O documento discute a importância da higiene corporal no contexto da assistência de enfermagem. Aborda conceitos de higiene e saúde, objetivos e intervenções relacionadas à higiene corporal como banho, higiene oral e cuidados com os pés. Também apresenta princípios básicos para a realização de procedimentos de higiene respeitando o conforto e privacidade do paciente.
2. Higiene Corporal
Manter a integridade corporal, a quem
prestaremos assistência é uma tarefa ativa e
bastante complexa.
Assim a manutenção da higiene pessoal é
necessário para o conforto, segurança e bem
estar de uma pessoa.
3. Objetivos das aulas
teórico-práticas para o aluno
• Identificar a importância da higiene corporal no
contexto da assistência de enfermagem.
• Justificar os objetivos das intervenções de
enfermagem relacionadas a higiene corporal.
4. Objetivos
• Utilizar as fases do processo de enfermagem (SAE) para
prestar a assistência aos pacientes considerando a
necessidade de higiene.
• Identificar os princípios básicos para a realização dos
procedimentos.
5. Higiene corporal envolve:
• Higiene oral
• Banho
• Higiene íntima ou lavagem externa
• Lavagem dos cabelos ou “xampu”
• Higiene das mãos e do rosto
6. Importância da higiene corporal
Conceito de higiene e
saúde
prevenção de problemas
(verminoses, escabiose,
pediculose, infecções de pele)
7. Fatores que influenciam
Na prática de higiene
• Práticas sociais – cultura, hábitos familiares
• Condição sócio-econômica – limitações, adaptações.
• Conhecimento
• Preferências pessoais
• Condição física e mental
8. A hospitalização e as
necessidades de higiene
• As pessoas saudáveis ou sem limitações realizam seu
próprio auto cuidado
• Pessoas doentes ou com comprometimento físico
podem necessitar de níveis variados de assistência
9. Doença e hospitalização
necessidades de higiene
• Fatores que influenciam a capacidade da pessoa para fazer o
auto cuidado
• Limitações
Percepção da necessidade,
Diminuição da tolerância para a atividade (fadiga, redução
da força muscular)
Capacidade de equilibrar-se, ficar em pé, sentar.
Coordenação motora
Visão e Dor
11. Identificação do Problema
de enfermagem (exemplos)
• Dificuldade para realização do auto cuidado relacionada a diminuição
da mobilidade de membros superiores.
• Perda da integridade da pele relacionada a permanência do paciente
com roupa molhada devido a incontinência urinária .
• Falta de conhecimento sobre o cuidado com os pés e unhas
relacionado com a falta de exposição à informação.
• Risco para infecção relacionado a presença de ferida cirúrgica.
12. Problemas de enfermagem
(exemplo)
Falta de conhecimento sobre o cuidado com os pés e unhas
relacionado com a falta de exposição à informação.
Planejamento de metas para as intervenções de enfermagem:
O paciente compreenderá e realizará os métodos para o cuidado
corretamente.
O cliente terá as superfícies da pele e unha intactas.
13. Processo de enfermagem
Primeira fase da SAE - Coleta de dados:
Levantamento das necessidades de higiene
corporal do paciente.
Quando?
Na passagem de plantão, pela leitura do
prontuário do paciente, pela entrevista e pelo
exame físico.
14. Processo de enfermagem
• Coleta de dados: Levantamento das
necessidades de higiene corporal do paciente.
• Como?
• Pela avaliação da capacidade do paciente para
o auto cuidado: capacidade para deambular,
sentar-se ou movimentar os MMSS; intolerância
a atividade, diminuição do nível de consciência,
presença de equipamentos, sondas, drenos.
15. Sistematização da
Assistência de
enfermagem
Identificação do problema quanto a
capacidade do auto cuidado:
Paciente independente para realizar a sua
própria higiene corporal.
Pode necessitar de orientação quanto a forma
de realizá-la.
16. Identificação do problema quanto a
capacidade do auto cuidado:
Paciente semi-dependente para realizar a sua
própria higiene corporal.
Pode necessitar de auxílio na deambulação ou
uso de cadeira de banho e em alguma fase da
higiene corporal.
Sistematização da Assistência de
enfermagem
17.
18. Sistematização da Assistência de
enfermagem
Identificação do problema quanto a
capacidade do auto cuidado:
Paciente totalmente dependente de
assistência para realizar a higiene
corporal.
19.
20.
21. Planejamento do cuidado e
prescrição de enfermagem
• Estabelecimento das metas ou
objetivos do cuidado
• Identificação e preparo do material
disponível
• Preparo do ambiente
• Preparo do paciente
23. Propósitos do banho
Limpeza da pele - remove bactérias, sebo, células
mortas, minimiza a irritação cutânea e diminui a
chance de infecção.
Estimulação da circulação – promovida pelo uso
da água quente.
24. Propósitos do banho
Melhora da auto imagem – promove relaxamento e
o sentimento de estar limpo e confortável.
Redução dos odores corporais pela remoção do
suor.
