SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Casos Ambulatoriais Interessantes
(C.A.I)
Apresentação:Yanna Darlly Mendes Sarmento
(Residente de Pediatria)
Coordenação: Prof. Leonardo M. F. de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
INTERNATO EM PEDIATRIA I
Relato de caso
• ID: LCM, 10 anos, masculino, estudante, natural e procedente de
zona urbana de Natal-RN. História fornecida pela mãe.
• QP: Manchas nas pernas (sic) há 05 dias.
• HDA: Genitora informa que há 05 dias notou o surgimento de
máculas eritematosas bilaterais em MMII. Relata que as primeiras
lesões iniciaram em região distal com progressão para nádegas e
hipogástrio. Observou mudança na tonalidade e aumento no
diâmetro das lesões com o passar dos dias. Refere discreto edema e
dor mal definida em membros associado ao quadro atual. Nega
prurido, febre, dor abdominal e sangramentos; além de IVAS e uso
de medicações prévias ao início dos sintomas. No segundo dia de
doença procurou assistência médica, sendo prescrito Cefalexina
(2g/dia) e Prednisona (20mg/dia) os quais fazia uso até o momento,
sem melhora das lesões.
Relato de caso
• APF: Nascido de parto vaginal, a termo, chorou ao nascer (sic).
Peso: 3.275kg, Comprimento: 48cm. Nega intercorrêcias no
período neonatal. Leite materno exclusivo até 6 meses.
Vacinas básicas atualizadas. Desenvolvimento
neuropsicomotor normal.
• APP: Litíase renal à esquerda aos 5 anos de idade. Nega
internações e alergias.
• AF: Mãe nefrectomizada não sabe precisar causa. Pai com
diabetes melitus e nefrolitíase. Avós maternos e paternos com
HAS.
Relato de caso
• Condições de vida: Reside em casa de alvenaria com
adequadas condições hidrelétricas e sanitárias. Não pratica
atividades físicas regulares. Alimentação atual hipercalórica,
hiperlipída e hipossódica. Sono preservado. Funções
elimintórias sem alterações.
• ISDA:
• Crânio e face: NDN.
• Aparelho Respiratório: NDN
• Aparelho Cardiovascular: NDN
• Aparelho Gastrointestinal: NDN
• Aparelho Geniturinário: NDN
• Aparelho Osteoarticular: Dor mal definida em membros
Relato de caso
• Exame físico:
BEG, ativo e reativo, eupneico, corado, anictérico, acianótico,
hidratado, obeso, afebril ao toque. P: 47.700kg, Est: 1,33 cm, IMC:
26,9.
AR: MV simétrico sem ruídos adventícios. Expansibilidade
preservada bilateralmente. FR: 22irpm.
ACV: RCR em 2 tempos, BNF, sem sopros. FC: 82 bpm. PA: 110 X
70mmHg.(↑P90)
ABD: plano, RHA +, normotenso, indolor à palpação, sem
visceromegalias ou massas palpáveis.
EXT: bem perfundidas, edema (+/4+) simétrico em região
perimaleolar sem sinais flogísticos. Articulações sem alterações.
Pele: Presença de lesões purpúricas palpáveis e simétricas em
hipogástrio, região glútea e membros inferiores. Além de petéquias
discretas em região extensora dos antebraços.
Orofaringe: Sem alterações.
Otoscopia: Não realizada.
SNC: Sem alterações.
Relato de Caso
Relato de Caso
Relato de Caso
Relato de Caso
Relato de Caso
Relato de Caso
Relato de caso
• Exames complementares:
• Hemograma: Ht: 37%; Hb: 12, VCM:73; HCM; 23, CHCM: 32;
Léucócitos totais: 4.800( S: 23%; L:67%; E: 3%; M: 7%);
Plaquetas: 380.000.
• EAS: Densidade:1030, pH: 6,0, Proteínas: ausentes,
Leucócitos: 2 p/c , Hem: 12 p/c.
• Bioquímica: Ur: 32; Cr: 0,55, Gl:76, CT: 192, HDL:37,LDL:141,
TG:66, TGO:25, TGP:22, FA: 465, PT: 6,8(ALB:4,3), C3:125,
PCR:NR.
Relato de Caso
• Conduta:
• Suspenso Cefalexina e Prednisona
• Sintomáticos
• Dieta hipossódica
