3. Fevereiro/Março 2012
Moda / Lazer
Variedades - Decoração
Capa - Joãosinho Trinta
Entrevista - Império do Guará
Esportes - Olimpíadas 2016
Cotidiano - Baile da Melhor Idade
Entrevista - Administrador do Guará
Especial - História da Fotografia
Política - Câmara dos Deputados
Economia - Saiba mais sobre IPTU
Social - Creche Estrela Guia
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Sumário
Editorial
Expediente
É
com imensa satisfação que apresentamos para vocês esta edição da Revis-
ta Cenário. Abordaremos aqui temas atuais, cotidianos, culturais, políticos,
econômicos, tecnológicos, beleza, moda, entretenimento e lazer. A nossa
matéria de capa é uma homenagem ao grande carnavalesco Joãosinho Trinta,
que tanto fez para o carnaval do país e nos deixou no final de 2011. Desta vez,
prestigiamos os moradores da cidade do Guará, com matérias sobre a escola de
samba Império do Guará, o baile da melhor idade, a entrevista com o adminis-
trador e com o artigo da creche Estrela Guia, que desempenha um papel social
muito importante. Além disso, aproveitem também as dicas de especialistas so-
bre economia, decoração e beleza. Boa leitura.
Equipe Cenário
Diretor-Presidente: Otavio Junior
Editora-chefe: Jornalista Káttia Daniel MTB 7016/DF
Estagiária de jornalismo: Caroline Cintra
Fotografia: Zeh Cintra
Projeto Gráfico/Diagramação: Bruno Eustáquio
Impressão: Grafitec
e-mail: tvistoebrasilia@gmail.com
portal: www.tvistoebrasilia.com.br
Contato: 61 9813-7039
Revista Cenário é
uma publicação
do Grupo
UniVIDA
Musical Ltda
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ropeias e americanas, a Moroccanoil
se tornou uma das linhas mais procu-
radas nos centros de beleza do Brasil.
E agora não é mais preciso viajar para
o exterior ou encomendar
para alguma amiga que for
para Miami, New York ou
para a Europa para adquirir
o famoso Óleo de Argan ou
qualquer outro produto da
marca, como o Shampoo
Shampoing, o Hydrating
Styling Cream, o Restorati-
ve Hair Mark e o Oil Treat-
ment. Em Brasília, os princi-
pais salões de beleza já trabalham com
a linha.
Óleo de Argan
Especialista dá dicas para manter a saúde dos cabelos
Pontão do Lago Sul
Variedades
Febre entre as celebridades, os
experts e editores da beleza, assim
como entre os estilistas das modas eu-
Distribuidor Exclusivo
Moroccanoil no DF
(61) 9100-1059
(61) 9253-5701
Encontrado somente no Marro-
cos, o argan é um poderoso antioxi-
dante, protetor de raios UV, neutra-
lizador de radicais livres e rico em
vitaminas que fortalecem e aumentam
a elasticidade do cabelo. E o resultado
surpreendente do produto Morocca-
noil é o que fez com que se tornasse o
preferido dos profissionais de beleza e
dos consumidores brasileiros.
Localizado às margens da Ponte
Costa e Silva, o Pontão do Lago Sul é
parada obrigatória para quem visita
Brasília. São vários os atrativos que o
local oferece: programação
cultura, gastronomia varia-
da, amplo estacionamento,
além do pôr-do-sol mais
belo do Distrito Federal
À beira do lago, com o
céu deslumbrante, o Pontão
é considerado pelos brasi-
lienses o centro gastronômi-
co mais especial da cidade.
Todos os seus restaurantes
proporcionam uma vista
privilegiada de Brasília. Para quem
quer somente descansar da correria
do dia-a-dia, o local oferece jardins
com espaço para caminhada e medi-
tação. São vários os esportes náuticos
realizados no Lago Paranoá que po-
dem ser observados por lá. Por mês,
cerca de 200 mil pessoas passam pelo
Pontão.
Horário de
Funcionamento
Domingo e Segunda das 7:00
às 00:00 horas
Terça a Quinta das 7:00 a 1:00
hora
Sexta e Sábado das 7:00 às
2:00 horas.
Obs: os restaurantes pos-
suem horários de funciona-
mento independentes.
O verão é a época do ano em
que as madeixas mais sofrem, per-
dendo principalmente água e pro-
teína. O resultado é um cabelo sem
cor e brilho, ressecado e com as in-
desejadas pontas duplas. O suor, o
calor e a umidade podem deixar o
cabelo com a raiz mais oleosa, o que
facilita problemas como seborreia e
caspa. A dica é manter os cabelos e
o couro cabeludo sempre limpo. “O
ideal é lavar os cabelos com água
fria, pois mantém os folículos fe-
chados protegendo o bulbo capilar,
além de deixar os fios mais soltos e
brilhosos. Dê também um descanso
para os fios e deixe secar natural-
mente”, explica a diretora do espaço
Revita, Alessandra Siqueira,
Nesta época, os cabelos ten-
dem a ressecar com mais facilida-
de, portanto abuse de hidratações
regulares e aproveite para massage-
ar o couro cabeludo. As massagens
estimulam a liberação de toxinas
e ativam o crescimento dos fios.
“Mantenha uma alimentação sau-
dável e beba muita água, em média
de oito a dez copos por dia”, alerta a
especialista.
DivulgaçãoDivulgaçãoDivulgação
5. Fevereiro/2012
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Decoração
Planejamento na hora de decorar
Espaços bem aproveitados proporcionam economia aliada à beleza na decoração
O
planejamento dos ambien-
tes de uma casa é uma das
etapas mais importantes na
decoração. Mais do que a estética, o
planejamento e a integração dos am-
bientes trazem conforto, segurança e
praticidade para seus moradores. A
organização de móveis e objetos tam-
bém contribui para ampliar o espaço e
deixar a casa mais arejada.
