Este documento fornece um breve resumo biográfico do autor e sua experiência profissional. Ele possui graduação em Engenharia Elétrica pela UFMG, pós-graduação em Engenharia Econômica pela FDC e Gestão Estratégica da Informação pela UFMG, mestrado e doutorado em Ciências da Informação pela UFMG. Trabalhou na CEMIG, SUDECAP e leciona atualmente na Fundação João Pinheiro.
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Gestão do Conhecimento_ parte 1
1. Gestão do
Conhecimento
Profº: Leonardo B de Moraes
leomoraesbh@gmail.com
Slides elaborados pelos Profs Leonardo Moraes e Marconi Laia
2. Mini-currículo
o Graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais
(1981), Pós-Graduação em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral
FDC (1986) e em Gestão Estratégica da Informação pela Escola de Ciência da
Informação da UFMG (2004), Mestrado em Ciências da Informação pela
Universidade Federal de Minas Gerais (2006), Doutorando em Ciências da
Informação pela Escola de Ciência da Informação da UFMG .
o PUC-MG, CEMIG (1984-1998), SUDECAP (1999,2003), Fac Estácio de Sá BH
(2003-2010), Fac São Camilo (2008-2009), FUMEC (2010),.
o Atualmente sou Pesquisador em Ciência e Tecnologia da Fundação João
Pinheiro, onde também leciono.
4. Contextualização
Previsibilidade
Hierarquia bem definida
Decisões centralizadas
Distinção entre quem
“pensa, mas não faz” e
quem “faz, mas não pensa
ou não deveria pensar...”
Valores: obediência,
pontualidade
5. Contextualização
MUDANÇAS TECNOLÓGICAS IMPACTOS
O preço médio de um circuito crescente capacidade de
integrado caiu de U$50 em 1962 codificação de conhecimentos e a
para U$ 1 em 1971. maior velocidade, confiabilidade e
baixo custo de transmissão,
Em 1971 cabiam 2300 transistores armazenamento e processamento de
em um chip do tamanho da cabeça enormes quantidades dos mesmos e
de uma tachinha. Em 1993 cabiam de outros tipos de informação;
35 milhões e em 2008, 234 milhões.
a aceleração do processo de
O custo médio de processamento geração de novos conhecimentos e
da informação caiu de de fusão de conhecimentos, assim
aproximadamente U$ 75 por cada como a intensificação do processo de
milhão de operações, em 1960, para adoção e difusão de inovações,
menos de um centésimo de centavo implicando ainda mais veloz redução
de dólar em 1990. dos ciclos de vida de produtos e
processos;
6. Contextualização
Essa revolução tecnológica ,centrada nas TICs , impõe
uma nova base material, tecnológica, da atividade
econômica e da organização social.
CONSEQUÊNCIAS:
A “ACELERAÇÃO” DO TEMPO
O “ENCURTAMENTO” DO ESPAÇO
AUMENTO EXPONENCIAL DA QUANTIDADE DE
INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS
Novos Produtos, processos e insumos
Novos mercados
Novas formas de organização
8. Contextualização
Sociedade do
conhecimento:
Mudanças, rupturas
Agilidade
Autonomia
“Empowerment”
Valores: criatividade,
iniciativa, improviso
9. MUDANÇAS QUE
IMPACTARAM O AMBIENTE
ORGANIZACIONAL
Gestão e controle em um Economias baseadas no Achatamento;
empresa
A emergência da
economia global
economias industriais
A transformação das
Transformação da
mercado global; conhecimento e na Descentralização;
informação;
Flexibilidade;
Competição em mercados Produtividade;
Independência de
mundiais; Novos produtos e serviços; localização;
Conhecimento: um ativo Baixos custos de transação
Grupos de trabalho produtivo e estratégico e coordenação;
globais; fundamental;
Empowerment;
Concorrência baseada em
tempo; Trabalho colaborativo e em
Sistemas de entrega equipe;
globais. Produtos de vida mais
curta;
Ambiente turbulento;
Base de conhecimento do
funcionário limitada;
10. Contextualização
Conhecimento e o Mundo dos Negócios
Conhecimento tornou-se o fator econômico mais
importante.
Importância da vinculação entre o conhecimento
teórico o sua aplicação ao dia-a-dia das organizações.
Conhecimento associado à ação.
Conhecimento sobre seu mercado, seus processos,
seus clientes, sua tecnologia, seus concorrentes.
