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Assistência de Enfermagem em
Choque e Falência Multissistêmica
Enfª ResidenteThaisa Remigio
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares
Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade
Residência
Maio 2013
Objetivos
• Descrever os vários tipos de choque e suas
fisiopatologias, as formas de diagnóstico e
tratamentos
• Discutir a assistência de enfermagem aos
pacientes que apresentam-se em Choque e
Falência multissistêmica
O que é Choque?
Condição em que a pressão arterial sistêmica é
inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes para
sustentar os órgãos vitais e a função celular
Fluxo adequado para os
tecidos
Bomba cardíaca adequada
Sistema circulatório ou
vasculatura efetiva
Volume sanguíneo
suficiente
Volume sanguíneo circulante
Causa predominante do choque
Estimulação simpática e sistema
cardiovascular
Débito cardíaco
PA e perfusão tissular
Barorreceptores estimulados
FC e contratilidade
Débito cardíaco PA Retorno venoso
Constrição
arteriolar
Constrição venosa
FISIOPATOLOGIA
DO CHOQUE
Estágios do choque
• COMPENSATÓRIO
• PROGRESSIVO
• IRREVERSÍVEL
•PA normal
•Aumento de FC e contratilidade
•DC adequado
•Desvio de sangue para órgãos vitais
•Pele fria e pegajosa
•Diminuição de peristalse e débito urinário
•Alcalose respiratória compensatória
•PAM abaixo dos limites normais (PAS <90
mmHg)
•Aumento da permeabilidade vascular
•SARA ou “pulmão de choque”
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•IRA
•Distúrbios neurológicos, do TGI, hepáticos,
hematológicos e etc.
Disfunção orgânica progressiva e
falência de múltiplos órgão
Estratégias gerais de tratamento no
Choque
• Reposição de líquidos para restaurar o volume
intravascular (soluções cristalóides e colóides)
• Medicamentos vasoativos para restaurar o tônus
vasomotor e melhorar a função cardíaca
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metabólicas que, com frequência, se mostram
aumentadas no choque
Classificação do Choque
Choque Hipovolêmico
Caracteriza-se por um volume intravascular
diminuído, em torno de 15 a 25%
FR Internos FR Externos
Hemorragias Trauma
Queimaduras Cirurgia
Ascite Vômitos
Peritonite Diarréia
Desidratação Diabetes insípido
Diurese
Fatores de
risco para
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hipovolêmico
Choque Hipovolêmico
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• Monitorar rigorosamente os pacientes em risco de déficits
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• Posicionamento adequado (Trendelemburg)
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aguda da perfusão
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Comprome-
timento de
diversos
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Choque Cardiogênico
Diagnóstico
1) Sindrômico
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• PAS < 90 mmHg
• Acidose metabólica
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urinário maior do que 50 ml/h e impedir acidose
metabólica
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• Instalação de Balão Intra-Aórtico
Através de um mecanismo de deslocamento de
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cateteriamo cardíaco/angioplastia coronária,
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ventilatório
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Drogas utilizadas Indicação/Efeito
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Dobutamina Melhor efeito inotrópico que a
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Nitroprussiato de sódio Vasodilatador; indicado em uso de
BIA e situações de hipotensão
associada a resistência periférica
aumentada
Trombolítico Utilizado no tratamento de IAM
Choque Cardiogênico
Prognóstico
• Os índices de mortalidade correspondem a 50-
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baixo débito cardíaco, pressão em cunha da
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Choque Cardiogênico
Cuidados de Enfermagem
• Monitoração hemodinâmica e cardíaca do paciente
• Administração segura e exata de líquidos e
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Choque Séptico
FASE INICIAL (Choque quente)
• Extremidades aquecidas
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ANTIBIOTICOTERAPIA
• Monitoração hemodinâmica
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Choque Séptico
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• Monitorar sítios de punção arterial e venosa, incisões
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Choque Anafilático
Reação de hipersensibilidade imediata, em
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Choque Anafilático
Cuidados de Enfermagem
• Avaliar e comunicar a existência de alergias ou
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identificação de alergias”
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Choque Neurogênico
Corresponde a um
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Choque Neurogênico
Etiologia
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conforme prescrição, para evitar a formação de
trombos
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evitar o choque neurogênico quando o paciente
está recebendo anestesia epidural
Referência Bibliográficas
1. SMELTZER, SC. Brunner/Suddarth: tratado de
enfermagem médico cirúrgica. 10th ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2005.
