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SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
ROBERTO SIMÕES
Diretor-Presidente
LUIZ BARRETTO
Diretor Técnico
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS
SEBRAE
SGAS 604/605 – Módulos 30 e 31 – Asa Sul – Brasília – Distrito Federal
CEP: 70200-645 – Telefone: (61) 3348 7100
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Central de Relacionamento Sebrae
0800 570 0800
Diretor de Administração e Finanças
JOSÉ CLAUDIO DOS SANTOS
Gerente da Unidade de Agronegócios
ENIO QUEIJADA
Gerente da Unidade de Marketing e
Comunicação
CÂNDIDA BITTENCOURT
Coordenadora da Carteira de Orgânicos,
PAIS e Horticultura
NEWMAN COSTA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES
ESTADUAIS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
EXTENSÃO RURAL (ASBRAER)
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
EXTENSÃO RURAL DO DISTRITO FEDERAL
(EMATER-DF)
REALIZAÇÃO
Apoio Técnico
Sumário
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................5
1º Passo – MODALIDADES DE CULTIVO............................................................................6
2º Passo – ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO............7
3º Passo – ESCOLHA DA CULTIVAR...................................................................................10
4º Passo – SEMEADURA...........................................................................................................12
5º Passo – TRATOS CULTURAIS............................................................................................13
6º Passo – CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS.......................................................16
7º Passo – COLHEITA E PÓS - COLHEITA........................................................................18
8º Passo – COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO DE VALOR...............................19
9º Passo – COMPORTAMENTO DE MERCADO...........................................................20
10º Passo – LEVANTAMENTOS DE DADOS PARA ORÇAMENTO......................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................24
ANOTAÇÕES....................................................................................................................................25
Editorial
Série Agricultura Familiar
Coleção Passo a Passo Cenoura
Produção Editorial
PLANO MÍDIA COMUNICAÇÃO
(planomidia@gmail.com)
(61) 3244 3066/67 e 9216 5879
Supervisão editorial
NEWMAN COSTA (SEBRAE)
Edição
ABNOR GONDIM (PLANO MÍDIA)
Responsável técnico
FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS,
Eng. Agr., M. Sc.
Autores
FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS,
Eng. Agr., M. Sc., Fitotecnia
*HÉLIO ROBERTO DIAS LOPES,
Técnico em Agropecuária
*RENATO DE LIIMA DIAS,
Eng. Agr., M. Sc. Economia Rural
*RODRIGO TEIXEIRA ALVES,
Engenheiro Agrônomo
(*) EMATER-DF
Projeto Gráfico e Diagramação
BRUNO EUSTÁQUIO
Revisão
ELIANA SILVA
Fotos
GABRIEL JABUR NETO, NAIANA ALVES e
FELIPE BARRA
Agradecimento
Ao produtor rural: CLIOMARCO FERNANDES
DE ALMEIDA e FAMÍLIA
Endereço: Chácara 15, Assentamento Beti-
nho, Conjunto A – Brazlândia – DF.
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Distribuição gratuita
O arquivo dessa publicação está disponível em www.sebrae.com.br/setor/horticultura
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ISBN
HORTALIÇA: CENOURA
Agricultura Familiar
Cultive Renda e Sustentabilidade
A produção de hortaliças é a atividade que mais se identifica como opção de agronegócio
para os produtores rurais familiares. As informações aqui contidas destinam-se para produ-
tores rurais que já cultivam ou estão interessados na cultura da cenoura de forma lucrativa e
sustentável.
Nesta publicação, o Sebrae busca oferecer informações que possibilitem o aumento da
renda e de competividade dos negócios produzidos na pequena propriedade rural.Traz orien-
tações tecnológicas e de mercado baseadas nos princípios das Boas Práticas Agrícolas, ou
seja, tornar a agricultura menos dependente de produtos químicos, menos agressiva ao meio
ambiente, mais socialmente correto e, por conseguinte, mais sustentável.
A principal finalidade da Coleção Passo a Passo, da série Agricultura Familiar, é oferecer
informações sobre o que, quando, quanto e como produzir hortaliças. Isso tudo por meio de
ações que gerem renda sem comprometer o aproveitamento da natureza pelas futuras gera-
ções.
Boa Leitura. Bom plantio. Bons lucros
Apresentação
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
6
Lavoura de cenoura irrigada pelo sistema de irrigação convencional
MODALIDADES DE CULTIVO
A cenoura é cultivada em todo território nacional, com uma área plantada aproximada-
mente de 30 mil hectares anualmente, resultando numa produção de 900 mil toneladas de
raízes, ficando entre as 10 hortaliças mais plantadas. É conhecida cientificamente como Dau-
cus carota L.
Entre os diferentes sistemas de produção de cenoura utilizados no Brasil, o mais apropriado
para agricultura familiar, é o de plantio a campo aberto em canteiro com o uso de sistema de
irrigação por aspersão convencional.
1. Plantio a campo aberto em canteiro com o uso de sistema de irrigação por aspersão con-
vencional realizado em canteiros de 0,80 – 1,0 m de largura, 15 – 20 cm de altura e devem estar
distanciados uns dos outros em aproximadamente 30 cm. Em solos argilosos, no período das
chuvas, a altura dos canteiros devem ser maiores para facilitar a drenagem. A produtividade da
cultura varia de acordo com o clima, ou seja, no inverno, fica em torno 30 a 40 toneladas por
hectare e no verão, fica em torno de 20 a 30 toneladas por hectare.
1º PASSO
O produtor precisa definir a modalidade de cultivo para obter ganhos de produtividade e produ-
tos mais competitivos no mercado
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
7
ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E
ADUBAÇÃO DO SOLO
Após a escolha da modalidade de cultivo, deve-se adotar as seguintes operações para o
bom uso da terra:
Análise do Solo
Método usado para avaliar as propriedades químicas e físicas do solo. Com base nos seus
resultados, é possível conhecer a quantidade de nutrientes, de matéria orgânica e o nível de
acidez do solo, bem como sua textura. Isto possibilita determinar as limitações, necessidades
de corretivos e fertilizantes orgânicos e minerais do solo, a fim de proceder corretamente a
calagem e a adubação organomineral de plantio.
É importante considerar, ainda, (outros parâmetros da análise do solo) as informações de
equilíbrio de bases da capacidade de trocas catiônicas (CTC), relação entre cálcio/magnésio,
cálcio/potássio e magnésio/potássio e condutividade elétrica do solo, que são componentes
essenciais para o equilíbrio solo/planta.
Para recomendação sobre análise de solo, procurar o Serviço de Extensão Rural ou
um profissional especializado
2º PASSO
Levantamento de canteiros com uso da encanteiradora acoplada ao trator
foto cedido – HENNIPMAN
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
8
Adubação orgânica disponibiliza nutriente e água do solo para as plantas
Preparo e Correção do Solo
Proceder a operação de limpeza da área, a aração, gradagem e levantamento dos canteiros.
Na operação do encanteiramento, deve-se evitar o uso excessivo do rotoencateirador, por
causar a destruição da estrutura do solo e propiciar a compactação do subsolo, que deformam
e prejudicam o desenvolvimento e crescimento das raízes. Caso seja necessário realizar a des-
compactação do solo com equipamento escarificador ou subsolador. É importante, também,
que todas as operações no solo sejam feitas no sentido do nível do terreno para diminuir
erosões, conservando o solo e a água. A calagem consiste na aplicação de corretivo agrícola,
preferencialmente o calcário, com a finalidade de corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio e
magnésio, às plantas. Com base na análise do solo, se recomenda a quantidade de calcário
necessário, haja vista, que o excesso de calcário por elevar inadequadamente o pH, cálcio e
magnésio, e causar desordens nutricionais (diminuir a disponibilidade de micronutrientes do
solo para a planta), diminuin-
do a produtividade da cenou-
ra. A calagem deve ser feita,
no mínimo, três meses antes
do plantio, preferentemente,
com o calcário dolomítico e
distribuir e incorporá-lo, me-
tade da dosagem pela oca-
sião da aração e a outra meta-
de na gradagem.
Recomendamos que seja
feito a subsolagem, visando
a descompactação e a análise
do solo, a cada 2 anos.
Adubação Organomine-
ral de Plantio
Consiste na aplicação de adubos orgânicos e minerais no solo, antes da semeadura, e deve
ser baseada na análise de fertilidade do solo e em decorrência da exigência da cultura.
Adubação orgânica
A cenoura responde à adubação orgânica, especialmente em solos de baixa fertilidade e/
ou compactados. É fundamental que o adubo esteja bem curtido. Recomenda-se em geral, o
esterco de galinha na dosagem de 10 toneladas por hectare, além de ser mais rico em nutrien-
tes, principalmente cálcio e não contamina o solo com sementes de plantas invasoras. Caso
utilize esterco de gado, recomenda-se 30 toneladas por hectare.
