SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Baixar para ler offline
Terapia Nutricional enteral e parenteral:
Aspectos gerais e complicações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE MEDICINA - FAMED
CURSO DE ENFERMAGEM
Profa. Msc. Gabriela Pereira Teixeira
gabrielapereira@ufu.br
Terapia Nutricional
É indicada aos pacientes incapazes de
satisfazer adequadamente suas
necessidades nutricionais e
metabólicas por via oral
Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição
enteral ou parenteral.
RDC 63/2000 ANVISA
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN)
Grupo formal e obrigatoriamente constituído de pelo menos um
profissional de cada categoria, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro e
farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de outras categorias,
habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia
Nutricional.
RDC 63/2000 ANVISA
Nutrição Enteral
RDC, 63/2000
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes,
na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada.
▪ Formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral
▪ Industrializado ou não
▪ Utilizada exclusiva ou parcialmente
▪ Regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar
substituir ou complementar
a alimentação oral
Nutrição Enteral: equipe de enfermagem
RDC, 63/2000
Responsabilidades:
▪ Recebimento e administração da NE
▪ Seleção/padronização de equipamentos e
materiais utilizados na NE e controle do paciente
▪ Capacitação da equipe (gerência)
▪ Correta higiene antes de operacionalizar a administração da NE.
▪ Reportar quaisquer condições (ambiente, equipamento ou pessoal)
que considerem prejudiciais à qualidade da NE.
▪ Garantir a disponibilidade de bombas de infusão adequadas (limpas,
desinfetadas e calibradas), registrando tais operações
Nutrição Enteral: equipe de enfermagem
▪ Preparo do paciente e da família: Orientações
▪ Participar da escolha da via de administração da NE
▪ Estabelecer o acesso enteral e encaminhar para Rx (localização)
No recebimento :
▪ observar o rótulo, a integridade da embalagem e a presença de
elementos estranhos ao produto.
NE não deve ser administrada;
Devolver, informar o nutricionista e
registrar informação
Qualquer anormalidade:
RDC, 63/2000
Nutrição Enteral: equipe de enfermagem
Outras responsabilidades:
▪ Quando necessária a conservação da NE preparada → refrigeração, em geladeira
exclusiva para medicamentos (2 a 8 °C)
▪ Administrar a NE (prazo e velocidade estabelecidos) → qualquer alteração deve
ter autorização da EMNE
▪ Observar complicações inerentes à TNE → registrar e comunicar
RDC, 63/2000
Nutrição Enteral: equipe de enfermagem
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/RDC-63_2000.pdf
É empregada quando o paciente não pode ou não deve se alimentar por
via oral ou quando a ingestão oral é insuficiente:
• Não alcança 60% das necessidades por 5 a 7 dias - enfermaria
• Não alcança 60% das necessidades por 3 dias - UTI
É necessário:
TGI total ou parcialmente funcionante
Sem expectativa de melhora da ingestão (de modo geral, previsão de
utilização por pelo menos 5 dias)
Terapia Nutrição Enteral
WAITZBERG, 2009
TGI funcionante + ingestão via oral (IVO) insuficiente
+ grau de desnutrição/ catabolismo/percentual de
perda de peso e presença de disfagia
Terapia Nutricional Enteral
Situações em que a indicação de TNE é comum:
▪ Desnutrição e ingestão oral insuficiente
▪ Pré-operatório de pacientes desnutridos
▪ Neoplasias orofaríngeas, gastrintestinais, esofágicas...
▪ Pancreatite aguda grave
▪ DII
▪ SIC
▪ Anorexia grave
▪ Caquexia cardíaca
▪ DPOC
▪ Disfagia grave
▪ Nível de consciência rebaixado
▪ Submetidos à cirurgia maxilo-facial
▪ Fístulas de baixo débito
▪ Depressão grave
▪ Insuficiência hepática
Terapia Nutricional Enteral
Terapia Nutricional Enteral
Nutrição enteral precoce: oferta de NE nas primeiras 48h de
hospitalização, geralmente após a ocorrência de evento traumático
ou infeccioso.
Quando não é possível ofertar tudo
Oferta de NE mínima (trófica) → 10 a 30 ml/h
Lesão da mucosa (isquemia
e/ou não uso do TGI)
Hipotrofia, ↓integridade e
↑ permeabilidade:
translocação bacteriana e
endotoxinas
AMPLIFICAÇÃO da
resposta inflamatória e
complicações infecciosas
Porém... Íleo paralítico, distensão
abdominal, náuseas, vômitos,
instabilidade hemodinâmica e
suspeita de isquemia dificultam o
