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Chirlei A Ferreira
   A dor pélvica aguda se caracteriza por um início súbito, aumento
    acentuado e de curta duração.
   A dor cíclica refere a dor que ocorre com uma associação definitiva ao
    ciclo menstrual.
   Dismenorréia, ou dor durante a menstruação é a mais freqüente das
    dores cíclicas e é classificada como primária ou secundária com base
    em associação anatomo-patológica.
   A dor aguda esta freqüentemente associada com respostas reflexas
    profundas autônomas, tais como náuseas, vômitos, sudorese,
    apreensão o que não se apresenta na dor pélvica crônica.
   Se associa a sinais inflamatórios ou infecção, tais como febre ou
    leucocitose que estão ausentes na dor crônica.
   A patofisiologia da dor pélvica aguda envolve mediadores presentes
    nos processos inflamatórios em alta concentração resultantes de
    infecção, isquemia ou irritação química.



                                               Chirlei A Ferreira
 A análise das características da dor é útil para o diagnóstico diferencial.
 O início rápido da dor é o sinal mais consistente de perfuração ou isquemia
    de vísceras da cavidade.
   A dor tipo cólica intensa esta comumente associada com contração muscular
    ou obstrução de vísceras ocas, tais como intestino ou útero, considerando ,
    que a dor é percebida acima do abdome sugere uma reação generalizada
    causada por irritação de fluido na cavidade, tais como sangue, material
    purulento, ou conteúdo de cisto ovariano.
      As vísceras são relativamente insensíveis a dor. A primeira percepção de
        dor visceral é o reflexo vagal, sensação pobremente localizada associada
        ao reflexo autônomo como resposta, uma vez que a dor começa a se
        localizar é chamada de dor referida (dor é melhor localizada e
        superficial). Essa referência deve-se a distribuição nervosa ou dermátomo
        da área de inervação oriunda da coluna.


                                          Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
CAUSAS
                                                  GINECOLÓGICAS
                       NÃO
                    RECORRENTE




DOR PÉLVICA AGUDA
                                                      CAUSAS
                                                  GINECOLÓGICAS


                    RECORRENTE


                                                   CAUSAS NÃO
                                                  GINECOLÓGIAS




                             Chirlei A Ferreira
DOR PÉLVICA AGUDA
Complicações da Gravidez   Gravidez ectópica
                           Aborto incompleto ou infectado
Infecção Aguda             Endometrite
                           Doença Inflamatória Pélvica Aguda
                           Abscesso tubo-ovariano
Doenças Anexiais           Hemorragia funcional do cisto ovariano
                           Torção do anexo
                           Ruptura de cisto funcional, neoplásico ou inflamatório




                                     Chirlei A Ferreira
DOR PÉLVICA AGUDA RECORRENTE
Ciclo Menstrual             Mittelschemeiz (dor meio de ciclo)
                            Dismenorréia primária
                            Dismenorréia secundária
Gastrointestinal            Gastroenterite
                            Apendicite
                            Obstrução intestinal
                            Diverticulite
                            Doença inflamatória intestinal
                            Síndrome do cólon irritável
Genitourinário              Cistites
                            Pielonefrite
                            Nefrolitíase
Músculo Esquelético         Hematoma de parede abdominal
                            Hérnia
Outros                      Porfiria aguda
                            Tromboflebite pélvica
                            Aneurisma aórtico
                            Angina abdominal




                                      Chirlei A Ferreira
Infecciosa,                  CASUÍSTICA
                                    TOCOGINECOLÓGICA
Hemorrágica,                              (10 anos, 287 casos)
Isquêmica ou vascular,                    DIPA: 95% do abdome
                                            inflamatório
Perfurante,
                                           Gravidez ectópica 69% do
Obstrutiva.                                abdome hemorrágico
                                           Torção anexial: 100% do
                                            abdome isquêmicos