Caso tenha condições de tempo, outra opção de adubação com material orgânico/vegetal
é o plantio de plantas denominadas adubos verdes que proporcionam muitos benefícios ao
sistema solo. O principal benefício é o condicionamento do solo gerando economia quando
as plantas leguminosas são utilizadas, pois fornecem nutrientes, principalmente o nitrogênio.
Alguns exemplos de plantas adubos verdes: crotalarias, mucunas, feijão de porco, feijão-quan-
dú, nabo-forrageiro, dentre outras.
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
9
Adubação mineral
A adubação mineral para
fósforo e potássio depende-
rá do nível de fertilidade do
solo: o fósforo pode variar
100 até 600 kg/ha de P2
05
; o
potássio de 50 até 300 kg/
ha de K2
0. Com relação ao
nitrogênio, de modo geral
recomenda no plantio 40
kg/ha de N. Os micronu-
trientes, principalmente o
boro e o zinco, ficam na
dependência do histórico
da área e da exigência da
planta.
Tabela 1. Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de cenoura em
latossolos da região Centro-Oeste (kg por hectare).
Fósforo Potássio
P (ppm) P2
O5
(kg/ ha) K (ppm) K2
O (kg/ ha)
menos de 10 400 – 600 menos de 10 200 – 300
de 10 a 60 200 – 400 de 60 a 120 100 – 200
de 30 a 30 100 – 200 de 120 a 240 50 – 100
Mais de 60 50 Mais de 240 0
Fonte: EMATER-DF/EMBRAPA/CNPH
Para solos de baixa fertilidade, em geral, recomenda-se como adubação de plantio: 3,0
toneladas/ha do fertilizante mineral 4-14-8 e 20 kg/ha de bórax e 20 kg/ha de sulfato de zinco.
Distribuição da adubação organomineral	
O sistema mais utilizado consiste em fazer a distribuição do adubo orgânico e posterior-
mente dos fertilizantes minerais, seguido da incorporação destes, com a utilização de enxadão
ou enxada rotativa do micro trator. O levantamento dos canteiros pode ser realizado manu-
almente ou com o uso do sulcador acoplado ao microtrator ou ao trator. Usando a encantei-
radeira acoplada a tratores, os processos de incorporação dos adubos e levantamento dos
canteiros são realizados simultaneamente, possibilitando uma grande redução nos custos.
Adubação mineral disponibiliza nutrientes essenciais para a formação e
desenvolvimentos das plantas
Para interpretação da análise de solo e recomendação da adubação mineral, procurar
o serviço de Extensão Rural ou um Profissional Especializado.
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
10
ESCOLHA DA CULTIVAR
O mercado/consumidor brasileiro tem preferência por raízes de cenoura bem desenvolvi-
das, coloração alaranjada intensa, lisas, uniformes, comprimento e diâmetro variando respecti-
vamente, de 15 – 20 cm e 3 – 4 cm, com ausência de defeitos.
Características determinantes para escolha da cultivar
Cada cultivar tem características próprias quanto ao formato das raízes, resistência às doen-
ças e, principalmente, quanto à época de plantio. Esta
última característica permite que se produza cenoura
durante o ano todo na mesma região, desde que se
plante a cultivar apropriada às condições de clima pre-
dominantes em cada época.
No cenário atual, o uso de cultivares híbridas, pela
exigência de tecnologias de altos custos, somente reco-
mendamos para grandes áreas de plantio, tendo em vis-
ta, que este sistema de plantio, preferentemente utiliza
sementes peletizadas e semeadeira de alta precisão, em
virtude de gastar menos sementes por área, diminuin-
do o alto custo de sementes. As vantagens competitivas
das sementes híbridas é a padronização das raízes alia-
da a ganhos de produtividades na cultura da cenoura.Cultivar Planalto desenvolvido pela Embrapa/Hortaliças,
além de alta produtividade detém ótimas características
comerciais e competitivas para o mercado diferenciado
3º PASSO
Cultivar Brasília, a 1ª desenvolvida pela Embrapa/Hortaliças para plantio de verão no Brasil
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
11
Tabela 2. Principais cultivares de cenoura no mercado e suas características:
Cultivar
Formato das
raízes
Ciclo
(dias)
Comprimento
das raízes
(cm)
Resistência (R) ou
Tolerância (T) à
doenças
Clima mais
favorável para
cultivo
Brasília Cilíndrica 90-100 15-22
R - queima das
folhas
T - nematóide
ameno para
quente
Alvorada Cilíndrica 100-105 15-20
R - queima das
folhas
R - nematóides
ameno para
quente
Planalto Cilíndrica 100-105 15 - 20
R - queima das
folhas
R - nematóides
ameno para
quente
Esplanada Cilíndrica 100-105 20 cm
R - queima das
folhas
R - nematóides
ameno para
quente
Kuronan
Ligeiramente
cônica
100-120 15-25
R - queima das
folhas
ameno para
quente
Nova Kuroda
Ligeiramente
cônica
100 15-18 R- alternária
ameno para
quente
Prima Cilíndrica 90-100 16-18
R - queima das
folhas
ameno para
quente
Nova Carandaí Cilíndrica 80-90 18-20 R - alternária
ameno para
quente
Nantes Cilíndrica 90-110 13-15 - frio
Harumaki Kinko
Gossum
Ligeiramente
cônica
85-110 16-18
T- queima das
folhas
ameno
Tropical
Ligeiramente
Cônica
80-90 20-25
R - queima das
folhas
ameno para
quente
Juliana Cilíndrica 90 - 110 18 -22
excelente compor-
tamento à“queima
das folhas”
primavera -
verão
Invicto Cilíndrica 115-130 18 - 20
boa performance
em relação à“quei-
ma das folhas”
outono - inverno
Fonte: Embrapa-Hortaliças e sites/catálogos de companhias produtoras de sementes
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
12
SEMEADURA
O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. A semeadura é realizada por sementes
distribuídas diretamente nos canteiros, em linha continua, nos sulcos de (1 – 2 cm) de profundidade
e distanciados 20 cm, um dos outros. A distribuição das sementes pode ser feita manualmente ou
com o emprego de semeadeira manual ou mecânica. Qualquer que seja o método, atenção espe-
cial deve ser dada à profundidade do semeio, haja vista, se o semeio foi muito profundo (maior que
2,0 cm), as plântulas podem não emergir. Por outro lado, se o semeio for muito superficial (menor
que 1,0 cm), poderá ocorrer falhas na germinação, devido ao secamento da camada superficial do
solo ou por ocasião de chuvas pesadas ou irrigação em excesso.
Semeadura manual
A semeadura manual é mais trabalhosa, menos eficiente e
implica em maior gasto de sementes, ou seja, em torno de 6,0
quilos por hectare. Ela pode ser feita com o auxílio de uma pe-
quena lata com um furo de 4 a 5 mm de diâmetro no fundo, ou
com um vidro de boca larga e com a tampa igualmente furada.
Sacudindo-se a lata ou o vidro cheio de sementes e com furo na linha do sulco, as sementes cairão
no sulco de semeadura. Para semear mais de um sulco por vez, pode-se acoplar três a quatro latas,
uma ao lado da outra, de modo que as linhas de furos fiquem distanciadas de 20 cm. As latas po-
dem se substituídas por um cilindro feito com folha de flandres ou um tubo de PVC, fazendo-se as
linhas de furos distanciadas no espaçamento que se vai usar no campo.
Semeadura mecânica
Semeadeiras mecânicas apresentam as vantagens, simultaneamente, abrir os sulcos, distribuir
as sementes e cobrir os sulcos com grande eficiência, propiciando um menor gasto de sementes,
ou seja, em torno de 3,0 quilos por hectare.
4º PASSO
Semeadeira de cenoura, que propicia além de economia de sementes e mão-de-obra,
melhora a uniformidade do estande de plântulas da cultura
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
13
TRATOS CULTURAIS
Tratos culturais - Conjunto de operações realizadas após a semeadura, visando à formação
e desenvolvimento das plantas.
Irrigação	
A cultura da cenoura é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo,
tendo em vista que a qualidade e a produtividade das raízes são influenciadas pelas condições
de umidade do solo.
Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação e o mais
utilizado é o de aspersão convencional. A irrigação por aspersão geralmente é montada no
espaçamento 12x12 m entre aspersores. Fazer vistorias freqüentes, elimina os vazamentos nas
conexões, com isso, aumenta-se a eficiência e uniformidade da irrigação e reduz-se o consu-
Teste de uniformidade e eficiência, aliado ao manejo da irrigação através do IRRIGÁS, reduzem o gasto da água e energia
5º PASSO
Trato cultural desbaste propicia o espaçamento correto entre plantas, que assegura a produção de
raízes sem defeitos e ganhos na produtividade
foto cedido – HENNIPMAN
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
14
mo de água e energia elétrica.
Utilizar para monitoramento da umidade do solo com o objetivo de determinar quando e
quanto irrigar. Recomendamos a utilização do Irrigás, desenvolvido pela Embrapa Hortaliças,
por ser um equipamento de baixo custo e de fácil instalação e utilização.
Recomenda-se o serviço da extensão rural oficial ou um profissional habilitado para elabo-
ração do projeto do sistema de irrigação. Um projeto bem elaborado permitirá a redução de
custos de implantação e manutenção durante toda a vida útil do sistema.
Desbaste
O desbaste tem a finalidade de reduzir a densidade de população de plantas, com o objeti-
vo de diminuir a concorrência pela água, luz e nutrientes. Deve ser feito de uma só vez, aos 25
ou 30 dias após a semeadura, deixando 5 – 10 cm entre plantas. Esta variação de espaçamento
deve-se levar em consideração a cultivar, época de plantio e o clima.
Controle de plantas invasoras
Em geral, as plantas invasoras adaptam-se melhor no meio ambiente do que as plantas de
cenoura, crescendo mais vigorosas, principalmente nos primeiros estágios de crescimento.
Assim, é necessário manter as áreas de cultivo livres da interferência de plantas invasoras, pelo
menos durante o período crítico, ou seja, até que a cultura se desenvolva, cubra suficiente-
mente a superfície do solo, e não sofra mais a interferência negativa delas. O período crítico de
interferência das plantas invasoras na cultura ocorre, em geral, da terceira até a sexta semana
após a emergência, variando basicamente de acordo com o banco de sementes no solo, con-
dições edafoclimáticas e o sistema de cultivo.
O controle das plantas invasoras pode ser feito por métodos culturais, manuais ou mecâni-
cos, ou químico com o uso de herbicidas. A escolha e a eficiência do uso de cada um desses
O desbaste propicia mais espaço, água, luz e nutrientes por planta
lavoura de cenoura após o desbaste
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
15
métodos dependem da natureza e interação das plantas invasoras, da época de execução
do controle, das condições climáticas, do tipo de solo, dos tratos culturais, do programa de
rotação de culturas, da disponibilidade de herbicidas e da disponibilidade de mão-de-obra e
equipamentos.
Os métodos culturais consistem de aração e gradagem da área com antecedência em rela-
ção ao plantio, de modo a favorecer a emergência das plantas invasoras e assim facilitar a sua
eliminação pela capina ou incorporação por ocasião do levantamento dos canteiros.
O método manual ou mecanizado consiste em eliminar as plantas invasoras, por ocasião
do desbaste, com o emprego de sacho ou enxada estreita entre as linhas de plantas. Entretan-
to, o cultivo mecânico apresenta o inconveniente de não eliminar as plantas invasoras entre
plantas nas fileiras e, muitas vezes, danificar as raízes da cenoura.
O controle químico das plantas invasoras destaca-se como um dos métodos de contro-
le mais eficientes, possibilitando cultivar áreas relativamente maiores com gasto reduzido de
mão-de-obra. Quanto ao emprego de herbicidas, vários produtos podem ser utilizados. A es-
colha deve ser feita de acordo com as espécies de plantas daninhas presentes e as característi-
cas do produto (princípio ativo, seletividade, época de aplicação e efeito residual).
Adubação Complementar
A adubação complementar de cenoura, comumente denominada de adubação de cober-
tura, visa fornecer nutrientes principalmente à base de nitrogênio e potássio nos estágios da
planta que mais necessita, uma vez que este nutriente facilmente sai do alcance das raízes.
Recomenda-se aplicar 40 kg/ha de nitrogênio (N), aos 30 e 60 dias após a emergência da
cultura. Nos plantios em épocas chuvosas, recomenda-se aplicar 60 kg/ha de nitrogênio (N) e
60 kg/ha de potássio (K2O), aos 30 e 60 dias após a emergência da cultura. Quanto se aplica
o esterco de galinha, na dosagem recomendada na adubação de plantio, as dosagens de
adubações de cobertura poderão ser dispensadas ou reduzidas, ficando na dependência do
estágio nutricional das plantas.
Planta invasora - Folha Estreita - Brachiaria decumben
(conhecido com Brachiaria)
A cultura da cenoura tem de ficar livre da 3ª a 6ª semana da concorrência das plantas invasoras.
(conhecido como ponto crítico de interferência)
Plantas invasoras - Folha Larga - Bidens pilosa L.
(conhecida como Picão Preto)
Na aplicação de herbicidas, procurar orientações no Serviço de Extensão Rural ou um
profissional especializado.
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
16
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
A cultura da cenoura é suscetível as doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e ne-
matóides. No entanto, graças ao controle integrado, com medidas tais como: resistência de
plantas, culturais, formação do ambiente, químicas e outras, não é fator limitante para sua
produção no Brasil, embora prejudique a qualidade e a produtividade da cenoura.
Tabela. 3 – Principais doenças, agentes causais e controle integrado
Doença Agente causal Controle Integrado
T o m b a -
mento de
plântulas
Alternaria dauci, Alternaria radicina,
Pythium sp., Rhizoctonia solani e Xan-
thomonas compestris pv. Carotae
Sementes sadias e de boa procedência, rotação de culturas
(por 02 anos), adequada profundidade de plantio, manejo
correto da irrigação e o controle químico.
Queima das
folhas
Alternaria dauci, Cercospora caro-
tae Xanthomonas compestris pv.
Carotae
Cultivares/Híbridos resistentes ou tolerantes e o controle
químico.
Podridão
das raízes
Sclerotium rolfsii , Sclerotiorum e
Erwinia carotovora
Evitar solos que acumulam água, período chuvoso, levantar
mais os canteiros, manejo de irrigação adequado, na colhei-
ta/lavagem das raízes, as mesmas deverão ficar secas antes
da embalagem e o controle químico.
Nematóides
Meloidogyne incógnita, Meloidogy-
ne javanica, Meloidogyne arenaria e
Meloidogyne hapla
Rotação de cultura (o método mais eficiente), Em áreas in-
fectadas, recomenda-se fazer arações profundas, em dias
quentes e secos, para expor as larvas e adubo insolação.
Após esta operação a área deve ser deixada em repouso no
mínimo dois meses e caso necessário o controle químico.
6º PASSO
Controle integrado com o uso de sementes sadias, cultivares resistentes, rotação de cultura e outras, mini-
mizam ou até mesmo elimina o uso de agrotóxicos, por exemplo a doença Queima das Folhas
Doença: Queima - das- Folhas
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
17
Com relação as principais pragas da cultura da cenoura, são as lagartas, principalmente a
lagarta rosca (Agrotis ssp.). Recomenda-se o controle cultural (incorporação dos restos cultu-
rais e eliminação das plantas invasoras, especialmente gramíneas) e químico (as pulverizações
devem ser feitas preferencialmente no período da tarde, e dirigidas à base das plantas porque
as larvas se escondem no solo durante o dia e saem a noite para se alimentar) e com relação
aos pulgões (Dysaphis ssp e Caariella aegopodii), o controle é o químico.
Para recomendação sobre controle químico, procurar o Serviço de Extensão Rural ou
um profissional especializado.
Lagarta Rosca (foto – Eliane Dias - Embrapa)
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
18
Colheita e Pós-Colheita
Colheita
A colheita da cenoura inicia-se aos 80-110 dias após a semeadura, dependendo da cultivar/
híbrido e época de plantio. O ponto de colheita é quando ocorre o amarelecimento e secamento
das folhas mais velhas e o arqueamento para baixo das folhas mais novas.
O arrancamento das raízes da cenoura pode ser feito de modo manual ou semi-mecanizado,
acoplando-se uma lâmina cortante no sistema hidráulico do trator. Esta lâmina, passando por baixo
das raízes, afofa a terra do canteiro e desprende as plantas. Assim, após a passagem da lâmina, as
raízes podem ser facilmente recolhidas manualmente. Deve-se arrancar somente a quantidade
possível de ser preparada no mesmo dia. Após esta operação, a parte aérea da planta da cenoura
é destacada da raÍz.
