O refluxo gastroesofágico pode ser conceituado como o fluxo retrógrado e repetido de conteúdo gástrico para o esôfago, sendo mais frequente em crianças, em maior quantidade do sexo masculino, constitui uma das principais causas de consultas ao gastroenterologista pediátrico. Seu diagnostico deve começar pela elaboração da história clínica completa, onde seus sintomas mais comuns são azia, dor de garganta, dores nos peitos, etc. (NORTON; PENNA, 2000).
2. Introdução
O refluxo gastroesofágico pode ser
conceituado como o fluxo
retrógrado e repetido de conteúdo
gástrico para o esôfago, sendo mais
frequente em crianças, em maior
quantidade do sexo masculino,
constitui uma das principais causas
de consultas ao gastroenterologista
pediátrico. Seu diagnostico deve
começar pela elaboração da história
clínica completa, onde seus sintomas
mais comuns são azia, dor de
garganta, dores nos peitos, etc.
(NORTON; PENNA, 2000).
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3. Definição
O Refluxo Gastresofágico é
uma doença digestiva em que os
ácidos presentes dentro do
estômago voltam pelo esôfago
ao invés de seguir o fluxo
normal da digestão. Esse
movimento é conhecido como
refluxo e irrita os tecidos que
revestem o esôfago, causando os
sintomas típicos da DRGE. É
comum em crianças, na maioria
das vezes de evolução benigna e
distinguida pela presença de
vomito. Ao lado da dor
abdominal e intestino preço,
constitui um das principais
causas de consultas ao
gastroenterologista pediátrico.
(NORTON; PENNA, 2000).
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4. Fisiologia do Sistema
Digestório
O processo inicia-se na boca que
ocorrerá a mastigação do alimento
formando em bolo alimentar. A saliva
é secretada pelas glândulas parótidas,
submaxilares e sublinguais. O muco
da boca tem a função de lubrificar e
produzir uma enzima chamado de
ptialina. A função da ptialina é
hidrolisar os carboidratos em amidos,
para que sejam digeridos. Após a
mastigação do alimento a língua
empurra o bolo alimentar para a
laringe e em seguida para o esôfago
por movimentos peristálticos.
(GUYTON, 1988).
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5. Digestão do Estômago
Com a presença do bolo alimentar no
estômago, estimula as células do epitélio
glandular a secretar o suco gástrico, que é
formado por ácido clorídrico e pepsina,
que faz a digestão química do bolo
alimentar, principalmente as proteínas. O
estômago realiza o movimento peristáltico
na qual o bolo alimentar transformará em
quimo. No final do estômago há uma
válvula que impede a saída de alimentos
que é chamado de esfíncter pilórico. A
válvula pilórica ao relaxar libera em
pequenas quantidades o quimo para o
duodeno. (GUEDES, 2015).
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6. Digestão do Intestino
Delgado
O intestino delgado ocorre movimentos
propulsivos que é a distensão de qualquer parte
do intestino delgado pelo quimo desencadeia uma
onda peristáltica. O quimo receberá enzimas para
a quebra de algumas moléculas como: as enzimas
pancreáticas que contem a amílase para a
digestão dos carboidratos de tripsina e de
quimo-tripsina, para a digestão das proteínas de
lipase pancreática para a digestão de gorduras. A
secreção biliar tem o objetivo de separar as
gorduras em quantidades menores para que as
enzimas pancreáticas possam hidrolisar.
(GUYTON, 1988).
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7. Digestão do Intestino
Delgado
Os enterócitos são enzimas do intestino
delgado que tem o objetivo de quebrar as
moléculas de peptídeos e aminoácidos em
sucrase, maltase, isomaltase e lactase, para a
hidrólise de dissacarídeos em
monossacarídeos, que serão absorvidas na
parede intestinal e em direção a corrente
sanguínea. O intestino delgado libera uma
secreção de íons de bicarbonato de sódio
para diminuir o PH do quimo. Portanto, com
todo processo o quilo será liberado para o
intestino grosso do esfíncter do ileocecal.
(GUYTON; HALL, 2006).