O uso apropriado e otimizado
de cada espaço do imóvel deve aten-
der às necessidades de cada um dos
moradores. Móveis planejados, estan-
tes, sofás que viram camas podem ser
boas soluções para tornar o imóvel
mais espaçoso. Um item importante é
a escolha das cores. Tons mais suaves
e claros aumentam, de forma natural,
um ambiente mais reduzido. De pre-
ferência, escolha um único tom para
a pintura das paredes. As cores mais
vibrantes podem ser utilizadas nos
objetos de decoração.
Elementos decorativos e peque-
nos detalhes costumam ser decisivos
quando se trata de decoração. Inte-
grar espaços diferenciados tornou-se
excelente opção para moradores que
precisam de mais espaços. Com cria-
tividade, é possível conseguir ótimos
resultados em poucos metros.
Na hora da escolha dos móveis,
é importante levar em conta estilo
e praticidade: sofás-cama, mesas de
centro, bancos ou puffs abrem espaço
em qualquer ambiente. A arte de “em-
butir” eletrodomésticos, prateleiras
e armários também criam um visual
interessante e organizado, sem roubar
espaço.
A cozinha, por exemplo, está se
tornando um ambiente cada vez mais
confortável e moderno. Na hora de
definir seu design é importante levar
em conta as necessidades de todos os
moradores. “Escolher com antecedên-
cia o local reservado para os eletrodo-
mésticos, os pontos de água e o mate-
rial da bancada evita desperdícios de
tempo e material”, explica a arquiteta
Suelene Wanderley.
Já os banheiros podem ganhar
prateleiras bonitas e funcionais, pe-
quenos quadros, além dos espelhos.
Nos quartos, troque as tradicionais
mesas de cabeceira por prateleiras afi-
xadas no mesmo nível. Dá o menos
efeito e confere um ar original ao cô-
modo.
Divulgação
Divulgação
Divulgação
6. Fevereiro/2012
6
Capa
Por Caroline Cintra e Otavio Junior
O
carnaval deste ano não é mais
o mesmo, está mais triste. Esta
afirmação é consenso entre os
brasileiros ao se lembrarem da mor-
te do saudoso artista plástico Joãosi-
nho Trinta, que faleceu no dia 17 de
dezembro de 2011, em conseqüência
de um choque séptico secundário à
pneumonia e infecção urinária.
Considerado um dos responsá-
veis pela trans-
formação do des-
file das escolas
de samba em
verdadeiros es-
petáculos, seu
lema foi: “O
povo gosta
de luxo,
q u e m
gosta de
mi s é -
ria é
inte-
l e c -
tual.
João
C l e -
mente
J o r g e
Trinta, o
Jo ãosin ho
Trinta, nasceu
em uma família humilde
da cidade de São Luís, no
Maranhão, em 23 de No-
vembro de 1933. Desde
cedo criava seus próprios
brinquedos, que foi de
onde surgiu seu gosto pelas
formas, cores e materiais.
Mas não foi logo de início que
começou a trabalhar no mundo do
carnaval. Primeiro trabalhou como
escriturário na capital maranhense,
onde viveu até seus 18 anos. Em 1951,
Joãosinho Trinta mudou-se para o
Rio de Janeiro. Aproveitou a oportu-
nidade e começou a fazer dança clás-
sica no Teatro Municipal. Na época,
já começou a mostrar sua habilidade
artística montando diversas óperas,
entre elas “Aída” de Giuseppe Verdi,
e “O Guarani” de Carlos Gomes. Du-
rante 25 anos fez parte do corpo de
balé.
O casamento com o carnaval
teve inicio quando começou a tra-
balhar como assistente de Fernando
Pamplona e Arlindo Rodrigues, no
Salgueiro. E, já nos anos de 1965,1969
e 1971 foi campeão. Logo seu talento
começou a ter destaque e, dois anos
depois, Joãosinho assumia o cargo de
carnavalesco da escola de samba. Ele
teve como parceira a artista plástica
Maria Augusta. Juntos, conquistaram
o terceiro lugar no carnaval carioca
com o enredo “Eneida: amor e fanta-
sia”.
Em 1974, Joãosinho iniciou sua
carreira solo, já faturando o bicam-
peonato pelo Salgueiro nos carnavais
seguintes com os enredos: “ O Rei de
França na Ilha da Assombração” e “ Os
Segredos das Minas do rei Salomão”.
Mas foi quando assumiu a Beija-
-Flor, em 1976, que Joãosinho Trinta
passou a ser reconhecido por sua ou-
sadia e genialidade. Começou aí, de
fato, uma carreira de grande sucesso
e a conquista de vários títulos: 1976,
1977, 1978, 1980 e 1983. Joãosinho
também criou e organizou diversos
programas sociais de inclusão da po-
pulação carente no período em que
esteve na escola.
Foram 17 anos de desfile pela
Beija-Flor. Depois transferiu-se
para Unidos do Viradouro em 1997
O carnaval perde
Joãosinho
Trinta
Divulgação
7. Fevereiro/2012
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conquistando mais um título com o
enredo “Trevas! Luz! A explosão do
universo”. No início dos anos 2000,
transferiu-se para a Grande Rio.
Polêmica
A trajetória de sucesso de João-
sinho Trinta também teve polêmi-
cas. Em 1989, o samba enredo “Ratos
e urubus, larguem minha fantasia”
criou um enorme reboliço na Sapu-
caí e trouxe à tona seu conflito com
a Igreja Católica, pois o carro alegó-
rico viria com a imagem do Cristo
Redentor vestido com trapos como
um mendigo, causando grande per-
plexidade. A imagem foi censurada
e o carnavalesco resolveu vestir o
Cristo com sacos de lixo e escrito
a seguinte frase: “Mesmo coberto,
olhai por nós”.