11. Contextualização
Conhecimento e o Mundo dos Negócios
Aspectos que adicionam valor aos produtos e serviços:
Habilidade técnica, projeto de produto, apresentação de
marketing, criatividade e inovação
Aspectos intangíveis baseados no conhecimento
Conclusão:
=> Conhecimento como fonte vital de vantagem competitiva
sustentável
13. Informação
Controvérsia conceitual.
McGarry (1999) – informação deriva da palavra grega
“formatio” que transmite a idéia de se formar o molde
de algo.
Davenport: diferenciação de dados, informação e
conhecimento.
14. Informação
Tipologia de Davenport
DADOS INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Simples observações Dados dotados de Informação valiosa da
sobre o estado do relevância e propósito mente humana. Inclui
mundo reflexão, síntese, contexto
Facilmente estruturado Requer unidade de De difícil estruturação
análise
Facilmente obtido por Exige consenso em De difícil captura em
máquinas relação ao máquinas
significado
Freqüentemente Exige necessariamente Freqüentemente tácito
quantificado mediação humana
Facilmente transferível De difícil transferência
15. Informação
Tipologia de Davenport
DADOS INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Simples observações Dados dotados de Informação valiosa da
sobre o estado do relevância e propósito mente humana. Inclui
mundo reflexão, síntese, contexto
Facilmente estruturado Requer unidade de De difícil estruturação
análise
Facilmente obtido por Exige consenso em De difícil captura em
máquinas relação ao máquinas
significado
Freqüentemente Freqüentemente tácito
quantificado Exige necessariamente
Facilmente transferível mediação humana De difícil transferência
16. Informação
Dados são, no contexto organizacional, registros estruturados
de transações.
Dados, por si só, tem pouca relevância e propósito (Peter
Drucker – informação são dados dotados de relevância e
propósito).
Dados são um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos
a eventos.
Embora os dados não tenham significados inerentes, são
muito importantes porque constituem a matéria-prima
essencial para a criação da informação
Organizações atuais:
Dados em algum suporte tecnológico.
Tendência a descentralização da administração de dados.
17. Informação
• Quando um cliente vai a um posto de gasolina e enche o
tanque do carro, essa transação pode ser parcialmente
descrita como dado: quando ele fez a compra; quantos litros
consumiu; quanto ele pagou. Os dados não revelam porque
ele procurou aquele posto e não outro, e não podem prever
a probabilidade daquele cliente voltar ao mesmo posto. Em
si tais fatos não dizem se o posto é bem ou mal administrado
nem se ele está fracassando ou prosperando.
18. Informação
Informação:
Organizada com algum propósito, com um foco e
finalidade.
Dados passam a ser informação quando são acrescidos
de significado.
Informação possui:
Contexto: tem significado dentro de um ambiente e de
uma realidade.
Categorização: unidades de análise.
19. Informação
Informação possui:
Cálculo: trabalho estatístico e matemático sobre os dados.
Correção: busca de eliminação dos erros contidos nos
dados.
Condensação: podem ser resumidos de forma mais
analítica.
Computadores são importantes na organização da
informação.
Entretanto, não agregam contexto: somente mentes
humanas.
20. Características de
qualidade da informação
Tempo Conteúdo Forma Outros
Precisão Acessibilidade
Prontidão Clareza
Relevância
Segurança
Aceitação Detalhe
Integridade
Economia
Concisão
Freqüência Ordem
Flexibilidade
Amplitude
Apresentação /
Período
Desempenho mídia Confiabilidade
21. Informação
Fonte de informação
Valor da informação
PORTER (1989) foi um dos
Seu valor é diretamente
dependente do quanto primeiros a indicar as fontes de
ela ajuda aos tomadores informação que permitem
de decisão atingir as vantagem competitiva: os
metas da organização; clientes, os fornecedores, os
concorrentes e as fontes de
desenvolvimento tecnológico.
É, então, uma medida do
retorno que dá à A seleção das fontes depende
organização. Ou o dos objetivos a cumprir, da
custo/ benefício área técnica, das necessidades
existente entre a dos usuários, do nível de
qualidade da informação
recursos disponíveis. As fontes
e o desempenho
proporcionado pela devem compreender os tipos
mesma. fundamentais da informação,
tanto formal como informal.
