Cuidados com sequelas neurológicas após cirurgia cardíaca
1. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM CLÍNICA CARDIOVASCULAR
PRONTO SOCORRO CARDIOLÓGICO DE PERNAMBUCO- PROCAPE
ATENÇÃO AO PACIENTE COM SEQUELA
NEUROLÓGICA
Residente: Geizilandy Mendes
Terapeuta Ocupacional
RECIFE
2015
2. OBJETIVOS
• Apresentar os principais fatores relacionados a sequela
neurológica em pacientes após cirurgia cárdica.
• Apresentar as principais sequelas neurológicas encontradas
em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.
• Apresentar os principais focos de atenção para assistência do
paciente com sequelas neurológica.
3. INTRODUÇÃO
• Cirurgia cardíaca
- Procedimento complexo
- Repercussões orgânicas e alterações fisiológicas
- Pós- operatório crítico
- Cuidados específicos – sequelas/óbito.
(SOARES et. al . ,2011)
complicações
pós- operatórias
Má preparação pré-
operatória
Fator de risco
Instabilidade
hemodinâmica
4. COMPLICAÇÕES TÍPICAS DE CIRURGIA
CARDÍACA
• Complicações cardíacas
• Hipertensão arterial Pulmonar
• Doenças cerebrovasculares
• Complicações neurológicas
• Complicações renais e infeciosas
(SOARES et. al , 2011)
5. Estudo em Minas Gerais com 211 pacientes
• (58%) tiveram alguma complicação, sendo que
alguns dos pacientes apresentaram mais de uma
complicação.
• (31,02%) complicações pulmonares
• (15,78%) complicações cardíacas
• (13,90%) complicações neurológica
(SOARES et. al , 2011)
COMPLICAÇÕES TÍPICAS DE CIRURGIA
CARDÍACA
6. • Avanço tecnológico - diminuição da morbimortalidade em
cirurgias cardíacas.
• Complicações neurológicas ainda representam importante
causa de morbidade no período pós-operatório.
• CEC (3 a 6%) – Alvo de pesquisas
(SOUZA;OLIVEIRA;PACHECO, 2013)
COMPLICAÇÕES EM CIRURGIA CARDÍACA
7. FATORES ASSOCIADOS A ALTERAÇÕES
NEUROLÓGICAS
• Idade avançada.
• Doença encefálica-vascular prévia.
• Doença ateromatosa.
• Hipotermia e perfusão cerebral inadequada durante a operação e CEC.
• Tempo de parada cardíaca.
• Isquemia e hipóxia por embolias gasosas.
• Edema cerebral.
• Secundário à retenção hídrica, distúrbios metabólicos.
(SOUZA;OLIVEIRA;PACHECO, 2013; SOARES et. al , 2011)
8. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS
APÓS CIRURGIA CÁRDICA
• Aumento da mortalidade perda de independência e piora
na qualidade de vida.
• Classificados de acordo com a gravidade.
• Pior desfecho é o AVE.
• Anormalidades neurocognitivas.
• Alterações sensoriais e motoras.
(CARRAZEDO, et al. 2014)
9. INTERVENÇÃO JUNTO AO PACIENTE
COM SEQUELA NEUROLOGICA
• Atuação da equipe multiprofissional.
• Atuação da equipe de forma coordenada e integrada centrada em
objetivos comuns.
• AVE- reabilitação iniciada assim que se obtenha estabilização
clínica – inicio precoce influencia na evolução e previne
complicações.
(CARRAZEDO et. al. , 2014 ; THOMAZ;BRITO, 2010)
10. INTERVENÇÃO JUNTO AO PACIENTE
COM SEQUELA NEUROLÓGICA (AVE)
Médico Identificar e solicitar medidas
terapêuticas e os recursos e serviços
necessários para otimizar a
recuperação do paciente.
Enfermagem Monitorização clínica e necessidades
de cuidado do paciente, controle e
prevenção de complicações.
Fisioterapeutas Prevenção das condições respiratórias
e na recuperação de déficits sensitivos
e motores .
(THOMAZ; BRITO, 2010)
11. INTERVENÇÃO JUNTO AO PACIENTE
COM SEQUELA NEUROLOGICA
Fonoaudiólogo Avaliação e tratamento dos distúrbios
de deglutição e comunicação.
Psicólogo Avaliação dos transtornos de humor e
suporte ao paciente e seu familiar
Assistente Sociais Suporte a aconselhamento aos suportes
necessários.
Nutricionista Oferta dietética adequada de acordo
com a via de acesso e aceitação e
tolerância do paciente.
(THOMAZ; BRITO, 2010)
12. ATUAÇÃO DA T.O
Os cuidados da Terapia Ocupacional têm por objetivo,
engajar esses pacientes em atividades que são significativas e
importantes para eles, com a finalidade de retorno à
independência, à autonomia e na participação social.
(CRUZ;2009; CARRAZEDO et. al. , 2014)
13. Fase Hospitalar
•Avaliação – MIF, COPM, MEEM, etc.
• Posicionar corretamente contribuindo assim para evitar edemas e
deformidades.
• Orientar a família e o cuidador para posicionar objetos, móveis,
televisão, bem como conversar e tocar o paciente no lado afetado
do corpo, a fim de estimular esse paciente precocemente.
ATUAÇÃO DA T.O
(CRUZ; 2009)
14. • Orientação do posicionamento do braço durante AVD e
mobilização.
• Orientação e estimulação sensorial.
• Avaliação e estimulação de funções percepto-cognitivas.
ATUAÇÃO DA T.O
(CRUZ; 2009)
15. Ambulatório, Centro Especializado e Domicílio
• Treino funcional para retorno às atividades da vida diária e
demais áreas ocupacionais de desempenho que o paciente
deseja e precisa.
• Facilitação de AVD e AIVD
ATUAÇÃO DA T.O
(CRUZ; 2009)
16. • Se o paciente encontra dificuldades, mesmo modificando a
forma de realização da atividade, então poderá ser indicado o
uso de equipamentos assistivos .
• Órtese e tecnologia assistiva
• Reorganização da rotina Ocupacional.
• Adaptação de alguns espaços.
ATUAÇÃO DA T.O
(CRUZ; 2009)
17. REFERÊNCIAS
CARRAZEDO, et al. Cognição Pós-revascularização Cardíaca . Rev Bras Cardiol. ed. 27 , n. 4, jul- ago, 2014.
CRUZ, Daniel Marinho Cezar da; TOYODA, Cristina Yoshie. Terapia ocupacional no tratamento do
AVC. ComCiência, Campinas, n. 109, 2009 .
SOUZA, P. S. M.; OLIVEIRA, A. C.F; PACHECO, R. Relato de caso: intervenção fisioterapeutica no
pós operatório imediato à cirurgia de revascularização do miocárdio com agravante neurológico.
2° Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense, SICT-Sul, 2013.
SOARES, G. M. T.; et al. Prevalência das PrincipaisComplicações Pós-Operatórias em Cirurgias Cardíacas. Rev
Bras Cardiol. ed. 24, n.3, Mai-jun, 2011.
THOMAZ, A.; BRITO, C. M. M. B. Condicionamento físico pós-aciedente Vascular Encefálico. In: YAZBEK, P.;
SABBAG, L.M.S.; BATTISTELLA, L. R. Tratado de reabilitação: diretrizes nas áreas cardiovasculares e
musculoesqueléticas. Saõ Paulo: Phorte, 2010.