uso da TNE precoce
Terapia Nutricional Enteral
Algumas contraindicações da TNE:
▪ Obstrução intestinal;
▪ Diarreia severa;
▪ Sangramento digestivo intenso;
▪ Vômitos que dificultam a manutenção da sonda;
▪ Fístulas de alto débito;
▪ Isquemia GI
Maioria das vezes:
relativas ou temporárias
Vias de acesso e posicionamento
Escolha depende do tempo pela qual a TNE será necessária
Até 6 semanas → sondas oro ou nasoenterais
(gástrica, duodenal ou jejunal)
Uso de sondas: > 6 semanas → complicações
infecciosas do trato aerodigestivo
Complicações agudas: (raras)
▪ Pneumotorax
▪ Perfuração esofágica e mediastinite
▪ Lesão/perfuração gástrica
▪ Lesão traqueo-brônquica
Complicações tardias (uso prolongado):
▪ Migração da sonda (esôfago)
▪ Aspiração pulmonar da dieta
▪ Lesão na mucosa do TGI ponta da sonda
▪ Infecções de vias aéreas
▪ Estenose esofágica
▪ Paralisia de cordas vocais
Vias de acesso e posicionamento
> 6 semanas → estomia gástrica ou jejunal
(gastrostomia ou jejunostomia)
Contraindicações
Relativas: Cirurgia abdominal prévia, obesidade
Absolutas: ascite e hipertensão portal
GEP → realizada sob anestesia
local à beira do leito
Vias de acesso e posicionamento
Posicionamento gástrico ou intestinal (duodeno ou jejuno)
Critérios:
Velocidade de esvaziamento gástrico, gastroparesia, uso de
medicamentos inibidores da motilidade gástrica, e risco de aspiração
pulmonar.
Relação → posição gástrica e aspiração
pulmonar? Falta evidências
Risco de aspiração?
SIM: posição pós-pilórica
Vias de acesso e posicionamento
Vias de acesso e posicionamento
Verifica-se o posicionamento
correto:
*ausculta do ar injetado (falhas)
*Aspecto e pH do aspirado (falhas)
*raio x de abdome
Vias de acesso e posicionamento
Métodos de administração
→ Em “bolus”: infusão de 100 a 300 ml de dieta com seringa durante
15 a 30min (a cada 3 a 6 horas, precedida e seguida de irrigação da
sonda com 20 a 30 ml de água potável)
→ Gravitacional: infusão de 100 a 300 ml por gotejamento (60 a 150
ml/h) (a cada 4 a 6 horas, precedida e seguida de irrigação da sonda
com 20 a 30 ml de água potável)
→ Bomba de infusão: 25 a 150 mL/hora, por 24 horas, interrompida
de 6 a 8 horas para irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de
água potável
Métodos de administração
Alimentação contínua ou cíclica
Gravitacional ou Bomba de infusão
→ Contínua: infusão por 24 h, interrompida a cada 6 a 9 horas para irrigação da sonda
→ Cíclica: geralmente noturna, por 6 a 8 horas.
Tipos de dieta
Grau de industrialização:
▪ Dietas artesanais ou não industrializadas
▪ Dietas industrializadas
▪ Pó para reconstituição;
▪ Líquida semi-pronta;
▪ Líquida pronta para uso.
Nutrição Enteral
Sistema Fechado
Sistema Aberto
RDC, 63/2000
Tipo de sistema: aberto ou fechado
Nutrição Enteral
RDC, 63/2000
▪ A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser
transferida para outro tipo de recipiente.
▪ Necessidade excepcional de transferência → somente após
aprovação formal da EMTN.
▪ A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva →
medicamentos e outras soluções quando necessário.
Tipos de dieta
Grau de complexidade (macronutrientes, em especial as PTNs):
▪ Dieta polimérica
▪ Dieta oligomérica ou semielementar
▪ Dieta monomérica ou elementar.
Quanto à indicação:
▪ Formulação padrão: Visa suprir necessidades nutricionais
▪ Formulação especializada: visa também atuar no
tratamento clínico (ex: adição de ômega 3, TCM, glutamina...)
Tipos de dieta
Densidade calórica (kcal/ml)
▪ Hipocalórica (até 0,8)
▪ Normocalórica (0,9 a 1,2)
▪ Hipercalórica (1,3 a 1,5)
Quanto à osmolalidade (MOSM/kg de água)
▪ Hipotônica (280-300)
▪ Isotônica (300-350)
▪ Levemente hipertônica (350-550)
▪ hipertônica (550-750)
▪ Acentuadamente hipertônica (>750)
Conteúdo de água
Quantidade de
componentes hidrolisados
Complicações da TNE
▪ Anormalidades gastrointestinais: náuses, vômitos, estase gástrica, refluxo,
distensão, cólicas, flatulência, diarreia e obstipação.
▪ Metabólicas: hiper ou desidratação, hiper ou hipoglicemia, anormalidade
de eletrólitos e elementos-traços.
▪ Mecânicas relacionadas com a sonda: faringite, esofagite, erosão nasal.
▪ Infecciosas: gastroenterites por contaminação microbiana no preparo e
administração da dieta.
▪ Respiratórias: aspiração
▪ Psicológicas: ansiedade, depressão, insociabilidade, monotonia alimentar.
Terapia Nutricional Parenteral
Administração de nutrientes na corrente sanguínea através
