SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
O GÊNERO Bacillus E SUA UTILIZAÇÃO PROBIÓTICA
THE Bacillus GENUS AND THEIR PROBIOTIC USE
ARIANE KATIÚSCIA DOS SANTOS MARTINS
1
; FLAVIANO DOS SANTOS MARTINS
2
;
FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA
3
RESUMO
O interesse na utilização dos probióticos com objetivo de prevenir ou tratar doenças tem sido explorado há
muitos anos. Mais recentemente têm sido descritos os mecanismos de ação dos probióticos nas doenças
alérgicas e sua interação com o intestino como órgão imunológico. Assim, os probióticos devem ser
cuidadosamente estudados antes de uma ampla recomendação. Esses produtos, de um modo geral, são
muito seguros, uma vez que são comercializados há muitos anos como suplemento alimentar ou alimento
fermentado, e não possuem efeitos colaterais no metabolismo. Evidências científicas definitivas
comprovando o potencial dos probióticos na melhora da qualidade de vida de pessoas com distúrbios
gastrointestinais é tema promissor e de grande expectativa científica. Apesar das informações apresentadas
acima, dentro dos produtos probióticos em uso atualmente, há as bactérias formadoras de esporos, a
maioria do gênero Bacillus. Usados primariamente na forma de esporos, esses produtos têm sido úteis na
prevenção de desordens intestinais, e a diversidade de espécies utilizadas e suas aplicações é
surpreendente. As preparações contendo esporos da bactéria possuem a vantagem de que o esporo pode
sobreviver intacto à passagem pelo estômago, além do aumento do tempo de vida útil do produto.
Palavras-chave: Probióticos, Bacillus, Microbiota Intestinal.
ABSTRACT
The interest in the use of probiotics in order to prevent or treat diseases has been explored for many years.
More recently they have been described mechanisms of action of probiotics in allergic diseases and their
interaction with the gut as immune organ. Thus, the probiotics should be carefully studied before a
comprehensive recommendation. These products generally are very safe, since they are marketed for many
years as a dietary supplement or food fermented and have no side effects in metabolism. Definitive scientific
evidence proving the potential of probiotics to improve the quality of life of people with gastrointestinal
disorders is a subject of great expectations and promising scientific. Although the information presented
above, within the probiotic products currently in use, there are spore-forming bacteria, most of the genus
Bacillus. Used primarily in the form of spores, these products have been useful in the prevention of intestinal
disorders and the diversity of species used and their applications is surprising. Preparations containing
bacteria spores have the advantage that the spores can survive passage through the stomach intact, and
increasing the shelf life of the product.
Keywords: Probiotics, Bacillus, Intestinal Microbiota.
15
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
8
1 INTRODUÇÃO
1.1 O gênero Bacillus
O gênero Bacillus compreende bacilos
gram-positivos formadores de esporos
(endósporos), aeróbios ou anaeróbios facultativos.
As bactérias deste gênero caracterizam-se por uma
intensa atividade metabólica, já que produzem
enzimas que degradam muitos substratos
orgânicos. O Bacillus cereus é um bacilo grande,
aeróbio, mesófilo, com flagelos peritríquios, e
produtor de esporos que podem ser centrais ou
subterminais. Linhagens de B. cereus são capazes
de utilizar vários carboidratos: glicose, frutose,
trealose, sacarose, salicina, maltose, manose, m-
inositol e lactose. São capazes de hidrolisar amido,
caseína e gelatina. São catalase positivos e oxidase
variável. Todas as linhagens são produtoras de
hemolisinas, sendo conhecidas pelo menos duas:
cereolisina (termoestável) e hemolisina termolábil.
São também produtores de fosfolipases do tipo C.
Essa bactéria multiplica-se bem entre 10°C e 48°C,
apresentando um ótimo de temperatura entre 28°C
e 35°C. A faixa de pH em que ocorre multiplicação
varia de 4,9 a 9,3 (FRANCO e LANDGRAF, 2002).
A maioria das linhagens de B. cereus é
capaz de produzir uma série de metabólitos
extracelulares, dos quais alguns estão relacionados
com seu mecanismo de virulência. Entre estes
metabólitos destacam-se a toxina diarréica e a
toxina emética, responsáveis por duas formas
distintas de gastroenterite. Ambos os tipos de
intoxicação resultam da ação das enterotoxinas no
lúmem do trato gastrointestinal (GRANUM et al.,
1997; KOTIRANTA et al., 2000). Segundo vários
autores, estas síndromes só se manifestam quando
um alimento contém número elevado de células
viáveis de B. cereus (entre 10
7
e 10
9
células).
As espécies do gênero são encontradas em
uma diversidade de hábitats, e incluem espécies
com significância ambiental, industrial e clínica. B.
cereus é largamente distribuído na natureza, sendo
o solo o seu reservatório natural. Por esta razão,
contamina facilmente alimentos como vegetais,
cereais, condimentos, dentre outros. A bactéria é
também encontrada na superfície de carne bovina,
suína e de frango, certamente devido à
contaminação com o solo. Bacillus cereus é um
problema sério também em laticínios (queijos e
sorvetes), sendo seus esporos muito comuns em
leite em pó. No Brasil, B. cereus tem sido isolado de
vários tipos de alimentos: queijos, farinhas, amidos,
alimentos desidratados, carne moída, com índices
de positividade entre 18% e 97%. Vários estudos
têm demonstrado que B. cereus faz parte da
microbiota fecal de indivíduos normais, havendo
algumas indicações que sua presença é mais
comum nos meses de verão, e dependente dos
hábitos alimentares. Entretanto, B. cereus não
coloniza o intestino, não persistindo por longos
períodos (FRANCO e LANDGRAF, 2002).
A ocorrência, no intestino, de esporos ou
células vegetativas de Bacillus spp. pode ser
proveniente de alimentos contendo o microrganismo
ou ingeridos como probióticos. Em humanos,
espécies de Bacillus são freqüentemente
identificadas em grandes números no intestino,
muito superior do que seria esperado se essas
espécies fossem derivadas de matéria vegetal
ingerida, indicando ser ele um membro transitório da
microbiota intestinal. Há muitos relatos de espécies
de Bacillus sendo isoladas de peixes e crustáceos,
assim como em camarão (GATESOUPE, 1999). É
importante lembrar que Bacillus spp. pode ser
encontrado na superfície de piscinas, lagos e rios, e
muitos peixes, crustáceos e moluscos ingerem
Bacillus spp. dessa matéria orgânica. Muitos
membros de espécies do grupo B. cereus sensu lato
são freqüentemente encontrados em invertebrados.
Bacillus cereus tem sido identificado no intestino de
numerosos insetos, incluindo pulgões, larvas de
mosquitos e baratas (JENSEN et al., 2003;
FEINBERG et al., 1999).
1.2 Bacillus como probiótico
Apesar das informações apresentadas
acima, dentro dos produtos probióticos em uso
atualmente, há as bactérias formadoras de esporos,
a maioria do gênero Bacillus. Usados primariamente
na forma de esporos, esses produtos têm sido úteis
na prevenção de desordens intestinais, e a
diversidade de espécies utilizadas e suas
aplicações é surpreendente. As preparações
contendo esporos da bactéria possuem a vantagem
de que o esporo pode sobreviver intacto à
passagem pelo estômago, além do aumento do
tempo de vida útil do produto. Os probióticos
contendo B. cereus que são comercializados estão
listados no quadro 1. Alguns deles foram estudados
e testados em ensaios clínicos. O mais conhecido é