                          Chirlei A Ferreira
 ANAMNESE                                   EXAME FÍSICO
   A anamnese nem sempre pode                     O exame físico deve ser
    ser realizada adequadamente no                  completo e sistematizado em
    atendimento de emergência,                      pacientes hemodinamicamente
    pois a paciente pode se                         estáveis.
    encontrar sem condições de                     Os sinais vitais devem ser
    informar seu histórico, e seus                  aferidos, assim como sua
    dados serem obtidos a partir de                 postura.
    acompanhantes.                                 A palpação inicialmente
   É importante reconhecer as                      superficial, deve começar pela
    características da dor, tais como:              região não-comprometida ou
       Início e evolução                           menos dolorosa e prosseguir até
       Fatores de melhora e piora                  a área de dor.
       Duração                                    O exame ginecológico deve ser
       Associação com situações                    realizado assim como o toque
        fisiológicas, como evacuações,
        diurese, ciclo menstrual.                   vaginal e retal.


                                         Chirlei A Ferreira
DOR PELVICA AGUDA

                    Anamnese + exame ginecológico
                  + exames complementares ( + βhCG)


        ALTERADOS                                     NORMAIS

  Dor a mobilização do colo,
sangramento vaginal anormal,                            Causas não
        massa anexial                                  ginecológicas

    Causa ginecológica
                                                     Zimmermmann et al., 2008

                                Chirlei A Ferreira
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA

SIM
             NÃO



       EXAMES COMPLEMENTARES BÁSICOS



       DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA
SIM

               NÃO



         ULTRA-SONOGRAFIA



      DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA

SIM
               NÃO




                     Chirlei A Ferreira
NÃO



                TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA



                        DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA

        SIM

                                NÃO




                                OBSERVAÇÃO                 VIDEOLAPAROSCOPIA
TRATAMENTO ESPECÍFICO                                         LAPAROTOMIA
                                REAVALIAÇÃO




                                      Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 ANAMNESE
   No diagnóstico clínico o valor de predição positiva da forma aguda é de 65-
    90% em relação ao diagnóstico laparoscópico;
   A maioria dos episódios não são identificados, pois, a mulher pode ser
    assintomática, pouco sintomática ou apresentar sintomas atípicos.
   Alguns sintomas podem estar presentes:
      Dor à mobilização do colo (“ grito de Douglas”),
      Dolorimento anexial,
      Dispareunia,
      Corrimento vaginal muco-purulento,
      Queixas urinárias,
      Sangramento intermenstrual,
      Anorexia, náuseas, vômitos,
      Febre maior que 38 °C (20-30% dos casos)


                                      Chirlei A Ferreira
 Freqüentemente é uma infecção
  polimicrobiana.
 Pode ser causada por micoplasma
  genitais,estreptococos,
  Mycobacterium tuberculosis,e as
  doenças sexualmente
  transmissíveis, sendo as mais
  comuns, Chlamydia trachomatis e
  Neisseria gonorrhoeae (40%-60%
  das vezes).



                           Chirlei A Ferreira
INFECÇÕES         COMPLICAÇÕES              PROBABILIDADE DE
 Múltiplos parceiros                                               DIP
                        VAGINOSE          DIP                       Desconhecida
 Rompimento da                           Transmissão de HIV        3 vezes
  barreira do colo:     TRICOMONÍASE      Transmissão de HIV        3 vezes
    DIU,
                        CLAMÍDIA          DIP                       8% a 10% se não tratada
    curetagem,                           Abortamento               10% a 23% (*)
    biópsia                              Transmissão de HIV        3 a 6 vezes
     endometrial        GONOCOCO          DIP                       8% a 40% se não
                                          Abortamento               tratada
 Mulheres jovens,                        Natimortalidade           5 % a 40%
                                          Transmissão de HIV
  baixa renda e                                                     2% a 9%
  escolaridade.