• Encaminhamento para seguimento na Nefrologia Pediátrica
Evolução: (Reavaliação em 72horas)
.Lesões em fase de regressão, sem outros sintomas associados.
. Nega hematúria macroscópica.
. Aguarda proteinúria em urina de 24h.
Relato de Caso Evolução:
Relato de Caso Evolução:
Relato de Caso
• Hipótese Diagnóstica:
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
Introdução
• Causa mais comum de púrpura não-trombocitopênica na infância;
• Vasculite que acomete vasos de pequeno calibre;
• Tétrade clínica : púrpura palpável, artrite, comprometimento
gastrointestinal e renal;
• O comprometimento renal é o principal determinante prognóstico;
• Importância do segmento clínico e diagnóstico precoce.
Histórico
• 1801: William Heberden descreveu pela primeira vez um paciente com
Púrpura de Henoch-Schönlein;
• 1837: Schönlein reconheceu a associação entre púrpura e sintomas
articulares;
• 1874: Henoch relatou os sintomas abdominais
• 1899: Henoch relatou o envolvimento renal.
Epidemiologia
• Freqüente na faixa etária pediátrica;
• Prevalente em crianças principalmente no sexo masculino;
• Pico de incidência entre dois e onze anos
• (75% ocorre antes de 8 anos)
• Adultos e menores de dois anos;
• Incidência anual : 13,5 a 18 casos/100.000 crianças;
Epidemiologia
• Recorrência em aproximadamente 20 a 30% dos pacientes
o manifestações cutâneas e abdominais
o período de até dois anos após o primeiro surto
• Doença renal importante
o 1,5% das crianças com PHS
o 7,5 a 10% daquelas com alterações renais persistentes
• Morbi-mortalidade relacionada à insuficiência renal crônica.
Etiologia
 Permanece desconhecida
 Indivíduo geneticamente predisposto + fatores ambientais
 Mais de 50% dos casos apresentarem infecção prévia  IVAS
 50% dos pacientes apresentava ASLO+
 Drogas (Penicilinas, Eritromicina, Quinidina)
 Vacinas
Fisiopatologia
 Vasculite leucocitoclástica IgA-mediada
infiltração transmural e ruptura da estrutura por neutrófilos com
necrose fibrinóide
 Depósitos granulares de IgA e C3 nos vasos acometidos à
imunofluorescência direta;
 Extravasamento de sangue pelo dano vascular  púrpura palpável;
 Nível renal  mesângio-glomerulonefrite proliferativa com formação
variável de crescentes.
Quadro Clínico
• American College of Rheumatology em 1990 publicou critérios diagnósticos
CRITÉRIOS DEFINIÇÕES
Púrpura palpável Púrpuras elevadas, não relacionadas à
redução das plaquetas
(plaquetopenia)
Idade de início inferior a 20 anos Idade de início dos sintomas antes
dos 20 anos
Dor abdominal Dor abdominal, geralmente difusa
que piora às refeições ou presença de
sangramento nas fezes
Alterações na biópsia de pele O exame histológico evidencia
granulócitos em paredes de arteríolas
ou vênulas
Quadro Clínico
• Púrpura palpável
o 100% casos
o Localização simétrica MMII e nádegas
o Geralmente associado a edema subcutâneo
o Duração 3 – 8 semanas (média 1 mês)
o Recorrência
Quadro Clínico
 Artrite/artralgia
o 50 a 74% casos
o Grandes articulações, oligoarticular, não-migratória
o Componente doloroso importante
o Não deixa seqüelas
o Primeira manifestação da PHS em 25% casos
Quadro Clínico Clássico
• Comprometimento Gastrointestinal
• Ocorrem em 50-80% dos casos
• Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia com muco e sangue,
• Hemorragia digestiva significativa (5%), principalmente hematêmese;
• Sangue oculto nas fezes podem ocorrem em 50%
• Complicações: Intussuscepção e obstrução e perfuração intestinal
• Pode simular abdome agudo
