O documento discute fraturas de mandíbula, incluindo músculos envolvidos, classificações comuns, exames de diagnóstico, opções de tratamento e possíveis complicações. É descrito o uso de radiografia, tomografia e ressonância magnética para avaliar a fratura, assim como tratamentos como bloqueio, placas absorvíveis e cirurgia. Complicações como infecção e anquilose da articulação temporomandibular também são abordadas.
8. Músculos de Abertura
• Grupo anterior:
• Músculo Genio-Hióideo – sua função é elevar o osso
hióide, agindo como antagonista parcial do músculo
estilo-hióideo e, quando o hióide está fixo, promove o
abaixamento da mandíbula.
• Músculo Genioglosso – sua função é promover a
protrusão da língua, elevar o hióide e abaixar a
mandíbula.
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9. Músculos de Abertura
• Músculo Milo-Hióideo – sua função é elevar o assoalho
da boca no primeiro estágio de deglutição, elevar o hióide
e abaixar a mandíbula.
• Músculo Digástrico – sua função é a depressão da
mandíbula e a elevação do osso hióide.
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17. Classif. de Kazanjian e Converse
• A presença de dentes no foco de fratura pode auxiliar
na estabilização da mesma.
• Em 1949, Kazanjian e Converse propuseram uma
classificação segundo a presença ou a ausência de
dentes.
• A presença de dentes nos dois lados da fratura facilitaria
a imobilização da mesma através de bloqueio
interdental.
• Classe I – presença de dente nos dois lados da fratura
• Classe II – presença de dente em um dos lados da
fratura
• Classe III – ausência de dentes no local da fratura
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19. Classif. de Spiessl e Schroll
• Uma subclassificação é empregada nas fraturas de
côndilo, para nortear o seu tratamento.
• Adotamos aquela proposta por Spiessl e Schroll em 1972,
que considera tanto o local da fratura como o seu grau de
deslocamento e angulação do fragmento proximal, sendo
assim dividida:
• Tipo I: fratura sem angulação;
• Tipo II: fratura baixa com deslocamento;
• Tipo III: fratura alta com deslocamento;
• Tipo IV: fratura baixa com angulação;
• Tipo V: fratura alta com angulação;
• Tipo VI: Fratura intra-articular.
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23. Exame Clínico
• A presença de edema e equimose pode indicar o local
da fratura, enquanto o aumento excessivo do volume na
região pode indicar hematoma local ou infecção.
• O paciente pode também apresentar mordida cruzada
ou mordida aberta ou mesmo uma mordida de
contato precoce anterior, decorrente de uma fratura na
região condilar ou no corpo da mandíbula com desnível
entre os segmentos.
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26. Radiografia Panorâmica
• A Radiografia Panorâmica de Mandíbula é
também muito útil e de grande sensibilidade na
avaliação das fraturas, exceto nas da região sinfisária e
parasinfisária, onde a imagem perde nitidez.
• Entretanto, não são todos os serviços que possuem o
aparelho, inviabilizando seu emprego na urgência.
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28. Tomografia Computadorizada
• A Tomografia Computadorizada apresenta
sensibilidade de praticamente 100% no diagnóstico das
fraturas mandibulares, fornecendo valiosas informações
adicionais acerca do deslocamento dos segmentos,
cominuição e localização de fragmentos ósseos, além de
permitir uma adequada avaliação da articulação
têmporo-mandibular.
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31. Ressonância Eletromagnética
• A ressonância eletromagnética é um exame pouco
utilizado nas fraturas, tendo sua maior utilidade nos casos
que necessitam de avaliação mais detalhada da
articulação temporomandibular e do menisco.
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37. Bloqueio MaxiloMandibular
• Até 50 anos atrás o bloqueio era o método de escolha
para o tratamento das fraturas de mandíbulas.
• Entretanto, hoje, a maioria das fraturas são tratadas
através de abordagem direta, permitindo uma melhor
redução cirúrgica e fixação através de osteossíntese.