Pós – colheita
As raízes de cenoura após a operação de colheita passam por uma pré-seleção eliminando
as raízes com defeitos. Em seguida elas são acondicionadas em caixas de madeira ou engrada-
dos de plástico e transportadas para o galpão para serem lavadas, selecionadas, classificadas e
acondicionadas. Com a seleção descartam-se as raízes com defeitos, ou seja, quebradas, rachadas,
ramificadas, com galhas, com ombros verdes ou roxos, danos mecânicos, com injúrias provocadas
por ataque de insetos ou patógenos, ou outras anormalidades que prejudiquem a aparência e a
qualidade. Pequenos produtores possuem maquinas simples para lavar as raízes e a seleção e a
classificação são feitas manualmente. Os grandes produtores possuem maquinas que lavam, se-
cam e classificam. A seleção e o acondicionamento são feitos manualmente.
Após a lavagem as raízes são padronizadas, classificadas em classes conforme o comprimento
e em categorias ou tipos levando-se em conta a percentagem de raízes com defeitos encontradas
na caixa, conforme com as portarias oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– MAPA ou através das legislações de cada unidade da Federação e acondicionadas em diferentes
embalagens. A embalagem convencional é de madeira ou de plástico, que comporta (20-25 kg).
7º PASSO
Produtor com o produto colhido
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
19
Cenoura embalada em bandejas de isopor
coberta com película de plástico
Cenoura minimamente processada
Cenoura processada em Cenourete, trans-
formando em mini- cenoura
Comercialização e Agregação de
Valor	
A comercialização de cenoura é realizada em diferentes canais, podendo ser vendida na
porteira a intermediários, feiras livres, nas associações ou cooperativas de produtores, na Ce-
asa, no atacado e varejo, em sacolões e supermercados. É importante alertar, que o produtor
obterá maior margem de remuneração do seu produto, quando diminuir a intermediação
na sua comercialização.
A cultura da cenoura, além de apresentar significativos ganhos de produtividade, é um
produto de alto valor agregado, que permite retornos econômicos pela sua segmentação de
mercado. A cenoura in natura é vendida em embalagem de isopor (bandeja) com 3 raízes,
coberta com película de plástico, cenoura minimamente processada e cenoura processada,
conhecida como cenourete e catetinho, tecnologia desenvolvida pela Embrapa/Hortaliças.
8º PASSO
O produtor terá maior margem de remuneração do seu produto quando buscar diferentes canais
de comercialização
foto cedido – HENNIPMAN
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
20
COMPORTAMENTO DE MERCADO
O cenário atual exige, de técnicos e produtores, cada vez mais informações para a tomada de
decisão. Já não é suficiente a informação sobre como produzir. Muitas são as variáveis que devemos
dominarparareduzirosriscosinerentesàsatividadesagropecuárias.Éprecisoreciclarnossosconhe-
cimentos,agregandoinformaçõesimportantesequecontribuamparamelhorararentabilidadedas
atividades agrícolas.
Para auxiliar na tomada de decisão do plantio da alface, estudos de variação estacional, de mar-
gembrutaedepreços,elaboradospelosserviçosdepesquisaeextensãorural,nasdiferentesregiões
doBrasil,têmmostradoscomportamentosdepreçosaltas,nosmesesquenteseúmidos(chuvosos),
em decorrência de apresentar condições climáticas menos favoráveis a cultura e diminuindo sobre-
maneiraaprodutividadeeaofertadoprodutonomercado.Poroutrolado,preçosbaixospraticados
nosmesessecosefrios,emvirtudedascondiçõesclimáticasseremexcelentesparaculturadaalface,
propiciando ótimas colheitas e oferta do produto no mercado.
Também, os estudos de calendários de comercialização elaborados pelas Ceasas existentes no
Brasil, que tem como objetivo apontar as flutuações da oferta e dos preços ao longo do ano, se
constituindo em um importante instrumento de orientação às decisões dos produtores rurais, dos
profissionais da agricultura, dos pesquisadores, dos compradores e dos consumidores finais.
Estudos elaborados pela EMATER-DF, de Margem Bruta – Gráfico 1 (representa rentabilidade no
negócio) e de Curva Estacional de Preços – Gráfico 2 (mostra o comportamento de preços no perí-
odo), demonstraram as mesmas tendências, ou seja, que nos (meses quentes e chuvosos), margem
de preços são mais lucrativos em comparação aos meses secos e frios.
Estas informações de mercado permitirão:
•	 Aos produtores, planejar mais eficientemente a sua atividade produtiva quando ao aspecto
9º PASSO
Estudos mostram preços altos nos meses quentes e úmidos (chuvosos) e preços baixos, nos meses
secos e frios
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
21
de sua lucratividade;
•	 Aos consumidores, compor melhor as despesas com alimentação;
•	 Ao governo orientar a política para o setor.
Cultura: Cenoura (1.200 cx 20 kg)
1) Unidade para comercialização: Cx 20 kg
2) Período médio para início de Colheita: 100 dias
3) Período de colheita: 30 dias
Gráfico 1- Margem Bruta Média x Época Recomendada de Plantio
Fonte: Dados para a elaboração da curva estacional fornecidos pela Ceasa.
Preços médios de 2002 a 2009 corrigidos.
Figura 2. Curva estacional de preços (R$/caixa – 20 kg.).
Preços Médios (R$/cx) x Condições Climáticas
Fonte: EMATER-DF
Fonte: Dados para a elaboração da curva estacional fornecidos pela Ceasa.
Preços médios de 2002 a 2009 corrigidos.
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
22
Levantamentos de Dados para
orçamento
Depois de obter as informações de modalidades de cultivo e sobre o quê, como, quando e
onde plantar, o produtor rural deve colocar na ponta do lápis para discriminar todas as etapas
e quantidade dos insumos e serviços com o intuito de saber quanto vai gastar no hectare de
cenoura.
Tabela 4.
INSUMOS
Descrição Unidade Quantidade
Adubo Mineral (04 – 14 -08) t 3,00
Adubo Mineral (20 – 20) t 0,20
Adubo Mineral (Bórax) kg. 20,00
Adubo Mineral (Sulfato de Zinco) kg. 20,00
Adubo Orgânico (Esterco de Galinha) t 10,00
Agrotóxicos (herbicidas) l 3,00
Agrotóxicos (fungicidas) kg. 8,00
Espalhante Adesivo l 2,00
Cultura Cenoura no Plantio Convencional
Área (ha): 1,00 - Produtividade: (24.000 kg/ha) ou (1200 cx 20,0 kg)
10º PASSO
O sucesso do empreendedor rural no empreendimento é saber quanto vai gastar desde o plantio a
comercialização do produto final
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
23
Descrição Unidade Quantidade
Energia Elétrica para irrigação kwh. 1310,00
Sementes kg. 6,00
SERVIÇOS
Descrição Unidade Quantidade
Preparo do solo (aração) h/m 3,00
Preparo do solo (gradagem) h/m 2,00
Preparo do solo (Levantamento de canteiro/rotoencanteirador) h/m 2,00
Abertura do sulco (manual de cobertura) d/h 3,00
Adubos (Distribuição manual) d/h 2,00
Adubos (Incorporação mecânica) h/mtr 20,00
Irrigação (Aspersão) d/h 5,00
Desbaste d/h 40,00
Agrotóxico (Aplicação) d/h 4,00
Colheita/Lavagem/Classificação/Acondiciomamento d/h 40,00
Fonte: EMATER-DF
Observações:
1) d/h: dia/homem, h/mt : hora/microtrator: h/m: hora/máquina;
2) Coeficientes Técnicos podem variar conforme a região, o clima e o sistema de produção
a ser 			 adotado pelo produtor rural.
Pronaf
Para financiar suas plantações, o produtor rural pode so-
licitar nas agências do Banco do Brasil crédito do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, conheci-
do como PRONAF.
Trata-se da principal política pública do Governo Federal
para apoiar os agricultores familiares. Executado pelo Minis-
tério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem como objeti-
vo o fortalecimento das atividades produtivas geradoras de
renda das unidades familiares de produção, com linhas de
financiamento rural adequadas à sua realidade.
Mais informações sobre o Pronaf podem ser obtidas em
cartilha sobre o Pronaf produzida pelo SEBRAE em parceria com o Ministério do Desenvolvi-
mento Agrário (MDA). O material está disponível na Biblioteca On Line do Sebrae. O endereço
completo é: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/F8D5FB4FAB4789938325771C
0068DA07/$File/NT00044052.pdf
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
24
INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA EMBRAPA HORTALIÇAS. Brasília: Embrapa, n. 13,
dez. 1997. 19 p.
REVISTA HF CAMPO & NEGÓCIO. Uberlândia, MG: AgroComunicação, ano V,
n.50. Jul. 2009. 90 p.