• Ecografia abdominal : método de eleição
Quadro Clínico
 Comprometimento renal
o 10 a 50% dos casos
o Hematúria, com ou sem proteinúria
o Síndrome nefrítica/nefrótica
o Insuficiência renal
 Hematúria microscópica transitória (25%) e proteinúria transitória (35%)
mais frequentes duração inferior a 4 semanas;
Quadro Clínico
 Comprometimento renal
o Fatores de risco iniciais : dor abdominal intensa, púrpura persistente, idade
> 7 anos
o Nefrite nas primeiras 3 semanas da doença (obs: em até 6 meses)
o Raramente as alterações renais precedem o aparecimento da púrpura
o Doença renal crônica : glomerulonefrite, hipertensão arterial e redução da
função renal
Outras manifestações
• SNC: cefaléia, convulsões, paresia, coma;
• Nódulos subcutâneos; bolhas, vesículas hemorrágicas
• Envolvimento cardíaco;
• Envolvimento ocular;
• Mononeuropatia;
• Hemorragia pulmonar.
• Orquite /Orquiepididimite
• Pulmonar : hemorragia pulmonar, infiltrado pulmonar transitório;
Diagnóstico
 Clínico
 Critérios de Classificação de PHS – American
College Rheumatology 1990: 2 ou mais
 Púrpura palpável que não desaparece a digitopressão
 Início antes dos 20 anos;
 Dor abdominal ;
 Biópsia e pele com vasculite leucocitoclástica( adulto)
 Definitivo : Em casos mais graves ou com
dúvida diagnóstica
 Biópsia de pele: angeíte leucocitoclástica
 Biópsia renal: depósito mesangial de IgA
Laboratório
 Alterações laboratoriais  indicativas de vasculite, sangramento ou
comprometimento renal;
 Leucócitos normais ou aumentado
 Série vermelha normal ou anemia
 Plaquetas normais ou aumentado
 EAS: albuminúria, hematúria, leucocitúria e cilindrúria
 ASLO
 Elevação de IgA sérica
 Complemento sérico está normal
 ANA, ANCA e FR são geralmente negativos
 VHS pode estar elevado
Diagnóstico Diferencial
 LES;
 Doenças infecciosas : meningococcemia, gonococcemia, enterocolite por
Yersinia, sepse;
 CIVD, SHU, PTI;
 Farmacodermia, reações de hipersensibilidade;
 Nefropatia por IgA (Doença de Berger);
 Vasculite de hipersensibilidade (VH).
Tratamento
• Cuidados de suporte;
• Analgésicos e antiinflamatórios não-hormonais;
• Corticoesteróides;
• Plasmaférese (doença renal rapidamente progressiva),
manifestações graves.
Tratamento
• Indicações dos corticoesteróides : Prednisona 1-2mg/Kg/dia por 2
semanas,
o Artralgia importante
o Dor abdominal/hemorragia gastrointestinal
o Dor escrotal
o Comprometimento renal grave
o Manifestações atípicas
Tratamento
• Corticoterapia
o Não evita o envolvimento renal
o Não altera a probabilidade de recorrência da PHS
o Impressão de eficácia com seu uso precoce (sintomas gastrointestinais)
o Prevenção das complicações gastrointestinais?
* papel da terapia precoce
Seguimento
 Recomendação da Unidade de Reumatologia Pediátrica do ICr-
FMUSP
crianças sem alterações renais
forma leve e transitória
crianças c/ graus mais
importantes de envolvimento
renal
Por toda
a vida
2
anos
complicações tardias
(gravidez)
Prognóstico
 Excelente prognóstico; autolimita e benigna
 Na maioria dos casos: repouso, dieta leve e analgésicos
 Comprometimento renal : principal determinante prognóstico;
 Alterações urinárias leves/ transitórias : bom prognóstico;
 Síndrome nefrítica ou nefrótica : risco aumentado doença renal crônica .
• Mortalidade fase aguda : infarto intestinal, envolvimento SNC e
doença renal;
• Adultos : prognóstico mais reservado;
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Ascite
Ascite Ascite
Ascite
 
Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudo
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Cuidados farmacêuticos no diabetes
Cuidados farmacêuticos no diabetesCuidados farmacêuticos no diabetes
Cuidados farmacêuticos no diabetes
 
Hepatite alcoolica
Hepatite alcoolicaHepatite alcoolica
Hepatite alcoolica
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Desequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticosDesequilibrios hidroeletroliticos
Desequilibrios hidroeletroliticos
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
 
Protocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVCProtocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVC
 
Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020
 
CIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICA
 
Doença óssea Metabólica
Doença óssea MetabólicaDoença óssea Metabólica
Doença óssea Metabólica
 
Diarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na InfânciaDiarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na Infância
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
DoençA Hipertensiva EspecíFica Da Gravidez
DoençA Hipertensiva EspecíFica Da GravidezDoençA Hipertensiva EspecíFica Da Gravidez
DoençA Hipertensiva EspecíFica Da Gravidez
 
Rabdomiolise hcm 2015
Rabdomiolise hcm 2015Rabdomiolise hcm 2015
Rabdomiolise hcm 2015
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínico
 

Destaque

Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOpauloalambert
 
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica DiscenteInternato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discenteblogped1
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciablogped1
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vidablogped1
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016blogped1
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...blogped1
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostoseblogped1
 
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral Socundianeste
 
6. cuidadoes y manejo perioperatorio
6. cuidadoes y manejo perioperatorio6. cuidadoes y manejo perioperatorio
6. cuidadoes y manejo perioperatorioMocte Salaiza
 
Perioperatorio do paciente de alto risco
Perioperatorio do paciente de alto riscoPerioperatorio do paciente de alto risco
Perioperatorio do paciente de alto riscoLeandro Carvalho
 
Hipertension arterial pediatria
Hipertension arterial pediatria Hipertension arterial pediatria
Hipertension arterial pediatria Medicina Unerg
 
Dolor Lumbar en la infancia
Dolor Lumbar en la infanciaDolor Lumbar en la infancia
Dolor Lumbar en la infanciaSAMFYRE
 
Modelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaModelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaIranildo Ribeiro
 
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIA
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIACETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIA
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIAIsabel Pinedo
 
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.Socundianeste
 

Destaque (20)

Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica DiscenteInternato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
Internato em Pediatria I - 2015 - Sob a ótica Discente
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostose
 
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral
Caso clinico - Medicion de la Autoregulacion cerebral
 
Anestesia en pediatría
Anestesia en pediatríaAnestesia en pediatría
Anestesia en pediatría
 
6. cuidadoes y manejo perioperatorio
6. cuidadoes y manejo perioperatorio6. cuidadoes y manejo perioperatorio
6. cuidadoes y manejo perioperatorio
 
Epifisiolisis
EpifisiolisisEpifisiolisis
Epifisiolisis
 
Perioperatorio do paciente de alto risco
Perioperatorio do paciente de alto riscoPerioperatorio do paciente de alto risco
Perioperatorio do paciente de alto risco
 
Hipertension arterial pediatria
Hipertension arterial pediatria Hipertension arterial pediatria
Hipertension arterial pediatria
 
Epifisiólisis de la cabeza femoral
Epifisiólisis de la cabeza femoralEpifisiólisis de la cabeza femoral
Epifisiólisis de la cabeza femoral
 
Dolor Lumbar en la infancia
Dolor Lumbar en la infanciaDolor Lumbar en la infancia
Dolor Lumbar en la infancia
 
Modelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaModelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de Hiperdia
 
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIA
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIACETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIA
CETOACIDOSIS DIABETICA EN PEDIATRIA
 
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.
Caso clínico Junio - Escoliosis - Comité de NeuroAnestesia SCA.
 