de acesso venoso central ou periférico, de forma que o
trato gastrointestinal seja totalmente excluído do processo.
Terapia Nutricional Parenteral
Cuppari, 2009
Indicações:
▪ TGI não funcionante (obstruído ou inacessível) – mais de 7 dias?
▪ Impossibilidade ou insuficiência (<60%) do uso das vias oral / enteral
▪ Digestão e absorção inadequadas (ex: SIC, Crohn)
▪ Sangramento pelo TGI;
▪ Vômitos intratáveis: pancreatite aguda, hiperêmese gravídica, quimioterapia;
▪ Diarreia grave: doença inflamatória intestinal, síndrome da má-absorção, doença do
enxerto contra o hospedeiro, síndrome do intestino curto, enterite actínica;
▪ Mucosite e esofagite: quimioterapia, doença do enxerto contra o hospedeiro;
▪ Íleo: grandes cirurgias abdominais, trauma grave, quando não se pode usar uma
jejunostomia por pelo menos 7 dias;
▪ Obstrução: neoplasias, aderências, etc.;
▪ Repouso intestinal: fístulas enteroentéricas e/ou enterocutâneas;
▪ Pré-operatório: somente em casos de desnutrição grave nos quais a cirurgia não possa ser
adiada.
Pacientes hemodinamicamente instáveis
Vias de acesso:
Central: veias subclávia e jugular interna.
Periférica: veias dos membros superiores.
Terapia Nutricional Parenteral
Nutrição Parenteral Periférica - NPP
Nutrição Parenteral Total - NPT
Volume
Composição
Concentração da solução
Tempo previsto para a terapia
Condições clínicas do paciente
TNP – vias de acesso
NP Central: veia de grande calibre
▪ >7 dias
▪ aporte energético e proteico total
▪ alta osmolaridade (> 1000 mOsm/l).
NP Periférica: veia de menor calibre
▪ Períodos curtos (7 a 10 dias)
▪ Osmolaridade < 900 mOsm /L;
▪ Geralmente → aporte calórico-protéico
menor do que as necessidades diárias de
adultos (0,5 kcal/ml);
▪ O acesso periférico → trocado a cada 72h
(flebites)
Cuppari, 2009
▣ Infusão
▣ Contínua → bomba de infusão
por 24h.
▣ Cíclica → bomba de infusão, por 12
a 14h: (permite “período pós-
prandial”
A bolsa de NP não deve permanecer em infusão por mais
de 24 horas.
Terapia Nutricional Parenteral
▣ Sistema de dois frascos (2 em 1): 1 frasco contendo glicose misturada aos
aminoácidos, às vitaminas, aos oligoelementos e aos eletrólitos e 1 frasco
contendo solução de lipídios.
▣ Sistema de um frasco (3 em 1): todos componentes em um único frasco.
TNP – Formas de apresentação das soluções
O farmacêutico é o
responsável pela a
preparação da NP.
▣ Verificar:
▣ Prazos de validade
▣ Rotulagem
▣ Armazenamento (Refrigeração de 2 a 8ºC)
Fonte : CHAN M F : Nut ritiona l Therapy. In: The W ashi ng ton M anua l of M edic ai Therap eutics, 1998,
Lippincott-Rav en.
S O LUÇÕES NORMOPROTÉICAS (kcal/gN 2 = 1 3 0/1 )
Fonte: CHAN M F: N u t ritiona l Therapy. In : The Wa sh in gton M a n ua l of M edic ai Thera peut ics, 1998,
Lipp
i
ncott- Raven.
+ micronutrientes!
Tabela 3 . 6 - SOLUÇÕES HIPERPROTÉICAS (kcal/gN = 10 0 / 1 )
2
Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em proteína s
Padrão 60 % 24% 16%
Hipoglicídica 50% 34 % 16%
Hiperlipídica 42 % 42 % 16%
Sem lipídios 84 % 0% 16%
Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em proteínas
Padrão 60% 20% 20%
Hipoglicídica 50% 30% 20%
Hiperlipidica 40% 40% 20%
Sem lipídios 80% 0% 20%
TNP – Exemplos fórmulas
SOLUÇÕE
SHIPOPRO
TÉICAS (kcal/gN2 180/1)
I
Fonte:CHANMF:NutritionalTherapy. In:TheWashington Manual of Medicai Therapeutics, 1998
Lippincott-Raven.
Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em
proteínas
Padrão 65% 23% 12%
Hipoglicídica 55% 33% 12%
Hiperlipídica 48% 40% 12%
Sem lipídios 88% 0% 12%
TNP – Exemplos fórmulas
• Precipitação
TNP – Sinais de instabilidade
• Separação de fases
• Alteração de cor
▪ Infecção (cateter) → sepse
Assepsia adequada para inserção do cateter; troca de
curativos frequente; cateter deve ser exclusivo para TNP.
▪ Hipoglicemia
(retirada abrupta, suspensão de drogas hiperglicemiantes)
▪ Hiperglicemia
(infusão excessiva de glicose, doenças que diminuem a
utilização de glicose, paciente crítica – RI, ...)
▪ Esteatose e esteatohepatite
(oferta exagerada de glicose ou lipídeo)
▪ Colestase, fibrose e cirrose hepática
(especialmente em neonatos)
▪ Atrofia da mucosa GI
(> permeabilidade e translocação bacteriana)
TNP – Algumas complicações da NPT
Controle de glicemia constante!
80 a 110 – menor
mortalidade
Associação com NE sempre
que possível!
Obrigada!!
Profa. Msc. Gabriela Pereira Teixeira
gabrielapereira@ufu.br