comercializado com o nome Bactisubtil (Merell) e
contém uma linhagem proveniente do Instituto
Pasteur de Paris (IP 5832). O produto foi testado há
bastante tempo em ensaios clínicos com recém-
nascidos (GANCZARSKI et al., 1960;
VANDEKERKOVE, 1979). Mais recentemente,
outras linhagens de Bacillus foram utilizadas para
reduzir os efeitos secundários dos tratamentos
antimicrobianos contra Helicobacter pylori (NISTA et
al., 2004) e para tratamento antitumoral (MALKOV
et al., 2005). Além do B. cereus, outras espécies
têm sido utilizadas como probióticos, como Bacillus
licheniformis, B. pumilus, B. clausii, B. coagulans, B.
thuringiensis, dentre outras (HONG et al., 2004).
Os produtos utilizados para seres humanos
enquadram-se dentro de dois grandes grupos:
comercializados como medicamentos ou
comercializados como suplementos alimentares. Os
medicamentos são utilizados no tratamento das
16
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
2
disfunções intestinais, particularmente diarréias em
crianças (principalmente infecções por rotavírus) ou
como complementos no uso de antimicrobianos.
Além do Bactisubtil® (B. cereus IP5832), podemos
citar Biosporin® (B. subtilis e B. licheniformis),
Biosubtyl `Nha Trang´ (B. pumilus), Biosubtyl `Da
Lat´(B. cereus), Subtyl (B. cereus) e Bibactyl (B.
subtilis) (HUYNH et al., 2004). As espécies
utilizadas como suplementos alimentares têm o
objetivo de aumentar o bem-estar do usuário,
restituir a microbiota natural intestinal, dentre outras
funções. Como exemplo podemos citar o produto
comercial Natto, que constitui-se de soja fermentada
pelo B. subtilis var. natto. Este produto tem
propriedades probióticas, como estimulação do
sistema imune, produção de vitamina K2 e atividade
anti-cancerígena (INOOKA et al., 1986;
TSUKAMOTO et al., 2001; HOSOI et al., 1999;
HOSOI et al., 2000 apud HONG et al., 2004).
Os esporos da bactéria, uma vez no
estômago, sofrem transformações assim como os
alimentos. Eles devem ser ativados no estômago e
no intestino através da ação de enzimas (HONG et
al., 2004).
Experimentalmente, é possível examinar o
destino dos esporos através da ingestão. Em seres
humanos esse estudo foi realizado com quatro
voluntários, aos quais foi dada uma dose fixa de 10
5
esporos de Bacillus stearothermophilus (KLIJN et
al., 1995 apud HONG et al., 2004). Nos primeiros
quatro dias após a ingestão, o número de UFC/g de
fezes de B. stearothermophilus foi mantido em nível
constante, após o qual as contagens diminuíram
significativamente pelo oitavo dia. Em um estudo
preliminar, B. stearothermophilus foi encontrado
presente nas fezes por dias seguidos após a dose
inicial (VESA et al., 2000 apud HONG et al., 2004).
De maneira interessante, neste estudo a cinética de
trânsito de B. stearothermophilus foi similar ao
probiótico Lactobacillus plantarum, o qual mostrou
evidência de colonização ou, pelo menos, retenção
no trato gastrointestinal. Esses estudos revelaram
que o tempo de trânsito (ou longevidade) do B.
stearothermophilus no trato gastrointestinal humano
foi de 8 a 10 dias, algo maior que o tempo de
trânsito calculado experimentalmente de um
marcador sólido no intestino (GRAFF et al., 2001
apud HONG et al., 2004).
Em outro estudo com humanos, 10
voluntários receberam duas pastilhas contendo 1,67
x 10
10
esporos de Bacillus polyfermenticus SCD
uma vez por dia durante 14 dias (KYU-YONG et al.,
2002 apud HONG et al., 2004). Neste trabalho
contagens de B. polyfermenticus SCD ainda eram
detectadas 4 semanas após a última dose. Esses
resultados diferem substancialmente daqueles de B.
stearothermophilus, uma vez que se os esporos não
têm interação com o trato gastrointestinal e
simplesmente passam através dele, era de se
esperar que não fossem observadas contagens de
B. polyfermenticus SCD após 22 a 24 dias. Embora
o modo como a dose foi administrada seja diferente,
duas explicações podem ser propostas. Primeiro, a
diferença pode ser espécie-específica e talvez os
esporos de B. polyfermenticus SCD sejam capazes
de aderir ao epitélio intestinal retardando seu
trânsito. Alternativamente, os esporos podem estar
proliferando dentro do trato gastrointestinal e aptos
a colonizar temporariamente. Para proliferar, os
esporos devem ter capacidade de germinação e
multiplicação. A passagem do produto probiótico
Paciflor
®
C10 (B. cereus CIP 5832) foi também
determinada em cães recebendo 10
6
esporos por
grama de refeição (BIOURGE et al., 1998 apud
HONG et al., 2004). Esporos e células vegetativas
foram primariamente detectadas em fezes 24hs
após ingestão e poderia não ser detectada após 3
dias, mostrando nenhuma evidência de colonização
(HONG et al., 2004).
Os primeiros estudos indicando que os
esporos podem germinar no trato gastrointestinal
vieram de experimentos usando alças ilíacas de
coelhos. Estudos mais completos in vivo têm usado
modelos murinos. Diferentes doses de esporos (de
10
8
a 10
10
) de B. subtilis linhagem PY79, foram
administradas a grupos de camundongos (Balb/c).
Em cada caso, os camundongos foram abrigados
individualmente e, usando gaiolas com grades no
fundo, as fezes totais puderam ser coletadas em
intervalos de 1-2 dias. Estes estudos mostraram que
as primeiras contagens de esporos foram
detectadas 3hs pós-dose e ainda, mais importante,
após 18hs o número de esporos excretados foi
maior do que administrado. Por volta de 5 a 7 dias
nenhuma contagem significativa de esporos pode
ser detectada, ainda que contagens cumulativas
mostraram um aumento no total de UFC. Uma vez
que as contagens totais foram maiores que a dose
administrada, a única explicação é de que os
esporos germinaram, multiplicaram e novamente
esporularam (HONG et al., 2004).
Primeiramente, o esporo é uma forma de
vida dormente e, presumivelmente, a região
superior do intestino delgado seria rica em
nutrientes que poderiam induzir a germinação, um
processo que não requer a síntese de proteínas de
novo. Além disso, como já foi mencionado, sabe-se
que esporos de algumas espécies de Bacillus são
reconhecidas como sendo capazes de germinarem
e multiplicarem no trato gastrointestinal, mais
notavelmente B. cereus. Estudos recentes em aves
domésticas e suínos têm demonstrado a
capacidade germinativa de B.cereus var toyoi, a
linhagem comercial presente no produto
Toyocerin®. Nestes estudos uma rápida germinação
no intestino superior dos animais foi observada,
atingindo níveis de 90% da dose de esporos
administrada. Interessantemente, nestes estudos
nem sempre foi possível observar um aumento no
número de esporos excretados nas fezes, indicando
que as condições fisiológicas do hospedeiro (por
exemplo, dieta) podem afetar a germinação e/ou a
multiplicação dos esporos (HONG et al., 2004).
17
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
3
Estudos in vitro demonstraram a resistência
dos esporos aos fluidos intestinais, revelando que
nem todos os esporos são resistentes à simulação
do suco gástrico e aos biliares. Especificamente,
esporos de uma linhagem de B. cereus utilizada no
produto Biosubtyl®, mostraram-se extremamente
sensíveis ao suco gástrico simulado e aos sais
biliares, considerando que esporos de outras
linhagens de B. cereus apresentaram-se
completamente resistentes (DUC et al., 2004 apud
HONG et al., 2004). Uma explicação para esses
resultados inesperados é que os esporos podem
estar sujeitos à ativação da germinação induzida por
ácido (FAILLE et al., 2002; KEYNAN et al., 1969