22. Informação
“INFORMAÇÃO É UM FATOR (RECURSO) DE
PRODUÇÃO COMO O TRABALHO, CAPITAL E TERRA;
COMO TAL, ELA TEM UM VALOR (É MUITO ÚTIL NO
PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES), UM CUSTO
(DE COLETA, ARMAZENAMENTO, PROCESSAMENTO
E DISSEMINAÇÃO), CERTOS ATRIBUTOS (EXATIDÃO,
FORMATO, COMPLETEZA) E PODE SER
CONTROLÁVEL (GERENCIADA).” (Synnott, 1988)
23. Conhecimento
• Prática de vida,
experiência, idéia,
discernimento, critério,
instrução, saber (Fonte:
Dicionário Aurélio)
Agregação de valor
• Capacidade de agir,
competência, perícia
(Sveiby)
• Escala de Valor: dado,
informação e
conhecimento
24. Conhecimento
• O conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a
crenças e compromissos. O conhecimento é uma função de
uma atitude, perspectiva ou intenção específica. O
conhecimento, como a informação, diz respeito ao
significado. É específico ao contexto e relacional.
• Conhecimento:
– Mistura de várias elementos – fluído como também
estruturado.
– Existem dentro das pessoas, por isso faz parte da
complexidade e imprevisibilidade humana.
25. Conhecimento
• Conhecimento demanda:
– Comparação: de que forma as informações da situação atual se
compara com as demais?
– Conseqüências: que implicações estas informações trazem para as
decisões e as ações da organização?
– Conexões: quais as relações deste novo conhecimento com o
conhecimento já acumulado?
– Conversação: o que as pessoas pensam desta informação?
• Ações claramente ligadas aos indivíduos ou às rotinas das
organizações
26. Conhecimento
• A Chrysler, por exemplo, armazena o conhecimento para o
desenvolvimento de novos carros numa série de repositórios
chamados Livros de Conhecimento de Engenharia. O
objetivo desses livros, que são na verdade arquivos de
computador, é ser uma memória eletrônica do
conhecimento obtido de equipes automobilítiscas. O
gerente de um desses livros recebeu os resultados de uma
série dos chamados crash tests. Todavia ele classificou os
resultados como dados e estimulou o remetente a agregar
algum valor:
27. Conhecimento
• Qual era o contexto dos resultados, ou porque foram feitos
os crash tests? Qual a comparação dos resultados desses
testes com aqueles feitos em outros modelos, em anos
anteriores e com carros da concorrência? Que mudanças os
resultados sugeriam para o redesenho do pára-choque ou
dos chassis? Pode ser difícil observar o ponto exato em que
dados tornam-se informação ou conhecimento, porém é
fácil verificar sua ascensão na cadeia.
32. Arenas de uso da
Informação
Percepção
Criação de
conhecimento
Tomada de Decisão
Ação da
Organização
Processamento da
Informação
Conversão da
Informação
Interpretação da
Informação
34. Percepção e inteligência
competitiva
• Modelo de percepção desenvolvido por Kark Weick (1979, 1995).
– Organizações são vistas como sistemas “frouxamente
articulados”
– Liberdade para interpretar as mudanças no meio ambiente e
fazer suas próprias representações do ambiente externo.
– O foco da perspectiva de Weick (1979, 1995) não está na
tomada de decisão.
– Membros da organização precisam desenvolver percepção
compartilhada do que está acontecendo no meio ambiente
que sirva de guia para a ação.
36. Percepção e inteligência
competitiva
• A construção de sentido é fundamentada na construção de
identidade: a construção de sentido é necessária para que o
indivíduo mantenha uma auto concepção consistente e é
frequentemente iniciada quando o indivíduo falha em confirmar
essa auto-identidade.
• A construção de sentido é retrospectiva: onde o problema
principal é escolher um significado que seja plausível a partir de
vários significados possíveis com o propósito de interpretar
eventos passados.
[1] WEICK, K.E. Sensemaking in Organizations. Thousand Oaks: CA,1995.
37. Percepção e inteligência
competitiva
• A construção de sentido é social: a construção de sentido é
feita coletivamente, em grupos de mais de um indivíduo.
• A construção de sentido é focada em e extraída de pistas ou
dicas: são os pontos de referência a partir dos quais os elos e
os nós são ligados e conectados às redes de significado.
38. Percepção e inteligência
competitiva
• Necessidade de utilização do processo de inteligência para
resposta às perguntas.
• Processo de inteligência: necessidade de conhecimento formal e
sistemático da realidade de negócio.
• Inteligência corresponde à informação filtrada, depurada.
• “Processo de coleta, análise e disseminação éticas de inteligência
acurada, relevante, específica, atualizada, visionária e viável com
relação às implicações do ambiente dos negócios, dos
concorrentes e da organização em si” (Society of Competitive
Intelligence Professionals – SCIP).