Promoção da amplitude do movimento através da
movimentação ativa e passiva e manutenção da
função das articulações.
25. Massagem de conforto:
As competências da massagem podem ser
delegadas ao pessoal auxiliar.
A enfermeira deverá avaliar possível contra-
indicação à massagem nas costas.
Solicitar que relate possíveis alterações nos
sinais vitais ou no comportamento do cliente.
26. TIPOS DE BANHO:
Aspersão – banho de chuveiro
Imersão – banho na banheira
Ablução – banho na banheira ou bacia,
em que o paciente se lava jogando
pequenas porções de água sobre o
corpo.
Leito – usado para pacientes acamados.
27. Intervenções
• Higiene oral – limpeza, conforto e umidificação das
estruturas da boca e próteses quando presentes.
• Cuidados com os cabelos: lavar e pentear
• Tricotomia do pêlo facial (fazer a barba)
• Higiene corporal completa incluindo unhas
• Lavagem das mão antes e após refeições e após
eliminações.
• Higiene perineal no pós-parto e certas cirurgias,
• Higiene íntima após eliminações, antes de
cateterismo vesical, após a retirada da sonda
28. Os olhos,Ouvidos e Nariz
A limpeza dos tecidos
sensoriais sensíveis
deve ser realizada de
maneira que impeça a
lesão e o desconforto
para o cliente.
Óculos
Lentes de contato
Olho artificial
Nariz (sondas e
secreções)
Cerumen, secreções.
Aparelho auditivo
29. Higiene oral
Composição da Cavidade Oral:
limpeza, conforto e umidificação das
estruturas da boca e próteses quando
presentes.
Lábios
Bochechas
Língua e seus músculos
Palatos duro e mole.
Glândulas bucais
Dentes
30. HIGIENE
Fatores de risco para os problemas de higiene oral
Diabéticos
Clientes com restrição alimentar pela boca,
restrição hídrica, SNG, uso continuo de O2.
Radioterapia, quimioterapia.
Clientes paralisados, inconscientes, confusos, em
coma ou deprimidos.
Cirurgia oral, trauma de boca, tubos orais e
endotraqueais.
31.
32. HIGIENE
Problemas orais mais comum
Cárie dentária
Placa
Doença periodontal (piorréia)
Halitose: Presença de odor desagradável na
cavidade oral
Estomatite
Glossite: : Inflamação da língua
Gengivite: Inflamação da gengiva
Língua saburrosa, entre outras.
35. TRICOTOMIA
Conceito: Remoção de pelos de uma
determinada área.
Finalidades:
Prevenir a infecção
Permitir melhorar a cicatrização
Prepara para partos
Preparar a pele para a cirurgia
Preparar para curativos, tratamentos e
exames.
38. OS PÉS, MÃOS E UNHAS
Os pés e as mãos são importantes à saúde
física e emocional.
Qualquer lesão ou deformidade do pé pode
ser dolorosa e, por isso interfere na
capacidade normal do cliente para deambular
e sustentar o peso.
Qualquer condição que interfira no movimento
da mão pode comprometer a capacidade de
auto cuidado do cliente.
39. OS PÉS, MÃOS E UNHAS
Problemas Comuns nos Pés e Unhas:
Calosidade
Calos
Verrugas Plantares
Pé-de-atleta (Tinha do pé)
Unhas Encravadas
Unhas duras
Paroníquia
Odores do pé
40. Princípios básicos para a higiene
• Iniciar a higiene do menos contaminado para o
mais contaminado (paciente com evacuação no
leito retirar a fralda ou limpar com papel higiênico
ou pano úmido antes de começar a higiene
corporal. Trocar luvas)
• Usar hamper. Não colocar a roupa suja no chão.
• Encaminhar a roupa suja para local adequado
• Usar as precauções padrão antes, durante e após
o procedimento.
1. Manter a proteção contra a contaminação
41. 2. Conservar energia
• Organizar todo o material necessário
• Fechar portas e janelas.
• Usar água morna
• Manter o paciente coberto.
• Não demorar na realização do cuidado
para não cansar o paciente.
42. 3. Favorecer a privacidade para o
paciente
• Usar biombos nas enfermarias.
• Colocar aviso na porta e fechá-la
• Permitir, se possível que o paciente faça a
sua própria higiene íntima.
• Se necessário, solicitar ajuda de profissional
de mesmo sexo do/da paciente
43. 4. Dar conforto físico e psicológico
• Explicar, orientar, conversar com o paciente
• Coordenar a higiene com outras atividades
• Perguntar se o paciente quer
urinar/evacuar antes de iniciar o banho
• Estimular a participação do paciente
• Não deixá-lo sozinho ou desamparado
44. 5. Prevenir acidentes, danos
•Avaliar a capacidade funcional ( nível de
independência) e necessidade de mais
pessoas para o procedimento
•Prevenir quedas do leito e no banheiro.
•Prevenir lipotímias e desmaios
•Prevenir queimaduras