apud HONG et al., 2004). A germinação dos
esporos é um processo extremamente rápido, de
modo que a germinação ácido-induzida poderia
produzir uma grande quantidade de células
vegetativas, as quais podem ser mortas pelo suco
gástrico. Há vários estudos revelando que as
células vegetativas do gênero Bacillus são sensíveis
às condições do trato gastrointestinal e o estômago,
em particular, representa uma grande barreira. Os
esporos, por outro lado, são resistentes a tais
condições. Se os esporos germinarem,
sobreviverem e multiplicarem, a bactéria deve
encontrar uma maneira de escapar da toxicidade
dos fluidos presentes no lúmen do trato
gastrointestinal. A passagem através do trato
gastrointestinal até o intestino delgado poderia diluir
os efeitos tóxicos dos sais biliares, mas em
contrapartida, poderia liberar as células num
ambiente anaeróbico do cólon. Possivelmente, o
alimento é suficiente para conferir alguma proteção.
Alternativamente, a adesão à mucosa intestinal e a
formação de biofilmes com a microbiota intestinal
poderia proporcionar um nicho temporário (HONG et
al., 2004).
Com relação à colonização das bactérias do
gênero Bacillus no intestino, vários estudos
mostraram que todos os probióticos compostos de
espécies de Bacillus mostraram grande retenção no
intestino de camundongos, sugerindo que eles
poderiam persistir por longo período. Como isto
poderia ocorrer ainda não está muito claro, mas
talvez resulte da adesão das células vegetativas ao
epitélio da mucosa, assim como em linhagens
patogênicas de B. cereus. No caso desta espécie,
alguns elementos poderiam estar envolvidos na
adesão da bactéria ao epitélio intestinal. Na célula
vegetativa, a camada S presente na parte mais
externa da célula, tem sido implicada na adesão,
assim como na resistência à fagocitose
(KOTIRANTA et al., 2000; SLEYTER, et al., 1993
apud HONG et al., 2004). No esporo, estruturas
como exosporium e pilus são responsáveis pela
adesão ao epitélio intestinal. No caso de B. cereus,
esporos de diferentes linhagens demonstraram
aderirem-se a muitos tipos de superfícies. Além
disso, linhagens desta espécie mostraram-se mais
hidrofóbicas que outras espécies de Bacillus
(RONNER et al., 1990 apud HONG et al., 2004).
Quanto maior a hidrofobicidade do esporo, maior
sua aderência ao epitélio (ANDERSON et al., 1998
apud HONG et al., 2004).
Quadro 1. Os probióticos contendo B. cereus que são comercializados atualmente.
Produto Alvo Produtor Comentários
Bactisubtil® Humanos Originalmente produzido por
Marion Merrell Dow Laboratories
Cápsula contendo
1x10
9
esporos de B.
cereus IP 5832
Biosubtyl Humanos Biophar Company, Da Lat, Vietnam Sachê (1g) contendo
10
6
– 10
7
esporos de
B. cereus adicionado
de tapioca
Biovicerin® Humanos Geyer Medicamentos S. A. Porto
Alegre, R. S.
B. cereus linhagem
GM em suspensão de
10
6
esporos/mL
Esporafeed Plus® Suínos Norel, S. A. Madrid, Espanha 1x10
9
esporos de B.
cereus (CECT 953)
Paciflor® C10 Bezerros, aves
domésticas, coelhos e
suínos
Intervet International B. V. Wim de
Körverstraat 35 NL-5831 AN
Boxmeer (Holanda)
2x10
8
– 5x10
9
esporos
de B. cereus CIP5832
(ATTC 14893)
Subtyl Humanos Mekophar, Pharmaceutical Factory,
Ho Chi Minh, Vietnam
Cápsula contendo 10
6
– 10
7
esporos de B.
cereus var vietnami
Toyocerin® Bezerros, aves
domésticas, coelhos e
suínos. Possível uso
em aquacultura
Asahi Vet S. A., Tokyo (Head Off.),
Japão
B. cereus var toyoi
(NCIMB-
40112/CNCM-1012)
HONG et al., 2004.
18
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
2
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil é comercializado um probiótico
denominado BIOVICERIN® que, segundo a bula do
produto “é constituído exclusivamente por cultura
viva de B. cereus esporulados na proporção de 5
milhões de endósporos por flaconete. “O
BIOVICERIN® atuaria através do mecanismo de
antagonismo bacteriano, produzindo substância
antimicrobiana (biocerina), competindo por
nutrientes com os microrganismos patogênicos
causadores da diarréia, competindo por sítios de
adesão na mucosa intestinal e modificando os
receptores de toxinas. Através da produção de
vitaminas do complexo B e enzimas, BIOVICERIN®
favoreceria a reconstituição da microbiota
necessária para o normal desempenho das funções
intestinais.
Os trabalhos de Goodlow, Johnson e outros,
sobre o poder antagônico do B. cereus, revelado in
vitro pela produção de uma substância antibiótica, a
biocerina, que atua sobre diversas bactérias
patogênicas do intestino humano, levaram a
experimentar a administração de B. cereus in vivo.
Nesse sentido, os trabalhos de Guida,
demonstraram que o B. cereus atua como agente
terapêutico nas enterocolites crônicas e agudas,
provocadas por infecção de origem endógena (E.
coli puro ou associado a antígenos somáticos,
semelhantes aos de Salmonella e Shigella) e de
origem exógena (como Salmonella, Shigella e
outros)”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERSON, A.; GRANUM, P.E.; RONNER, U. The
adhesion of Bacillus cereus spores to epithelial cells
might be an additional virulence mechanism.
International Journal of Food Microbiology, v.39,
p.93-99, 1998 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING,
S.M. The use of bacterial spore formers as
probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-
835, 2004.
BARBOSA, T.M.; SERRA, C.R.; LA RAGIONE,
R.M.; WOODWARD, M.J.; HENRIQUES, A.O.
Screening for Bacillus isolates in the broiler
gastrointestinal tract. Applied and Environmental
Microbiology, v.71, n.2, p.968-978, 2004.
BERG, R.D. The indigenous gastrointestinal
microflora. Trends in Microbiology, v.4, p.430-435,
1996.
BERNET, M.F.; BRASSART, D.; NEESER, J.R.;
SERVIN, A.L. Lactobacillus acidophilus LA1 binds to
human intestinal cell lines and inhibits cell
attachment and cell invasion by enterovirulent
bacteria. Gut, v.35, p.483-489, 1994.
BIOURGE, V.; VALLET, C.; LEVESQUE, A.;
SERGHERAERT, R.; CHEVALIER, S.;
ROBERTON, J.L. The use of probiotics in the diet of
dogs. The Journal of Nutrition, v.128, p.2730S-
2732S, 1998 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING,
S.M. The use of bacterial spore formers as
probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-
835, 2004.
BRANDÃO, R.L.; CASTRO, I.M.; BAMBIRRA, E.A.;
AMARAL, S.C.; FIETTO, L.O.; TROPIA, M.J.M.;
NEVES, M.J.; SANTOS, R.G.; GOMES, N.C.M.;
NICOLI, J.R. Intracellular signal triggered by cholera
toxin in Saccharomyces boulardii and
Saccharomyces cerevisiae. Applied and
Environmental Microbiology, v.64, p.564-568, 1998.
CANGANELLA, F.; PAGANINI, S.; OVIDI, M.;
VETTRAINO, A.M.; BEVILACQUA, L.; MASSA, S.;
TROVATELLI, L.D. A microbiological investigation
on probiotic pharmaceutical products used for
human health. Microbiol. Res., v. 152, p. 171-179,
1997.
CZERUCKA, D.; ROUX, I.; RAMPAL P.
Saccharomyces boulardii inhibits secretagogue-
mediated adenosine 3’,5’-cyclic monophosphate
induction in intestinal cells. Gastroenterology, v.106,
p.65-72, 1994.
DUC, L.H; HONG, H.A.; BARBOSA, T.M.;
HENRIQUES, A.O.; CUTTING, S.M.
Characterisation of Bacillus probiotics available for
human use. Applied and Environmental
Microbiology, v.70, p.2161-2171, 2004 in HONG,
H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial
spore formers as probiotics. FEMS Microbiology
Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
ELMER, G.W.; SURAWICZ, C.M.; MCFARLAND,
L.V. Biotherapeutic agents. A neglected modality for
the treatment and prevention of selected intestinal
and vaginal infections. Journal of the American
