O documento discute as diretrizes da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e cardiopulmonar cerebral (RCPc). Aproximadamente 200.000 casos de RCP ocorrem no Brasil a cada ano. As taxas de sucesso dependem de uma sequência sistematizada de procedimentos como compressões torácicas de qualidade e desfibrilação precoce. O suporte básico de vida com compressões torácicas e ventilações é essencial para aumentar as chances de sobrevivência.
Atualização do SBV e SAV. Sinais Clínicos de PCR, baseado na Tríade. Ritmos de choque FV e TV sem Pulso. Diferença entre assincronismo e sincronismo na cardioversão X Desfibrilação. conduta no atendimento.
Aula 1: introdução ao APH e a Enf. Urgência Emergência, seus aspectos históricos, éticos e legais, para Graduação em Enfermagem da Faculdade Anhanguera.
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Ensinar e reforçar os princípios da rápida avaliação do doente traumatizado, usando uma abordagem organizada, tratando imediatamente os problemas que colocam a vida em risco , á medida que são identificados, e reduzindo quaisquer atrasos no inicio do transporte até o destino apropriado.
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Marina Sousa
Trabalho avaliativo apresentado como parte da nota de Práticas em Anestesiologia.
Professor: Arnaud Macedo de Oliveira Filho
Aluns: Marina Sousa da Silva; Raquel Nascimento Matias; Rebeca Alevato Donadon; Vinícius Lelis; Yuri Raslan.
Palestra sobre a Síndrome Anomalia de Chédiak-Higashi (Chediak, Higashi) ministrada em 18 de novembro de 2013, no Hospital Metropolitano de Sarandi/PR.
Aula com dicas para uma boa prescrição (receita) médica hospitalar para os internos do Curso de Medicina da Faculdade Ingá (Uningá), Maringá, Paraná, Brasil
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
2. PCR/RCP: Epidemiologia
• No Brasil: cerca de 200.000 PCR por ano
• Metade dos casos em hospitais (deterioração
progressiva: assistolia/atividade elétrica sem pulso)
• A outra metade, extra-hospitalar: casas, shoppings,
aeroportos, estádios etc. (arritmias decorrentes de
quadros isquêmicos agudos ou problemas elétricos
primários: fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso)
3. RCP: Sucesso?
• Depende de uma sequência de procedimentos
sistematizada em uma corrente de sobrevivência
• Elos: ações com impacto na sobrevivência e que
não podem ser consideradas isoladamente
• Evidências científicas recentes têm apontado para
uma necessidade de mudança de foco e de fluxo,
alterando toda a sequência de ações da RCP
4. RCP: Mudanças!
• Menos interrupções das compressões torácicas
• Foco em compressões torácicas de qualidade, com
frequência e profundidade adequadas
• O sucesso de uma desfibrilação depende da
qualidade das compressões torácicas realizadas
• Simplificação de procedimentos, principalmente
para o socorrista leigo (maior aderência a possíveis
tentativas de ressuscitação de sucesso)
5. RCP: Mudanças!
• Manter registros hospitalares de RCP (informações
valiosas para maior sucesso das tentativas)
• Evidências insuficientes sobre drogas e
dispositivos no suporte avançado de vida
• Maior atenção à pós-ressuscitação:
– Ventilação, oxigenação e pressão arterial
– Hipotermia terapêutica
– Reperfusão miocárdica de emergência
6. RCP: Mudanças!
• Educação, implementação e retreinamento: as
habilidades adquiridas após um treinamento em
RCP se perdem em 3 a 6 meses (sem uso)
• Quanto maior a chance de um profissional de
saúde atender uma PCR (atendimento préhospitalar, PS/PA, equipe de parada cardíaca
hospitalar, UTI etc.), maior a necessidade de
treinamento contínuo de habilidades,
procedimentos e dispositivos
7. RCP: Suporte Básico
• A realização imediata de RCP em uma vítima de
PCR, ainda que apenas compressões torácicas no
pré-hospitalar, aumenta as taxas de sobrevivência
• 56-74% das PCR, no âmbito pré-hospitalar,
ocorrem em fibrilação ventricular (FV)
• O sucesso da RCP está relacionado à
desfibrilação precoce (idealmente dentro dos
primeiros 3 a 5 minutos após o colapso)
8. RCP: Suporte Básico
• A cada minuto transcorrido do início do evento
arrítmico súbito, sem desfibrilação, as chances de
sobrevivência diminuem em 7% a 10%
• Com a RCP, essa redução é mais gradual, entre
3% a 4% por minuto de PCR
• Programas internacionais de RCP e desfibrilação
externa automática precoce, realizadas por leigos,
com taxas de sobrevivência de até 85%, podem
servir de modelo para melhorar o manejo da PCR
9. RCP: Suporte Básico
• Os minutos iniciais de atendimento a uma PCR são
críticos em relação à sobrevivência da vítima
• O suporte básico de vida (SBV) define a
sequência primária de ações para salvar vidas
• Por mais adequado e eficiente que seja um suporte
avançado, se o SBV não for adequado, será muito
baixa a chance de sobrevivência da vítima de PCR
•
Padrão (SBV): Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação
(adaptado à realidade brasileira)
10. RCP: Suporte Básico
• Em uma PCR, um mnemônico pode ser usado para
lembrar os passos do SBV - “CABD primário”:
– C: Checar responsividade e respiração da vítima,
Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima,
Compressões (30 compressões)
– A: Abertura das vias aéreas
– B: Boa ventilação (2 ventilações)
– D: Desfibrilação
11. SBV: Sequência Completa
Segurança do local
• Primeiramente, avalie a segurança do local
• Certifique se o local é seguro para você e para a
vítima, para não se tornar uma próxima vítima
• Caso o local não seja seguro (por exemplo, uma via
de trânsito), torne-o seguro (desviando o trânsito)
ou remova a vítima para um seguro
• Se o local for seguro, prossiga o atendimento
12. SBV: Sequência Completa
Avalie a responsividade e a respiração da vítima
• Avalie a responsividade da vítima, chamando-a e
tocando-a pelos ombros
• Se a vítima responder, apresente-se e converse
com ela perguntando se precisa de ajuda
• Se a vítima não responder, avalie sua
respiração, observando se há elevação do tórax,
em menos de 10 segundos
13. SBV: Sequência Completa
Avalie a responsividade e a respiração da vítima
• Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e
aguarde para ver sua evolução e, caso seja
necessário, chame ajuda
• Se a vítima não estiver respirando ou estiver
somente com “gasping”, chame ajuda
imediatamente
14. SBV: Sequência Completa
Chame ajuda
• Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número
local de emergência (por exemplo, SAMU - 192)
• Se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo
• Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar
e conseguir um DEA, enquanto continua o SBV
• É importante designar pessoas para que sejam
responsáveis em realizar essas funções
15. SBV: Sequência Completa
Chame ajuda
• A pessoa que ligar para o Serviço de Emergência
deve estar preparada para responder às perguntas
(local do incidente, condições da vítima, tipo de
primeiros socorros que está sendo realizado etc.)
• Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento,
trauma, overdose de drogas e para todas as
crianças), realizar cinco ciclos de RCP e depois
chamar ajuda, se estiver sozinho (socorrista)
16. SBV: Sequência Completa
Cheque o pulso
• Cheque o pulso carotídeo da vítima em <10 seg
• Caso haja pulso, faça 1 ventilação a cada 6 seg
(10 vpm) e cheque o pulso a cada 2 min
• Se não houver pulso ou houver dúvida, inicie os
ciclos de compressões e ventilações
• Não é enfatizada a checagem de pulso: leigos e
profissionais têm dificuldade em detectar o pulso
17. SBV: Sequência Completa
Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações
• Inicie ciclos de 30/2, considerando que existe um
dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de
bolso) para se ventilar
• Compressões torácicas efetivas são essenciais
para promover o fluxo de sangue, devendo ser
realizadas em todos pacientes em parada cardíaca
19. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus
joelhos distantes um do outro (estabilidade)
• Afaste ou corte a roupa que está sobre o tórax da
vítima, para deixá-lo desnudo
• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o
esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando-a
20. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Estenda os braços
• Posicione-os cerca de 90º acima da vítima
• Faça, no mínimo, 100 compressões/minuto
• Com profundidade de, no mínimo, 5cm
• Ou seja, comprima rápido e forte!
22. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Permita o retorno completo do tórax após cada
compressão, sem retirar as mãos do tórax
• Minimize interrupções das compressões
• Reveze com outro socorrista a cada dois
minutos (evita fadiga, mantém boas compressões)
23. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• As manobras de RCP devem ser ininterruptas,
exceto: se a vítima se movimentar, durante a fase
de análise do desfibrilador, na chegada da equipe
de resgate, posicionamento de via aérea
avançada ou exaustão do socorrista
• No caso de uma via aérea avançada instalada,
faça compressões torácicas contínuas
(>100/minuto) e 1 ventilação a cada 6 segundos
24. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Recomenda-se usar equipamentos que avaliam a
qualidade das compressões durante a RCP,
fornecendo um parâmetro para os socorristas
• “Duty cycle” é o tempo gasto comprimindo o tórax,
entre uma compressão e outra (proporção)
• Embora a média do “duty cycle” seja 20-50%,
resultando em adequada perfusão coronariana e
cerebral, um “duty cycle” de 50% é recomendado
25. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Para não retardar as compressões torácicas, a
abertura das vias aéreas deve ser feita somente
depois de aplicar trinta compressões
• Ventilações devem ser feitas em uma proporção
de 30 compressões para 2 ventilações (30/2), com
apenas um segundo cada, ofertando a quantidade
de ar suficiente para promover a elevação do tórax
26. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Hiperventilação é contraindicada: gera insuflação
gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração;
aumenta a pressão intratorácica e diminui a précarga, reduzindo débito cardíaco e a sobrevida
• É indicado que o socorrista utilize mecanismos de
barreira para aplicar as ventilações, como o lenço
facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso
(“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara
27. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Independentemente da técnica usada para aplicar
ventilações, será necessária a abertura de via
aérea, que poderá ser realizada com a manobra da
inclinação da cabeça e elevação do queixo ou,
se houver suspeita de trauma, a manobra de
elevação do ângulo da mandíbula
29. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Quando o socorrista não conseguir realizar a
manobra de elevação do ângulo da mandíbula e o
mesmo suspeita apenas de trauma cervical, sem
evidência de lesão na cabeça, deve-se utilizar a
manobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo (apenas 0,12 a 3,7% das vítimas têm lesão
espinal, sendo o risco elevado quando há lesão
craniofacial ou Glasgow <8)
30. SBV: Sequência Completa
Ventilações com lenço facial e válvula antirrefluxo
(unidirecional)
• Atente para os lados indicados no lenço (um lado
voltado para a vítima e outro para o socorrista)
• Posicione a válvula antirrefluxo na boca da vítima