2. PORTO, CC. Exame Clínico - Bases para a Prática
Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2008.
3. PEDROSA, L. Doenças do coração: diagnóstico e
tratamento. 1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2011.
4. ERAZO, L. Emergências clínicas. Rio de Janeiro;
Atheneu, 2009.
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Choque

  • 1. Assistência de Enfermagem em Choque e Falência Multissistêmica Enfª ResidenteThaisa Remigio Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência Maio 2013
  • 2. Objetivos • Descrever os vários tipos de choque e suas fisiopatologias, as formas de diagnóstico e tratamentos • Discutir a assistência de enfermagem aos pacientes que apresentam-se em Choque e Falência multissistêmica
  • 3. O que é Choque? Condição em que a pressão arterial sistêmica é inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos vitais e a função celular Fluxo adequado para os tecidos Bomba cardíaca adequada Sistema circulatório ou vasculatura efetiva Volume sanguíneo suficiente
  • 4. Volume sanguíneo circulante Causa predominante do choque Estimulação simpática e sistema cardiovascular Débito cardíaco PA e perfusão tissular Barorreceptores estimulados FC e contratilidade Débito cardíaco PA Retorno venoso Constrição arteriolar Constrição venosa FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE
  • 5. Estágios do choque • COMPENSATÓRIO • PROGRESSIVO • IRREVERSÍVEL •PA normal •Aumento de FC e contratilidade •DC adequado •Desvio de sangue para órgãos vitais •Pele fria e pegajosa •Diminuição de peristalse e débito urinário •Alcalose respiratória compensatória •PAM abaixo dos limites normais (PAS <90 mmHg) •Aumento da permeabilidade vascular •SARA ou “pulmão de choque” •Arritmias e isquemia cardíacas •IRA •Distúrbios neurológicos, do TGI, hepáticos, hematológicos e etc. Disfunção orgânica progressiva e falência de múltiplos órgão
  • 6. Estratégias gerais de tratamento no Choque • Reposição de líquidos para restaurar o volume intravascular (soluções cristalóides e colóides) • Medicamentos vasoativos para restaurar o tônus vasomotor e melhorar a função cardíaca • Suporte nutricional para abordar as exigências metabólicas que, com frequência, se mostram aumentadas no choque
  • 8. Choque Hipovolêmico Caracteriza-se por um volume intravascular diminuído, em torno de 15 a 25% FR Internos FR Externos Hemorragias Trauma Queimaduras Cirurgia Ascite Vômitos Peritonite Diarréia Desidratação Diabetes insípido Diurese Fatores de risco para Choque hipovolêmico
  • 9. Choque Hipovolêmico Volume sanguíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tissular diminuída Fisiopatologia:
  • 10. Choque hipovolêmico Tratamento: • Restaurar o volume intravascular • Redistribuir o volume de líquidos • Corrigir a causa subjacente da perda de líquidos
  • 11. Choque hipovolêmico Cuidados de Enfermagem • Monitorar rigorosamente os pacientes em risco de déficits hídricos (prevenção primária) • Administração segura de líquidos e medicamentos prescritos e registro • Identificar possíveis complicações da reposição hídrica • Posicionamento adequado (Trendelemburg) • Observar os seguintes parâmetros: FC, ritmo cardíaco, pulso, PA, sons pulmonares e balanço hídrico