Em 2004, com o enredo “Va-
mos vestir a camisinha, meu amor”,
a diretoria da escola de samba ale-
gou que Joãosinho havia fugido do
tema original do ano e horas antes
de começar a apuração do carnaval,
ele foi demitido e a escola ficou em
10° lugar.
Despedida
Sua despedida da Sapucaí foi
em 2005, pela Vila Isabel, com o en-
redo “Singrando em mares bravios...
E construindo o futuro”, que lhe deu
a 10ª colocação. Em 2006, Joãosinho
Trinta se afastou do carnaval depois
de ter sofrido dois derrames. Em
2009, fez parte da preparação do
carnaval local da pequena cidade de
Cavalcante (GO). Improvisou barra-
cões, desenhou fantasias, orientou as
costureiras, organizou bateria, mon-
tou blocos, fez tudo isso com a saúde
debilitada, demonstrando, de fato, a
sua paixão pelo carnaval.
Foram 50 anos de carreira de-
O povo gosta
de luxo, quem
gosta de miséria
é intelectual.
João Clemente Jorge Trinta,
o Joãosinho Trinta
Divulgação
dicados à festa carioca com muita
polêmica e majestade, ele revolucio-
nou o carnaval mais admirável do
mundo, sempre surpreendendo seu
público. Seu último trabalho foi no
seu estado natal, o Maranhão, onde
trabalhava em projetos da Secretaria
de Cultura para a comemoração dos
400 anos de São Luis, neste ano. O
carnavalesco planejava reunir cerca
de cinco mil pessoas na alegoria para
contar a trajetória da cidade.
8. Fevereiro/2012
8
a desejar para nenhuma outra escola
de samba de Brasília.
Cenário: E os participantes são Gua-
Escola de Samba
Império do Guará
Carnaval
F
undada em 26 de dezembro de 1988, o Grêmio
Recreativo e Escola de Samba Império do Gua-
rá tem como símbolo a coroa e suas cores são
verde e branco. Já teve como madrinhas as escolas de
samba Império Serrano e Capela Imperial. A Revis-
ta Cenário esteve no ensaio da escola e entrevistou
os atuais presidentes José Maria de Castro e Mário
Santos e o carnavalesco Sidney Waldo. Conheça um
pouco mais sobre a escola símbolo do Guará e do
Distrito Federal:
Entrevista com os Presidentes José
Maria de Castro e Mário Santos
Cenário: Qual foi o primeiro samba
enredo da escola?
José Maria: O primeiro samba enredo
da escola foi Hoje eu vou falar de amor
e, como o próprio nome diz, contava a
história do amor.
Cenário: Quem foi o primeiro figu-
rinista da escola?
José Maria: Foi o Sidney Valdo, e ele
está até hoje com a gente, é o nosso
carnavalesco.
Cenário: Onde é o local de ensaio?
José Maria: Nós ensaiamos em di-
versas quadras, hoje nós estamos na
Quadra 02, mas vamos trabalhar tam-
bém na 09, na feira; e no Guará II, na
34 e na 32. Na verdade, a nossa escola
busca fazer uma interação com a co-
munidade, e nós ensaiamos com toda
a comunidade do Guará.
Cenário: A comunidade participa?
José Maria: Participa. Nós temos di-
versas alas formadas aqui. O sindicato
do reggae também está conosco, tem a
ala deles que sempre nos ajuda. Temos
a ala das Baianas, que prestigia o gru-
po da terceira idade. Temos também
a ala das crianças, que inclusive tem
bastante criança. E estamos agora for-
mando a nossa bateria para que ela fi-
que completa. Não vamos deixar nada
rá?
José Maria: Sim, a maioria é do Gua-
rá.
Mário Santos: Mas temos participan-
tes também de fora. Por exemplo, te-
mos no nosso ensaio hoje como nossa
convidada a Capela Imperial, uma es-
cola de samba de Taguatinga, que é a
madrinha do Império do Guará.
José Maria: Ela inclusive foi campeã
do ano passado no segundo grupo e
está no grupo de elite.
Cenário: Para adquirir a fantasia, o
folião precisa comprá-la ou a escola
tem algum patrocínio?
José Maria: Nós temos a subvenção do
Governo do Distrito Federal (GDF)
para fazermos o nosso carnaval, e nes-
se ano tivemos uma emenda que vai
nos ajudar também. Normalmente, a
gente se apresenta sem cobrar nada,
nós estamos levando o nosso trabalho
para as pessoas nos ajudarem com a
escola, para a escola ficar coesa. Nós
vamos poder agora, com a participa-
ção em shows e outros eventos, ter um
cachê em troca da nossa apresentação.
Mário Santos: Em relação às fanta-
sias, elas são gratuitas. A escola pre-
para, providencia e distribui para a
comunidade.
Cenário: Teve algum tema que foi
destaque da escola de samba e é lem-
brado até hoje?
Simone Pereira, estreante como Rainha
de Bateria, não esconde a alegria em des-
filar pela Império do Guará: “Espero que
seja maravilhoso, espero que a escola bri-
lhe. Estou muito feliz”.
Presidentes estão confiantes na vitória
9. Fevereiro/2012
9
José Maria: Nós temos diversos te-
mas. No ano passado, por exemplo,
nós falamos da história do Guará e
fizemos uma bela apresentação no
Ceilambódromo. Nós fomos elogia-
díssimos não só pela crítica, mas tam-
bém pela imprensa O público acolheu
muito bem o tema.
Cenário: Quantos prêmios a escola
de samba já conquistou?
Mário Santos: Nós temos um primei-
ro lugar, vários segundos e terceiros
lugares. Ao todo, são mais de 18 tro-
féus já conquistados.
Cenário: Como estão os preparati-
vos para o carnaval 2012? Qual é o
samba-enredo?