                                                     (*) primo-infecção e recidiva, respectivamente
                                                     FONTE: MS 2002




                                       Chirlei A Ferreira
 GINECOLÓGICA                      R$25.462.880,531 é o custo de
   Endometrite,                     93.040 internações com DIPA
   Salpingite,                      (2003/04),
   Abscesso tubo-ovariano,         Mulheres que tiveram DIP têm
   Peritonite generalizada .        probabilidade 6 a 10 vezes maior
   Peri-hepatite
                                     de desenvolver gravidez
                                     ectópica.
 PÓS-ABORTO
                                    Esterilidade resultante de DIPA
   Infecções pós abortamento
                                     na América Latina é de
 PÓS-CIRÚRGICA                      aproximadamente 35%
   Infecções pós cirurgias
    pélvicas

                                                     Fonte: MS DATASUS

                                Chirlei A Ferreira
CLASSIFICAÇÃO                                     TRATAMENTO
   Estádio I                                     Hospitalização em:
                                                       •  Grávida,
      Salpingite Aguda Sem Peritonite                 •  Ausência de resposta e/ou intolerância a
                                                          tratamento oral,
   Estádio II                                         •  Abscesso,
      Salpingite aguda com peritonite                 •  Abordagem cirúrgica.
                                                  Antibioticoterapia:
   Estádio III
                                                   Cefuroxima 2g EV 12/12h, ou
      Salpingite aguda com sinais de
                                                   Cefoxitina 2 g EV 6/6h + Doxiciclina 100mg VO
        oclusão tubária e/ou abscesso                ou EV 12/12h
        tubovariano                                Alternativa: Clindamicina + gentamicina
                                                   Terapia venosa até 24h após melhora clínica,
   Estágio IV                                       completar por 14dias VO
      Sinais clínicos de ruptura de               Tratamento cirúrgico: drenagem de abscessos,
        abscesso tubovariano ou                      lavagem da cavidade
        comprovação ultrassonográfica de          Outros cuidados:
                                                   Tratamento dos parceiros
        abscesso acima de 10 cm.
                                                   Oferecer teste HIV. Orientar contracepção

                                        CDC Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines 2006
                                               Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 FATORES DE RISCO
 Alto risco: DIP, gravidez
                                  CONDIÇÕES         LESÃO           PROBABILIDA
 ectópica anterior,                                 TUBÁRIA         DE DE
 procedimentos cirúrgicos                                           GRAVIDEZ
                                                                    ECTÓPICA
 prévios, uso de DIU              1ª DIP            13%             1.000 vezes
 Risco moderado: indução         2ª DIP
                                  3ª DIP
                                                    35%
                                                    75%
 de ovulação, múltiplos
 parceiros                        GRAVIDEZ
                                  ECTÓPICA
                                                                    10% A 25%

 Pequeno risco: cirurgias        PRÉVIA

 abdominais prévias,              USO DE DIU                        3% A 4%

 duchas vaginais,
 tabagismo, atividade sexual
 precoce.
                                         FONTE: NETTO et al. 2004, BRACAT & LIMA 2005



                               Chirlei A Ferreira
EXAMES
DIAGNÓSTICO                           LABORATORIAIS
 HISTÓRIA CLINICA                     Zona discriminatória do βHCG:
   História da dor, corrimento,           detecta até 99% das gestações
    febre, náuseas e/ou vômitos,
                                           ectópicas de qualquer
    contracepção, DUM, fatores
    de risco                               localização:
 EXAME FÍSICO                              • Presença de fator de risco
   Posição do paciente, fácies.                 para gravidez ectópica
    Sinais vitais, exame do                 •     Ausência de saco gestacional
    abdome.Corrimento, sinais
    de gravidez, dor a                           intra-uterino ao US
    mobilização do colo, massas                  endovaginal
    e/ou coleções pélvica.                  •     β-HCG > 1500 UI/ml

                                   Chirlei A Ferreira
Atraso Menstrual + sangramento vaginal
                                                           + dor pélvica


                                                             Β-hCG


                                                             USTV


                   Saco Gestacional                    Cavidade Uterina
                        Tópico
                                                                                                       Massa Anexial
                 Gestação Ectópica                           VAZIA                                     Extraovariana
                                                                                                     (embrião vivo, anel
                                                                                                        tubário ou
                                                                                                      hematossalpinge
                 Ausência de Massa Anexial                  Avaliar Anexos