ZIMBOLIM, LAÉRCIO; VALE, Francisco Xavier Ribeiro do. Costa, Hélcio (Ed.).
Cenoura, In: ____. Controle de doenças de plantas hortaliças: Vol. 2. Viçosa,
MG, 2000, p. 446.
Referências bibliográficas
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
25
Notas
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
26
Notas
SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura
27
Notas
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  • 2. Expediente SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Presidente do Conselho Deliberativo Nacional ROBERTO SIMÕES Diretor-Presidente LUIZ BARRETTO Diretor Técnico CARLOS ALBERTO DOS SANTOS SEBRAE SGAS 604/605 – Módulos 30 e 31 – Asa Sul – Brasília – Distrito Federal CEP: 70200-645 – Telefone: (61) 3348 7100 www.sebrae.com.br www.sebrae.com.br/setor/horticultura Central de Relacionamento Sebrae 0800 570 0800 Diretor de Administração e Finanças JOSÉ CLAUDIO DOS SANTOS Gerente da Unidade de Agronegócios ENIO QUEIJADA Gerente da Unidade de Marketing e Comunicação CÂNDIDA BITTENCOURT Coordenadora da Carteira de Orgânicos, PAIS e Horticultura NEWMAN COSTA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES ESTADUAIS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (ASBRAER) EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO DISTRITO FEDERAL (EMATER-DF) REALIZAÇÃO Apoio Técnico
  • 3. Sumário APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................5 1º Passo – MODALIDADES DE CULTIVO............................................................................6 2º Passo – ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO............7 3º Passo – ESCOLHA DA CULTIVAR...................................................................................10 4º Passo – SEMEADURA...........................................................................................................12 5º Passo – TRATOS CULTURAIS............................................................................................13 6º Passo – CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS.......................................................16 7º Passo – COLHEITA E PÓS - COLHEITA........................................................................18 8º Passo – COMERCIALIZAÇÃO E AGREGAÇÃO DE VALOR...............................19 9º Passo – COMPORTAMENTO DE MERCADO...........................................................20 10º Passo – LEVANTAMENTOS DE DADOS PARA ORÇAMENTO......................22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................24 ANOTAÇÕES....................................................................................................................................25
  • 4. Editorial Série Agricultura Familiar Coleção Passo a Passo Cenoura Produção Editorial PLANO MÍDIA COMUNICAÇÃO (planomidia@gmail.com) (61) 3244 3066/67 e 9216 5879 Supervisão editorial NEWMAN COSTA (SEBRAE) Edição ABNOR GONDIM (PLANO MÍDIA) Responsável técnico FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, Eng. Agr., M. Sc. Autores FRANCISCO ANTONIO CANCIO DE MATOS, Eng. Agr., M. Sc., Fitotecnia *HÉLIO ROBERTO DIAS LOPES, Técnico em Agropecuária *RENATO DE LIIMA DIAS, Eng. Agr., M. Sc. Economia Rural *RODRIGO TEIXEIRA ALVES, Engenheiro Agrônomo (*) EMATER-DF Projeto Gráfico e Diagramação BRUNO EUSTÁQUIO Revisão ELIANA SILVA Fotos GABRIEL JABUR NETO, NAIANA ALVES e FELIPE BARRA Agradecimento Ao produtor rural: CLIOMARCO FERNANDES DE ALMEIDA e FAMÍLIA Endereço: Chácara 15, Assentamento Beti- nho, Conjunto A – Brazlândia – DF. © Copyright 2011, SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL MEDIANTE A CITAÇÃO DA FONTE. Distribuição gratuita O arquivo dessa publicação está disponível em www.sebrae.com.br/setor/horticultura Não são permitidas reproduções para fins comerciais ISBN
  • 5. HORTALIÇA: CENOURA Agricultura Familiar Cultive Renda e Sustentabilidade A produção de hortaliças é a atividade que mais se identifica como opção de agronegócio para os produtores rurais familiares. As informações aqui contidas destinam-se para produ- tores rurais que já cultivam ou estão interessados na cultura da cenoura de forma lucrativa e sustentável. Nesta publicação, o Sebrae busca oferecer informações que possibilitem o aumento da renda e de competividade dos negócios produzidos na pequena propriedade rural.Traz orien- tações tecnológicas e de mercado baseadas nos princípios das Boas Práticas Agrícolas, ou seja, tornar a agricultura menos dependente de produtos químicos, menos agressiva ao meio ambiente, mais socialmente correto e, por conseguinte, mais sustentável. A principal finalidade da Coleção Passo a Passo, da série Agricultura Familiar, é oferecer informações sobre o que, quando, quanto e como produzir hortaliças. Isso tudo por meio de ações que gerem renda sem comprometer o aproveitamento da natureza pelas futuras gera- ções. Boa Leitura. Bom plantio. Bons lucros Apresentação
  • 6. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 6 Lavoura de cenoura irrigada pelo sistema de irrigação convencional MODALIDADES DE CULTIVO A cenoura é cultivada em todo território nacional, com uma área plantada aproximada- mente de 30 mil hectares anualmente, resultando numa produção de 900 mil toneladas de raízes, ficando entre as 10 hortaliças mais plantadas. É conhecida cientificamente como Dau- cus carota L. Entre os diferentes sistemas de produção de cenoura utilizados no Brasil, o mais apropriado para agricultura familiar, é o de plantio a campo aberto em canteiro com o uso de sistema de irrigação por aspersão convencional. 1. Plantio a campo aberto em canteiro com o uso de sistema de irrigação por aspersão con- vencional realizado em canteiros de 0,80 – 1,0 m de largura, 15 – 20 cm de altura e devem estar distanciados uns dos outros em aproximadamente 30 cm. Em solos argilosos, no período das chuvas, a altura dos canteiros devem ser maiores para facilitar a drenagem. A produtividade da cultura varia de acordo com o clima, ou seja, no inverno, fica em torno 30 a 40 toneladas por hectare e no verão, fica em torno de 20 a 30 toneladas por hectare. 1º PASSO O produtor precisa definir a modalidade de cultivo para obter ganhos de produtividade e produ- tos mais competitivos no mercado
  • 7. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 7 ANÁLISE, PREPARO, CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO Após a escolha da modalidade de cultivo, deve-se adotar as seguintes operações para o bom uso da terra: Análise do Solo Método usado para avaliar as propriedades químicas e físicas do solo. Com base nos seus resultados, é possível conhecer a quantidade de nutrientes, de matéria orgânica e o nível de acidez do solo, bem como sua textura. Isto possibilita determinar as limitações, necessidades de corretivos e fertilizantes orgânicos e minerais do solo, a fim de proceder corretamente a calagem e a adubação organomineral de plantio. É importante considerar, ainda, (outros parâmetros da análise do solo) as informações de equilíbrio de bases da capacidade de trocas catiônicas (CTC), relação entre cálcio/magnésio, cálcio/potássio e magnésio/potássio e condutividade elétrica do solo, que são componentes essenciais para o equilíbrio solo/planta. Para recomendação sobre análise de solo, procurar o Serviço de Extensão Rural ou um profissional especializado 2º PASSO Levantamento de canteiros com uso da encanteiradora acoplada ao trator foto cedido – HENNIPMAN
  • 8. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 8 Adubação orgânica disponibiliza nutriente e água do solo para as plantas Preparo e Correção do Solo Proceder a operação de limpeza da área, a aração, gradagem e levantamento dos canteiros. Na operação do encanteiramento, deve-se evitar o uso excessivo do rotoencateirador, por causar a destruição da estrutura do solo e propiciar a compactação do subsolo, que deformam e prejudicam o desenvolvimento e crescimento das raízes. Caso seja necessário realizar a des- compactação do solo com equipamento escarificador ou subsolador. É importante, também, que todas as operações no solo sejam feitas no sentido do nível do terreno para diminuir erosões, conservando o solo e a água. A calagem consiste na aplicação de corretivo agrícola, preferencialmente o calcário, com a finalidade de corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio e magnésio, às plantas. Com base na análise do solo, se recomenda a quantidade de calcário necessário, haja vista, que o excesso de calcário por elevar inadequadamente o pH, cálcio e magnésio, e causar desordens nutricionais (diminuir a disponibilidade de micronutrientes do solo para a planta), diminuin- do a produtividade da cenou- ra. A calagem deve ser feita, no mínimo, três meses antes do plantio, preferentemente, com o calcário dolomítico e distribuir e incorporá-lo, me- tade da dosagem pela oca- sião da aração e a outra meta- de na gradagem. Recomendamos que seja feito a subsolagem, visando a descompactação e a análise do solo, a cada 2 anos. Adubação Organomine- ral de Plantio Consiste na aplicação de adubos orgânicos e minerais no solo, antes da semeadura, e deve ser baseada na análise de fertilidade do solo e em decorrência da exigência da cultura. Adubação orgânica A cenoura responde à adubação orgânica, especialmente em solos de baixa fertilidade e/ ou compactados. É fundamental que o adubo esteja bem curtido. Recomenda-se em geral, o esterco de galinha na dosagem de 10 toneladas por hectare, além de ser mais rico em nutrien- tes, principalmente cálcio e não contamina o solo com sementes de plantas invasoras. Caso utilize esterco de gado, recomenda-se 30 toneladas por hectare. Caso tenha condições de tempo, outra opção de adubação com material orgânico/vegetal é o plantio de plantas denominadas adubos verdes que proporcionam muitos benefícios ao sistema solo. O principal benefício é o condicionamento do solo gerando economia quando as plantas leguminosas são utilizadas, pois fornecem nutrientes, principalmente o nitrogênio. Alguns exemplos de plantas adubos verdes: crotalarias, mucunas, feijão de porco, feijão-quan- dú, nabo-forrageiro, dentre outras.