José Maria: Esse ano a nossa escola
está muito preocupada com a educa-
ção. O nosso enredo vai ser Educação
- Escola de A a Z. Com esse tema, nós
estamos com dois carnavalescos, o
Sidney, que já está conosco há muito
tempo, e o La Cunha, que é um carna-
valesco de São Paulo e está prestando
serviço também para a nossa escola.
Cenário: O que vocês acham do car-
naval de Brasília? Ele atrai turistas?
Mário Santos: No carnaval de Brasí-
lia, todos os hotéis aqui ficam cheios.
Será que o carnaval é ruim? Não é.
Vem muita gente do Rio, São Paulo
e Salvador. Inclusive, nós temos uma
ala que é todo mundo de Salvador.
Muitos deles gostam de mais calma,
uma coisa mais light, então eles costu-
mam vir para Brasília.
José Maria: É importante acrescentar
que nós somos a única escola de Brasí-
lia que tem uma ala internacional. Nós
temos a Ala dos Africanos, que saem
com a gente todos os anos. Isso quer
dizer que o nosso carnaval de Brasí-
lia é conhecido na África. O pessoal
daqui está um pouco desatualizado,
porque a África sabe que a gente exis-
te. O carnaval é cultura, é educação, é
lazer. As crianças, os adolescentes e os
adultos participam. É um encontro de
todas as idades e é uma coisa que pro-
move a interação de uma comunida-
de. Nós temos que ver o carnaval com
outros olhos. Isso depende muito da
nossa população, nós contamos com a
comunidade do Guará.
Cenário: O Governo ajuda a escola
de samba?
José Maria: Ajuda. O carnaval em
Brasília é patrocinado pelo Governo
do Distrito Federal. Saiu a subven-
ção em janeiro, e com o recurso nós
começamos os ensaios. Tudo o que
fazemos, prestamos contas depois. A
Capela Imperial quer a despesa toda
contabilizada, porque é dinheiro do
povo.
Mário Santos: A única coisa que falta
mesmo para a Império do Guará ser
campeã do carnaval de Brasília é o
nosso terreno, para a gente ter o nosso
endereço. A escola existe há 23 anos
e ainda estamos ensaiando nas praças,
porque não temos um lote para cons-
truir a quadra da escola.
Entrevista com Carnavalesco: Sid-
ney Waldo
Cenário: Há quanto tempo você já
está na escola?
Sidney: Eu estou nesta escola há uns
dez anos. Saí e voltei há uns dois anos.
Ao total, deve ter uns dez anos de
Guará e de escola de samba.
Cenário: Você que é responsável pe-
las fantasias?
Sidney: Essa elaboração do carnaval
é comigo. Eu convivo com um grupo
de pessoas da escola e a gente conver-
sa e chega a um denominador comum
para montar o carnaval.
Cenário: Teve algum desfile que te
marcou mais?
Sidney: Tenho vários carnavais que
marcaram, eu fiz a ARUC também,
trabalhei na Asa Norte, já trabalhei
no Guará. O que mais marcou foi
meu primeiro carnaval, que era no
Guará mesmo. O que mais marcou
realmente foi meu início.
Cenário: Quais são as suas expecta-
tiva para esse ano?
Sidney: São muito boas. Estamos fa-
zendo uma reformulação na escola.
Desde o ano passado a gente veio es-
truturando melhor ela. A gente já está
no grupo de acesso né? A escola esta-
va lá embaixo antes de a gente chegar.
E as expectativas são essas.
Laryssa Saraiva desfila pela segunda vez
como Porta – Bandeira: “Eu quero muito
que o Guará suba. Estamos todos traba-
lhando muito, se esforçando muito, cui-
dando de tudo, correndo atrás das coisas
para fazer um ótimo carnaval”.
10. Fevereiro/2012
10
Brasília se destaca no roteiro esportivo
Saiba como evitar as dores nos pés
Esporte
Depois de ser escolhida como sede para a Copa das Confederações em 2013 e para Copa do
Mundo em 2014, a Capital Federal se prepara para ingressar no roteiro olímpico de 2016
Famoso na medicina tradicional chinesa, os pés possuem pontos reflexos que representam e
influenciam no funcionamento de diversos órgãos
O
Comitê Olímpico Brasilei-
ro (COB) escolheu Brasília
como uma das cidades para
receber os pré-jogos olímpicos. O Gi-
násio Nilson Nelson e o Parque Aquá-
tico do Complexo Esportivo Ayrton
Senna foram declarados pela entidade
como aptos para abrigarem os treinos
das delegações internacionais.
As visitas começaram em no-
vembro do ano passado, quando re-
presentantes do COB estiveram em
Brasília para avaliar se as instalações
esportivas da cidade tinham condi-
ções de receber os atletas olímpicos.
Na ocasião, eles fizeram vistorias no
Ginásio Nilson Nelson, no Lago Para-
noá, no Parque Aquático da Secretaria
de Esporte, no Autódromo Interna-
cional e no Clube de Golf.
A previsão é a de que a escolha
da cidade já atraia visitantes antes
mesmo do início do treino dos jogos.
Isso porque as equipes que vão para
os centros e treinamentos, principal-
mente as de atletas vindos de países
mais distantes e frios, chegam com
maior antecedência para adaptação,
com o objetivo de manter o mesmo
rendimento que em seus locais de ori-
gem.
D
entre os fatores que ocasio-
nam problemas na região dos
pés estão as alterações postu-
rais e diferença no comprimento de
membros inferiores; encurtamento
dos músculos da panturrilha (tríceps
sural); obesidade ou súbito aumento
de peso; traumas locais e ambientais
devido a erros de trei-
namento; aumento de
sobrecarga e velocidade;
corrida em aclives e ter-
renos irregulares, além
do uso constante de cal-
çados inadequados.