                                                                                                       Gravidez Tópica
 Β-hCG > 1.500                  Β-hCG < 1.500
  a 2.500 UI/l                   a 2.500 UI/l
                                                                             Crescimento β-hCG < 50% do valor
                                                                                    inicial em 48 horas
                                 Repetir β-hCG e USTV em 48 horas
Gravidez Tópica                                                                     Gravidez inviável tópica ou
                                                                                         ectópica (USTV)
                                      β-hCG duplica em 48
                                            horas                                   Esvaziamento da cavidade
                                                                                            uterina
                                       Gravidez Tópica         Chirlei A Ferreira
INDICAÇÕES                    CONTRAINDICAÇÕES
Gravidez íntegra              Função renal anormal (Clearence < 60)

Massa Ectópica < 3,5 cm       Disfunção hepática (testes de função hepática > 2,5
                              vezes o limite superior da normalidade)
Ausência de atividade         Contagem absoluta de neutrófilos < 1.500 e de
Cardíaca Fetal                plaquetas < 100
Β-hCG < 15.000                Doença ulcerosa péptica

Possibilidade de seguimento   Amamentação




                                     Chirlei A Ferreira
 Os cistos ovarianos funcionais podem apresentar sangramento
  podem apresentar sangramento no momento da ovulação ou após a
  formação do corpo lúteo. O sangramento pode ocorrer em diferentes
  graus, o que determina expressões clínicas diversas.
 CLÍNICA
    Mulheres jovens não usuárias de anovulatórios, com dor abdominal
     aguda, localizada no hipogástrio ou em uma das fossas ilíacas, que
     ocorre no período ovulatório ou na segunda metade do ciclo menstrual.
     A dor pode ser desencadeada por esforço físico ou pela atividade sexual.
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
    O principal diagnóstico diferencial é a Gestação Ectópica, que pode ser
     adequadamente realizado com a identificação do β-hCG sanguíneo ou
     urinário.



                                       Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
 A dor aguda da torção relatada          CLÍNICA
  para a presença de cisto ovariano             Há potencial risco de necrose e
  inclui, principalmente, tipo                   posterior gangrena se o
  Dermoide (48%);                                diagnóstico não for realizado
                                                Os sintomas apresentados são:
 Ovários neoplásicos predispõe a
                                                 náuseas, vômitos, dor no baixo
  torção vascular sobre estruturas               ventre irradiando para o flanco.
  (46%)
                                          EXAME FÍSICO
 Torções em ovários normais
                                                O exame bimanual revela uma
  ocorrem em 6% dos casos;                       massa no lado da torção, há
 O suprimento sanguíneo arterial                intensa dor à palpação;
  e venoso são reduzidos e o plexo              Diante de uma grande suspeita a
  nervoso é comprometido.                        cirurgia.
                                                Exames de US, MRI são
                                                 limitados ao diagnóstico de
                                                 certeza

                                      Chirlei A Ferreira
Muito obrigada!
      Chirlei/2010




Chirlei A Ferreira

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Dor pélvica aguda em ginecologia