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula 7 - Enteral e parGGGFFFFFNKKLNNKNKNINenteral.pdf

38 manutenção de sondas e cuidados na administração
38   manutenção de sondas e cuidados na administração38   manutenção de sondas e cuidados na administração
38 manutenção de sondas e cuidados na administraçãoONCOcare
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente críticoNutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente críticoEduardo Tibali
 
Nutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxNutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxLarissaCampos96
 
nutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptxnutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptxssuser51d27c1
 
aula assistencia em nutricao ok.pptx
aula assistencia em nutricao ok.pptxaula assistencia em nutricao ok.pptx
aula assistencia em nutricao ok.pptxRosaSantos738119
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfBrunoPelosoSignorett
 
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).ppt
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).pptnutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).ppt
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).pptMarina3112
 
nutrição enteral e parenteral .ppt
nutrição enteral e parenteral .pptnutrição enteral e parenteral .ppt
nutrição enteral e parenteral .pptLucasViana550059
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite MaisaDiasSimoes
 
Nutri Parenteral.pptx
Nutri Parenteral.pptxNutri Parenteral.pptx
Nutri Parenteral.pptxRenata Nobre
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALElyda Santos
 
Apresentação final de nutrição
Apresentação final de nutriçãoApresentação final de nutrição
Apresentação final de nutriçãoElydaenf
 
alimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxalimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxMeryVictorino
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfmauromaumau
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxmauromaumau
 

Semelhante a Aula 7 - Enteral e parGGGFFFFFNKKLNNKNKNINenteral.pdf (20)