A dica da fisiote-
rapeuta Nara Beatriz
Matos, da Fisiotrauma
Excellence, é utilizar
calçados confortáveis e
que se ajustem bem ao
pé. Sapatos inadequa-
dos provocam dores,
desconforto e, muitas vezes, o atrito
mais intenso pode originar a forma-
ção de calosidades. “Além disso, é im-
portante ressaltar que cada indivíduo
deve ser analisado criteriosamente de
modo isolado, pois demandam cuida-
dos individualizados”, completa.
“Alongamentos, massagens e
exercícios de relaxamento utilizando
uma bolinha, como a de tênis, ajudam
retirar os nós de tensão da musculatu-
ra da planta do pé. O famoso escalda
pés descansa o corpo e relaxa a men-
te”, completa Nara.
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11. Fevereiro/2012
11
Cotidiano
Diversão para todas as idades
A terceira idade descobre na dança uma motivação. No DF, a situação é comprovada com o
aumento de freqüentadores destes salões
“D
esde que comecei a fre-
qüentar o baile e co-
nheci o Neto, minha
vida mudou para muito melhor. Me
apaixonei mesmo”. Esta afirmação é
de Izalena, que descobriu no baile
para a melhor idade uma motivação
de vida e, como se não bastassem
as alegrias que a dança lhe propor-
cionava, ainda conheceu seu grande
amor, o Neto. O casal já está junto
há seis anos.
Izalena e Neto são exemplos de
que o comportamento da sociedade
vem mudando com uma imensa ra-
pidez. O que antes era atividade só
para jovens, se tornou a alegria e a
motivação de viver para a classe da
melhor idade. Hoje, já existem vá-
rias casas que realizam bailes para
pessoas dessa faixa etária. No Dis-
trito Federal, um dos mais conheci-
dos é o Baile dos Amigos, que fica
no Guará II, no Pontão do Cave.
É um espaço confortável e
freqüentado por pessoas de várias
idades e cidades. Antes eram dois
quiosques separados, que já tinham
muito movimento. Mas para Luiz,
proprietário do estabelecimento,
não era o bastante. Ele resolveu se
reunir com os proprietários dos
dois quiosques e criar um único
ambiente com o melhor da música
sertaneja e do forró. “Eu tive a ideia
de montar esse baile e fui abençoa-
do. Há oito anos nós estamos aqui”,
diz, mostrando total satisfação.
No inicio, o movimento não
era grande. Mas hoje em dia, o nú-
mero de freqüentadores cresceu
muito. “No dia da inauguração da
casa, eram apenas 13 pessoas. Hoje
é um sucesso total entre todas as
idades e cidades do Distrito Fede-
ral. Tem vez que dá 500 pessoas aqui
dentro”, afirma Heuler um dos pro-
prietários.
Os vínculos vão além da dança.
Geralmente, são as mesmas pessoas
que frequentam, o que gera uma for-
te convivência e, como os próprios
freqüentadores gostam de salientar,
virou uma família. “Um tempo atrás
houve um problema e tivemos que
fechar o estabelecimento. Alguns
freqüenta-
dores che-
garam a
dizer que a
vida delas
tinha aca-
bado, por-
que amam
isso aqui
de uma
forma tão
gostosa, porque aqui é uma família”,
completa Luiz.
O Baile dos amigos é um lugar
descontraído, divertido e de muito
respeito, conhecido não só em Brasí-
lia, mas em vários Estados do Brasil.
Difícil alguém que tenha visitado a
Capital e que não ouviu falar do fa-
moso Forró do Guará. “É o que há de
melhor em Brasília, eu sou suspeita
de falar, o melhor lugar para melhor
idade é aqui. Não é só para terceira
idade, jovem também frequenta.”
Afirma Galvane, o rei da Chuleta.
Ao falar do lugar, os frequenta-
dores mostram total contentamento,
é uma alegria que fica estampada no
rosto de cada um. Niuza, mais co-
nhecida como Mineirinha, tem 63
anos e foi uma das primeiras pessoas
a pisar no Baile dos Amigos. Até hoje
freqüenta o local e o recomenda para
todos aqueles que procuram diverti-
mento. “É um ambiente de amizade,
respeito, sem confusão, porque aqui
no nosso ambiente não tem briga.
Todo mundo se respeita, todo mun-
do se gosta, é um ambiente bem fa-
miliar mesmo”, afirma Mineirinha.
O casal Izalena e Neto se conheceram no baile
Zeh Cintra
ZehCintra
12. Fevereiro/2012
12
Carlos Nogueira da Costa -
Administrador do Guará
Entrevista
N
a administração do Guará desde janeiro de 2011, Carlos Nogueira da Costa é carioca e mudou-se para Brasí-
lia em 1960. Antes de ocupar o atual cargo de administrador do Guará foi chefe da ouvidoria, diretor interino
da Diretoria de Serviços (DISERV) e diretor de Administração Geral (DAG) da Administração do Guará. Em
entrevista exclusiva, o administrador nos fala dos principais desafios enfrentados e do que já foi feito em prol do Guará
Cenário: Assim que assumiu a ad-
ministração do Guará, qual foi o
primeiro desafio?
Em um primeiro momento, quan-
do recebemos a cidade, eram vários
os problemas. Os desafios maiores
foram debelar o mato, que tinha to-
mando conta da cidade; resolver os
problemas dos buracos no asfalto,
os entulhos e o lixo. E, para resol-
ver isso, tínhamos pouco servidores.
Nos primeiros seis meses nós desen-
volvemos um trabalho para colo-
car a cidade em condições normais,
Daí por diante, começamos a tratar
de algumas benfeitorias, dentre as
quais nós conseguimos justamente
solucionar o impasse do Parque Eze-
chias Heringer e depois começamos
a executar projetos aqui na adminis-
tração.
Cenário: Porque a administração
escolheu o projeto da grafitagem
para ser o primeiro a ser executa-
do?
O Guará era, lamentavelmente, uma
das cidades mais pixadas. Consegui-
mos implantar este projeto e
vamos dar continuidade nele
em 2012. Fizemos em diver-
sos
pontos do Guará, mais para
conscientização dos nossos
jovens para que não pixem,
mas que venham grafitar.