Semelhante a PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN

Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008
Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008
Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008Euripedes Barbosa
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IImarioaugusto
 
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptx
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptxSESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptx
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptxAndrMarinho41
 
Caso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoCaso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoProfessor Robson
 
Hematúria na infância
Hematúria na infânciaHematúria na infância
Hematúria na infânciaLaped Ufrn
 
APENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfAPENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfSamuel Dianin
 
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva AltaUm caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva AltaBruno Castro
 
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdfColecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdfInternosFaial
 
Apresentação mi definitivo
Apresentação mi   definitivoApresentação mi   definitivo
Apresentação mi definitivoTúlio Teixeira
 
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfPancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfEmanuelJulioMiguel
 
tcc-e-learn
tcc-e-learntcc-e-learn
tcc-e-learnmaurohs
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completoPedro Moura
 
Apresentação de Caso Clínico Professor Robson
Apresentação de Caso Clínico Professor RobsonApresentação de Caso Clínico Professor Robson
Apresentação de Caso Clínico Professor RobsonProfessor Robson
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesLiliana Mendes
 

Semelhante a PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN (20)

Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008
Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008
Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008
 
Ppt0000037
Ppt0000037Ppt0000037
Ppt0000037
 
Sarcoma de Ewing CONLIGAS MEDICINA UNICID
Sarcoma de Ewing CONLIGAS MEDICINA UNICIDSarcoma de Ewing CONLIGAS MEDICINA UNICID
Sarcoma de Ewing CONLIGAS MEDICINA UNICID
 
Abdome agudo no idoso
Abdome agudo no idosoAbdome agudo no idoso
Abdome agudo no idoso
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptx
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptxSESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptx
SESSÃOCLÍNICAANDRÉ.pptx
 
Caso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoCaso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudo
 
Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
 Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)  Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
 
Hematúria na infância
Hematúria na infânciaHematúria na infância
Hematúria na infância
 
APENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdfAPENDICITE AGUDA.pdf
APENDICITE AGUDA.pdf
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva AltaUm caso de Hemorragia Digestiva Alta
Um caso de Hemorragia Digestiva Alta
 
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdfColecistite aguda_complicaoes.pdf
Colecistite aguda_complicaoes.pdf
 
Apresentação mi definitivo
Apresentação mi   definitivoApresentação mi   definitivo
Apresentação mi definitivo
 
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfPancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
 
tcc-e-learn
tcc-e-learntcc-e-learn
tcc-e-learn
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completo
 
Apresentação de Caso Clínico Professor Robson
Apresentação de Caso Clínico Professor RobsonApresentação de Caso Clínico Professor Robson
Apresentação de Caso Clínico Professor Robson
 
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana MendesESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
ESCS HEPATITES VIRAIS AGUDAS E CRONICAS Liliana Mendes
 

Mais de blogped1

Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativablogped1
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infânciablogped1
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesblogped1
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Agudablogped1
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Mediablogped1
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facialblogped1
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016blogped1
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomablogped1
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.blogped1
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal blogped1
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...blogped1
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal blogped1
 
Management of Kawasaki disease
Management of  Kawasaki diseaseManagement of  Kawasaki disease
Management of Kawasaki diseaseblogped1
 
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...blogped1
 
Puberdade Precoce
Puberdade PrecocePuberdade Precoce
Puberdade Precoceblogped1
 
"Rx" do Internato em Pediatria I
"Rx" do Internato em Pediatria I"Rx" do Internato em Pediatria I
"Rx" do Internato em Pediatria Iblogped1
 
Cuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançaCuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançablogped1
 
Choro em crianças: orientações aos pais
Choro em crianças: orientações aos paisChoro em crianças: orientações aos pais
Choro em crianças: orientações aos paisblogped1
 
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anos
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anosPrevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anos
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anosblogped1
 

Mais de blogped1 (20)

Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Management of Kawasaki disease
Management of  Kawasaki diseaseManagement of  Kawasaki disease
Management of Kawasaki disease
 
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...
What’s Hot in Pediatric Dermatology – Summer Academy Meeting –American Academ...
 