  • 1.
  • 3. A dor pélvica aguda se caracteriza por um início súbito, aumento acentuado e de curta duração.  A dor cíclica refere a dor que ocorre com uma associação definitiva ao ciclo menstrual.  Dismenorréia, ou dor durante a menstruação é a mais freqüente das dores cíclicas e é classificada como primária ou secundária com base em associação anatomo-patológica.  A dor aguda esta freqüentemente associada com respostas reflexas profundas autônomas, tais como náuseas, vômitos, sudorese, apreensão o que não se apresenta na dor pélvica crônica.  Se associa a sinais inflamatórios ou infecção, tais como febre ou leucocitose que estão ausentes na dor crônica.  A patofisiologia da dor pélvica aguda envolve mediadores presentes nos processos inflamatórios em alta concentração resultantes de infecção, isquemia ou irritação química. Chirlei A Ferreira
  • 4.  A análise das características da dor é útil para o diagnóstico diferencial.  O início rápido da dor é o sinal mais consistente de perfuração ou isquemia de vísceras da cavidade.  A dor tipo cólica intensa esta comumente associada com contração muscular ou obstrução de vísceras ocas, tais como intestino ou útero, considerando , que a dor é percebida acima do abdome sugere uma reação generalizada causada por irritação de fluido na cavidade, tais como sangue, material purulento, ou conteúdo de cisto ovariano.  As vísceras são relativamente insensíveis a dor. A primeira percepção de dor visceral é o reflexo vagal, sensação pobremente localizada associada ao reflexo autônomo como resposta, uma vez que a dor começa a se localizar é chamada de dor referida (dor é melhor localizada e superficial). Essa referência deve-se a distribuição nervosa ou dermátomo da área de inervação oriunda da coluna. Chirlei A Ferreira
  • 6. CAUSAS GINECOLÓGICAS NÃO RECORRENTE DOR PÉLVICA AGUDA CAUSAS GINECOLÓGICAS RECORRENTE CAUSAS NÃO GINECOLÓGIAS Chirlei A Ferreira
  • 7. DOR PÉLVICA AGUDA Complicações da Gravidez Gravidez ectópica Aborto incompleto ou infectado Infecção Aguda Endometrite Doença Inflamatória Pélvica Aguda Abscesso tubo-ovariano Doenças Anexiais Hemorragia funcional do cisto ovariano Torção do anexo Ruptura de cisto funcional, neoplásico ou inflamatório Chirlei A Ferreira
  • 8. DOR PÉLVICA AGUDA RECORRENTE Ciclo Menstrual Mittelschemeiz (dor meio de ciclo) Dismenorréia primária Dismenorréia secundária Gastrointestinal Gastroenterite Apendicite Obstrução intestinal Diverticulite Doença inflamatória intestinal Síndrome do cólon irritável Genitourinário Cistites Pielonefrite Nefrolitíase Músculo Esquelético Hematoma de parede abdominal Hérnia Outros Porfiria aguda Tromboflebite pélvica Aneurisma aórtico Angina abdominal Chirlei A Ferreira
  • 9. Infecciosa,  CASUÍSTICA  TOCOGINECOLÓGICA Hemorrágica, (10 anos, 287 casos) Isquêmica ou vascular,  DIPA: 95% do abdome inflamatório Perfurante,  Gravidez ectópica 69% do Obstrutiva. abdome hemorrágico  Torção anexial: 100% do abdome isquêmicos Chirlei A Ferreira
  • 10.  ANAMNESE  EXAME FÍSICO  A anamnese nem sempre pode  O exame físico deve ser ser realizada adequadamente no completo e sistematizado em atendimento de emergência, pacientes hemodinamicamente pois a paciente pode se estáveis. encontrar sem condições de  Os sinais vitais devem ser informar seu histórico, e seus aferidos, assim como sua dados serem obtidos a partir de postura. acompanhantes.  A palpação inicialmente  É importante reconhecer as superficial, deve começar pela características da dor, tais como: região não-comprometida ou  Início e evolução menos dolorosa e prosseguir até  Fatores de melhora e piora a área de dor.  Duração  O exame ginecológico deve ser  Associação com situações realizado assim como o toque fisiológicas, como evacuações, diurese, ciclo menstrual. vaginal e retal. Chirlei A Ferreira