Medical Association, v.275, p.870-876, 1996.
FAILLE, C.; MEMBRE, J.; KUBACZKA, M.; GAVINI,
F. Altered ability of Bacillus cereus spores to grow
under unfavourable conditions (presence of nisin,
low temperature, acidic pH, presence of NaCL)
following heat treatment during sporulation. Journal
of Food Protection, v.65, p.245-256, 2002 in HONG,
H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial
spore formers as probiotics. FEMS Microbiology
Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
FIGUEIREDO, P.P.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R.;
NARDI, R.D.; RAIBAUD, P.; DUVAL-IFLAH Y.;
PENNA, F.J. Influence of oral inoculation with
Escherichia coli EMO on the frequency of diarrhea
during the first year of life in human newborns.
19
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
2
Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition,
v.33, p.70-74, 2001.
FRANCO, B.D.G.M; LANDGRAF, M. Microbiologia
dos alimentos, Atheneu, 182p., 2002.
FULLER, R. Probiotics: the scientific basis. London:
Chapman & Hall, 398p., 1992.
GANCZARSKI A, SROCZINSKI K, BROZIK H,
GOLSTEIN L, KOWALSKA D, LIPINSKA I,
NAREMBSKA E, MIKUCKI J, RADZIKOWSKA H.
Modifications de la flore intestinale par le Bacillus
subtilis (Sp 5832). Gazette Médicale de France, v.
67, p. 2115-2125, 1960.
GILLILAND, S.E.; SPECK, M.L. Enumeration and
identity of lactobacilli in dietary products. J. Food
Prot., v. 40, p. 760-762, 1977.
GRAFF, J.; BRINCH, K.; MADSEN, J.L.
Gastrointestinal mean transit times in young and
middle-aged healthy subjects. Clinical Physiology,
v.21, p.253-259, 2001 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
HAMILTON-MILLER, J.M.; GIBSON, G.R. Efficacy
studies of probiotics: a call for guidelines. Br. J.
Nutr., v. 82, p. 73-75, 1999.
HAMILTON-MILLER, J.M.; SHAH, S. Deficiencies in
microbiological quality and labelling of probiotic
supplements. Int. J. Food Microbiol., v. 72, p. 175-
176, 2002.
HAMILTON-MILLER, J.M.; SHAH, S.; WINKLER,
J.T. Public health issues arising from microbiological
and labelling quality of foods and supplements
containing probiotic microorganisms. Public Health
Nutr., v. 2, p. 223-229, 1999.
HOA, N.T.; BACCIGALUPI, L.; HUXHAM, A.;
SMERTENKO, A.; VAN, P.H.; AMMENDOLA, S.;
RICCA, E.; CUTTING, A.S. Characterization of
Bacillus species used for oral bacteriotherapy and
bacterioprophylaxis of gastrointestinal disorders.
Appl. Environ. Microbiol., v. 66, p. 5241-5247, 2000.
HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of
bacterial spore formers as probiotics. FEMS
Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
HOSOI, T.; AMETANI, A.; KIUCHI, K.;
KAMINOGAWA, S. Changes in fecal microflora
induced by intubation of mice with Bacillus subtilis
(natto) spores are dependent upon dietary
components. Canadian Journal of Microbiology,
v.45, p.59-66, 1999 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
HOSOI, T.; AMETANI, A.; KIUCHI, K.;
KAMINOGAWA, S. Improved growth and viability of
lactobacilli in the presence of Bacillus subtilis (natto),
catalase, or subtilisin. Canadian Journal of
Microbiology, v.46, p.892-897, 2000 in HONG, H.A.;
DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore
formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews,
v.4, p.813-835, 2004.
HUGHES, V.L.; HILLIER, S.L. Microbiologic
characteristics of Lactobacillus products used for
colonization of the vagina. Obstet. Gynecol., v. 75,
p. 244-248, 1990.
INNOKA, S.; UEHARA, S.; KIMURA, M. The effect
of Bacillus natto on the T and B lymphocytes from
spleens of feeding chickens. Poultry Science, v.65,
p.1217-1219, 1986 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
ISHIBASHI, N.; YAMASAKI, S. Probiotics and
safety. The American Journal of Clinical Nutrition,
v.73, p.465-470, 2001.
KEYNAN, A.; EVENCHIK, Z. Activation In: The
Bacterial Spore (Gould, G.W. and Hurst, A., Eds.).
Academic Press, London, p.359-396, 1969 in
HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of
bacterial spore formers as probiotics. FEMS
Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
KLIJN, N.; WEERKAMP, A.H.; DE VOS, W.M.
Genetic marking of Lactococcus lactis shows its
survival in the human gastrointestinal tract. Applied
and Environmental Microbiology, v.61, p.2771-2774,
1995 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The
use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS
Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
KOTIRANTA, A.; LOUNATMAA, K.; HAAPASALO,
M. Epidemiology and pathogenesis of Bacillus
cereus infections. Microbes and Infection, v.2,
p.189-198, 2000 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
KYU-YONG, P.; JUNG, H.-Y.; WOO, K.-I.; JUN, K.-
D.; KANG, J.-S.; PAIK, H.-Y. Impact of Bacillus
polyfermenticus SCD administration on fecal
microflora and putrefactive metabolites in healthy
adults. Journal of Microbiology and Biotechnology,
v.12, p.657-663, 2002 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
LIMA FILHO, J.V.M.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R.
Antagonistic effect of Lactobacillus acidophilus,
20
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
3
Saccharomyces boulardii and Escherichia coli
combinations against experimental infections with
Shigella flexneri and Salmonella enteritidis subsp.
typhimurium. Journal of Applied Microbiology, v.88,
p.365-370, 2000.
MALKOV SV, MARKELOV VV, POLOZOV GY,
SOBCHUK LI, ZAKHAROVA NG,
BARABANSCHIKOV BI, KOZHEVNIKOV AY,
VAPHIN RA, TRUSHIN MV. Antitumor features of
Bacillus oligonitrophilus KU-1 strain. Journal of
Microbiology Immunology and Infection, v. 38, p. 96-
104, 2005.
MARTEAU, P.R.; DE VRESE, M.; CELLIER, C.J.;
SCHREZENMEIR, J. Protection from
gastrointestinal diseases with the use of probiotics.
American Journal of Clinical Nutrition, v.73 (suppl.),
p.430S-436S, 2001.
MAURER, W.M. Governmental quality assurance of
bacterial preparations: problems of efficacy and
quality. Microb. Ecol. Health Dis., v. 5, p. ii-iii, 1992.
MCCARTNEY, A.L.; WENZHI, W.; TANNOCK, G.W.
Molecular analysis of the composition of the
bifidobacterial and lactobacillus microflora of
humans. Applied and Environmental Microbiology,
v.62, p.4608-4613, 1996.
MOURA, L.N.; NEUMANN, E.; VIEIRA, L.Q.;
NICOLI, J.R. Protection by Lactobacillus acidophilus
H2B20 against experimental challenge with
Salmonella enteritidis var. typhimurium in gnotobiotic
and conventional mice. Revista de Microbiologia,
v.32, p.66-69, 2001.
NADER DE MACIAS, M.E.; ROMER, M.E.;
APELLA, M.C.; GONZALES, S.N.; OLIVER, G.
Prevention of infectious diarrhea produced by
Escherichia coli and Listeria monocytogenes by
feeding fermentation milk with lactobacilli. Journal of
Food Protection, v. 56, p. 401-405, 1992.
NAIDU, A.S.; BIDLACK, W.R.; CLEMENS, R.A.
Probiotic spectra of lactic acid bacteria (LAB).
Critical Reviews in Food Science and Nutrition, v.38,
p.13-126, 1999.
NARDI, R.D.; SANTOS, A.R.M.; CARVALHO,
M.A.R.; FARIAS, L.M.; BENCHETRIT, L.C.; NICOLI,
J.R. Antagonism against anaerobic and facultative
bacteria through a diffusible inhibitory compound
produced by a Lactobacillus sp. isolated from the rat
fecal microbiota. Anaerobe, v.5, p.409-411, 1999.
NARDI, R.M.D. ; SANTORO, M.M. ; OLIVEIRA, J.S.
; PIMENTA, A.; FERRAZ, V.; BENCHETRIT, L.C.;
NICOLI, J.R. . Purification and molecular
characterization of antibacterial compounds
produced by Lactobacillus murinus strain L1. Journal
of Applied Microbiology, Inglaterra, v. 99, n. 10, p.