Puberdade Precoce
Puberdade PrecocePuberdade Precoce
Puberdade Precoce
 
"Rx" do Internato em Pediatria I
"Rx" do Internato em Pediatria I"Rx" do Internato em Pediatria I
"Rx" do Internato em Pediatria I
 
Cuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançaCuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criança
 
Choro em crianças: orientações aos pais
Choro em crianças: orientações aos paisChoro em crianças: orientações aos pais
Choro em crianças: orientações aos pais
 
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anos
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anosPrevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anos
Prevenção de acidentes na infância - Crianças a partir dos 5 anos
 

Último

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 

Último (10)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 

PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN

  • 1. Casos Ambulatoriais Interessantes (C.A.I) Apresentação:Yanna Darlly Mendes Sarmento (Residente de Pediatria) Coordenação: Prof. Leonardo M. F. de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA INTERNATO EM PEDIATRIA I
  • 2. Relato de caso • ID: LCM, 10 anos, masculino, estudante, natural e procedente de zona urbana de Natal-RN. História fornecida pela mãe. • QP: Manchas nas pernas (sic) há 05 dias. • HDA: Genitora informa que há 05 dias notou o surgimento de máculas eritematosas bilaterais em MMII. Relata que as primeiras lesões iniciaram em região distal com progressão para nádegas e hipogástrio. Observou mudança na tonalidade e aumento no diâmetro das lesões com o passar dos dias. Refere discreto edema e dor mal definida em membros associado ao quadro atual. Nega prurido, febre, dor abdominal e sangramentos; além de IVAS e uso de medicações prévias ao início dos sintomas. No segundo dia de doença procurou assistência médica, sendo prescrito Cefalexina (2g/dia) e Prednisona (20mg/dia) os quais fazia uso até o momento, sem melhora das lesões.
  • 3. Relato de caso • APF: Nascido de parto vaginal, a termo, chorou ao nascer (sic). Peso: 3.275kg, Comprimento: 48cm. Nega intercorrêcias no período neonatal. Leite materno exclusivo até 6 meses. Vacinas básicas atualizadas. Desenvolvimento neuropsicomotor normal. • APP: Litíase renal à esquerda aos 5 anos de idade. Nega internações e alergias. • AF: Mãe nefrectomizada não sabe precisar causa. Pai com diabetes melitus e nefrolitíase. Avós maternos e paternos com HAS.
  • 4. Relato de caso • Condições de vida: Reside em casa de alvenaria com adequadas condições hidrelétricas e sanitárias. Não pratica atividades físicas regulares. Alimentação atual hipercalórica, hiperlipída e hipossódica. Sono preservado. Funções elimintórias sem alterações. • ISDA: • Crânio e face: NDN. • Aparelho Respiratório: NDN • Aparelho Cardiovascular: NDN • Aparelho Gastrointestinal: NDN • Aparelho Geniturinário: NDN • Aparelho Osteoarticular: Dor mal definida em membros
  • 5. Relato de caso • Exame físico: BEG, ativo e reativo, eupneico, corado, anictérico, acianótico, hidratado, obeso, afebril ao toque. P: 47.700kg, Est: 1,33 cm, IMC: 26,9. AR: MV simétrico sem ruídos adventícios. Expansibilidade preservada bilateralmente. FR: 22irpm. ACV: RCR em 2 tempos, BNF, sem sopros. FC: 82 bpm. PA: 110 X 70mmHg.(↑P90) ABD: plano, RHA +, normotenso, indolor à palpação, sem visceromegalias ou massas palpáveis. EXT: bem perfundidas, edema (+/4+) simétrico em região perimaleolar sem sinais flogísticos. Articulações sem alterações. Pele: Presença de lesões purpúricas palpáveis e simétricas em hipogástrio, região glútea e membros inferiores. Além de petéquias discretas em região extensora dos antebraços. Orofaringe: Sem alterações. Otoscopia: Não realizada. SNC: Sem alterações.