  • 9. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 9 Adubação mineral A adubação mineral para fósforo e potássio depende- rá do nível de fertilidade do solo: o fósforo pode variar 100 até 600 kg/ha de P2 05 ; o potássio de 50 até 300 kg/ ha de K2 0. Com relação ao nitrogênio, de modo geral recomenda no plantio 40 kg/ha de N. Os micronu- trientes, principalmente o boro e o zinco, ficam na dependência do histórico da área e da exigência da planta. Tabela 1. Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de cenoura em latossolos da região Centro-Oeste (kg por hectare). Fósforo Potássio P (ppm) P2 O5 (kg/ ha) K (ppm) K2 O (kg/ ha) menos de 10 400 – 600 menos de 10 200 – 300 de 10 a 60 200 – 400 de 60 a 120 100 – 200 de 30 a 30 100 – 200 de 120 a 240 50 – 100 Mais de 60 50 Mais de 240 0 Fonte: EMATER-DF/EMBRAPA/CNPH Para solos de baixa fertilidade, em geral, recomenda-se como adubação de plantio: 3,0 toneladas/ha do fertilizante mineral 4-14-8 e 20 kg/ha de bórax e 20 kg/ha de sulfato de zinco. Distribuição da adubação organomineral O sistema mais utilizado consiste em fazer a distribuição do adubo orgânico e posterior- mente dos fertilizantes minerais, seguido da incorporação destes, com a utilização de enxadão ou enxada rotativa do micro trator. O levantamento dos canteiros pode ser realizado manu- almente ou com o uso do sulcador acoplado ao microtrator ou ao trator. Usando a encantei- radeira acoplada a tratores, os processos de incorporação dos adubos e levantamento dos canteiros são realizados simultaneamente, possibilitando uma grande redução nos custos. Adubação mineral disponibiliza nutrientes essenciais para a formação e desenvolvimentos das plantas Para interpretação da análise de solo e recomendação da adubação mineral, procurar o serviço de Extensão Rural ou um Profissional Especializado.
  • 10. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 10 ESCOLHA DA CULTIVAR O mercado/consumidor brasileiro tem preferência por raízes de cenoura bem desenvolvi- das, coloração alaranjada intensa, lisas, uniformes, comprimento e diâmetro variando respecti- vamente, de 15 – 20 cm e 3 – 4 cm, com ausência de defeitos. Características determinantes para escolha da cultivar Cada cultivar tem características próprias quanto ao formato das raízes, resistência às doen- ças e, principalmente, quanto à época de plantio. Esta última característica permite que se produza cenoura durante o ano todo na mesma região, desde que se plante a cultivar apropriada às condições de clima pre- dominantes em cada época. No cenário atual, o uso de cultivares híbridas, pela exigência de tecnologias de altos custos, somente reco- mendamos para grandes áreas de plantio, tendo em vis- ta, que este sistema de plantio, preferentemente utiliza sementes peletizadas e semeadeira de alta precisão, em virtude de gastar menos sementes por área, diminuin- do o alto custo de sementes. As vantagens competitivas das sementes híbridas é a padronização das raízes alia- da a ganhos de produtividades na cultura da cenoura.Cultivar Planalto desenvolvido pela Embrapa/Hortaliças, além de alta produtividade detém ótimas características comerciais e competitivas para o mercado diferenciado 3º PASSO Cultivar Brasília, a 1ª desenvolvida pela Embrapa/Hortaliças para plantio de verão no Brasil
  • 11. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 11 Tabela 2. Principais cultivares de cenoura no mercado e suas características: Cultivar Formato das raízes Ciclo (dias) Comprimento das raízes (cm) Resistência (R) ou Tolerância (T) à doenças Clima mais favorável para cultivo Brasília Cilíndrica 90-100 15-22 R - queima das folhas T - nematóide ameno para quente Alvorada Cilíndrica 100-105 15-20 R - queima das folhas R - nematóides ameno para quente Planalto Cilíndrica 100-105 15 - 20 R - queima das folhas R - nematóides ameno para quente Esplanada Cilíndrica 100-105 20 cm R - queima das folhas R - nematóides ameno para quente Kuronan Ligeiramente cônica 100-120 15-25 R - queima das folhas ameno para quente Nova Kuroda Ligeiramente cônica 100 15-18 R- alternária ameno para quente Prima Cilíndrica 90-100 16-18 R - queima das folhas ameno para quente Nova Carandaí Cilíndrica 80-90 18-20 R - alternária ameno para quente Nantes Cilíndrica 90-110 13-15 - frio Harumaki Kinko Gossum Ligeiramente cônica 85-110 16-18 T- queima das folhas ameno Tropical Ligeiramente Cônica 80-90 20-25 R - queima das folhas ameno para quente Juliana Cilíndrica 90 - 110 18 -22 excelente compor- tamento à“queima das folhas” primavera - verão Invicto Cilíndrica 115-130 18 - 20 boa performance em relação à“quei- ma das folhas” outono - inverno Fonte: Embrapa-Hortaliças e sites/catálogos de companhias produtoras de sementes
  • 12. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 12 SEMEADURA O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. A semeadura é realizada por sementes distribuídas diretamente nos canteiros, em linha continua, nos sulcos de (1 – 2 cm) de profundidade e distanciados 20 cm, um dos outros. A distribuição das sementes pode ser feita manualmente ou com o emprego de semeadeira manual ou mecânica. Qualquer que seja o método, atenção espe- cial deve ser dada à profundidade do semeio, haja vista, se o semeio foi muito profundo (maior que 2,0 cm), as plântulas podem não emergir. Por outro lado, se o semeio for muito superficial (menor que 1,0 cm), poderá ocorrer falhas na germinação, devido ao secamento da camada superficial do solo ou por ocasião de chuvas pesadas ou irrigação em excesso. Semeadura manual A semeadura manual é mais trabalhosa, menos eficiente e implica em maior gasto de sementes, ou seja, em torno de 6,0 quilos por hectare. Ela pode ser feita com o auxílio de uma pe- quena lata com um furo de 4 a 5 mm de diâmetro no fundo, ou com um vidro de boca larga e com a tampa igualmente furada. Sacudindo-se a lata ou o vidro cheio de sementes e com furo na linha do sulco, as sementes cairão no sulco de semeadura. Para semear mais de um sulco por vez, pode-se acoplar três a quatro latas, uma ao lado da outra, de modo que as linhas de furos fiquem distanciadas de 20 cm. As latas po- dem se substituídas por um cilindro feito com folha de flandres ou um tubo de PVC, fazendo-se as linhas de furos distanciadas no espaçamento que se vai usar no campo. Semeadura mecânica Semeadeiras mecânicas apresentam as vantagens, simultaneamente, abrir os sulcos, distribuir as sementes e cobrir os sulcos com grande eficiência, propiciando um menor gasto de sementes, ou seja, em torno de 3,0 quilos por hectare. 4º PASSO Semeadeira de cenoura, que propicia além de economia de sementes e mão-de-obra, melhora a uniformidade do estande de plântulas da cultura
  • 13. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 13 TRATOS CULTURAIS Tratos culturais - Conjunto de operações realizadas após a semeadura, visando à formação e desenvolvimento das plantas. Irrigação A cultura da cenoura é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo, tendo em vista que a qualidade e a produtividade das raízes são influenciadas pelas condições de umidade do solo. Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado o sistema de irrigação e o mais utilizado é o de aspersão convencional. A irrigação por aspersão geralmente é montada no espaçamento 12x12 m entre aspersores. Fazer vistorias freqüentes, elimina os vazamentos nas conexões, com isso, aumenta-se a eficiência e uniformidade da irrigação e reduz-se o consu- Teste de uniformidade e eficiência, aliado ao manejo da irrigação através do IRRIGÁS, reduzem o gasto da água e energia 5º PASSO Trato cultural desbaste propicia o espaçamento correto entre plantas, que assegura a produção de raízes sem defeitos e ganhos na produtividade foto cedido – HENNIPMAN