39. Percepção e inteligência
competitiva
• Processo de Inteligência pode ser segmentado dentro da
organização:
– Inteligência Estratégica: nicho de mercado, negócio
desenvolvido pela organização etc;
– Inteligência do “mundo dos negócios”: leitura do macro
ambiente organizacional de forma ampla.
40. Percepção e inteligência
competitiva
– Inteligência competitiva: pontos fortes e fracos da
organização, análise de organizações com produtos
similares;
– Inteligência do concorrente: análise de uma organização
específica.
– Inteligência de sistemas de distribuição: foco nas formas
de distribuição de produtos ou serviços de uma
organização.
43. Conversão do
Conhecimento
• Nonaka e Takeuchi:
• Conhecimento tácito:
– Pessoal, difícil de formalizar e comunicar a outros.
– Conhecimentos práticos subjetivos, discernimentos,
intuições que uma pessoa desenvolve por estar imersa
em uma atividade durante um longo período de tempo.
• Conhecimento explícito:
– Refere-se ao conhecimento da racionalidade e ao
conhecimento transmissível em linguagem formal e
sistemática.
44. CONHECIMENTOS TÁCITO E
EXPLÍCITO
O conhecimento explícito é o
conhecimento que pode ser
documentado e é mais facilmente
replicado
O conhecimento tácito é o
conhecimento que deriva do
aprendizado pela experimentação e é
internalizado, é pessoal, de difícil
verbalização ou codificação e provém
do aprender fazendo, usando e
interagindo.
45. Conversão do
Conhecimento
Subjetivo Objetivo
Conhecimento Explícito
Conhecimento Tácito
Difícil de ser Sustentado por
formulado e regras
comunicado Racional
Know-how, Passível de suporte
conhecimento da TI
prático
Conhecimento da
Conhecimento do mente
corpo
46. Conversão do
conversão feita partilhando experiências.
Aquisição do conhecimento a partir da
Conhecimento
observação, imitação e prática – treinamento.
Ex.: máquina caseira de fazer pão da Matsushita;
sessões de brainstorming, observação, imitação
PARA Tácito e prática, PARA Explícito
interação com clientes e
fornecedores.
Socialização
DE Tácito CONHECIMENTO
COMPARTILHADO
DE Explícito
47. tradução do conhecimento através de
Conversão do
metáforas, analogias e modelos. Provocada pelo
diálogo ou pela reflexão coletiva. Ex.: mini-
Conhecimento
copiadora Canon; metáforas e analogias,
conceitos, hipóteses PARA Tácito
ou modelos. PARA Explícito
Socialização Externalização
DE Tácito CONHECIMENTO CONHECIMENTO
COMPARTILHADO CONCEITUAL
DE Explícito
48. Conversão do
Conhecimento
incorporação na forma de modelos mentais
PARA Tácito ou rotinas de trabalho comuns. Facilitada
PARA Explícito
pela documentação ou histórias que
permitam reviver indiretamente a
experiência de outros. Ex.: Centro de
Atendimento GE; modelos mentais, know-
Socialização Externalização
how técnico compartilhado
DE Tácito CONHECIMENTO CONHECIMENTO
COMPARTILHADO CONCEITUAL
Internalização
DE Explícito
CONHECIMENTO
OPERACIONAL
49. Conversão do
reunião de conhecimentos explícitos provenientes de várias fontes
Conhecimento
(conversas telefônicas, reuniões etc.), sistematização do conhecimento. A
informação existe em bancos de dados e pode ser classificada e
organizada de várias maneiras para produzir novos conhecimentos. Ex.:
PARA Tácito PARA Explícito
Kraft General Foods; troca de conhecimento através de documentos,
reuniões,conversas ao telefone ou redes de computadores .
Socialização Externalização
DE Tácito CONHECIMENTO CONHECIMENTO
COMPARTILHADO CONCEITUAL
Internalização Combinação
DE Explícito
CONHECIMENTO CONHECIMENTO
OPERACIONAL SISTÊMICO
50. Conversão do
Conhecimento
• Criação do processo do conhecimento organizacional pode ser vista
como uma espiral.
– Começa no nível individual e vai subindo, ampliando comunidades
de interação que cruzam fronteiras entre seções, departamentos,
divisões e organizações.”
Espiral do Conhecimento
Socialização Externalização
Figura 3-3. Espiral do
conhecimento
Combinação Fonte: Nonaka & Takeuchi
Internalização (1998)
51. Conversão do
Conhecimento
• Choo (1998, p.111) postula que uma organização possui
ainda o conhecimento cultural.
– Está expresso nas pressuposições, crenças e normas
usadas pelos membros da organização para atribuir valor
e significado a novos conhecimentos e informações.