• O bloqueio pode ser utilizado em fraturas classe I,
estáveis e favoráveis, sendo realizado através de :
Ligadura Interdental do Tipo Ivy ou Ernst,
• Fixação com Barras de Erich,
• Uso das Próteses Dentárias.
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44. Miniplacas Absorvíveis
• Os materiais bioabsorvíveis, como Placas de Polímeros
de Ácido Poliláctico (PLA), Ácido Poliglicólico (PGA)
e Polidioxanone(PDS) podem ser usadas no tratamento
das fraturas de mandíbula.
• Entretanto, seu emprego ainda se restringe aos casos de
fraturas em crianças, quer devido a seu custo mais
elevado, quer devido à reduzida experiência no
tratamento de fraturas em pacientes adultos.
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55. Fratura em Mandíbula Atrófica
• A fratura em mandíbula atrófica sempre foi
problemática, devido:
• A pequena área de contato no traço de fratura,
• Pobre vascularização local,
• Tempo de cicatrização prolongado,
• Possibilidade de Pseudoartrose (não
calcificação) em 20% dos casos, sendo esta, mais
freqüente quanto mais severa for a atrofia.
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58. Fraturas Mandibulares em Crianças
• As crianças sofrem menos de 10% do total de fraturas de
face devido menor rigidez óssea e melhor proteção de
tecidos moles.
• Há maior predisposição a fraturas em galho verde na
região dos côndilos.
• A dentição mista determina modificações no
planejamento cirúrgico, pois os dentes decíduos não
fornecem apoio adequado, e não exclui a possibilidade de
ocorrerem seqüelas dentárias pelo mecanismo de trauma.
59. Fraturas Mandibulares em
Crianças
• Os dentes decíduos incompletos que sofrerem avulsão
podem ser reimplantados.
• A ossificação inicia-se imediatamente com poucas
complicações, podendo haver mal união em 5 a 7 dias,
exigindo tratamento precoce.
• As fraturas do colo em galho verde restabelecem-se
rapidamente com tratamento mínimo e raramente ocorre
interferência do centro de crescimento.
• Entretanto, a fratura completa do colo resultará em
comprometimento do crescimento ipsilateral e/ou
anquilose da ATM
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62. Complicações
• Infecção - A maioria das infecções pode ser evitada
mediante debridamento adequado dos tecidos
desvitalizados, retirada de corpos estranhos, hemostasia
rigorosa, fixação adequada dos focos de fratura,
cobertura das áreas ósseas expostas, uso de técnicas
adequadas de assepsia e uso terapêutico de antibióticos.
• Tais condutas tornaram a osteomielite da mandíbula um
evento raro após o tratamento cirúrgico de fraturas nesse
osso.
63. Complicações
• Se houver infecção, o início do tratamento não deve
ser postergado, pois pode levar a uma piora do
quadro: a antibioticoterapia deve ser introduzida ou
mudada, culturas devem ser colhidas e, se houver
formação de abscessos, estes devem ser drenados
imediatamente.
• Os fragmentos de ossos desvitalizados devem ser
removidos, mantendo, se possível, as placas e os
parafusos.
• Nos casos de osteomielite com a necessidade de retirada
do material de síntese, deve ser instituída a fixação
externa, ou mesmo o bloqueio maxilomandibular.
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65. COMPLICAÇÕES TARDIAS
• Anquilose da articulação temporomandibular:
• Na maioria das vezes, decorre de fratura
intracapsular envolvendo o processo condilar.
• Um trauma severo pode levar à destruição da superfície
articular ou do menisco, com conseqüente formação de
tecido cicatricial fibrótico, que leva à anquilose.
• Nesses casos, deve-se proceder à avaliação clínica e
radiológica da articulação, verificando o posicionamento
do processo condilar, bem como seu aspecto, ou seqüestro
do mesmo. Durante a abordagem cirúrgica devemos
reavaliar o local, debridar os tecidos desvitalizados e, se
necessário, realizar a condilectomia com reconstrução da
região condilar.