Cenário: E em que consiste
este projeto? Quem tiver in-
teresse em participar, como
deve proceder?
Basta entrar em contato pelos
telefones 3383 - 7236 e 3383
-7237, na ouvidoria da administra-
ção, e falar com nosso gerente de
cultura. Temos conosco um dos an-
tigos pixadores da cidade, o Microfo-
ne, que hoje é um dos nosso líderes.
Ele nos dá apoio total, ensinando os
pixadores a se tornarem artistas da
grafitagem. Oferecemos as oficinas
de grafitagem e material para grafi-
tar. Caso seja necessário, fornecemos
até alimentação.
Cenário: Porque vocês decidiram
retornar com ela?
A Horta Comunitária já existia no
Guará, mas estava inoperante. É
uma parceria da administração com
a Emater. Esta horta é voltada mais
para a educação
das pessoas, principalmente no que
se refere à parte ecológica. Ali a gen-
te desenvolve muitas
hortaliças e a sua produção é toda di-
rigida para creches de
menores carentes que temos aqui na
nossa cidade.
Cenário: Outro projeto muito elo-
giado é o das Namoradeiras. Em
que ele contribui para a sustentabi-
lidade?
O projeto das namoradeiras é exce-
lente. No mesmo momento em que
as instalamos nas praças, vamos com
nossa equipe para restabelecer a pra-
ça, fazendo
pinturas, trocando alambra-
do, e arrumando as partes do
piso das quadras que estão
danificados. Além disso, nós
também protegemos o ecos-
sistema, pois usamos material
que ia
ser jogado no lixo para cons-
truirmos elas. Utilizamos as
cadeiras que foram retiradas
do Mané Garrincha e quem
ajuda a fazer as namoradeiras
é a Fundação de Amparo ao
Trabalhador
Zeh Cintra
ZehCintra
13. Fevereiro/2012
13
Preso, sao 25 homens que cumprem
o semi-aberto com trabalho para a
administração. Eles montam, pintam
e instalam nas praças.
Cenário: E para os famosos arte-
sãos do Guará? O que foi feito para
eles?
Foi criado um espaço para os arte-
sãos poderem vender suas obras. É
uma demanda antiga na nossa cida-
de, dos nossos artesãos. E, para tal,
destinamos um espaço muito grande
próximo à nossa administração e eles
estão entusiasmados. Vamos agora
auxiliá-los na finalização do espaço
colocando a parte de cobertura que
ainda falta. Temos algumas tendas
de maneira provisória, cedidas pela
nossa administração, mas que muito
em breve ganhará a cobertura defi-
nitiva. O local, por ser bem próximo
à Feira do Guará, foi pensado estra-
tegicamente. Os artesãos utilizam
de coisas que iam ser jogadas fora,
como peças de madeira, retalho, fer-
ro, etc. E ali, as senhoras e senhores
acabam fazendo obras interessantís-
simas. Muito em breve, a Feira do
Guará será referência também de
artesanato.
Cenário: Qual o outro projeto que
vocês desenvolveram e colocaram
em prática no Guará?
Temos o quinto projeto que é justa-
mente a administração em ação. É
um
projeto que iniciamos no segundo
semestre 2011 e vamos estender no
ano
de 2012. Temos no Guará cerca de
50 quadras e a grande maioria
deles estavam
em situações bastante precá-
rias. Foram diversas vezes que
colocamos
a administração em ação, e
este ano vamos estender às
demais quadras
do Guará que ainda não rece-
beram nossa visita, inclusive
no Lucio Costa.
Cenário: Na prática, o que
significa o projeto “Adminis-
tração em Ação”?
Reunimos na Quadra, levando me-
lhorias e entretenimento para a po-
pulação daquela quadra. A gente en-
tra com a parte de futebol, de esporte
e cultura. Levamos música, brinca-
deira de pinturas de rosto, uma serie
de atividades. Vamos também com
nossa ouvidoria, Procon, vigilância
sanitária, a delegacia da mulher, De-
tran, PM e policia civil. São vários
órgãos do
Governo, além dos nossos servido-
res, que ajudam no trabalho da lim-
peza das bocas de lobo,
meio fio. Não só a praça recebe me-
lhorias, mas seu entorno. E, aquilo
que não dá
para concluir no sábado, a gente dá
seqüência durante a semana seguin-
te. Tem
sido um sucesso, a população tem re-
conhecido o trabalho da gente.
Cenário: Quais as outras ações que
foram desenvolvidas ao longo de
2011 no Guará?
Fizemos dois estacionamentos, um
na QI 2 e outro na QE 04. Estamos
trabalhando em duas super vias, uma
na QE 46 e a outra entre a QE 8 até a
QE 18, com iluminação e pontos de
encontros comunitários, que são as
academias ao ar livre. Também de-
senvolvemos a jardinagem em todo o
Guará. Também estamos restauran-
do a pintura das faixas e a constru-
ção de bocas de lobo do anel viário
e a recapagem asfáltica. O Detran já
está pintando as faixas e sinalizando
as vias de rolamento.
Cenário: E para 2012?
Para 2012, temos diversas emendas
parlamentares, dentre os quais a que
é destinada para a
construção da casa da cultura, que é
um espaço que vai abrigar os artistas
da nossa cidade.
Cenário: Como morador há 40
anos do Guará, o que significa es-
tar em um cargo que proporciona
a possibilidade de fazer melhorias
em prol da sua cidade?
Sinto-me gratificado e agradecido
a Deus, ao Deputado Alírio Neto e
ao Governador Agnelo Queiroz, que
me apoiaram para ser o administra-
dor da cidade. Estou ciente da res-
ponsabilidade que o cargo me obriga
a ter. E a população do Guará
pode ter a certeza de que vou
trabalhar exaustivamente,
com toda a minha dedicação
e amor e certo da colaboração
de todos os meus servidores.