– No dia-a-dia das organizações, o conhecimento tácito
coletivo se aproxima de um conhecimento prático,
orientado para a ação e utilizado na busca de soluções e
no desenvolvimento de produtos e serviços.
52. Conversão do
Conhecimento
• Ativos do conhecimento englobam tanto o conhecimento
explicitado em bancos de casos, normas, procedimentos,
sistemas de informação, patentes e melhores práticas,
quanto o conhecimento tácito e a expertise dos funcionários
da organização.
• Ativos do conhecimento precisam ser nutridos, preservados
e utilizados.
• Necessidade de processos que permitam criar, organizar,
codificar, transformar, transferir e aplicar o conhecimento
organizacional.
54. Tomada de Decisão
Capacidade Cognitiva Limitada
• Indivíduo está limitado por sua capacidade mental.
• Indivíduo está limitado por seus valores e conceitos de
propósito (objetivos) que podem diferir dos objetivos
organizacionais.
• Indivíduo está limitado pela quantidade de informação e
conhecimento que possui.
55. Tomada de Decisão
Capacidade Cognitiva Limitada
• Busca de alteração dos limites da racionalidade ao criar um
“ambiente de tomada de decisão”. (Não é necessariamente uma
ação consciente).
• Simom afirma que as organizações influem na conduta de seus
membros ao controlar “premissas de decisão”.
• Problema central para a organização consiste em definir quais são
as “premissas de decisão”.
56. Tomada de Decisão
Capacidade Cognitiva Limitada
• Modelos de decisão:
– Racional limitado: tanto os objetivos quanto as técnicas estão
bastante claros. A escolha é simplificada por procedimentos
operacionais padronizados, que executam as regras que a
organização aprendeu;
– Processual: quando os objetivos são estratégicos e claros, mas
os métodos técnicos para alcançá-los são incertos. A
necessidade de tomar uma decisão dá início a um processo
marcado por muitas interrupções e repetições;
57. Tomada de Decisão
Capacidade Cognitiva Limitada
• Modelos de decisão:
– Político: quando os objetivos são contestados por vários
grupos de interesse e a certeza técnica é alta dentro dos
grupos. Como em um jogo, as decisões e ações resultam de
uma barganha entre os participantes, que procuram fazer
prevalecer seus interesses e manipulam os instrumentos de
influência de que dispõem;
– Anárquico: quando a incerteza é tão alta em relação aos
métodos técnicos quanto em relação aos objetivos. As
situações decisórias são constituídas de fluxos relativamente
independentes de problemas, soluções, participantes e
oportunidades de escolha.
59. Conversão do
Conhecimento – Caso AG
• 80 escritórios em 18 países
• Gestão do Conhecimento na execução de obras
• Preservação da parcela da memória organizacional crítica
para o negócio
• Relevância é mais importante do que plenitude
• Aquisição de software da Teltech
• “O que é escrito sem esforço é lido sem prazer.”
• “Possuir máquina de fazer exercícios é diferente de fazer
exercícios”
60. Conversão do
Conhecimento – Caso AG
• Exercício: Identificação dos aspectos tecnológicos e não-
tecnológicos de um projeto de Gestão do Conhecimento:
estudo de caso detalhado da Andrade Gutierrez
62. VALOR DE
MERCADO
Capital Capital
Financeiro Intelectual
Capital Capital
Humano Estrutural
Capital Capital
Cliente Organizacional
Capital de Capital de
Inovação Processos
Propriedade Ativos
Intelectual Intangíveis
63. EXISTE GESTÃO DO
CONHECIMENTO ?
A GC é um fenômeno complexo e multifacetado, seu
conceito polêmico e controverso e acredita-se que a
expressão, embora largamente utilizada, apresenta
ênfases, enfoques e interfaces diferenciadas,
merecedoras de análises mais meticulosas, profundas e
articuladas.
A GC vem se constituindo como inovação
organizacional, requerendo assim uma nova forma de
se olhar e de se pensar a organização.
64. GESTÃO DO
CONHECIMENTO
A GC pode ser compreendida como o conjunto de
atividades voltadas para a promoção do
conhecimento organizacional, possibilitando que as
organizações e seu colaboradores possam sempre se
utilizar das melhores informações e dos melhores
conhecimentos disponíveis, com vistas ao alcance
dos objetivos organizacionais e maximização da
competitividade.
65. GESTÃO DO
CONHECIMENTO
A GC pode ser incorporadora de várias
abordagens gerenciais e ferramentas que são
analogamente distintas e relacionadas e
constantemente convidadas ao diálogo e a
inter-comunicação.