649-656, 2005.
NEUMANN, E.; OLIVEIRA, M.A.P.; CABRAL, C.M.;
MOURA, L.N.; NICOLI, J.R.; VIEIRA, E.C.; CARA,
D.C.; PODOPRIGORA, G.I.; VIEIRA, L.Q.
Monoassociation with Lactobacillus acidophilus
UFV-H2B20 stimulates the phagocytic system of
germfree mice. Brazilian Journal of Medical and
Biological Research, v.31, p.1565-1573, 1998.
NICOLI, J.R. ; VIEIRA, L.Q . Microbiota
gastrointestinal normal na doença e na saúde.. In: L
P Castro; L G V Coelho. (Org.). Gastroenterologia. 1
ed. Rio de Janeiro, 2004, v. 1, p. 1037-1047.
NICOLI, J.R.; RAIBAUD, P. Antagonism exerted by
an association of strict anaerobic bacteria from
human fecal flora against Clostridium perfringens in
gnotobiotic mice. Revista de Microbiologia, v.24,
p.5-8, 1993.
NICOLI, J.R.; RAMARÉ, F.; RAIBAUD, P.
Antagonistic effect against Clostridium perfringens of
a diffusible compound produced by a
Peptostreptococcus sp from human intestinal flora in
mice. Revista de Microbiologia, v.23, p.226-230,
1992.
NISTA, E.C.; CANDELLI, M.; CREMONINI, F.;
CAZZATO I.A.; ZOCCO M.A.; FRANCESCHI F.;
CAMMAROTA G.; GASBARRINI G.; GASBARRINI
A. Bacillus clausii therapy to reduce side-effects of
anti-Helicobacter pylori treatment: randomized,
double-blind, placebo controlled trial. Alimentary
Pharmacology and Therapeutics, v. 20, p. 1181-
1188, 2004.
OSCÁRIZ, J.C.; LASA, I.; PISABARRO, A.G.
Detection and characterization of cerein 7, a new
bacteriocin produced by Bacillus cereus with a broad
spectrum of activity. FEMS Microbiology Letters,
v.178, p.337-341, 1999.
PELCZAR M, REID R, CHAN ECS. Microbiologia,
V2, McGraw-Hill do Brasil, 1072p, 1981.
PENNA, F.J.; PÉRET FILHO, L.A.; CALÇADO, A.C.;
RIBEIRO, JR. H., NICOLI, J.R. Bases experimentais
e clínicas atuais para o emprego dos probióticos.
Jornal de Pediatria, v.76, p.209-217, 2000.
PLEASANTS, J.R. Gnotobiotics. In: MELBY Jr, E.C.;
ALTMANN, N.H. Handbook of Laboratory Animal
Science. Cleveland, CRC press, p.119-174, 1974.
PODOPRIGORA, G.I.; COMUNIAN, L.B.;
PIMENTEL, E.F.; MOURA, L.N.; CARA, D.C.;
NICOLI, J.R.; VIEIRA, E.C. Study of stimulatory
effect of bifidobacteria on the host mononuclear
phagocyte system using gnotobiotic animal models.
Anaerobe, v.5, p.509-512, 1999.
21
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
4
RAMARÉ, F.; NICOLI, J.R.; DABARD, J.;
CORRING, T.; LADIRE, M.; GUEUGNEAU, A.M.;
RAIBAUD, P. Trypsin-dependent production of an
antibacterial substance by a human
Peptostreptococcus strain in gnotobiotic rats and in
vitro. Applied and Environmental Microbiology, v.59,
p.2876-2883, 1993.
RICHARD V, VAN DER AUWERA P, SNOECK R,
DANEAU D, MEUNIER F. Nosocomial bacteremia
caused by Bacillus species. European Journal of
Clinical Microbiology Infectious Diseases, v. 7, p.
783-785, 1988.
RISØEN, P.A.; RØNNING, P.; HEGNA, I.K.;
KOLSTØ, A.-B. characterization of a broad range
antimicrobial substance from Bacillus cereus.
Journal of Applied Microbiology, v.96, p.648-655,
2004.
RODRIGUES, A.C.P.; CARA, D.C.; FRETEZ,
S.H.G.G.; CUNHA, F.Q.; VIEIRA, E.C.; NICOLI,
J.R.; VIEIRA, L.Q. Saccharomyces boulardii
stimulates sIgA production and the phagocytic
system of gnotobiotic mice. Journal of Applied
Microbiology, v.89, p.404-414, 2000.
RODRIGUES, A.C.P.; NARDI, R.M.; BAMBIRRA,
E.A.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R. Protective effect of
Saccharomyces boulardii against experimental oral
infection with Salmonella typhimurium and Shigella
flexneri in gnotoxenic mice. Journal of Applied
Bacteriology, v.81, p.251-256, 1996.
RODRIGUES, Ana Cristina Persichini. Efeito de
Saccharomyces boulardii contra os enteropatógenos
Salmonella enteritidis var. Typhimurium, Shigella
flexneri e Escherichia coli enteroinvasora em
camundongos NMRI gnotobióticos e convencionais.
Belo Horizonte, Instituto de Ciências Biológicas da
UFMG, 1995. (Dissertação, Mestrado).
RONNER, U.; HUSMARK, U.; HENRIKSSON, A.
Adhesion of Bacillus spores in relation to
hydrophobicity. Journal of Applied Bacteriology,
v.69, p.550-556, 1990 in HONG, H.A.; DUC, L.;
CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers
as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4,
p.813-835, 2004.
SAARELA, M.; MOGENSEN, G.; FONDÉN, R.;
MÄTTÖ, J.; MATTILA-SANDHOLM, T. Probiotic
bacteria: safety, functional and technological
properties. Journal of Biotechnology. v.84, p.197-
215, 2000.
SAVAGE, D.C. Microbial ecology of the
gastrointestinal tract. Annual Review of
Microbiology, v.31, p.107-133, 1977.
SILVA, A.M.; BAMBIRRA, E.A.; OLIVEIRA, A.L.;
SOUZA, P.P.; GOMES, D.A.; NICOLI, J.R.
Protective effect of bifidus milk on the experimental
infection with Salmonella typhimurium in
conventional and gnotobiotic mice. Journal of
Applied Microbiology, v.86, p.331-336, 1999.
SILVA, S.H.; VIEIRA, E.C.; DIAS, R.S.; NICOLI, J.R.
Antagonism against Vibrio cholerae by diffusible
substances produced by bacterial components of
the human faecal microbiota. Journal of Medical
Microbiology, v.50, p.161-164, 2001.
SLEYTER, U.B.; MESSNER, P.; PUM, D.; SARA, M.
Crystalline bacterial cell surface layers. Molecular
Microbiology, v.10, p.911-916, 1993 in HONG, H.A.;
DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore
formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews,
v.4, p.813-835, 2004.
TSUKAMOTO, Y.; KASAI, M.; KAKUDA, H.
Construction of a Bacillus subtilis (natto) with high
productivity of vitamin K2 (menaquinone-7) by
analog resistance. Bioscience, Biotechnology and
Biochemistry., v.65, p.2007-2015, 2001 in HONG,
H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial
spore formers as probiotics. FEMS Microbiology
Reviews, v.4, p.813-835, 2004.
URDACI MC, BRESSOLLIER P, PINCHUK I.
Bacillus clausii probiotic strains: antimicrobial and
immunomodulatory activities. Journal of Clinical
Gastroenterology, v. 38 (supp. 2), p. S86-S90, 2004.
VANDEKERKOVE M. Étude des effets de
l’administration du Bacillus souche IP 5832 sur la
flore intestinale des nourissons soumis aux
traitements antibiotiques. Annales de Pediatrie, v.
26, p. 503-506, 1979.
VANDENBERGH, P.A. Lactic acid bacteria, their
metabolic products and interference with microbial
growth. FEMS Microbiological Review, v.12, p.221-
238, 1993.
VESA, T.; POCHART, P.; MARTEAU, P.
Pharmacokinetics of Lactobacillus plantarum NCIMB
8826, Lactobacillus fermentum KLD and
Lactococcus lactis MG 1363 in the human
gastrointestinal tract. Alimentary Pharmacology &
Therapeutics, v.14, p.823-828, 2000 in HONG, H.A.;
DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore
formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews,
v.4, p.813-835, 2004.
WHO. Scientific Working Group on Monitoring and
Management of Bacterial Resistance to
Antimicrobial Agents. Geneva: World Health
Organization, 1994.
22
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013
5
__________________________________________
1 – Dra. Ariane Katiúscia dos Santos Martins,
Bióloga – Microbiologista, Departamento de
Microbiologia, ICB, Universidade Federal de Minas
Gerais.
2 – Dr. Flaviano dos Santos Martins, Professor
Doutor Adjunto II / Biólogo – Microbiologista,
Departamento de Microbiologia, ICB, Universidade
Federal de Minas Gerais.
3 – Dr. Flávio Henrique Ferreira Barbosa, Professor
Doutor Adjunto II / Biólogo – Microbiologista,
Colegiado de Farmácia, PPG Ciências da Saúde e
Ciências Farmacêuticas, Laboratório de
Bromatologia e Microbiologia de Alimentos,
Fundação Universidade Federal do Amapá –
UNIFAP, flavio.barbosa@unifap.br
23
22