É um cargo de extrema res-
ponsabilidade, mas ao mes-
mo tempo gratificante, pois
realizamos muitos projetos.
Estou aqui no Guará desde 69
e vi a cidade crescer. Sei que
com a ajuda da população
farei um trabalho à altura da
cidade.
ZehCintra
Zeh Cintra
As namoradeiras do Guará
14. Fevereiro/2012
14
História da Fotografia
Curiosidade
V
ocê conseguiria imaginar o
mundo hoje sem a fotogra-
fia? Desde seu surgimento,
ela se tornou indispensável na
vida de todos, faz
parte de docu-
mentos e até
de lembran-
ças de mo-
mentos que
se passaram.
Para ser o que
ela é hoje, a
fotografia pas-
sou por um
longo proces-
so, veja como foi o
início de tudo.
Fotografia significa, basica-
mente, uma técnica de criação de
uma imagem por meio de uma ex-
posição luminosa fixada em uma
superfície. Ela não possui apenas
um criador e foi com a junção do ex-
perimento de vários estudiosos, os
avanços da época e um trabalho de
várias pessoas juntas levaram à sua
invenção.
O francês Joseph Nicéphore
Niépce é considerado o criador da
fotografia. Em 1826, ele produziu
em uma placa de estanho com um
derivado de petróleo fotossensível,
chamado Betume da Judéia. A ima-
gem foi produzida com uma câmera,
sendo exigidas cerca de oito horas
de exposição à luz solar. Niépce
chamou o processo de “heliogra-
fia”, que significa gravura com a luz
do sol. Logo depois, outro francês,
Louis Jacques Mandé Daguerre,
produzia com uma câmera escura
efeitos visuais em um espetáculo de-
nominado “Diorama”, o que levou a
entrar numa sociedade com Niépce.
Outro pioneiro da fotografia foi
o britânico William Henry Fox Tal-
bot, que já vinha pesquisando a fi-
xação da imagem da câmera escura
há tempos. Quando tomou conheci-
mento do que Daguerre havia feito,
correu para apresentar seus trabalhos
à Royal Institution e à Royal Society
(organizações dedicadas à educação
e pesquisa científica em Londres),
para garantir seus direitos sobre a
invenção.
Talbot desenvolveu um dife-
rente processo denominado calotipo,
usando folhas de papel cobertas com
cloreto de prata, que posteriormen-
te eram colocadas em contato com
outro papel, produzindo a imagem
positiva. Este processo é muito pare-
cido com o processo fotográfico em
uso hoje.
Fotografia Colorida
Em 1861, foi tirada a primeira
fotografia colorida pelo físico James
Clerk Maxwell. Para conseguir tal
efeito, ele fotografou o elemento co-
lorido três vezes, usando três filtros
de cores fundamentais – vermelho,
verde e azul – obtendo, desta forma,
três negativos monocromáticos com
variações de cinza distintos. Ele ain-
da converteu os negativos em slides
e os projetou um sobre o outro, re-
produzindo as cores do elemento ori-
ginal. Era um processo complicado,
mas foi o primeiro passo a caminho
do mundo das fotografias coloridas.
Fotografia Digital
A evolução tecnológica decor-
rente dos avanços obtidos principal-
mente na área de engenharia eletrô-
nica trouxe, entre outras maravilhas
tecnológicas, a fotografia digital.
Uma câmera fotográfica digital cap-
ta, por meio de células foto-sensíveis
(chamadas CCD, Charged Coupled
Device), a luz da cena a fotografar.
Esta informação, captada analogica-
mente, é digitalizada e armazenada
num meio magnético, que pode ser,
por exemplo, memory Stick (tm) ou
CD. As fotos podem ser transferidas
a um computador por meio de uma
cabo apropriado, onde é conectado à
porta de saída, ou imprimidas dire-
tamente.
No Brasil
A fotografia só surge no Brasil no século XIX, por meio do francês An-
toine Hercules Romuald Florence. Inclusive, ele foi quem criou o nome Photo-
grafie, mas não teve sucesso na época. Após o surgimento da empresa Kodak
as coisas foram mudando e o mercado fotográfico veio crescendo com a evo-
lução da tecnologia. Hoje tudo é digital, o que trouxe mais facilidade, rapidez
e praticidade para os admiradores dessa arte.
Divulgação
16. Fevereiro/2012
16
Cidades
Saiba tudo sobre o IPTU
Especialista em Direito Tributário esclarece as dúvidas sobre o pagamento do IPTU
A
ssim
q u e
a c a -
bam as fes-
tividades
de final
de ano, as
obrigações fiscais
já recomeçam. Janeiro é
mês de se organizar para pagar vários
imposto, dentre eles, o Imposto Predial
e Territorial Urbano (IPTU). “Mesmo
sendo um pagamento feito todos os
anos, muitos contribuintes ainda não
sabem exatamente o que é esse imposto
e como são calculados os valores”, aler-
ta o especialista em Direito Tributário
e sócio da Veloso de Melo Advogados,
Jacques Veloso.
A aplicação do dinheiro arreca-
dado com o IPTU é definida pelo po-
der público de acordo com as políticas
desenvolvidas pelo governo. O imposto
Final da Inscrição no
CI/DF
Parcela Única ou
Primeira Parcela
Segunda Parcela Terceira Parcela Quarta Parcela Quinta Parcela Sexta Parcela
1 e 2 07/05 11/06 09/07 13/08 10/09 15/10
3 e 4 08/05 12/06 10/07 14/08 11/09 16/10
5 e 6 09/05 13/06 11/07 15/08 12/09 17/10
7 e 8 10/05 14/06 12/07 16/08 13/09 18/10
9,0 e X 11/05 15/06 13/07 17/08 14/09 19/10
Final da Placa Parcela Única ou Primeira Parcela Segunda Parcela Terceira Parcela
1 e 2 09/04 14/05 18/06
3 e 4 10/04 15/05 19/06
5 e 6 11/04 16/05 20/06
7 e 8 12/04 17/05 21/06
9 e 0 13/04 18/05 22/06
Licenciamento Anual
Deve ser feito anualmente e autori-
za o veículo a circular em território
nacional. Serve para atestar as con-
dições de segurança e conformidade
quanto às normas de emissão de po-
luentes e ruído.