  • 12. Choque Cardiogênico • É a insuficiência aguda da perfusão tissular, causada pelo funcionamento cardíaco inadequado ou por qualquer causa que leve à diminuição do débito cardíaco
  • 13. Choque Cardiogênico Critérios hemodinâmicos: • Hipotensão contínua (PAS < 90 mmHg/30 min) • Índice cardíaco reduzido (< 2,2 l/min/m²) • Pressão Capilar Pulmonar elevada (> 15 mm Hg)
  • 14. Choque Cardiogênico Etiologia: • Infarto ou isquemia extensa do ventrículo direito e/ou esquerdo • Ruptura aguda do septo interventricular • Ruptura de papilares ou cordoalhas tendíneas com insuficiência mitral grave • Tamponamento cardíaco
  • 15. Choque Cardiogênico Fisiopatologia: Fator etiológico (ex: IAM) Necrose/Isquemia do miocárdio Hipotensão Diminuição do débito cardíaco Diminuição da perfusão tissular Comprome- timento de diversos órgãos
  • 16. Choque Cardiogênico Diagnóstico 1) Sindrômico • Volume urinário inferior a 20 ml/h • Pele fria e enchimento capilar diminuído • PAS < 90 mmHg • Acidose metabólica • Alterações do estado de consciência (agitação, sonolência, confusão e coma) • Pressão capilar pulmonar > 15 mmHg • Índice cardíaco < 2,2L/min/m² 2) Etiológico
  • 17. Choque Cardiogênico Tratamento • Manter PA suficiente para assegurar um volume urinário maior do que 50 ml/h e impedir acidose metabólica • Manter volemia suficiente para permitir a contratilidade máxima do miocárdio
  • 18. Choque Cardiogênico • Instalação de Balão Intra-Aórtico Através de um mecanismo de deslocamento de volume em contrapulsão, pode contribuir com o aumento do débito cardíaco de maneira importante. • Medida de pressão na artéria pulmonar, cateteriamo cardíaco/angioplastia coronária, agentes inotrópicos positivos e suporte ventilatório
  • 19. Choque Cardiogênico Drogas utilizadas Indicação/Efeito Dopamina Inotropismo +; aumento do fluxo renal; Dobutamina Melhor efeito inotrópico que a dopamina; menos taquicardizante; utilizada em casos de ICC sem choque; Noradrenalina Vasoconstrictor potente; pode necessitar da associação com vasodilatadores; Adrenalina Cronotropismo +; elevação da PA; utilizada apenas em situações de PCR Nitroprussiato de sódio Vasodilatador; indicado em uso de BIA e situações de hipotensão associada a resistência periférica aumentada Trombolítico Utilizado no tratamento de IAM
  • 20. Choque Cardiogênico Prognóstico • Os índices de mortalidade correspondem a 50- 60% • Alguns fatores de mau prognóstico incluem baixo débito cardíaco, pressão em cunha da artéria pulmonar elevada, idade avançada, oligúria, PA elevada, taquicardia e história de IAM prévio
  • 21. Choque Cardiogênico Cuidados de Enfermagem • Monitoração hemodinâmica e cardíaca do paciente • Administração segura e exata de líquidos e medicamentos intravenosos • Proteção da pele • Avaliação da função respiratória
  • 22. Choque Distributivo Síndrome de hipoperfusão tissular devidas a distúrbios do tônus e/ou da permeabilidade vascular, com redistribuição do fluxo sanguíneo visceral
  • 24. Choque Séptico Síndrome clínica ocasionada pela presença, na corrente sanguínea, de microorganismos ou seus produtos, e que envolve insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada.