38 manutenção de sondas e cuidados na administração
38   manutenção de sondas e cuidados na administração38   manutenção de sondas e cuidados na administração
38 manutenção de sondas e cuidados na administração
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Nutrição Enteral .pdf
Nutrição Enteral .pdfNutrição Enteral .pdf
Nutrição Enteral .pdf
 
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente críticoNutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
 
Nutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxNutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptx
 
nutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptxnutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptx
 
aula assistencia em nutricao ok.pptx
aula assistencia em nutricao ok.pptxaula assistencia em nutricao ok.pptx
aula assistencia em nutricao ok.pptx
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
 
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).ppt
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).pptnutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).ppt
nutrição enteral e parenteral farmacia 2015 (2).ppt
 
nutrição enteral e parenteral .ppt
nutrição enteral e parenteral .pptnutrição enteral e parenteral .ppt
nutrição enteral e parenteral .ppt
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Nutri Parenteral.pptx
Nutri Parenteral.pptxNutri Parenteral.pptx
Nutri Parenteral.pptx
 
TERAPIA NUTRICIONAL
TERAPIA NUTRICIONALTERAPIA NUTRICIONAL
TERAPIA NUTRICIONAL
 
AULA DE TERAPIA NUTRICIONAL
AULA DE TERAPIA NUTRICIONALAULA DE TERAPIA NUTRICIONAL
AULA DE TERAPIA NUTRICIONAL
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
 
Apresentação final de nutrição
Apresentação final de nutriçãoApresentação final de nutrição
Apresentação final de nutrição
 
alimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxalimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptx
 
Patologia obstetricia 2016
Patologia obstetricia  2016Patologia obstetricia  2016
Patologia obstetricia 2016
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdf
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptx
 

Último

medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 

Último (13)

medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 

Aula 7 - Enteral e parGGGFFFFFNKKLNNKNKNINenteral.pdf

  • 1. Terapia Nutricional enteral e parenteral: Aspectos gerais e complicações UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA - FAMED CURSO DE ENFERMAGEM Profa. Msc. Gabriela Pereira Teixeira gabrielapereira@ufu.br
  • 2. Terapia Nutricional É indicada aos pacientes incapazes de satisfazer adequadamente suas necessidades nutricionais e metabólicas por via oral Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição enteral ou parenteral. RDC 63/2000 ANVISA
  • 3. Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) Grupo formal e obrigatoriamente constituído de pelo menos um profissional de cada categoria, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de outras categorias, habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional. RDC 63/2000 ANVISA
  • 4. Nutrição Enteral RDC, 63/2000 Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada. ▪ Formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral ▪ Industrializado ou não ▪ Utilizada exclusiva ou parcialmente ▪ Regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar substituir ou complementar a alimentação oral
  • 5. Nutrição Enteral: equipe de enfermagem RDC, 63/2000 Responsabilidades: ▪ Recebimento e administração da NE ▪ Seleção/padronização de equipamentos e materiais utilizados na NE e controle do paciente ▪ Capacitação da equipe (gerência) ▪ Correta higiene antes de operacionalizar a administração da NE. ▪ Reportar quaisquer condições (ambiente, equipamento ou pessoal) que considerem prejudiciais à qualidade da NE. ▪ Garantir a disponibilidade de bombas de infusão adequadas (limpas, desinfetadas e calibradas), registrando tais operações
  • 6. Nutrição Enteral: equipe de enfermagem ▪ Preparo do paciente e da família: Orientações ▪ Participar da escolha da via de administração da NE ▪ Estabelecer o acesso enteral e encaminhar para Rx (localização) No recebimento : ▪ observar o rótulo, a integridade da embalagem e a presença de elementos estranhos ao produto. NE não deve ser administrada; Devolver, informar o nutricionista e registrar informação Qualquer anormalidade: RDC, 63/2000
  • 7. Nutrição Enteral: equipe de enfermagem Outras responsabilidades: ▪ Quando necessária a conservação da NE preparada → refrigeração, em geladeira exclusiva para medicamentos (2 a 8 °C) ▪ Administrar a NE (prazo e velocidade estabelecidos) → qualquer alteração deve ter autorização da EMNE ▪ Observar complicações inerentes à TNE → registrar e comunicar RDC, 63/2000
  • 8. Nutrição Enteral: equipe de enfermagem http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/RDC-63_2000.pdf
  • 9. É empregada quando o paciente não pode ou não deve se alimentar por via oral ou quando a ingestão oral é insuficiente: • Não alcança 60% das necessidades por 5 a 7 dias - enfermaria • Não alcança 60% das necessidades por 3 dias - UTI É necessário: TGI total ou parcialmente funcionante Sem expectativa de melhora da ingestão (de modo geral, previsão de utilização por pelo menos 5 dias) Terapia Nutrição Enteral WAITZBERG, 2009 TGI funcionante + ingestão via oral (IVO) insuficiente + grau de desnutrição/ catabolismo/percentual de perda de peso e presença de disfagia
  • 11. Situações em que a indicação de TNE é comum: ▪ Desnutrição e ingestão oral insuficiente ▪ Pré-operatório de pacientes desnutridos ▪ Neoplasias orofaríngeas, gastrintestinais, esofágicas... ▪ Pancreatite aguda grave ▪ DII ▪ SIC ▪ Anorexia grave ▪ Caquexia cardíaca ▪ DPOC ▪ Disfagia grave ▪ Nível de consciência rebaixado ▪ Submetidos à cirurgia maxilo-facial ▪ Fístulas de baixo débito ▪ Depressão grave ▪ Insuficiência hepática Terapia Nutricional Enteral
  • 12. Terapia Nutricional Enteral Nutrição enteral precoce: oferta de NE nas primeiras 48h de hospitalização, geralmente após a ocorrência de evento traumático ou infeccioso. Quando não é possível ofertar tudo Oferta de NE mínima (trófica) → 10 a 30 ml/h Lesão da mucosa (isquemia e/ou não uso do TGI) Hipotrofia, ↓integridade e ↑ permeabilidade: translocação bacteriana e endotoxinas AMPLIFICAÇÃO da resposta inflamatória e complicações infecciosas Porém... Íleo paralítico, distensão abdominal, náuseas, vômitos, instabilidade hemodinâmica e suspeita de isquemia dificultam o uso da TNE precoce