  • 12. Relato de caso • Exames complementares: • Hemograma: Ht: 37%; Hb: 12, VCM:73; HCM; 23, CHCM: 32; Léucócitos totais: 4.800( S: 23%; L:67%; E: 3%; M: 7%); Plaquetas: 380.000. • EAS: Densidade:1030, pH: 6,0, Proteínas: ausentes, Leucócitos: 2 p/c , Hem: 12 p/c. • Bioquímica: Ur: 32; Cr: 0,55, Gl:76, CT: 192, HDL:37,LDL:141, TG:66, TGO:25, TGP:22, FA: 465, PT: 6,8(ALB:4,3), C3:125, PCR:NR.
  • 13. Relato de Caso • Conduta: • Suspenso Cefalexina e Prednisona • Sintomáticos • Dieta hipossódica • Encaminhamento para seguimento na Nefrologia Pediátrica Evolução: (Reavaliação em 72horas) .Lesões em fase de regressão, sem outros sintomas associados. . Nega hematúria macroscópica. . Aguarda proteinúria em urina de 24h.
  • 14. Relato de Caso Evolução:
  • 15. Relato de Caso Evolução:
  • 16. Relato de Caso • Hipótese Diagnóstica: PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
  • 17. Introdução • Causa mais comum de púrpura não-trombocitopênica na infância; • Vasculite que acomete vasos de pequeno calibre; • Tétrade clínica : púrpura palpável, artrite, comprometimento gastrointestinal e renal; • O comprometimento renal é o principal determinante prognóstico; • Importância do segmento clínico e diagnóstico precoce.
  • 18. Histórico • 1801: William Heberden descreveu pela primeira vez um paciente com Púrpura de Henoch-Schönlein; • 1837: Schönlein reconheceu a associação entre púrpura e sintomas articulares; • 1874: Henoch relatou os sintomas abdominais • 1899: Henoch relatou o envolvimento renal.
  • 19. Epidemiologia • Freqüente na faixa etária pediátrica; • Prevalente em crianças principalmente no sexo masculino; • Pico de incidência entre dois e onze anos • (75% ocorre antes de 8 anos) • Adultos e menores de dois anos; • Incidência anual : 13,5 a 18 casos/100.000 crianças;
  • 20. Epidemiologia • Recorrência em aproximadamente 20 a 30% dos pacientes o manifestações cutâneas e abdominais o período de até dois anos após o primeiro surto • Doença renal importante o 1,5% das crianças com PHS o 7,5 a 10% daquelas com alterações renais persistentes • Morbi-mortalidade relacionada à insuficiência renal crônica.
  • 21. Etiologia  Permanece desconhecida  Indivíduo geneticamente predisposto + fatores ambientais  Mais de 50% dos casos apresentarem infecção prévia  IVAS  50% dos pacientes apresentava ASLO+  Drogas (Penicilinas, Eritromicina, Quinidina)  Vacinas
  • 22. Fisiopatologia  Vasculite leucocitoclástica IgA-mediada infiltração transmural e ruptura da estrutura por neutrófilos com necrose fibrinóide  Depósitos granulares de IgA e C3 nos vasos acometidos à imunofluorescência direta;  Extravasamento de sangue pelo dano vascular  púrpura palpável;  Nível renal  mesângio-glomerulonefrite proliferativa com formação variável de crescentes.
  • 23. Quadro Clínico • American College of Rheumatology em 1990 publicou critérios diagnósticos CRITÉRIOS DEFINIÇÕES Púrpura palpável Púrpuras elevadas, não relacionadas à redução das plaquetas (plaquetopenia) Idade de início inferior a 20 anos Idade de início dos sintomas antes dos 20 anos Dor abdominal Dor abdominal, geralmente difusa que piora às refeições ou presença de sangramento nas fezes Alterações na biópsia de pele O exame histológico evidencia granulócitos em paredes de arteríolas ou vênulas
  • 24. Quadro Clínico • Púrpura palpável o 100% casos o Localização simétrica MMII e nádegas o Geralmente associado a edema subcutâneo o Duração 3 – 8 semanas (média 1 mês) o Recorrência
  • 25. Quadro Clínico  Artrite/artralgia o 50 a 74% casos o Grandes articulações, oligoarticular, não-migratória o Componente doloroso importante o Não deixa seqüelas o Primeira manifestação da PHS em 25% casos
