1. Assistência de Enfermagem em
Estimulação Cardíaca Artificial
R2 Glayce Renata
Enfermeira Residente
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares
Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade
Residência
Recife
2016
2. Objetivos
•Descrever os tipos de marcapasso cardíaco
•Identificar as principais complicações decorrentes do
implante de marcapasso e cardiodesfibriladores.
•Apresentar os principais cuidados de enfermagem
aos pacientes portadores de marcapassos cardíacos.
3. Introdução
• A estimulação cardíaca artificial iniciou-
se no século XIX, a partir da observação
de que a aplicação de choques elétricos
no coração de seres humanos em parada
cardíaca provocava contração do
miocárdio.
Palomo, 2007
4. Introdução
• O marcapasso é um equipamento
eletrônico que monitora
constantemente o ritmo cardíaco,
estimulando initerruptamente o
coração desde que sua frequência
cardíaca espontânea seja menor
que a programada.
Woods, 2005
6. Componentes do Sistema de
Marcapasso
• É composto por dois componentes:
▫ O cabo-eletrodo
▫ Gerador de pulsos
7. Componentes do Sistema de
Marcapasso
• Cabo-eletrodo: constitui-se de vários filamentos
metálicos revestidos por um isolante (poliuretano ou
silicone) que mantém exposta uma porção metálica
na ponta do eletrodo para descarregar o estímulo
elétrico.
• Podem ser:
▫ Unipolar (epicárdico)
▫ Bipolar (endocárdico)
8. Componentes do Sistema de
Marcapasso
• Gerador de pulso: pode ser de câmera única
(unicameral) ou dupla (bicameral), com capacidade de
¨sentir¨ e ¨estimular¨ uma ou duas câmaras cardíacas.
• Todos os geradores têm parâmetros de controle, que
permitem a operacionalização do comando frequência
cardíaca (FC), amplitude (A) e sensibilidade (S).
9. Componentes do Sistema de
Marcapasso
• Frequência Cardíaca: regula o número de impulsos que
são enviados ao coração por minuto.
Há dois modelos de estimulação:
Assincrônico
Sincrônico
• Amplitude: é a quantidade de corrente elétrica enviada
ao coração para iniciar a despolarização.
• Sensibilidade: é a capacidade do MP para detectar a
atividade espontânea do coração.
10. Nomenclatura da Função do MP
• Primeira letra : câmara estimulada
▫ A (átrio)
▫ V (ventrículo)
▫ D (duplo)
▫ O (nenhuma)
• Segunda letra: câmara(s) sentidas:
▫ A, V, D e O
• Terceira letra: resposta do
marcapasso
▫ I (inibido)
▫ T (deflagrado)
• Quarta letra: programação
da frequência
• r (responsividade)
Exemplificando :
DDD, DDDr, AAI, DDI, VVI, VVIr
14. Marcapasso Temporário
• A estimulação temporária é habitualmente indicada
em situações de emergência, podendo também ser
aplicada de forma eletiva e preventiva como suporte
terapêutico até o momento adequado de implante de
MP definitivo.
Woods, 2005
15. Marcapasso Transcutâneo
• Não invasivo.
• Pares de eletrodos descartáveis
aderidos à pele em região
torácica (antero-posterior ou
antero-lateral)
17. Marcapasso Esofágico
• Método menos invasivo
• Não necessita de fluoroscopia, precauções com
esterilidade.
• Sua aplicação é altamente eficaz em interromper a
taquicardia supraventricular em ritmo sinusal,
evitando-se a cardioversão elétrica.
18. Marcapasso Endocárdico
• Procedimento invasivo
• Implantado por via endovenosa, dissecção ou punção.
• Principais vias de acesso
▫ Veias jugulares internas
▫ Subclávias
▫ Femorais
• Feito a beira leito, em emergências.