  • 13. Terapia Nutricional Enteral Algumas contraindicações da TNE: ▪ Obstrução intestinal; ▪ Diarreia severa; ▪ Sangramento digestivo intenso; ▪ Vômitos que dificultam a manutenção da sonda; ▪ Fístulas de alto débito; ▪ Isquemia GI Maioria das vezes: relativas ou temporárias
  • 14. Vias de acesso e posicionamento Escolha depende do tempo pela qual a TNE será necessária Até 6 semanas → sondas oro ou nasoenterais (gástrica, duodenal ou jejunal) Uso de sondas: > 6 semanas → complicações infecciosas do trato aerodigestivo Complicações agudas: (raras) ▪ Pneumotorax ▪ Perfuração esofágica e mediastinite ▪ Lesão/perfuração gástrica ▪ Lesão traqueo-brônquica Complicações tardias (uso prolongado): ▪ Migração da sonda (esôfago) ▪ Aspiração pulmonar da dieta ▪ Lesão na mucosa do TGI ponta da sonda ▪ Infecções de vias aéreas ▪ Estenose esofágica ▪ Paralisia de cordas vocais
  • 15. Vias de acesso e posicionamento > 6 semanas → estomia gástrica ou jejunal (gastrostomia ou jejunostomia) Contraindicações Relativas: Cirurgia abdominal prévia, obesidade Absolutas: ascite e hipertensão portal GEP → realizada sob anestesia local à beira do leito
  • 16. Vias de acesso e posicionamento Posicionamento gástrico ou intestinal (duodeno ou jejuno) Critérios: Velocidade de esvaziamento gástrico, gastroparesia, uso de medicamentos inibidores da motilidade gástrica, e risco de aspiração pulmonar. Relação → posição gástrica e aspiração pulmonar? Falta evidências Risco de aspiração? SIM: posição pós-pilórica
  • 17. Vias de acesso e posicionamento
  • 18. Vias de acesso e posicionamento Verifica-se o posicionamento correto: *ausculta do ar injetado (falhas) *Aspecto e pH do aspirado (falhas) *raio x de abdome
  • 19. Vias de acesso e posicionamento
  • 20. Métodos de administração → Em “bolus”: infusão de 100 a 300 ml de dieta com seringa durante 15 a 30min (a cada 3 a 6 horas, precedida e seguida de irrigação da sonda com 20 a 30 ml de água potável) → Gravitacional: infusão de 100 a 300 ml por gotejamento (60 a 150 ml/h) (a cada 4 a 6 horas, precedida e seguida de irrigação da sonda com 20 a 30 ml de água potável) → Bomba de infusão: 25 a 150 mL/hora, por 24 horas, interrompida de 6 a 8 horas para irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável
  • 21. Métodos de administração Alimentação contínua ou cíclica Gravitacional ou Bomba de infusão → Contínua: infusão por 24 h, interrompida a cada 6 a 9 horas para irrigação da sonda → Cíclica: geralmente noturna, por 6 a 8 horas.
  • 22. Tipos de dieta Grau de industrialização: ▪ Dietas artesanais ou não industrializadas ▪ Dietas industrializadas ▪ Pó para reconstituição; ▪ Líquida semi-pronta; ▪ Líquida pronta para uso.
  • 23. Nutrição Enteral Sistema Fechado Sistema Aberto RDC, 63/2000 Tipo de sistema: aberto ou fechado
  • 24. Nutrição Enteral RDC, 63/2000 ▪ A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro tipo de recipiente. ▪ Necessidade excepcional de transferência → somente após aprovação formal da EMTN. ▪ A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva → medicamentos e outras soluções quando necessário.
  • 25. Tipos de dieta Grau de complexidade (macronutrientes, em especial as PTNs): ▪ Dieta polimérica ▪ Dieta oligomérica ou semielementar ▪ Dieta monomérica ou elementar. Quanto à indicação: ▪ Formulação padrão: Visa suprir necessidades nutricionais ▪ Formulação especializada: visa também atuar no tratamento clínico (ex: adição de ômega 3, TCM, glutamina...)
  • 26. Tipos de dieta Densidade calórica (kcal/ml) ▪ Hipocalórica (até 0,8) ▪ Normocalórica (0,9 a 1,2) ▪ Hipercalórica (1,3 a 1,5) Quanto à osmolalidade (MOSM/kg de água) ▪ Hipotônica (280-300) ▪ Isotônica (300-350) ▪ Levemente hipertônica (350-550) ▪ hipertônica (550-750) ▪ Acentuadamente hipertônica (>750) Conteúdo de água Quantidade de componentes hidrolisados
  • 27. Complicações da TNE ▪ Anormalidades gastrointestinais: náuses, vômitos, estase gástrica, refluxo, distensão, cólicas, flatulência, diarreia e obstipação. ▪ Metabólicas: hiper ou desidratação, hiper ou hipoglicemia, anormalidade de eletrólitos e elementos-traços. ▪ Mecânicas relacionadas com a sonda: faringite, esofagite, erosão nasal. ▪ Infecciosas: gastroenterites por contaminação microbiana no preparo e administração da dieta. ▪ Respiratórias: aspiração ▪ Psicológicas: ansiedade, depressão, insociabilidade, monotonia alimentar.