Infere-se também que o termo GC pode ser
compreendido como “gestão de organizações
da era conhecimento” e, a partir deste viés,
algumas questões como a cultura
organizacional e a gestão de mudanças vêm à
tona de forma importante.
66. EVOLUÇÃO DA GESTÃO
DO CONHECIMENTO*
Captura de
documentos e
conteúdo
específico/analítico
Alavancagem do conhecimento explícito
1995 2000
2005
Coleção Conexão
Conversação
Aprendizado individual
Aprendizado em público
Necessidade do saber
Transparência
Gerenciamento do conteúdo pelo gerente
Gerenciamento do conteúdo pelo usuário
(Adaptado de Dixon & Greenes, 2008)
67. EVOLUÇÃO DA GESTÃO
DO CONHECIMENTO
Comunidades de prática,
localizadores de expertise,
processos de
aprendizagem em equipe
antes, durante e depois
Alavancagem do conhecimento
experimental
Alavancagem do conhecimento explícito
1995 2000
2005
Coleção Conexão
Conversação
Aprendizado individual
Aprendizado em público
Necessidade do saber
Transparência
Gerenciamento do conteúdo pelo gerente
Gerenciamento do conteúdo pelo usuário
68. EVOLUÇÃO DA GESTÃO
DO CONHECIMENTO Complexidade
Conversação facilitada por
processos sociais e mídias Alavancagem do
sociais conhecimento
Coletivo
Alavancagem do conhecimento
experimental
Alavancagem do conhecimento explícito
1995 2000
2005
Coleção Conexão
Conversação
Aprendizado individual
Aprendizado em público
Necessidade do saber
Transparência
Gerenciamento do conteúdo pelo gerente
Gerenciamento do conteúdo pelo usuário
69. OUTRA PERCEPÇÃO DA
EVOLUÇÃO DA GESTÃO DO
CONHECIMENTO**
Compartilhamento Compartilhamento Compartilhamento
de conteúdo de contexto de cultura
1995
2000 2005
(**Adaptado de Prax, JY, 2005)
71. Um modelo de GC se
sustenta nos pilares:
(a) uma concepção estratégica da informação e do
conhecimento, fatores de competitividade para organizações
e nações;
(b) a introdução de tal estratégia nos níveis tático e
operacional através das várias abordagens gerenciais e
ferramentas orientadas para as questões da informação e do
conhecimento nas organizações, que se chamam
continuamente ao diálogo, sendo imbricadas e passíveis de
orquestração e;
(c) a criação de um espaço organizacional para o
conhecimento, o “Ba” ou o contexto capacitante - que são as
condições favoráveis que devem ser propiciadas pelas
organizações para que as mesmas possam sempre se utilizar
das melhores informações e dos melhores conhecimentos
disponíveis.
72. Princípios da GC
1. O conhecimento tem origem e reside na cabeça das pessoas
2. O compartilhamento do conhecimento exige confiança
3. A tecnologia possibilita novos comportamentos ligados ao
conhecimento
4. O compartilhamento do conhecimento deve ser estimulado e
recompensado
5. Apoio da direção e recursos são fatores essenciais
6. Iniciativas ligadas ao conhecimento devem começar por um
programa-piloto
7. Aferições quantitativas e qualitativas são necessárias para avaliar a
iniciativa
8. O conhecimento é criativo e deve ser estimulado a se desenvolver
de formas inesperadas
75. Modelos de maturidade
em GC
• Metodologia para avaliação de resultados em GC (roadmap to KM
results) do APQC (American Productivity & Quality Center):
• Inicial: busca de apoio gerencial, desenvolvimento de uma macro-
visão de como a GC pode ajudar a resolver os problemas reais da
organização;
– Foco no aproveitamento das tecnologias existentes para
colaboração;
• Desenvolvimento da estratégia:
– constituição de um grupo multifuncional para suporte ao
projeto de GC;
– desenvolvimento de uma estratégia de GC alinhada com os
objetivos organizacionais;
– identificação de projetos-piloto para práticas de GC.
76. Modelos de maturidade
em GC
• Projeto e implementação de iniciativas de GC:
– condução de pilotos bem sucedidos;
– geração de evidências do valor das iniciativas de GC;
– definição de indicadores para GC;
– coleta das lições aprendidas e criação de processos replicáveis;
• Expansão e suporte:
– comunicação ampla da estratégia de GC e aplicação de
práticas de GC em um maior número de setores da
organização;
• Institucionalização: adoção da GC como parte do modelo de
negócios, com orçamento e metas específicas.