  • 14. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 14 mo de água e energia elétrica. Utilizar para monitoramento da umidade do solo com o objetivo de determinar quando e quanto irrigar. Recomendamos a utilização do Irrigás, desenvolvido pela Embrapa Hortaliças, por ser um equipamento de baixo custo e de fácil instalação e utilização. Recomenda-se o serviço da extensão rural oficial ou um profissional habilitado para elabo- ração do projeto do sistema de irrigação. Um projeto bem elaborado permitirá a redução de custos de implantação e manutenção durante toda a vida útil do sistema. Desbaste O desbaste tem a finalidade de reduzir a densidade de população de plantas, com o objeti- vo de diminuir a concorrência pela água, luz e nutrientes. Deve ser feito de uma só vez, aos 25 ou 30 dias após a semeadura, deixando 5 – 10 cm entre plantas. Esta variação de espaçamento deve-se levar em consideração a cultivar, época de plantio e o clima. Controle de plantas invasoras Em geral, as plantas invasoras adaptam-se melhor no meio ambiente do que as plantas de cenoura, crescendo mais vigorosas, principalmente nos primeiros estágios de crescimento. Assim, é necessário manter as áreas de cultivo livres da interferência de plantas invasoras, pelo menos durante o período crítico, ou seja, até que a cultura se desenvolva, cubra suficiente- mente a superfície do solo, e não sofra mais a interferência negativa delas. O período crítico de interferência das plantas invasoras na cultura ocorre, em geral, da terceira até a sexta semana após a emergência, variando basicamente de acordo com o banco de sementes no solo, con- dições edafoclimáticas e o sistema de cultivo. O controle das plantas invasoras pode ser feito por métodos culturais, manuais ou mecâni- cos, ou químico com o uso de herbicidas. A escolha e a eficiência do uso de cada um desses O desbaste propicia mais espaço, água, luz e nutrientes por planta lavoura de cenoura após o desbaste
  • 15. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 15 métodos dependem da natureza e interação das plantas invasoras, da época de execução do controle, das condições climáticas, do tipo de solo, dos tratos culturais, do programa de rotação de culturas, da disponibilidade de herbicidas e da disponibilidade de mão-de-obra e equipamentos. Os métodos culturais consistem de aração e gradagem da área com antecedência em rela- ção ao plantio, de modo a favorecer a emergência das plantas invasoras e assim facilitar a sua eliminação pela capina ou incorporação por ocasião do levantamento dos canteiros. O método manual ou mecanizado consiste em eliminar as plantas invasoras, por ocasião do desbaste, com o emprego de sacho ou enxada estreita entre as linhas de plantas. Entretan- to, o cultivo mecânico apresenta o inconveniente de não eliminar as plantas invasoras entre plantas nas fileiras e, muitas vezes, danificar as raízes da cenoura. O controle químico das plantas invasoras destaca-se como um dos métodos de contro- le mais eficientes, possibilitando cultivar áreas relativamente maiores com gasto reduzido de mão-de-obra. Quanto ao emprego de herbicidas, vários produtos podem ser utilizados. A es- colha deve ser feita de acordo com as espécies de plantas daninhas presentes e as característi- cas do produto (princípio ativo, seletividade, época de aplicação e efeito residual). Adubação Complementar A adubação complementar de cenoura, comumente denominada de adubação de cober- tura, visa fornecer nutrientes principalmente à base de nitrogênio e potássio nos estágios da planta que mais necessita, uma vez que este nutriente facilmente sai do alcance das raízes. Recomenda-se aplicar 40 kg/ha de nitrogênio (N), aos 30 e 60 dias após a emergência da cultura. Nos plantios em épocas chuvosas, recomenda-se aplicar 60 kg/ha de nitrogênio (N) e 60 kg/ha de potássio (K2O), aos 30 e 60 dias após a emergência da cultura. Quanto se aplica o esterco de galinha, na dosagem recomendada na adubação de plantio, as dosagens de adubações de cobertura poderão ser dispensadas ou reduzidas, ficando na dependência do estágio nutricional das plantas. Planta invasora - Folha Estreita - Brachiaria decumben (conhecido com Brachiaria) A cultura da cenoura tem de ficar livre da 3ª a 6ª semana da concorrência das plantas invasoras. (conhecido como ponto crítico de interferência) Plantas invasoras - Folha Larga - Bidens pilosa L. (conhecida como Picão Preto) Na aplicação de herbicidas, procurar orientações no Serviço de Extensão Rural ou um profissional especializado.
  • 16. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 16 CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS A cultura da cenoura é suscetível as doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e ne- matóides. No entanto, graças ao controle integrado, com medidas tais como: resistência de plantas, culturais, formação do ambiente, químicas e outras, não é fator limitante para sua produção no Brasil, embora prejudique a qualidade e a produtividade da cenoura. Tabela. 3 – Principais doenças, agentes causais e controle integrado Doença Agente causal Controle Integrado T o m b a - mento de plântulas Alternaria dauci, Alternaria radicina, Pythium sp., Rhizoctonia solani e Xan- thomonas compestris pv. Carotae Sementes sadias e de boa procedência, rotação de culturas (por 02 anos), adequada profundidade de plantio, manejo correto da irrigação e o controle químico. Queima das folhas Alternaria dauci, Cercospora caro- tae Xanthomonas compestris pv. Carotae Cultivares/Híbridos resistentes ou tolerantes e o controle químico. Podridão das raízes Sclerotium rolfsii , Sclerotiorum e Erwinia carotovora Evitar solos que acumulam água, período chuvoso, levantar mais os canteiros, manejo de irrigação adequado, na colhei- ta/lavagem das raízes, as mesmas deverão ficar secas antes da embalagem e o controle químico. Nematóides Meloidogyne incógnita, Meloidogy- ne javanica, Meloidogyne arenaria e Meloidogyne hapla Rotação de cultura (o método mais eficiente), Em áreas in- fectadas, recomenda-se fazer arações profundas, em dias quentes e secos, para expor as larvas e adubo insolação. Após esta operação a área deve ser deixada em repouso no mínimo dois meses e caso necessário o controle químico. 6º PASSO Controle integrado com o uso de sementes sadias, cultivares resistentes, rotação de cultura e outras, mini- mizam ou até mesmo elimina o uso de agrotóxicos, por exemplo a doença Queima das Folhas Doença: Queima - das- Folhas
  • 17. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 17 Com relação as principais pragas da cultura da cenoura, são as lagartas, principalmente a lagarta rosca (Agrotis ssp.). Recomenda-se o controle cultural (incorporação dos restos cultu- rais e eliminação das plantas invasoras, especialmente gramíneas) e químico (as pulverizações devem ser feitas preferencialmente no período da tarde, e dirigidas à base das plantas porque as larvas se escondem no solo durante o dia e saem a noite para se alimentar) e com relação aos pulgões (Dysaphis ssp e Caariella aegopodii), o controle é o químico. Para recomendação sobre controle químico, procurar o Serviço de Extensão Rural ou um profissional especializado. Lagarta Rosca (foto – Eliane Dias - Embrapa)
  • 18. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 18 Colheita e Pós-Colheita Colheita A colheita da cenoura inicia-se aos 80-110 dias após a semeadura, dependendo da cultivar/ híbrido e época de plantio. O ponto de colheita é quando ocorre o amarelecimento e secamento das folhas mais velhas e o arqueamento para baixo das folhas mais novas. O arrancamento das raízes da cenoura pode ser feito de modo manual ou semi-mecanizado, acoplando-se uma lâmina cortante no sistema hidráulico do trator. Esta lâmina, passando por baixo das raízes, afofa a terra do canteiro e desprende as plantas. Assim, após a passagem da lâmina, as raízes podem ser facilmente recolhidas manualmente. Deve-se arrancar somente a quantidade possível de ser preparada no mesmo dia. Após esta operação, a parte aérea da planta da cenoura é destacada da raÍz. Pós – colheita As raízes de cenoura após a operação de colheita passam por uma pré-seleção eliminando as raízes com defeitos. Em seguida elas são acondicionadas em caixas de madeira ou engrada- dos de plástico e transportadas para o galpão para serem lavadas, selecionadas, classificadas e acondicionadas. Com a seleção descartam-se as raízes com defeitos, ou seja, quebradas, rachadas, ramificadas, com galhas, com ombros verdes ou roxos, danos mecânicos, com injúrias provocadas por ataque de insetos ou patógenos, ou outras anormalidades que prejudiquem a aparência e a qualidade. Pequenos produtores possuem maquinas simples para lavar as raízes e a seleção e a classificação são feitas manualmente. Os grandes produtores possuem maquinas que lavam, se- cam e classificam. A seleção e o acondicionamento são feitos manualmente. Após a lavagem as raízes são padronizadas, classificadas em classes conforme o comprimento e em categorias ou tipos levando-se em conta a percentagem de raízes com defeitos encontradas na caixa, conforme com as portarias oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA ou através das legislações de cada unidade da Federação e acondicionadas em diferentes embalagens. A embalagem convencional é de madeira ou de plástico, que comporta (20-25 kg). 7º PASSO Produtor com o produto colhido