  • 28. Terapia Nutricional Parenteral Administração de nutrientes na corrente sanguínea através de acesso venoso central ou periférico, de forma que o trato gastrointestinal seja totalmente excluído do processo.
  • 29. Terapia Nutricional Parenteral Cuppari, 2009 Indicações: ▪ TGI não funcionante (obstruído ou inacessível) – mais de 7 dias? ▪ Impossibilidade ou insuficiência (<60%) do uso das vias oral / enteral ▪ Digestão e absorção inadequadas (ex: SIC, Crohn) ▪ Sangramento pelo TGI; ▪ Vômitos intratáveis: pancreatite aguda, hiperêmese gravídica, quimioterapia; ▪ Diarreia grave: doença inflamatória intestinal, síndrome da má-absorção, doença do enxerto contra o hospedeiro, síndrome do intestino curto, enterite actínica; ▪ Mucosite e esofagite: quimioterapia, doença do enxerto contra o hospedeiro; ▪ Íleo: grandes cirurgias abdominais, trauma grave, quando não se pode usar uma jejunostomia por pelo menos 7 dias; ▪ Obstrução: neoplasias, aderências, etc.; ▪ Repouso intestinal: fístulas enteroentéricas e/ou enterocutâneas; ▪ Pré-operatório: somente em casos de desnutrição grave nos quais a cirurgia não possa ser adiada. Pacientes hemodinamicamente instáveis
  • 30. Vias de acesso: Central: veias subclávia e jugular interna. Periférica: veias dos membros superiores. Terapia Nutricional Parenteral Nutrição Parenteral Periférica - NPP Nutrição Parenteral Total - NPT Volume Composição Concentração da solução Tempo previsto para a terapia Condições clínicas do paciente
  • 31. TNP – vias de acesso NP Central: veia de grande calibre ▪ >7 dias ▪ aporte energético e proteico total ▪ alta osmolaridade (> 1000 mOsm/l). NP Periférica: veia de menor calibre ▪ Períodos curtos (7 a 10 dias) ▪ Osmolaridade < 900 mOsm /L; ▪ Geralmente → aporte calórico-protéico menor do que as necessidades diárias de adultos (0,5 kcal/ml); ▪ O acesso periférico → trocado a cada 72h (flebites) Cuppari, 2009
  • 32. ▣ Infusão ▣ Contínua → bomba de infusão por 24h. ▣ Cíclica → bomba de infusão, por 12 a 14h: (permite “período pós- prandial” A bolsa de NP não deve permanecer em infusão por mais de 24 horas. Terapia Nutricional Parenteral
  • 33. ▣ Sistema de dois frascos (2 em 1): 1 frasco contendo glicose misturada aos aminoácidos, às vitaminas, aos oligoelementos e aos eletrólitos e 1 frasco contendo solução de lipídios. ▣ Sistema de um frasco (3 em 1): todos componentes em um único frasco. TNP – Formas de apresentação das soluções O farmacêutico é o responsável pela a preparação da NP. ▣ Verificar: ▣ Prazos de validade ▣ Rotulagem ▣ Armazenamento (Refrigeração de 2 a 8ºC)
  • 34. Fonte : CHAN M F : Nut ritiona l Therapy. In: The W ashi ng ton M anua l of M edic ai Therap eutics, 1998, Lippincott-Rav en. S O LUÇÕES NORMOPROTÉICAS (kcal/gN 2 = 1 3 0/1 ) Fonte: CHAN M F: N u t ritiona l Therapy. In : The Wa sh in gton M a n ua l of M edic ai Thera peut ics, 1998, Lipp i ncott- Raven. + micronutrientes! Tabela 3 . 6 - SOLUÇÕES HIPERPROTÉICAS (kcal/gN = 10 0 / 1 ) 2 Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em proteína s Padrão 60 % 24% 16% Hipoglicídica 50% 34 % 16% Hiperlipídica 42 % 42 % 16% Sem lipídios 84 % 0% 16% Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em proteínas Padrão 60% 20% 20% Hipoglicídica 50% 30% 20% Hiperlipidica 40% 40% 20% Sem lipídios 80% 0% 20% TNP – Exemplos fórmulas
  • 35. SOLUÇÕE SHIPOPRO TÉICAS (kcal/gN2 180/1) I Fonte:CHANMF:NutritionalTherapy. In:TheWashington Manual of Medicai Therapeutics, 1998 Lippincott-Raven. Subgrupo VCT em glicose VCT em lipídios VCT em proteínas Padrão 65% 23% 12% Hipoglicídica 55% 33% 12% Hiperlipídica 48% 40% 12% Sem lipídios 88% 0% 12% TNP – Exemplos fórmulas
  • 36. • Precipitação TNP – Sinais de instabilidade • Separação de fases • Alteração de cor
  • 37. ▪ Infecção (cateter) → sepse Assepsia adequada para inserção do cateter; troca de curativos frequente; cateter deve ser exclusivo para TNP. ▪ Hipoglicemia (retirada abrupta, suspensão de drogas hiperglicemiantes) ▪ Hiperglicemia (infusão excessiva de glicose, doenças que diminuem a utilização de glicose, paciente crítica – RI, ...) ▪ Esteatose e esteatohepatite (oferta exagerada de glicose ou lipídeo) ▪ Colestase, fibrose e cirrose hepática (especialmente em neonatos) ▪ Atrofia da mucosa GI (> permeabilidade e translocação bacteriana) TNP – Algumas complicações da NPT Controle de glicemia constante! 80 a 110 – menor mortalidade Associação com NE sempre que possível!
  • 38. Obrigada!! Profa. Msc. Gabriela Pereira Teixeira gabrielapereira@ufu.br