciente administrada
pela via endovenosa.
Nutrição parenteral
49. TIPOS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
• Total: Oferece todos os
nutrientes essenciais e
equilibrados para suprir as
necessidades básicas
(Acesso venoso Central)
• Parcial: Como suplemento
para completar a oferta
calórica via enteral e/ou oral
( Acesso venoso Periférico)
50. Indicação:
- A Nutrição parenteral é realizada
através de indicação médica,
quando a nutrição enteral for contra-
indicada ou insuficiente.
- Deve ter via exclusiva, não
devendo ser associada a outros
medicamentos.
51. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Acesso periférico (NPP):
• Solução de glicose (5-10%) associada a aminoácidos e
eventualmente lipídios administrada diretamente a uma veia
periférica de baixo calibre (geralmente nos braços);
• Tolera pouco volume e osmolaridade devido o calibre dos
vasos utilizados (até 900 mOsm/L);
• Utilizada por períodos entre 7 a 10 dias, porque em geral
não atinge as necessidades nutricionais do paciente.
52.
53. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
Acesso Central:
• „Também conhecida como Nutrição Parenteral Total (NPT)
(acima de 900 mOsm/L);
• „Administrada por meio de uma veia de grande diâmetro
(geralmente subclávia ou jugular interna);
• „Indicada por períodos mais longos (superior a 7-10 dias)
porque oferece melhor aporte energético e protéico;
• Indicações: pacientes que não possam tolerar
ingestão oral ou enteral (íleo paralítico, trombose
intestinal)