  • 25. Choque Séptico Sepse Sepse Grave Choque Séptico Resposta sistêmica à infecção Disfunção de órgãos e sistemas Sepse grave associada a hipoperfusão tissular
  • 26. Choque Séptico Fisiopatologia: Aumento da permeabilidade capilar Resposta imune Microorganismo nos tecidos corporais Diminuição da volemia Queda do débito cardíaco e da perfusão tissular Liberação de mediadores bioquímicos Reação Inflamatória Grave
  • 27. Choque Séptico A progressão da falência de múltiplos órgãos e sistemas segue a seguinte ordem: PULMONAR HEPÁTICA RENAL
  • 28. Choque Séptico Manifestações clínicas • Estágios precoces = Paciente consciente e alerta; pele quente e ruborizada; pulsos amplos; hipotensão moderada; débito urinário diminuído; febre Podem ser referidos: cefaléia, prostração, mialgia, apreensão, agitação e anorexia
  • 29. Choque Séptico FASE INICIAL (Choque quente) • Extremidades aquecidas • Diminuição da resistência periférica • DC normal ou elevado • Hiperventilação (alcalose respiratória) • Débito urinário normal • Febre
  • 30. Choque Séptico FASE AVANÇADA (Choque frio) • Extremidades frias • DC reduzido • Resistência periférica aumentada • Hipotensão • Acidose metabólica (metabolismo anaeróbio e acúmulo de ácido lático)
  • 31. Choque Séptico Tratamento • Reconhecimento do agente etiológico  ANTIBIOTICOTERAPIA • Monitoração hemodinâmica • Observar os seguintes parâmetros: nível de consciência, respiração, pulso, cor da pele, enchimento capilar, hidratação, PA, PVC, temperatura, diurese • Reposição volêmica com soluções cristalóides • Uso de vasoconstrictores, inotrópicos e vasodilatadores
  • 32. Choque Séptico Cuidados de Enfermagem • Monitorar sítios de punção arterial e venosa, incisões cirúrgicas, sondas urinárias e feridas traumáticas ou Úlceras de pressão para os sinais de infecção • Realizar todos os procedimentos invasivos com técnica asséptica, após cuidadosa higienização das mãos • Comunicar alterações da temperatura corporal • Administrar medicamentos com segurança
  • 33. Choque Anafilático Reação de hipersensibilidade imediata, em indivíduos previamente sensibilizados, após reexposição a antígenos.
  • 36. Choque Anafilático Tratamento • Manter VAS permeáveis • Suplementar Oxigênio • Acesso venoso • Monitorização hemodinâmica • Administrar soluções cristalóides • Uso de drogas vasoativas  ADRENALINA 0,3-0,5 ML A CADA 15 OU 20 MIN, SC 0,1 ML+10 ML DE SF 0,9% INFUNDIDA DURANTE 10-15 MIN, EV
  • 37. Choque Anafilático Cuidados de Enfermagem • Avaliar e comunicar a existência de alergias ou reações prévias aos antígenos • Orientar os pacientes quanto a “carteirinha de identificação de alergias” • Avaliar risco para reação alérgica a contrastes administrados durante a realização de exames diagnósticos
  • 38. Choque Neurogênico Corresponde a um desequilíbrio do tônus vasomotor com predomínio de vasodilatação e hipotensão
  • 39. Choque Neurogênico Etiologia • Lesões da medula espinhal • Anestesias peridurais ou raquidianas • Drogas bloqueadoras autônomas Manifestações clínicas • Diminuição da PA • Extremidades quentes acima da lesão, e frias, abaixo Tratamento • Infusão de cristalóides para restauração do volume • Tratar a causa primária
  • 40. Choque Neurogênico Cuidados de Enfermagem • Imobilização • Aplicar meias de compressão elástica • Administrar heparina de baixo peso molecular, conforme prescrição, para evitar a formação de trombos • Elevar e manter a cabeceira do leito em 30° para evitar o choque neurogênico quando o paciente está recebendo anestesia epidural
  • 41. Referência Bibliográficas 1. SMELTZER, SC. Brunner/Suddarth: tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 2. PORTO, CC. Exame Clínico - Bases para a Prática Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2008. 3. PEDROSA, L. Doenças do coração: diagnóstico e tratamento. 1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2011. 4. ERAZO, L. Emergências clínicas. Rio de Janeiro; Atheneu, 2009.