Seguro Obrigatório (DPVAT)
O Seguro de Danos Pessoais Cau-
sados por Veículos Automotores de
Vias Terrestres tem por finalidade
amparar as vítimas de acidentes de
trânsito causados por veículos auto-
motores ou por suas cargas, em todo
deve ser pago por todo proprietário ou
possuidor (como se proprietário fosse)
de imóvel urbano. Os valores para 2012
foram publicados no dia 3 de janeiro
deste ano, no Diário Oficial do Distrito
Federal. O imposto pode ser pago em
parcela única ou em seis vezes.
De acordo com a Secretaria de
Fazenda, os carnês começam a chegar
para os contribuintes na primeira se-
mana de abril. Ele poderá ser quitado
à vista ou em seis vezes - será iniciado
no dia 7 de maio e terminará em 19 de
outubro.
Matemática
O cálculo do IPTU é baseado na
aplicação de uma alíquota sobre o valor
do imóvel. O reajuste máximo será de
7,39%, correspondente à variação do
Índice Nacional de Preços ao Consu-
midor (INPC) no período correspon-
dente. Na prática, o valor varia para
cada caso, de acordo com a valorização
ou desvalorização do imóvel. Ao rece-
ber o carnê, o contribuinte deve obser-
var esses dados.
“A título de exemplo, no Distrito
Federal, temos alíquota de 0,3% para os
imóveis residenciais, 1% para os imó-
veis comerciais e 3% para os imóveis
não edificados”, esclarece o especialista.
Jacques enfatiza ainda que é importante
prestar atenção se houve um aumento
muito significativo em relação ao ano
anterior, pois a reavaliação de imóveis
possui limites percentuais máximos de
acréscimos, previstos em lei.
Caso seja observado algum erro,
o contribuinte deve impugnar adminis-
trativamente o lançamento. Para isso,
deve apresentar questionamento por
escrito nas agências de atendimento da
Secretaria de Fazenda do Distrito Fe-
deral. O prazo é de 30 dias, a partir da
data de recebimento do carnê.
DATAS DE VENCIMENTO IPTU
DATAS DE VENCIMENTO DO IPVA
o território nacional, independente de
quem seja a culpa desses acidentes.
Imposto sobre Propriedade de Veícu-
los Automotores (IPVA)
O Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores é um imposto
estadual, cobrado anualmente, cuja
alíquota varia a cada Estado (de 1 a
6%) de acordo com o valor do veí-
culo. Em Brasília, o prazo para re-
colhimento do IPVA – que poderá
ser feito em cota única ou em três
parcelas - começará em 9 de abril e
prosseguirá até 22 de junho.
Conheça alguns dos impostos cobrados:
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17. Fevereiro/2012
17
Política
CâmaradosDeputadosiniciaanotendo
como pauta assuntos polêmicos
A
s atividades da
Câmara dos De-
putados para
2012 se iniciaram e os
parlamentares têm pela
frente propostas polê-
micas que foram adia-
das para este ano. Na
Câmara dos Deputa-
dos, são várias as pautas
pertinentes, tais como
o texto aprovado pelo
Senado sobre a decisão
dos royalties do petróleo
(PL 2565/11); a Reforma
Política e a discussão do
novo Código de Proces-
so Civil (CPC).
Além destes as-
suntos, tem também o
projeto (PL 1992/07),
que regula a previdência
complementar dos servi-
dores públicos federais.
É preciso convencer a
equipe econômica do
governo, mas já temos uma comis-
são especial e estamos negociando
isso com o Ministério da Previdên-
cia", explica o presidente da Câmara
dos Deputados, Marco Maia.
Segundo ele, está sinalizada
uma negociação ainda no primei-
ro semestre deste ano, a votação de
uma política de reajuste acima da
inflação para os aposentados que
receberem mais de um salário míni-
mo, além do fim do fator previden-
ciário.
Reforma Política
O maior impasse na Reforma
Política gira em torno do financia-
mento público de campanha e de
mudanças no sistema eleitoral im-
pediram a votação do relatório final
da Comissão Especial da Reforma Po-
lítica, em 2011.
Novo Código do
Processo Civil
Enquanto alguns deputados e ju-
ristas defendem a limitação de recur-
sos para simplificar procedimentos e
acelerar o cumprimento das decisões,
outros temem que a mudança possa
sacrificar direitos das pessoas.
Segundo a Casa, o projeto do
novo CPC prevê duas mudanças po-
lêmicas na parte de recursos: derruba
a regra que impede o cumprimento
da sentença judicial de primeira ins-
tância enquanto não for decidido o
recurso da parte perdedora (efeito
suspensivo da apelação); e acaba com
uma modalidade de contestação base-
ada no voto não unânime das turmas
(embargos infringentes).
2011
Proposta consideradas polêmi-
cas no ano de 2011 foram concluídas
na Câmara dos Deputados. Segundo a
Secretaria Geral da Mesa, foram 337
matérias aprovadas pelo Plenário e
pela Comissão de Constituição e Jus-
tiça e de Cidadania em caráter conclu-
sivo.
Já no Plenário, os deputados
aprovaram 141 propostas, das quais
55 projetos de decreto legislativo, 37
medidas provisórias, 9 projetos de re-
solução, dois projetos de lei comple-
mentar, 35 projetos de lei e 2 propos-
tas de emenda à Constituição (PECs)
em segundo turno.
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