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)
BeefPoint
 
3 os microrganismos e os alimentos
3 os microrganismos e os alimentos3 os microrganismos e os alimentos
3 os microrganismos e os alimentos
Marlos Nogueira
 
Alimentos Trangénicos
Alimentos TrangénicosAlimentos Trangénicos
Alimentos Trangénicos
Bruno Jardim
 
Fungos e micotoxinas em graos armazenados
Fungos e micotoxinas em graos armazenadosFungos e micotoxinas em graos armazenados
Fungos e micotoxinas em graos armazenados
Pelo Siro
 
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
Cassio Leal
 
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
Otavio Serino Castro
 

Mais procurados (20)

Microbiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota NormalMicrobiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota Normal
 
Transgênicos
TransgênicosTransgênicos
Transgênicos
 
Perigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentosPerigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentos
 
Alimentos transgênicos!
Alimentos transgênicos!Alimentos transgênicos!
Alimentos transgênicos!
 
Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)
 
Transgenia aplicações-práticas
Transgenia aplicações-práticasTransgenia aplicações-práticas
Transgenia aplicações-práticas
 
3 os microrganismos e os alimentos
3 os microrganismos e os alimentos3 os microrganismos e os alimentos
3 os microrganismos e os alimentos
 
Transgênicos
TransgênicosTransgênicos
Transgênicos
 
Alimentos Transgênicos
Alimentos TransgênicosAlimentos Transgênicos
Alimentos Transgênicos
 
Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos Alimentos Trangênicos
Alimentos Trangênicos
 
Aula 8 microbiota normal
Aula 8   microbiota normalAula 8   microbiota normal
Aula 8 microbiota normal
 
Transgênicos
Transgênicos   Transgênicos
Transgênicos
 
Microbiota humana
Microbiota humanaMicrobiota humana
Microbiota humana
 
Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01
 
Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02
 
Transgênicos
TransgênicosTransgênicos
Transgênicos
 
Alimentos Trangénicos
Alimentos TrangénicosAlimentos Trangénicos
Alimentos Trangénicos
 
Fungos e micotoxinas em graos armazenados
Fungos e micotoxinas em graos armazenadosFungos e micotoxinas em graos armazenados
Fungos e micotoxinas em graos armazenados
 
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
Apresentação sobre Transgênicos (UFBA)
 
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
Biomin Probiotics - Panorama da Aquicultrua 150
 

Destaque (11)

Artigo abmba v1_n2_2013_05
Artigo abmba v1_n2_2013_05Artigo abmba v1_n2_2013_05
Artigo abmba v1_n2_2013_05
 
Artigo abmba v1_n2_2013_04
Artigo abmba v1_n2_2013_04Artigo abmba v1_n2_2013_04
Artigo abmba v1_n2_2013_04
 
788 3000-2-pb
788 3000-2-pb788 3000-2-pb
788 3000-2-pb
 
214
214214
214
 
Trab de biologia
Trab de biologiaTrab de biologia
Trab de biologia
 
Aspergillus flavus, Staphylococcus aureus e Bacillus cereus
Aspergillus flavus, Staphylococcus aureus e Bacillus cereusAspergillus flavus, Staphylococcus aureus e Bacillus cereus
Aspergillus flavus, Staphylococcus aureus e Bacillus cereus
 
Bacillus anthracis
Bacillus anthracisBacillus anthracis
Bacillus anthracis
 
Citologia bacteriana
Citologia bacterianaCitologia bacteriana
Citologia bacteriana
 
Aula Microbiologia Bactérias
Aula Microbiologia BactériasAula Microbiologia Bactérias
Aula Microbiologia Bactérias
 
Clostridium botulinum
Clostridium botulinum Clostridium botulinum
Clostridium botulinum
 
Trabalho pronto
Trabalho prontoTrabalho pronto
Trabalho pronto
 

Semelhante a 790 3008-2-pb

Artigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticosArtigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticos
Carla Barbosa
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatria
lactivos
 

Semelhante a 790 3008-2-pb (20)

789 3004-2-pb
789 3004-2-pb789 3004-2-pb
789 3004-2-pb
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 
Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10
 
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
Probióticos,prebioticos na prevenção de doenças(Grupo Allimenta)
 
Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01Artigo abmba v5_n1_2017_01
Artigo abmba v5_n1_2017_01
 
Artigo abmba v4_n2_2016_01
Artigo abmba v4_n2_2016_01Artigo abmba v4_n2_2016_01
Artigo abmba v4_n2_2016_01
 
Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01Artigo abmba v5_n2_2017_01
Artigo abmba v5_n2_2017_01
 
Artigo abmba v6_n2_2018_01
Artigo abmba v6_n2_2018_01Artigo abmba v6_n2_2018_01
Artigo abmba v6_n2_2018_01
 
Probioticos
ProbioticosProbioticos
Probioticos
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150
 
53-Texto do Artigo-160-1-10-20171020.pdf
53-Texto do Artigo-160-1-10-20171020.pdf53-Texto do Artigo-160-1-10-20171020.pdf
53-Texto do Artigo-160-1-10-20171020.pdf
 
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
 
Nutrindo a Microbiota Intestinal
Nutrindo a Microbiota IntestinalNutrindo a Microbiota Intestinal
Nutrindo a Microbiota Intestinal
 
Artigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticosArtigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticos
 
Artigo abmba v7_n2_2019_01
Artigo abmba v7_n2_2019_01Artigo abmba v7_n2_2019_01
Artigo abmba v7_n2_2019_01
 
Artigo abmba v8_n1_2020_01
Artigo abmba v8_n1_2020_01Artigo abmba v8_n1_2020_01
Artigo abmba v8_n1_2020_01
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatria
 
Artigo abmba v3_n1_2015_01
Artigo abmba v3_n1_2015_01Artigo abmba v3_n1_2015_01
Artigo abmba v3_n1_2015_01
 

Mais de Flávio Henrique Ferreira Barbosa

Mais de Flávio Henrique Ferreira Barbosa (19)

Artigo abmba v9_n1_2021_01
Artigo abmba v9_n1_2021_01Artigo abmba v9_n1_2021_01
Artigo abmba v9_n1_2021_01
 
Artigo abmba v8_n2_2020_01
Artigo abmba v8_n2_2020_01Artigo abmba v8_n2_2020_01
Artigo abmba v8_n2_2020_01
 
Artigo abmba v4_n1_2016_01
Artigo abmba v4_n1_2016_01Artigo abmba v4_n1_2016_01
Artigo abmba v4_n1_2016_01
 
Artigo abmba v3_n2_2015_01
Artigo abmba v3_n2_2015_01Artigo abmba v3_n2_2015_01
Artigo abmba v3_n2_2015_01
 
Artigo abmba v2_n2_2014_01
Artigo abmba v2_n2_2014_01Artigo abmba v2_n2_2014_01
Artigo abmba v2_n2_2014_01
 
Artigo abmba v2_n1_2014_01
Artigo abmba v2_n1_2014_01Artigo abmba v2_n1_2014_01
Artigo abmba v2_n1_2014_01
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N2 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 