  • 11. DOR PELVICA AGUDA Anamnese + exame ginecológico + exames complementares ( + βhCG) ALTERADOS NORMAIS Dor a mobilização do colo, sangramento vaginal anormal, Causas não massa anexial ginecológicas Causa ginecológica Zimmermmann et al., 2008 Chirlei A Ferreira
  • 12. DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA SIM NÃO EXAMES COMPLEMENTARES BÁSICOS DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA SIM NÃO ULTRA-SONOGRAFIA DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA SIM NÃO Chirlei A Ferreira
  • 13. NÃO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA SIM NÃO OBSERVAÇÃO VIDEOLAPAROSCOPIA TRATAMENTO ESPECÍFICO LAPAROTOMIA REAVALIAÇÃO Chirlei A Ferreira
  • 16.  ANAMNESE  No diagnóstico clínico o valor de predição positiva da forma aguda é de 65- 90% em relação ao diagnóstico laparoscópico;  A maioria dos episódios não são identificados, pois, a mulher pode ser assintomática, pouco sintomática ou apresentar sintomas atípicos.  Alguns sintomas podem estar presentes:  Dor à mobilização do colo (“ grito de Douglas”),  Dolorimento anexial,  Dispareunia,  Corrimento vaginal muco-purulento,  Queixas urinárias,  Sangramento intermenstrual,  Anorexia, náuseas, vômitos,  Febre maior que 38 °C (20-30% dos casos) Chirlei A Ferreira
  • 17.  Freqüentemente é uma infecção polimicrobiana.  Pode ser causada por micoplasma genitais,estreptococos, Mycobacterium tuberculosis,e as doenças sexualmente transmissíveis, sendo as mais comuns, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae (40%-60% das vezes). Chirlei A Ferreira
  • 18. INFECÇÕES COMPLICAÇÕES PROBABILIDADE DE  Múltiplos parceiros DIP VAGINOSE DIP Desconhecida  Rompimento da Transmissão de HIV 3 vezes barreira do colo: TRICOMONÍASE Transmissão de HIV 3 vezes  DIU, CLAMÍDIA DIP 8% a 10% se não tratada  curetagem, Abortamento 10% a 23% (*)  biópsia Transmissão de HIV 3 a 6 vezes endometrial GONOCOCO DIP 8% a 40% se não Abortamento tratada  Mulheres jovens, Natimortalidade 5 % a 40% Transmissão de HIV baixa renda e 2% a 9% escolaridade. (*) primo-infecção e recidiva, respectivamente FONTE: MS 2002 Chirlei A Ferreira
  • 19.  GINECOLÓGICA  R$25.462.880,531 é o custo de  Endometrite, 93.040 internações com DIPA  Salpingite, (2003/04),  Abscesso tubo-ovariano,  Mulheres que tiveram DIP têm  Peritonite generalizada . probabilidade 6 a 10 vezes maior  Peri-hepatite de desenvolver gravidez ectópica.  PÓS-ABORTO  Esterilidade resultante de DIPA  Infecções pós abortamento na América Latina é de  PÓS-CIRÚRGICA aproximadamente 35%  Infecções pós cirurgias pélvicas Fonte: MS DATASUS Chirlei A Ferreira
  • 20. CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO  Estádio I Hospitalização em: • Grávida,  Salpingite Aguda Sem Peritonite • Ausência de resposta e/ou intolerância a tratamento oral,  Estádio II • Abscesso,  Salpingite aguda com peritonite • Abordagem cirúrgica. Antibioticoterapia:  Estádio III  Cefuroxima 2g EV 12/12h, ou  Salpingite aguda com sinais de  Cefoxitina 2 g EV 6/6h + Doxiciclina 100mg VO oclusão tubária e/ou abscesso ou EV 12/12h tubovariano  Alternativa: Clindamicina + gentamicina  Terapia venosa até 24h após melhora clínica,  Estágio IV completar por 14dias VO  Sinais clínicos de ruptura de  Tratamento cirúrgico: drenagem de abscessos, abscesso tubovariano ou lavagem da cavidade comprovação ultrassonográfica de Outros cuidados:  Tratamento dos parceiros abscesso acima de 10 cm.  Oferecer teste HIV. Orientar contracepção CDC Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines 2006 Chirlei A Ferreira