77. Modelos de maturidade
em GC
• Modelo KMMM (Knowledge Management Maturity Model)
desenvolvido pela Siemens:
• Inicial:
– Processos de GC não são conscientemente controlados;
– Não existe uma linguagem para descrever problemas a partir
de uma perspectiva do conhecimento; e
– Tarefas intensivas em conhecimento não são percebidas como
críticas para a sobrevivência e o sucesso da organização;
• Repetitivo:
– existência de pioneiros ou profetas de GC;
– surgimento de projetos-piloto de GC;
– existência de dúvidas sobre o sucesso ou fracasso desses
projetos; e percepção crescente de práticas de GC embutidas
nos processos de negócio;
78. Modelos de maturidade
em GC
• Definido:
– existência de práticas de GC estáveis associadas ao dia-a-
dia da organização e criação de funções associadas à GC;
• Gerenciado:
– mensuração de indicadores de GC e existência de uma
estratégia de GC aplicada em toda a organização;
• -Otimizado:
– utilização das métricas coletadas no nível 4 para calibrar o
modelo de GC.
80. Algumas conclusões
sobre a GC
• Organizações do conhecimento:
– Tornam-se capazes de adaptação às mudanças do ambiente
no momento adequado e de maneira eficaz, hábeis na oferta
de respostas rápidas em ambientes dinâmicos, mutáveis e
imprevisíveis;
– Empenham-se na aprendizagem constante e tal aprendizagem
inclui não somente o „aprender a aprender‟, mas também o
„aprender a desaprender‟ (desaprender pressupostos, normas
e crenças que perderam validade);
– Mobilizam o conhecimento e a experiência de seus membros
para gerar inovação e criatividade e focalizam seu
conhecimento em ações racionais e decisivas.
81. Gestão do Conhecimento –
novidade?
Novo nome para uma
Novidade?:
preocupação antiga
Um número cada vez
maior de empresas se
preocupa com isso
Chame como quiser ...
Constatação de que o
conhecimento é um
recurso que precisa
ser gerenciado
82. Gestão do
Conhecimento
• Forma de olhar a organização em busca de pontos dos processos
de negócios em que o conhecimento possa ser usado como
diferencial.
• Envolve o conhecimento oriundo da experiência, da análise, da
pesquisa, do estudo, da inovação, da criatividade, conhecimento
sobre mercado, concorrência, clientes, processos e tecnologia.
• Gestão do conhecimento engloba processos organizacionais que
buscam uma combinação sinérgica da capacidade de
processamento de dados e informações pela Tecnologia da
Informação (TI) com a capacidade criativa e inovativa dos seres
humanos (Malhotra, 2000)
83. Gestão do
Conhecimento
• Coordenação sistemática e deliberada das tecnologias, processos,
estruturas e pessoas que fazem parte da organização de forma a agregar
valor através do reuso do conhecimento e da inovação.
• Coordenação é feita através da criação, compartilhamento e aplicação
do conhecimento e também através do enriquecimento da memória
organizacional com lições aprendidas e melhores práticas, incentivando
a aprendizagem contínua (DALKIR, 2005)
84. Sete dimensões do
conhecimento
Fatores Sistemas de
estratégicos informação
Cultura e valores Mensuração de
organizacionais resultados
Estrutura Aprendizado com
organizacional o ambiente
Administração de
RH
85. Inovação e Compartilha-
Taxonomia é a ciência da classificação.
Criação
Codificação Organização
mento
Disseminação Proteção
Abrange a nomenclatura e Plano de
E Aquisição Comunicação corporativa
categorização de informações, sucessão
S
organismos, objetos, lugares e eventos Proteção do
T
em um único ambiente. Dentro deHiring
R
G uma Mapeamento de processos Benchmark
conhecimento
I
organização, facilita a classificação e,
A Mapeamento de
A
portanto, a localização deTdocumentos, ‘Story telling’
competências
por exemplo, em uma base
É Centros de
competência Inteligência Competitiva
compartilhada.-
Lições
Práticas de GC
O aprendidas
Memória de projetos Coaching & Mentoring
R
D Programa de
G Processos de inovação Pesquisa de clima
E idéias
A
S
N
E Plano de carreira Comunidades de prática
I
N
Z
V
A Memória da empresa
.