790 3008-2-pb

  • 1. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 O GÊNERO Bacillus E SUA UTILIZAÇÃO PROBIÓTICA THE Bacillus GENUS AND THEIR PROBIOTIC USE ARIANE KATIÚSCIA DOS SANTOS MARTINS 1 ; FLAVIANO DOS SANTOS MARTINS 2 ; FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA 3 RESUMO O interesse na utilização dos probióticos com objetivo de prevenir ou tratar doenças tem sido explorado há muitos anos. Mais recentemente têm sido descritos os mecanismos de ação dos probióticos nas doenças alérgicas e sua interação com o intestino como órgão imunológico. Assim, os probióticos devem ser cuidadosamente estudados antes de uma ampla recomendação. Esses produtos, de um modo geral, são muito seguros, uma vez que são comercializados há muitos anos como suplemento alimentar ou alimento fermentado, e não possuem efeitos colaterais no metabolismo. Evidências científicas definitivas comprovando o potencial dos probióticos na melhora da qualidade de vida de pessoas com distúrbios gastrointestinais é tema promissor e de grande expectativa científica. Apesar das informações apresentadas acima, dentro dos produtos probióticos em uso atualmente, há as bactérias formadoras de esporos, a maioria do gênero Bacillus. Usados primariamente na forma de esporos, esses produtos têm sido úteis na prevenção de desordens intestinais, e a diversidade de espécies utilizadas e suas aplicações é surpreendente. As preparações contendo esporos da bactéria possuem a vantagem de que o esporo pode sobreviver intacto à passagem pelo estômago, além do aumento do tempo de vida útil do produto. Palavras-chave: Probióticos, Bacillus, Microbiota Intestinal. ABSTRACT The interest in the use of probiotics in order to prevent or treat diseases has been explored for many years. More recently they have been described mechanisms of action of probiotics in allergic diseases and their interaction with the gut as immune organ. Thus, the probiotics should be carefully studied before a comprehensive recommendation. These products generally are very safe, since they are marketed for many years as a dietary supplement or food fermented and have no side effects in metabolism. Definitive scientific evidence proving the potential of probiotics to improve the quality of life of people with gastrointestinal disorders is a subject of great expectations and promising scientific. Although the information presented above, within the probiotic products currently in use, there are spore-forming bacteria, most of the genus Bacillus. Used primarily in the form of spores, these products have been useful in the prevention of intestinal disorders and the diversity of species used and their applications is surprising. Preparations containing bacteria spores have the advantage that the spores can survive passage through the stomach intact, and increasing the shelf life of the product. Keywords: Probiotics, Bacillus, Intestinal Microbiota. 15
  • 2. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 8 1 INTRODUÇÃO 1.1 O gênero Bacillus O gênero Bacillus compreende bacilos gram-positivos formadores de esporos (endósporos), aeróbios ou anaeróbios facultativos. As bactérias deste gênero caracterizam-se por uma intensa atividade metabólica, já que produzem enzimas que degradam muitos substratos orgânicos. O Bacillus cereus é um bacilo grande, aeróbio, mesófilo, com flagelos peritríquios, e produtor de esporos que podem ser centrais ou subterminais. Linhagens de B. cereus são capazes de utilizar vários carboidratos: glicose, frutose, trealose, sacarose, salicina, maltose, manose, m- inositol e lactose. São capazes de hidrolisar amido, caseína e gelatina. São catalase positivos e oxidase variável. Todas as linhagens são produtoras de hemolisinas, sendo conhecidas pelo menos duas: cereolisina (termoestável) e hemolisina termolábil. São também produtores de fosfolipases do tipo C. Essa bactéria multiplica-se bem entre 10°C e 48°C, apresentando um ótimo de temperatura entre 28°C e 35°C. A faixa de pH em que ocorre multiplicação varia de 4,9 a 9,3 (FRANCO e LANDGRAF, 2002). A maioria das linhagens de B. cereus é capaz de produzir uma série de metabólitos extracelulares, dos quais alguns estão relacionados com seu mecanismo de virulência. Entre estes metabólitos destacam-se a toxina diarréica e a toxina emética, responsáveis por duas formas distintas de gastroenterite. Ambos os tipos de intoxicação resultam da ação das enterotoxinas no lúmem do trato gastrointestinal (GRANUM et al., 1997; KOTIRANTA et al., 2000). Segundo vários autores, estas síndromes só se manifestam quando um alimento contém número elevado de células viáveis de B. cereus (entre 10 7 e 10 9 células). As espécies do gênero são encontradas em uma diversidade de hábitats, e incluem espécies com significância ambiental, industrial e clínica. B. cereus é largamente distribuído na natureza, sendo o solo o seu reservatório natural. Por esta razão, contamina facilmente alimentos como vegetais, cereais, condimentos, dentre outros. A bactéria é também encontrada na superfície de carne bovina, suína e de frango, certamente devido à contaminação com o solo. Bacillus cereus é um problema sério também em laticínios (queijos e sorvetes), sendo seus esporos muito comuns em leite em pó. No Brasil, B. cereus tem sido isolado de vários tipos de alimentos: queijos, farinhas, amidos, alimentos desidratados, carne moída, com índices de positividade entre 18% e 97%. Vários estudos têm demonstrado que B. cereus faz parte da microbiota fecal de indivíduos normais, havendo algumas indicações que sua presença é mais comum nos meses de verão, e dependente dos hábitos alimentares. Entretanto, B. cereus não coloniza o intestino, não persistindo por longos períodos (FRANCO e LANDGRAF, 2002). A ocorrência, no intestino, de esporos ou células vegetativas de Bacillus spp. pode ser proveniente de alimentos contendo o microrganismo ou ingeridos como probióticos. Em humanos, espécies de Bacillus são freqüentemente identificadas em grandes números no intestino, muito superior do que seria esperado se essas espécies fossem derivadas de matéria vegetal ingerida, indicando ser ele um membro transitório da microbiota intestinal. Há muitos relatos de espécies de Bacillus sendo isoladas de peixes e crustáceos, assim como em camarão (GATESOUPE, 1999). É importante lembrar que Bacillus spp. pode ser encontrado na superfície de piscinas, lagos e rios, e muitos peixes, crustáceos e moluscos ingerem Bacillus spp. dessa matéria orgânica. Muitos membros de espécies do grupo B. cereus sensu lato são freqüentemente encontrados em invertebrados. Bacillus cereus tem sido identificado no intestino de numerosos insetos, incluindo pulgões, larvas de mosquitos e baratas (JENSEN et al., 2003; FEINBERG et al., 1999). 1.2 Bacillus como probiótico Apesar das informações apresentadas acima, dentro dos produtos probióticos em uso atualmente, há as bactérias formadoras de esporos, a maioria do gênero Bacillus. Usados primariamente na forma de esporos, esses produtos têm sido úteis na prevenção de desordens intestinais, e a diversidade de espécies utilizadas e suas aplicações é surpreendente. As preparações contendo esporos da bactéria possuem a vantagem de que o esporo pode sobreviver intacto à passagem pelo estômago, além do aumento do tempo de vida útil do produto. Os probióticos contendo B. cereus que são comercializados estão listados no quadro 1. Alguns deles foram estudados e testados em ensaios clínicos. O mais conhecido é comercializado com o nome Bactisubtil (Merell) e contém uma linhagem proveniente do Instituto Pasteur de Paris (IP 5832). O produto foi testado há bastante tempo em ensaios clínicos com recém- nascidos (GANCZARSKI et al., 1960; VANDEKERKOVE, 1979). Mais recentemente, outras linhagens de Bacillus foram utilizadas para reduzir os efeitos secundários dos tratamentos antimicrobianos contra Helicobacter pylori (NISTA et al., 2004) e para tratamento antitumoral (MALKOV et al., 2005). Além do B. cereus, outras espécies têm sido utilizadas como probióticos, como Bacillus licheniformis, B. pumilus, B. clausii, B. coagulans, B. thuringiensis, dentre outras (HONG et al., 2004). Os produtos utilizados para seres humanos enquadram-se dentro de dois grandes grupos: comercializados como medicamentos ou comercializados como suplementos alimentares. Os medicamentos são utilizados no tratamento das 16