• Abra a via aérea, estabilize a mandíbula, vede o
máximo possível a boca com o lenço facial, pince o
nariz da vítima e realize as ventilações
32. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Máscara que envolve a boca e o nariz da vítima e
pode ter formato redondo ou uma parte mais
estreita, a qual fica voltada para o nariz da vítima
• Uma válvula unidirecional, geralmente, acompanha
a máscara e deve ser encaixada na mesma
33. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Depois de pôr a máscara de na face da vítima, faça
uma letra “C” com os dedos indicador e polegar de
uma das mãos, na parte superior da máscara
• Com a outra mão, ponha o polegar na parte inferior
da máscara e os outros dedos na mandíbula,
vedando o máximo possível a máscara contra a
face, sem pressionar as partes moles sob o queixo
35. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Outra técnica de vedação da pocket-mask é a do
“duplo C”: com uma das mãos faça uma letra “C”,
como já dito anteriormente; com a outra mão, faça
outro “C” e posicione na parte inferior da máscara,
ambos fazendo certa pressão para baixo a fim de
vedar a máscara ao rosto da vítima; atente que os
outros dedos da mão que está na parte inferior não
pressionem as partes moles abaixo do queixo
36. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Usada com 2 socorristas, um responsável pelas
compressões, outro pelas ventilações
37. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Com uma das mãos, faça uma letra “C” com os
dedos polegar e indicador e posicione-os acima da
máscara, e faça pressão contra a face da vítima a
fim de vedá-la o melhor possível
• Posicione os outros três dedos na mandíbula para
estabilizá-la e abra a via aérea da vítima
39. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Pressione a bolsa: 1 segundo para cada ventilação
• Essa quantidade é suficiente para elevar o tórax e
manter a oxigenação em pacientes sem respiração
• Se houver oxigênio complementar, conecte-o na
bolsa-válvula-máscara assim que possível, de
modo que se ofereça mais oxigênio para a vítima
40. SBV: Sequência Completa
Ventilações com via aérea avançada
• Quando uma via aérea avançada estiver instalada
(combitube, máscara laríngea, intubação traqueal),
o primeiro socorrista fará compressões torácicas
contínuas, e o segundo socorrista fará 1 ventilação
a cada 6 segundos, em vítimas de qualquer idade
• Não se devem pausar as compressões para aplicar
as ventilações, se houver via aérea avançada
42. SBV: Sequência Completa
Ventilações em vítima com parada respiratória
• Parada respiratória: vítima não respira ou respira
de forma anormal (gasping), mas apresenta pulso
• Nesse caso, faça 1 ventilação a cada 6 segundos
para vítimas adultas
• Para crianças e lactentes, faça 1 ventilação a cada
3 a 5 segundos (12 a 20 ventilações por minuto)
43. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha
para vítimas em FV de curta duração, como vítimas
que apresentaram colapso súbito em ambiente
extra-hospitalar (principal ritmo de PCR: FV)
44. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, a
FV é grosseira, estando “propícia” ao choque
• Após 5 minutos, por depleção do substrato
energético miocárdico, diminui a amplitude da FV
• Logo, o tempo ideal para a aplicação do primeiro
choque é nos primeiros 3 a 5 minutos da PCR
45. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• A desfibrilação é o único tratamento para uma
PCR em FV/taquicardia ventricular sem pulso
• Pode ser realizada com um equipamento manual
(somente manuseado pelo médico)
• Ou pode ser feita com um DEA, que poderá ser
usado por qualquer pessoa, assim que possível
46. SBV: Sequência Completa
DEA
Equipamento portátil que
interpreta ritmo cardíaco,
seleciona carga e
carrega “sozinho”
Cabe ao operador apenas
pressionar o botão de
choque, se indicado
47. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Um socorrista: parar RCP para conectar o DEA
• >1 socorrista: enquanto o primeiro realiza RCP, o
outro manuseia o DEA; nesse caso, só parar RCP
quando o DEA emitir uma frase como:
“Analisando o ritmo cardíaco, não toque o
paciente” ou “Choque recomendado,
carregando, afaste-se da vítima”
48. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Ligue o aparelho apertando o botão ON-OFF
(alguns ligam automaticamente ao abrir a tampa)
• Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima,