C
. Melhores práticas
Knowledgesbases Páginas amarelas de experts
Ferramentas de busca
T Equipamentos
Blogs e Portal corporativo e Gestão de Conteúdo de segurança
I Wikis
e-learning
TAXONOMIA
Gestão de documentos Portais para clientes e fornecedores
Fonte: Adaptação de Leonardo Moraes sobre Terra, J C C. Gestão do Conhecimento, 2008
88. Características de qualidade
da informação na dimensão
tempo
• Relativa a disponibilidade da informação. A
Prontidão informação deve estar disponível no momento
da necessidade;
Aceitação • Deve estar atualizada quando fornecida;
• Deve estar disponível quantas vezes que for
Freqüência necessária. Não pode ser perdida após ser
usada.
• Relativa a visão histórica da informação,
Período revelando sua evolução.
89. Características de qualidade
da informação na dimensão
conteúdo
•Não contém erros. A imprecisão pode decorrer da
Precisão imprecisão dos dados;
•A informação deve ser relevante para um determinado
Relevância propósito ou para um determinado usuário;
Integridade •Todos os seus componentes devem estar presentes;
•Somente o necessário deve estar contido na
Concisão informação;
Amplitude •Relativo ao alcance do conteúdo da informação;
•Pode ser adotada uma métrica relativa ao impacto da
Desempenho informação nos resultados desejados.
90. Características de qualidade
da informação na dimensão
forma
• Facilidade de compreensão da
Clareza informação;
• Grau de detalhamento
Detalhe necessário;
• Deve ser organizada na
Ordem seqüência necessária;
Apresentação • Deve ser no formato e na mídia
/ mídia adequados;
91. Características de qualidade
da informação na dimensão
outros
• Deve ser facilmente acessível pelos usuários
Acessibilidade autorizados;
Segurança • Somente usuários autorizados podem acessá-la;
• O valor da informação deve compensar o custo
Economia de produzi-la;
• Pode ser utilizada para mais de um propósito ou
Flexibilidade por mais de um tipo de usuário;
• A confiabilidade da informação pode decorrer do
Confiabilidade método utilizado na coleta ou decorrer da origem;
voltar
92. BIBLIOGRAFIA
ALVARENGA NETO, Rivadávia C D. GESTÃO DO CONHECIMENTO EM
ORGANIZAÇÕES: PROPOSTA DE MAPEAMENTO CONCEITUAL INTEGRATIVO.
Tese de Doutorado. CI/ UFMG, 2007.
BARBOSA, Ricardo Rodrigues e Paim, Isis. Da GRI à gestão do conhecimento.
PAIM, Ísis (org.). A gestão da informação e do conhecimento. Belo Horizonte:
Escola da Ciência da Informação. UFMG, 2003, Capítulo 1 (p. 7-31)
BEAL, Adriana. Gestão Estratégica da Informação – como transformar a
informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto
desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004.
CASTELLS, M. - A Era da Informação: Economia,Sociedade e Cultura – vol. 1: A
Sociedade em Rede. 6ª Ed.São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CHOO, Chun Wei. A organização do conhecimento: como as organizações
usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar
decisões. São Paulo: Senac, 2003.
93. BIBLIOGRAFIA
DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da informação – porque só a tecnologia
não basta par o sucesso na era da informação. 6ª Ed. São Paulo: Futura, 1998.
FELIX, Wellington. Introdução à Gestão da Informação. Campinas, SP: Editôra
Alínea, 2003.
KRUGLIANSKAS, Isak.. Gestão do Conhecimento em pequenas e médias
empresas. Negócios Editora, 2009.
KUMAR, K. – Da Sociedade Pós-Industrial à Pós-Moderna : novas teorias sobre
o mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1997.
LASTRES, H. M. M.; FERRAZ, J. C. Economia da Informação, do Conhecimento
e do Aprendizado, In: Informação e Globalização na Era do Conhecimento.Rio
de Janeiro: Campus, 1999.
94. BIBLIOGRAFIA
NEHMY, Rosa Maria e PAIM, Ísis. Gestão do conhecimento, a “doce barbárie”.
PAIM, Ísis (org.). A gestão da informação e do conhecimento. Belo Horizonte: Escola
da Ciência da Informação. UFMG, 2003, Capítulo 10 (p. 267-306)
McGEE, James e PRUSAK, Laurence. Gerenciamento Estratégico da Informação –
aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação
como ferramenta estratégica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Campos, 1994.
MORAES, L. B. de. O fim de uma Era - As transformações do Séc. XX. Notas de aula.
TERRA FORUM, Gestão do Conhecimento, Colaboração e Inovação.
http://www.terraforum.com.br/index.html
SAVIC, D. Evolution of information resource management. Journal of
Librarianship and Information Science, v. 24, n. 3, September 1992, p.127-138.