20. Indicações MP Definitivo
• Síncope neurocardiogênica (forma maligna)
• Síndrome braditaquicardica que não responde a
drogas antiarrítmicas
• Fibrilação atrial com frequência ventricular reduzida
• BAV de 2º grau tipo I e II
• BAVT
• Lesão His-Purkinje grave
21. Preparo do paciente
• Certifique-se de que o paciente está em jejum de 8h.
• Avaliar os exames laboratorias
• Avaliar a integridade da pele
• Tricotomia
22. Pós Implante
• Avaliar o nível de consciência do paciente.
• Orientar o paciente com relação ao repouso absoluto
por 24 h.
• Observar os sinais flogísticos, hematomas e
sangramentos.
23. Cardiodesfibrilador Implantável - CDI
• Dispositivo automático
• Tratamento imediato das taquiarritmias graves
• Pode incorporar a função do MP convencional
• Previne a morte súbita em pacientes com TV e FV.
O grupo de maior risco é o dos recuperados de PCR
ou TV sustentada com sintomas graves, provocadas
por causa não reversível.
24. Complicações Precoces
• Pneumotórax ou hemotórax
• Embolia gasosa
• Perfuração atrial ou ventricular
• Infecção
• Sangramento e/ou hematoma da loja do gerador
• Taquicardia ou fibrilação ventricular
25. Complicações Tardias
• Falha de comando e/ou sensibilidade
• Migração do gerador
• Falha eletrônica do circuito
• Endocardite
• Deslocamento do eletrodo
• Erosão da loja do marcapasso
• Fratura do eletrodo
26. Orientações em relação às interferências que
podem ser apresentadas em MP e desfibrilados
implantáveis.
- Colchões magnéticos - Ressonância magnética
- Telefones celulares
- Desfibrilação externa
- Irradiação terapêutica
- Dispositivo de solda elétrica
Aceitável de risco Inaceitável
Desaconselhável
27. Sistematização da assistência de
Enfermagem
Diagnóstico: débito cardíaco diminuído relacionado à FC e ritmo ou
condução anormal
Objetivo: manter ritmo cardíaco e perfusão sistêmica adequada
Intervenções:
•Monitorização cardíaca contínua
•ECG diário
•Avaliar e registrar sinais e sintomas de baixo débito e arritmias
•Manter repouso no leito para diminuição das demandas de consumo de
consumo miocárico
28. Sistematização da assistência de
Enfermagem
Diagnóstico: Ansiedade referente ao implante de MP e possíveis
complicações
Objetivo: Tranquilizar o paciente e proporcionar que o mesmo se torne
cooperativo ao tratamento
Intervenção:
•Orientar quanto ao ambiente intensivo e aprofundar explicações sobre o MP.
•Atentar para grau de compreensão e colaboração do paciente.
29. Sistematização da assistência de
Enfermagem
Diagnóstico: Dor no local da inserção
Objetivo: Conforto do paciente no pós-operatório
Intervenção:
•Administrar medicação analgésica sempre que necessário
•Promover períodos de repouso e mobilização dos membros superiores
30. Sistematização da assistência de
Enfermagem
Diagnóstico: Risco para infecção
Objetivo: Evitar ocorrência de infecção
Intervenção:
•Lavar regularmente as mãos
•Utilizar técnica estéril na troca dos curativos
•Monitorar sinais de infecção local e sistêmico
•Manter curativo cirúrgico íntegro por 24h no local da incisão.
31. Referências Bibliográficas
• CROTI, U. A.; MATTOS, S.S.; PINTO JÚNIOR, V. C.; AIELLO, V. D.; MOREIRA, V.
M. Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica. 2ª edição. São Paulo: Roca;
2012
• North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Diagnósticos de
Enfermagem da NANDA: Definições e classificação 2009-2011. Tradução de
Cristina Correa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
• PEDROSA, L.C.; Júnior W.O.: Doenças do coração diagnóstico e tratamento.
Revinter, 2011.
• LIBBY, Peter; BONOW, Robert O.; et al.: Braunwald Tratado de doenças
cardiovasculares. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
• WOODS, L. Susan et al; Enfermagem em Cardiologia. 4ª edição. São Paulo:
Manole 2005.