Caderno de anotações do PapoVet - Saúde Pública com o tema Riscos Alimentares na Produção, Distribuição e Comercialização com os professores Dr. José Panetta e Dr. Ricardo Calil.
2. A produção intensiva de
alimentos:
riscos e desafios.
José Cezar Panetta
Revista Higiene Alimentar, editor.
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP,
professor aposentado.
3. Dados Populacionais - 2050
População Mundial
(9,6 Bilhões)
66,4% Urbana
(Hoje: 51,6%)
População Brasil
91% Urbana
(Hoje: 84,3%)
Investimentos
Infraestrutura
Serviços de Saúde
Coletiva
Sistemas de Saúde
Saneamento Básico
...
Fonte: (FAO, 2005)
4. Conceito
• Situação na qual toda população tem pleno acesso físico e econômico a
alimentos seguros e nutritivos que satisfaçam as suas necessidades e
preferências nutricionais, para levar uma vida ativa e saudável.
Organização Mundial para Alimentação (FAO, 2005)
• Compreende o compromisso de combinar atendimento a diferentes
demandas:
– Ações assistenciais compensatórias à fome.
– Disponibilidade de alimentos.
– Divulgação de informações ao consumidor sobre práticas alimentares
saudáveis
(MALUF et al., 2000)
Segurança Alimentar
5. Conceito
• Garantir a quantidade, qualidade e inocuidade dos alimentos, de forma a
fornecer produtos que garantam não só a nutrição do indivíduo, mas
também lhe dêem prazer ao se alimentar e não lhe causem dano físico ou
psicológico. Ainda, que sejam fatores de promoção da sua saúde.
• O conceito de Segurança dos Alimentos (Food Safety) está contido em
Segurança Alimentar (Food Security).
Segurança dos Alimentos
6. • Atualmente, um dos principais players mundiais, destacando-
se pela evolução tecnológica da agropecuária e do
agronegócio.
• Grande exportador de commodities, como soja (1º), açúcar
(1º), café (1ª), suco de laranja (1º), carne bovina (1º), frango
(1º) e carne suina (4º).
• Significativo potencial de crescimento, na dependência da
resolução de “gargalos”, do “custo Brasil” e de questões de
caráter sanitário (alimentos de origem animal).
Brasil e a Segurança Alimentar
7. 1. Monitoramento das doenças animais e, sobretudo, aquelas que podem
ser transmitidas ao homem através dos alimentos (ZOONOSES): teníase-
cisticercose, tuberculose, toxoplasmose, hidatidose, brucelose,
salmonelose ...
2. Monitoramento sistemático do uso de aditivos químicos nos alimentos.
3. Monitoramento sistemático dos resíduos físicos (partículas estranhas),
químicos (defensivos agrícolas, medicamentos veterinários) e biológicos
(micro-organismos patogênicos, parasitas, hormônios) nos alimentos.
RISCOS E DESAFIOS DA
PRODUÇÃO INTENSIVA
8. 4. Atualização permanente em estudos que levem à evolução das
tecnologias de produção e fiscalização sanitária de alimentos de origem
animal.
5. Considerar prioritária a relação sempre existente entre a qualidade dos
alimentos de origem animal, sua condição higiênico-sanitária e a saúde
pública.
6. Variáveis gerais: aumento de viajantes internacionais; aumento do
comércio internacional de alimentos; novos paradigmas de produção,
industrialização, distribuição e comercialização de alimentos;
incapacidade de muitos países e/ou regiões de controlarem a qualidade
tecnológica e sanitária dos alimentos.
RISCOS E DESAFIOS DA PRODUÇÃO INTENSIVA
9. 7. Variáveis específicas: resistência dos agentes aos antimicrobianos; uso
inadequado de insumos utilizados para a produção de alimentos,
particularmente medicamentos veterinários, defensivos agrícolas e
promotores de crescimento.
8. SUSTENTABILIDADE: É PRECISO PRODUZIR, MAS SEM AGREDIR O
AMBIENTE.
9. BEM-ESTAR ANIMAL: É PRECISO PRODUZIR, RESPEITANDO OS ANIMAIS DE
PRODUÇÃO.
10. ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS: É PRECISO PRODUZIR, MAS
PROTEGENDO OS RECURSOS NATURAIS, PRINCIPALMENTE A ÁGUA.
9.
RISCOS E DESAFIOS DA PRODUÇÃO INTENSIVA
10. UM QUEBRA-CABEÇA: é preciso produzir mais alimentos, porém
sem agredir a natureza, sem ameaçar a própria humanidade.
Fonte: Centro de Inteligência em Agronegócios, PwC (PricewaterhouseCoopers International)
11. “Não basta produzir mais. É preciso maior eficiência,
disponibilidade e acesso, produção com maior
qualidade e segurança, menor impacto ambiental e de
recursos. Também pensar nas próximas gerações.”