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8. Digestão do Intestino
Grosso
As funções do cólon, são absorção de água e
de eletrólitos do quilo, armazenada o material
fecal até que seja eliminada. A primeira metade
do cólon tem a função de absorção, e o cólon
distal é armazenamento das fezes. Os
movimentos da mistura do quilo são de
movimentos peristálticos que movimenta a
massa para o cólon ascendente, cólon
transversal, cólon descendente e até sigmoide.
No cólon ascendente e o cólon transversal são
os que absorvem os nutrientes e a água,
incluindo a ação dos microbiotas para auxiliar
na digestão do quilo. (GUYTON, 1988).
Com o final do processo as fezes serão
encaminhadas para o cólon descendente,
sigmoide e no reto, na qual será armazenada e
em seguida eliminada pelo ânus, (GUYTON;
HALL, 2006).
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10. Digestão de Carboidratos,
Gorduras e Proteínas
CARBOIDRATOS: Na mastigação os
carboidratos serão hidrolisados em
amidos pela ptialina que são secreções
salivares. No estômago o amido será
hidrolisado em amílase com a ação do
ácido clorídrico. Ao chegar no intestino
delgado contém as enzimas maltase,
isomaltase, lactase e sucrose com o
resultado do processo serão formados os
monossacarídeos que serão absorvidos
pela parede intestinal para o sangue. Os
produtos finais da digestão dos
carboidratos são: a glicose, a galactose e
a frutose. (GUYTON, 1988).
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11. Digestão de Carboidratos,
Gorduras e Proteínas
GORDURAS: As digestões das
gorduras são digeridas em pequenas
quantidades de triglicerídeos é no
estômago pela lipase lingual secretada
pelas glândulas linguais na boca que são
deglutidas com a saliva. A maior parte
da digestão é no intestino delgado com a
secreção da bile que é a quebra dos
glóbulos de gordura em partículas
menores que é chamado de
emulsificação de gordura. As enzimas
do pâncreas para hidrolisar as gorduras
em ácidos graxos são chamadas de
lipase pancreática, suficiente para
digerir os triglicerídeos. (GUYTON;
HALL, 2006).
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12. Digestão de Carboidratos,
Gorduras e Proteínas
PROTEÍNAS: a digestão das proteínas
começa com a ação da pepsina no
estômago, na qual a pepsina é secretada
sob forma de pepsinogenio, em contato
com o ácido clorídrico no estômago. A
proteína é desdobrada em proteoses, em
peptonas e em polipeptídios que são
moléculas menores dos aminoácidos. Ao
chegar no intestino delgado esses
compostos são ainda hidrolisados em pela
tripsina, pela quimotripsina e também pela
caborxipeptidase do suco pancreático.
Com ação do suco pancreático o
carboxipeptidase é hidrolisado em
polipeptídios.
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13. Tratamento
Os métodos terapêuticos utilizados no
tratamento da DRGE compreendem medidas
comportamentais e dietéticas, tratamento
medicamentoso e tratamento cirúrgico. Os
objetivos do tratamento conservador são: aliviar
os sintomas, cicatrizar lesões, prevenir recidivas,
e complicações.
(MARTINEZ, MARTINEZ, GRANDE, 2008.)
• Postura
• Medicamentos
• Alimentação
• Perda de peso
• Abandono do Álcool e Tabagismo
• Exercícios Físicos
• Cirurgia
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14. Fisiopatologia
A Doença do Refluxo
Gastresofágico (DRGE) acontece
quando há o refluxo do conteúdo
gástrico para o esôfago, suplantando a
resistência do epitélio esofágico. A
DRGE pode ocorrer de duas formas
fundamentais diferentes:
• quando há um contato prolongado
do epitélio esofágico com o ácido
gástrico que refluiu;
• quando há uma lesão do epitélio
esofágico, mesmo não estando em
um período prolongado.
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15. Fisiopatologia
Esse contato prolongado com o ácido
pode ser explicado por um defeito que
ocorre nas barreiras antirrefluxo e/ou nos
mecanismos de depuração luminal. O
EEI (esfíncter esofágico inferior) é
responsável por grande parte dos quadros
de refluxo. Esses são relaxamentos
reflexos desse esfíncter que resultam do
alongamento do estômago, não sendo
induzidos pela deglutição. São duas
vezes mais longos do que os
relaxamentos relacionados com a
deglutição e também não vem
acompanhado de um peristaltismo
esofágico que destruiria o lúmen, por isso
estão associados ao refluxo.