observando o desenho contido nas próprias pás,
que mostra o posicionamento correto das mesmas
50. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho
(em alguns, já está conectado)
• Quando o DEA disser “analisando o ritmo
cardíaco, não toque no paciente”, solicite que
todos se afastem e veja se há alguém tocando na
vítima (inclusive se houver outro socorrista)
51. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Se o choque for indicado, o DEA dirá “choque
recomendado, afaste-se do paciente”
• O socorrista que estiver manuseando o DEA deve
solicitar que todos se afastem, ver se realmente
não há ninguém (nem ele) tocando a vítima e,
então, apertar o botão indicado para o choque
52. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• A RCP deve ser iniciada pelas compressões
torácicas, imediatamente após o choque
• A cada 2 minutos, o DEA analisará o ritmo e poderá
indicar outro choque, se necessário
• Se não indicar choque, imediatamente reinicie a
RCP, caso a vítima não retome a consciência
53. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Se a vítima retomar a consciência, o DEA não deve
ser desligado e as pás não devem ser removidas
ou desconectadas até que o SME assuma o caso
• Se não houver suspeita de trauma e a vítima já
apresentar respiração normal e pulso, colocá-la em
posição de recuperação até que o SME chegue
55. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Quatro posições das pás (mesma eficácia no
tratamento de arritmias atriais e ventriculares):
– Anterolateral
– Anteroposterior
– Anterior-esquerda (infraescapular)
– Anterior-direita (infraescapular)
56. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Portador de marca-passo (MP) ou cardioversordesfibrilador implantável: se estiver na região
indicada para as pás, afaste-as, pelo menos, 8cm
ou opte por outro posicionamento das pás
(anteroposterior etc.), pois a proximidade destes
pode prejudicar a análise do ritmo pelo DEA
58. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Excesso de pelos no tórax:
– Remova o excesso de pelos, da região onde
serão posicionadas as pás, com uma lâmina que
geralmente está no Kit DEA
– Outra alternativa é depilar a região com um
esparadrapo ou com as pás e, depois, aplicar um
segundo jogo de pás
59. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Tórax molhado: seque por completo o tórax da
vítima; se a mesma estiver sobre uma poça d’água
não há problema, mas se a poça também envolver
o socorrista, remova a vítima para outro local
• Adesivo de medicamentos/hormonais: remova o
adesivo se estiver no local onde será aplicada a pá
60. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Crianças (1-8 anos):
– Use pás pediátricas ou atenuador de carga
– Se houver apenas pás de adulto, use-as! (sobre
o esterno e entre as escápulas)
– Pás infantis não devem ser usadas em adultos
(choque aplicado será insuficiente)
61. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Lactentes (até 1 ano):
– Desfibrilador manual é preferível; se não houver,
use DEA com pá pediátrica e atenuador de carga
– Na falta dos últimos, use pás de adulto, sobre o
esterno e entre as escápulas; o prejuízo para o
miocárdio é mínimo e há benefícios neurológicos
64. Considerações Finais
• Reconhecer uma PCR é de extrema importância
• Qualquer retardo por parte do socorrista atrasa o
acionamento do SME e o início das compressões,
diminuindo a chance da vítima sobreviver
• Para cada minuto sem RCP, a vítima de uma PCR
perde de 7-10% de chance de sobreviver
• O DEA aumenta o sucesso da RCP: a maioria das
PCR extra-hospitalares é em FV
65. Considerações Finais
• A participação de leigos no atendimento à PCR é
fundamental: grande parte das PCR ocorre em
ambiente extra-hospitalar
• No Brasil, mesmo nas escolas médicas, há déficit
no aprendizado de atendimento à PCR
• É necessário dar maior ênfase a este assunto e
expandir o SME para todo o território nacional, com
orientações aos profissionais de saúde e leigos
66. Considerações Finais
• Além disso, o acesso rápido ao DEA deve ser
instituído por todo o país, com treinamento da
população no uso do equipamento e preparo no
atendimento à emergência, assim como
orientações para o início precoce da RCP
Fonte: I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e
Cuidados Cardiovasculares de Emergência da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol 2013;101(2 Supl. 3):1-221