  • 22.  FATORES DE RISCO  Alto risco: DIP, gravidez CONDIÇÕES LESÃO PROBABILIDA ectópica anterior, TUBÁRIA DE DE procedimentos cirúrgicos GRAVIDEZ ECTÓPICA prévios, uso de DIU 1ª DIP 13% 1.000 vezes  Risco moderado: indução 2ª DIP 3ª DIP 35% 75% de ovulação, múltiplos parceiros GRAVIDEZ ECTÓPICA 10% A 25%  Pequeno risco: cirurgias PRÉVIA abdominais prévias, USO DE DIU 3% A 4% duchas vaginais, tabagismo, atividade sexual precoce. FONTE: NETTO et al. 2004, BRACAT & LIMA 2005 Chirlei A Ferreira
  • 23. EXAMES DIAGNÓSTICO LABORATORIAIS  HISTÓRIA CLINICA  Zona discriminatória do βHCG:  História da dor, corrimento, detecta até 99% das gestações febre, náuseas e/ou vômitos, ectópicas de qualquer contracepção, DUM, fatores de risco localização:  EXAME FÍSICO • Presença de fator de risco  Posição do paciente, fácies. para gravidez ectópica Sinais vitais, exame do • Ausência de saco gestacional abdome.Corrimento, sinais de gravidez, dor a intra-uterino ao US mobilização do colo, massas endovaginal e/ou coleções pélvica. • β-HCG > 1500 UI/ml Chirlei A Ferreira
  • 24. Atraso Menstrual + sangramento vaginal + dor pélvica Β-hCG USTV Saco Gestacional Cavidade Uterina Tópico Massa Anexial Gestação Ectópica VAZIA Extraovariana (embrião vivo, anel tubário ou hematossalpinge Ausência de Massa Anexial Avaliar Anexos Gravidez Tópica Β-hCG > 1.500 Β-hCG < 1.500 a 2.500 UI/l a 2.500 UI/l Crescimento β-hCG < 50% do valor inicial em 48 horas Repetir β-hCG e USTV em 48 horas Gravidez Tópica Gravidez inviável tópica ou ectópica (USTV) β-hCG duplica em 48 horas Esvaziamento da cavidade uterina Gravidez Tópica Chirlei A Ferreira
  • 25. INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES Gravidez íntegra Função renal anormal (Clearence < 60) Massa Ectópica < 3,5 cm Disfunção hepática (testes de função hepática > 2,5 vezes o limite superior da normalidade) Ausência de atividade Contagem absoluta de neutrófilos < 1.500 e de Cardíaca Fetal plaquetas < 100 Β-hCG < 15.000 Doença ulcerosa péptica Possibilidade de seguimento Amamentação Chirlei A Ferreira
  • 26.  Os cistos ovarianos funcionais podem apresentar sangramento podem apresentar sangramento no momento da ovulação ou após a formação do corpo lúteo. O sangramento pode ocorrer em diferentes graus, o que determina expressões clínicas diversas.  CLÍNICA  Mulheres jovens não usuárias de anovulatórios, com dor abdominal aguda, localizada no hipogástrio ou em uma das fossas ilíacas, que ocorre no período ovulatório ou na segunda metade do ciclo menstrual. A dor pode ser desencadeada por esforço físico ou pela atividade sexual.  DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL  O principal diagnóstico diferencial é a Gestação Ectópica, que pode ser adequadamente realizado com a identificação do β-hCG sanguíneo ou urinário. Chirlei A Ferreira
  • 28.  A dor aguda da torção relatada  CLÍNICA para a presença de cisto ovariano  Há potencial risco de necrose e inclui, principalmente, tipo posterior gangrena se o Dermoide (48%); diagnóstico não for realizado  Os sintomas apresentados são:  Ovários neoplásicos predispõe a náuseas, vômitos, dor no baixo torção vascular sobre estruturas ventre irradiando para o flanco. (46%)  EXAME FÍSICO  Torções em ovários normais  O exame bimanual revela uma ocorrem em 6% dos casos; massa no lado da torção, há  O suprimento sanguíneo arterial intensa dor à palpação; e venoso são reduzidos e o plexo  Diante de uma grande suspeita a nervoso é comprometido. cirurgia.  Exames de US, MRI são limitados ao diagnóstico de certeza Chirlei A Ferreira
  • 29. Muito obrigada! Chirlei/2010 Chirlei A Ferreira