  • 26. Quadro Clínico Clássico • Comprometimento Gastrointestinal • Ocorrem em 50-80% dos casos • Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia com muco e sangue, • Hemorragia digestiva significativa (5%), principalmente hematêmese; • Sangue oculto nas fezes podem ocorrem em 50% • Complicações: Intussuscepção e obstrução e perfuração intestinal • Pode simular abdome agudo • Ecografia abdominal : método de eleição
  • 27. Quadro Clínico  Comprometimento renal o 10 a 50% dos casos o Hematúria, com ou sem proteinúria o Síndrome nefrítica/nefrótica o Insuficiência renal  Hematúria microscópica transitória (25%) e proteinúria transitória (35%) mais frequentes duração inferior a 4 semanas;
  • 28. Quadro Clínico  Comprometimento renal o Fatores de risco iniciais : dor abdominal intensa, púrpura persistente, idade > 7 anos o Nefrite nas primeiras 3 semanas da doença (obs: em até 6 meses) o Raramente as alterações renais precedem o aparecimento da púrpura o Doença renal crônica : glomerulonefrite, hipertensão arterial e redução da função renal
  • 29. Outras manifestações • SNC: cefaléia, convulsões, paresia, coma; • Nódulos subcutâneos; bolhas, vesículas hemorrágicas • Envolvimento cardíaco; • Envolvimento ocular; • Mononeuropatia; • Hemorragia pulmonar. • Orquite /Orquiepididimite • Pulmonar : hemorragia pulmonar, infiltrado pulmonar transitório;
  • 30. Diagnóstico  Clínico  Critérios de Classificação de PHS – American College Rheumatology 1990: 2 ou mais  Púrpura palpável que não desaparece a digitopressão  Início antes dos 20 anos;  Dor abdominal ;  Biópsia e pele com vasculite leucocitoclástica( adulto)  Definitivo : Em casos mais graves ou com dúvida diagnóstica  Biópsia de pele: angeíte leucocitoclástica  Biópsia renal: depósito mesangial de IgA
  • 31. Laboratório  Alterações laboratoriais  indicativas de vasculite, sangramento ou comprometimento renal;  Leucócitos normais ou aumentado  Série vermelha normal ou anemia  Plaquetas normais ou aumentado  EAS: albuminúria, hematúria, leucocitúria e cilindrúria  ASLO  Elevação de IgA sérica  Complemento sérico está normal  ANA, ANCA e FR são geralmente negativos  VHS pode estar elevado
  • 32. Diagnóstico Diferencial  LES;  Doenças infecciosas : meningococcemia, gonococcemia, enterocolite por Yersinia, sepse;  CIVD, SHU, PTI;  Farmacodermia, reações de hipersensibilidade;  Nefropatia por IgA (Doença de Berger);  Vasculite de hipersensibilidade (VH).
  • 33. Tratamento • Cuidados de suporte; • Analgésicos e antiinflamatórios não-hormonais; • Corticoesteróides; • Plasmaférese (doença renal rapidamente progressiva), manifestações graves.
  • 34. Tratamento • Indicações dos corticoesteróides : Prednisona 1-2mg/Kg/dia por 2 semanas, o Artralgia importante o Dor abdominal/hemorragia gastrointestinal o Dor escrotal o Comprometimento renal grave o Manifestações atípicas
  • 35. Tratamento • Corticoterapia o Não evita o envolvimento renal o Não altera a probabilidade de recorrência da PHS o Impressão de eficácia com seu uso precoce (sintomas gastrointestinais) o Prevenção das complicações gastrointestinais? * papel da terapia precoce
  • 36. Seguimento  Recomendação da Unidade de Reumatologia Pediátrica do ICr- FMUSP crianças sem alterações renais forma leve e transitória crianças c/ graus mais importantes de envolvimento renal Por toda a vida 2 anos complicações tardias (gravidez)
  • 37. Prognóstico  Excelente prognóstico; autolimita e benigna  Na maioria dos casos: repouso, dieta leve e analgésicos  Comprometimento renal : principal determinante prognóstico;  Alterações urinárias leves/ transitórias : bom prognóstico;  Síndrome nefrítica ou nefrótica : risco aumentado doença renal crônica . • Mortalidade fase aguda : infarto intestinal, envolvimento SNC e doença renal; • Adultos : prognóstico mais reservado;