  • 19. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 19 Cenoura embalada em bandejas de isopor coberta com película de plástico Cenoura minimamente processada Cenoura processada em Cenourete, trans- formando em mini- cenoura Comercialização e Agregação de Valor A comercialização de cenoura é realizada em diferentes canais, podendo ser vendida na porteira a intermediários, feiras livres, nas associações ou cooperativas de produtores, na Ce- asa, no atacado e varejo, em sacolões e supermercados. É importante alertar, que o produtor obterá maior margem de remuneração do seu produto, quando diminuir a intermediação na sua comercialização. A cultura da cenoura, além de apresentar significativos ganhos de produtividade, é um produto de alto valor agregado, que permite retornos econômicos pela sua segmentação de mercado. A cenoura in natura é vendida em embalagem de isopor (bandeja) com 3 raízes, coberta com película de plástico, cenoura minimamente processada e cenoura processada, conhecida como cenourete e catetinho, tecnologia desenvolvida pela Embrapa/Hortaliças. 8º PASSO O produtor terá maior margem de remuneração do seu produto quando buscar diferentes canais de comercialização foto cedido – HENNIPMAN
  • 20. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 20 COMPORTAMENTO DE MERCADO O cenário atual exige, de técnicos e produtores, cada vez mais informações para a tomada de decisão. Já não é suficiente a informação sobre como produzir. Muitas são as variáveis que devemos dominarparareduzirosriscosinerentesàsatividadesagropecuárias.Éprecisoreciclarnossosconhe- cimentos,agregandoinformaçõesimportantesequecontribuamparamelhorararentabilidadedas atividades agrícolas. Para auxiliar na tomada de decisão do plantio da alface, estudos de variação estacional, de mar- gembrutaedepreços,elaboradospelosserviçosdepesquisaeextensãorural,nasdiferentesregiões doBrasil,têmmostradoscomportamentosdepreçosaltas,nosmesesquenteseúmidos(chuvosos), em decorrência de apresentar condições climáticas menos favoráveis a cultura e diminuindo sobre- maneiraaprodutividadeeaofertadoprodutonomercado.Poroutrolado,preçosbaixospraticados nosmesessecosefrios,emvirtudedascondiçõesclimáticasseremexcelentesparaculturadaalface, propiciando ótimas colheitas e oferta do produto no mercado. Também, os estudos de calendários de comercialização elaborados pelas Ceasas existentes no Brasil, que tem como objetivo apontar as flutuações da oferta e dos preços ao longo do ano, se constituindo em um importante instrumento de orientação às decisões dos produtores rurais, dos profissionais da agricultura, dos pesquisadores, dos compradores e dos consumidores finais. Estudos elaborados pela EMATER-DF, de Margem Bruta – Gráfico 1 (representa rentabilidade no negócio) e de Curva Estacional de Preços – Gráfico 2 (mostra o comportamento de preços no perí- odo), demonstraram as mesmas tendências, ou seja, que nos (meses quentes e chuvosos), margem de preços são mais lucrativos em comparação aos meses secos e frios. Estas informações de mercado permitirão: • Aos produtores, planejar mais eficientemente a sua atividade produtiva quando ao aspecto 9º PASSO Estudos mostram preços altos nos meses quentes e úmidos (chuvosos) e preços baixos, nos meses secos e frios
  • 21. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 21 de sua lucratividade; • Aos consumidores, compor melhor as despesas com alimentação; • Ao governo orientar a política para o setor. Cultura: Cenoura (1.200 cx 20 kg) 1) Unidade para comercialização: Cx 20 kg 2) Período médio para início de Colheita: 100 dias 3) Período de colheita: 30 dias Gráfico 1- Margem Bruta Média x Época Recomendada de Plantio Fonte: Dados para a elaboração da curva estacional fornecidos pela Ceasa. Preços médios de 2002 a 2009 corrigidos. Figura 2. Curva estacional de preços (R$/caixa – 20 kg.). Preços Médios (R$/cx) x Condições Climáticas Fonte: EMATER-DF Fonte: Dados para a elaboração da curva estacional fornecidos pela Ceasa. Preços médios de 2002 a 2009 corrigidos.
  • 22. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 22 Levantamentos de Dados para orçamento Depois de obter as informações de modalidades de cultivo e sobre o quê, como, quando e onde plantar, o produtor rural deve colocar na ponta do lápis para discriminar todas as etapas e quantidade dos insumos e serviços com o intuito de saber quanto vai gastar no hectare de cenoura. Tabela 4. INSUMOS Descrição Unidade Quantidade Adubo Mineral (04 – 14 -08) t 3,00 Adubo Mineral (20 – 20) t 0,20 Adubo Mineral (Bórax) kg. 20,00 Adubo Mineral (Sulfato de Zinco) kg. 20,00 Adubo Orgânico (Esterco de Galinha) t 10,00 Agrotóxicos (herbicidas) l 3,00 Agrotóxicos (fungicidas) kg. 8,00 Espalhante Adesivo l 2,00 Cultura Cenoura no Plantio Convencional Área (ha): 1,00 - Produtividade: (24.000 kg/ha) ou (1200 cx 20,0 kg) 10º PASSO O sucesso do empreendedor rural no empreendimento é saber quanto vai gastar desde o plantio a comercialização do produto final
  • 23. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 23 Descrição Unidade Quantidade Energia Elétrica para irrigação kwh. 1310,00 Sementes kg. 6,00 SERVIÇOS Descrição Unidade Quantidade Preparo do solo (aração) h/m 3,00 Preparo do solo (gradagem) h/m 2,00 Preparo do solo (Levantamento de canteiro/rotoencanteirador) h/m 2,00 Abertura do sulco (manual de cobertura) d/h 3,00 Adubos (Distribuição manual) d/h 2,00 Adubos (Incorporação mecânica) h/mtr 20,00 Irrigação (Aspersão) d/h 5,00 Desbaste d/h 40,00 Agrotóxico (Aplicação) d/h 4,00 Colheita/Lavagem/Classificação/Acondiciomamento d/h 40,00 Fonte: EMATER-DF Observações: 1) d/h: dia/homem, h/mt : hora/microtrator: h/m: hora/máquina; 2) Coeficientes Técnicos podem variar conforme a região, o clima e o sistema de produção a ser adotado pelo produtor rural. Pronaf Para financiar suas plantações, o produtor rural pode so- licitar nas agências do Banco do Brasil crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, conheci- do como PRONAF. Trata-se da principal política pública do Governo Federal para apoiar os agricultores familiares. Executado pelo Minis- tério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem como objeti- vo o fortalecimento das atividades produtivas geradoras de renda das unidades familiares de produção, com linhas de financiamento rural adequadas à sua realidade. Mais informações sobre o Pronaf podem ser obtidas em cartilha sobre o Pronaf produzida pelo SEBRAE em parceria com o Ministério do Desenvolvi- mento Agrário (MDA). O material está disponível na Biblioteca On Line do Sebrae. O endereço completo é: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/F8D5FB4FAB4789938325771C 0068DA07/$File/NT00044052.pdf
  • 24. SérieAgriculturaFamiliarColeçãoPassoaPasso-Cenoura 24 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA EMBRAPA HORTALIÇAS. Brasília: Embrapa, n. 13, dez. 1997. 19 p. REVISTA HF CAMPO & NEGÓCIO. Uberlândia, MG: AgroComunicação, ano V, n.50. Jul. 2009. 90 p. ZIMBOLIM, LAÉRCIO; VALE, Francisco Xavier Ribeiro do. Costa, Hélcio (Ed.). Cenoura, In: ____. Controle de doenças de plantas hortaliças: Vol. 2. Viçosa, MG, 2000, p. 446. Referências bibliográficas