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16. Fisiopatologia
Não se sabe ainda a causa do aumento
dos relaxamentos temporários, porém,
não há envolvimento com a demora no
esvaziamento gástrico e nem com
infecções causadas pela Helicobater
pylori.
Em caso de esofagite erosiva, os
relaxamentos temporários do EEI estão
menos relacionados com o surgimento de
refluxo, a maioria aparece devido a um
esfíncter mecanicamente enfraquecido.
Também não se sabe se esse
enfraquecimento é a causa da esofagite
erosiva ou se é apenas uma consequência
dessa condição, pois alguns produtos
liberados no período da inflamação
podem causar a diminuição de
contratilidade do EEI.
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17. Fisiopatologia
A esofagite erosiva pode levar a um
encurtamento do esôfago (pela
contração continua da musculatura
longitudinal) ou levar à disfunção do
peristaltismo (pelo enfraquecimento
da contratilidade da musculatura
circular).
Pacientes que apresentam azias,
podem desencadear um defeito
primário tecidual, devido a dietas
imprudentes como excesso de
exposição ao álcool, hipertônicas ou
produtos com temperaturas elevadas.
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18. Conclusão
De acordo com acervos literários, realizamos
as pesquisas e concluímos que a doença do
refluxo gastroesofágico cursa com os sintomas
típicos (pirose e regurgitação), mas também
pode se apresentar com as manifestações
atípicas (dor torácica, sintomas respiratórios e
otorrinolaringológicos). Em função dessas
características, o primeiro passo para o
diagnóstico adequado da DRGE é o
conhecimento do conceito atual da afecção, dos
diversos fatores de risco e das suas várias
formas de apresentação clínica.
O tratamento desta patologia deve ser
medicamentoso (através do uso de fármacos
específicos) e não medicamentoso (através de
medidas comportamentais). Até mesmo a
intervenção cirúrgica pode ser necessária em
pacientes com sintomas crônicos e que não
respondem satisfatoriamente ao tratamento
medicamentoso.
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19. Referências
• FARIAS, Alberto Queiroz; DEGUTI, Marta Mitiko; CARRILHO, Flair José.
Doenças gastrintestinais. In: GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil
medicina. 23 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Cap. 140, p. 1150-1151.
• FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA. Refluxo
Gastresofágico: Diagnóstico e Tratamento. Associação Médica Brasileira e
Conselho Federal de Medicina, 2003. Disponível em:
<https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/refluxo-gastroesofagico-
diagnostico-e-tratamento.pdf.> Acesso em: 21 mar. 2017.
• GUEDES, Marcelo Ribeiro de Almeida. Ensino de anatomia e fisiologia do
sistema digestório humano mediado por sala ambiente. 2015. 72f.
Dissertação ( Mestrado em Ciências da saúde e do Meio Ambiente) –
Pontifícia Centro Universitário de Volta Redonda.
• GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 6 ed. Rio de Janeiro: Ed.
Guanabara Koogan, 1988. 564p
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20. Referências
• GUYTON, Arthur C; HALL, John E. Tratamento de fisiologia médica. 11 ed.
Tradução: Barbara Alencar Martins et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 1115p.
• MARTINEZ, Paula Nardi de Souza; MARTINEZ, Júlio Cesar; GRANDE, Jose
Carlos Del. Tratamento Cirúrgico da doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE):
Analise Critica. Revista da Faculdade de Ciências Medicas de Sorocaba, São
Paulo,v. 10, n. 1, p. 1-4, 2008. Disponível em:
<http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/download/643/pdf.> Acesso
em: 21 mar. 2017
• NORTON, Rocksane C; PENNA, Francisco J. Refluxo gastroesofágico. Jornal
da Pediatria, Rio de Janeiro, v. 76, p. 219-224, set. 2010. Disponível em:<
http://www .jped.com.br/conteudo/00-76-s218/port.pdf>. Acesso em 19 mar.
2017.
• SANTOS, Priscila Freitas et al. Distúrbios Gastrointestinais. Disponível em :
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7AMAH/disturbios-
gastrointestinais-fisiologia>. Acesso em: 19 mar. 2017.
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