  • 3. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 2 disfunções intestinais, particularmente diarréias em crianças (principalmente infecções por rotavírus) ou como complementos no uso de antimicrobianos. Além do Bactisubtil® (B. cereus IP5832), podemos citar Biosporin® (B. subtilis e B. licheniformis), Biosubtyl `Nha Trang´ (B. pumilus), Biosubtyl `Da Lat´(B. cereus), Subtyl (B. cereus) e Bibactyl (B. subtilis) (HUYNH et al., 2004). As espécies utilizadas como suplementos alimentares têm o objetivo de aumentar o bem-estar do usuário, restituir a microbiota natural intestinal, dentre outras funções. Como exemplo podemos citar o produto comercial Natto, que constitui-se de soja fermentada pelo B. subtilis var. natto. Este produto tem propriedades probióticas, como estimulação do sistema imune, produção de vitamina K2 e atividade anti-cancerígena (INOOKA et al., 1986; TSUKAMOTO et al., 2001; HOSOI et al., 1999; HOSOI et al., 2000 apud HONG et al., 2004). Os esporos da bactéria, uma vez no estômago, sofrem transformações assim como os alimentos. Eles devem ser ativados no estômago e no intestino através da ação de enzimas (HONG et al., 2004). Experimentalmente, é possível examinar o destino dos esporos através da ingestão. Em seres humanos esse estudo foi realizado com quatro voluntários, aos quais foi dada uma dose fixa de 10 5 esporos de Bacillus stearothermophilus (KLIJN et al., 1995 apud HONG et al., 2004). Nos primeiros quatro dias após a ingestão, o número de UFC/g de fezes de B. stearothermophilus foi mantido em nível constante, após o qual as contagens diminuíram significativamente pelo oitavo dia. Em um estudo preliminar, B. stearothermophilus foi encontrado presente nas fezes por dias seguidos após a dose inicial (VESA et al., 2000 apud HONG et al., 2004). De maneira interessante, neste estudo a cinética de trânsito de B. stearothermophilus foi similar ao probiótico Lactobacillus plantarum, o qual mostrou evidência de colonização ou, pelo menos, retenção no trato gastrointestinal. Esses estudos revelaram que o tempo de trânsito (ou longevidade) do B. stearothermophilus no trato gastrointestinal humano foi de 8 a 10 dias, algo maior que o tempo de trânsito calculado experimentalmente de um marcador sólido no intestino (GRAFF et al., 2001 apud HONG et al., 2004). Em outro estudo com humanos, 10 voluntários receberam duas pastilhas contendo 1,67 x 10 10 esporos de Bacillus polyfermenticus SCD uma vez por dia durante 14 dias (KYU-YONG et al., 2002 apud HONG et al., 2004). Neste trabalho contagens de B. polyfermenticus SCD ainda eram detectadas 4 semanas após a última dose. Esses resultados diferem substancialmente daqueles de B. stearothermophilus, uma vez que se os esporos não têm interação com o trato gastrointestinal e simplesmente passam através dele, era de se esperar que não fossem observadas contagens de B. polyfermenticus SCD após 22 a 24 dias. Embora o modo como a dose foi administrada seja diferente, duas explicações podem ser propostas. Primeiro, a diferença pode ser espécie-específica e talvez os esporos de B. polyfermenticus SCD sejam capazes de aderir ao epitélio intestinal retardando seu trânsito. Alternativamente, os esporos podem estar proliferando dentro do trato gastrointestinal e aptos a colonizar temporariamente. Para proliferar, os esporos devem ter capacidade de germinação e multiplicação. A passagem do produto probiótico Paciflor ® C10 (B. cereus CIP 5832) foi também determinada em cães recebendo 10 6 esporos por grama de refeição (BIOURGE et al., 1998 apud HONG et al., 2004). Esporos e células vegetativas foram primariamente detectadas em fezes 24hs após ingestão e poderia não ser detectada após 3 dias, mostrando nenhuma evidência de colonização (HONG et al., 2004). Os primeiros estudos indicando que os esporos podem germinar no trato gastrointestinal vieram de experimentos usando alças ilíacas de coelhos. Estudos mais completos in vivo têm usado modelos murinos. Diferentes doses de esporos (de 10 8 a 10 10 ) de B. subtilis linhagem PY79, foram administradas a grupos de camundongos (Balb/c). Em cada caso, os camundongos foram abrigados individualmente e, usando gaiolas com grades no fundo, as fezes totais puderam ser coletadas em intervalos de 1-2 dias. Estes estudos mostraram que as primeiras contagens de esporos foram detectadas 3hs pós-dose e ainda, mais importante, após 18hs o número de esporos excretados foi maior do que administrado. Por volta de 5 a 7 dias nenhuma contagem significativa de esporos pode ser detectada, ainda que contagens cumulativas mostraram um aumento no total de UFC. Uma vez que as contagens totais foram maiores que a dose administrada, a única explicação é de que os esporos germinaram, multiplicaram e novamente esporularam (HONG et al., 2004). Primeiramente, o esporo é uma forma de vida dormente e, presumivelmente, a região superior do intestino delgado seria rica em nutrientes que poderiam induzir a germinação, um processo que não requer a síntese de proteínas de novo. Além disso, como já foi mencionado, sabe-se que esporos de algumas espécies de Bacillus são reconhecidas como sendo capazes de germinarem e multiplicarem no trato gastrointestinal, mais notavelmente B. cereus. Estudos recentes em aves domésticas e suínos têm demonstrado a capacidade germinativa de B.cereus var toyoi, a linhagem comercial presente no produto Toyocerin®. Nestes estudos uma rápida germinação no intestino superior dos animais foi observada, atingindo níveis de 90% da dose de esporos administrada. Interessantemente, nestes estudos nem sempre foi possível observar um aumento no número de esporos excretados nas fezes, indicando que as condições fisiológicas do hospedeiro (por exemplo, dieta) podem afetar a germinação e/ou a multiplicação dos esporos (HONG et al., 2004). 17
  • 4. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 3 Estudos in vitro demonstraram a resistência dos esporos aos fluidos intestinais, revelando que nem todos os esporos são resistentes à simulação do suco gástrico e aos biliares. Especificamente, esporos de uma linhagem de B. cereus utilizada no produto Biosubtyl®, mostraram-se extremamente sensíveis ao suco gástrico simulado e aos sais biliares, considerando que esporos de outras linhagens de B. cereus apresentaram-se completamente resistentes (DUC et al., 2004 apud HONG et al., 2004). Uma explicação para esses resultados inesperados é que os esporos podem estar sujeitos à ativação da germinação induzida por ácido (FAILLE et al., 2002; KEYNAN et al., 1969 apud HONG et al., 2004). A germinação dos esporos é um processo extremamente rápido, de modo que a germinação ácido-induzida poderia produzir uma grande quantidade de células vegetativas, as quais podem ser mortas pelo suco gástrico. Há vários estudos revelando que as células vegetativas do gênero Bacillus são sensíveis às condições do trato gastrointestinal e o estômago, em particular, representa uma grande barreira. Os esporos, por outro lado, são resistentes a tais condições. Se os esporos germinarem, sobreviverem e multiplicarem, a bactéria deve encontrar uma maneira de escapar da toxicidade dos fluidos presentes no lúmen do trato gastrointestinal. A passagem através do trato gastrointestinal até o intestino delgado poderia diluir os efeitos tóxicos dos sais biliares, mas em contrapartida, poderia liberar as células num ambiente anaeróbico do cólon. Possivelmente, o alimento é suficiente para conferir alguma proteção. Alternativamente, a adesão à mucosa intestinal e a formação de biofilmes com a microbiota intestinal poderia proporcionar um nicho temporário (HONG et al., 2004). Com relação à colonização das bactérias do gênero Bacillus no intestino, vários estudos mostraram que todos os probióticos compostos de espécies de Bacillus mostraram grande retenção no intestino de camundongos, sugerindo que eles poderiam persistir por longo período. Como isto poderia ocorrer ainda não está muito claro, mas talvez resulte da adesão das células vegetativas ao epitélio da mucosa, assim como em linhagens patogênicas de B. cereus. No caso desta espécie, alguns elementos poderiam estar envolvidos na adesão da bactéria ao epitélio intestinal. Na célula vegetativa, a camada S presente na parte mais externa da célula, tem sido implicada na adesão, assim como na resistência à fagocitose (KOTIRANTA et al., 2000; SLEYTER, et al., 1993 apud HONG et al., 2004). No esporo, estruturas como exosporium e pilus são responsáveis pela adesão ao epitélio intestinal. No caso de B. cereus, esporos de diferentes linhagens demonstraram aderirem-se a muitos tipos de superfícies. Além disso, linhagens desta espécie mostraram-se mais hidrofóbicas que outras espécies de Bacillus (RONNER et al., 1990 apud HONG et al., 2004). Quanto maior a hidrofobicidade do esporo, maior sua aderência ao epitélio (ANDERSON et al., 1998 apud HONG et al., 2004). Quadro 1. Os probióticos contendo B. cereus que são comercializados atualmente. Produto Alvo Produtor Comentários Bactisubtil® Humanos Originalmente produzido por Marion Merrell Dow Laboratories Cápsula contendo 1x10 9 esporos de B. cereus IP 5832 Biosubtyl Humanos Biophar Company, Da Lat, Vietnam Sachê (1g) contendo 10 6 – 10 7 esporos de B. cereus adicionado de tapioca Biovicerin® Humanos Geyer Medicamentos S. A. Porto Alegre, R. S. B. cereus linhagem GM em suspensão de 10 6 esporos/mL Esporafeed Plus® Suínos Norel, S. A. Madrid, Espanha 1x10 9 esporos de B. cereus (CECT 953) Paciflor® C10 Bezerros, aves domésticas, coelhos e suínos Intervet International B. V. Wim de Körverstraat 35 NL-5831 AN Boxmeer (Holanda) 2x10 8 – 5x10 9 esporos de B. cereus CIP5832 (ATTC 14893) Subtyl Humanos Mekophar, Pharmaceutical Factory, Ho Chi Minh, Vietnam Cápsula contendo 10 6 – 10 7 esporos de B. cereus var vietnami Toyocerin® Bezerros, aves domésticas, coelhos e suínos. Possível uso em aquacultura Asahi Vet S. A., Tokyo (Head Off.), Japão B. cereus var toyoi (NCIMB- 40112/CNCM-1012) HONG et al., 2004. 18
  • 5. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 2 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS No Brasil é comercializado um probiótico denominado BIOVICERIN® que, segundo a bula do produto “é constituído exclusivamente por cultura viva de B. cereus esporulados na proporção de 5 milhões de endósporos por flaconete. “O BIOVICERIN® atuaria através do mecanismo de antagonismo bacteriano, produzindo substância antimicrobiana (biocerina), competindo por nutrientes com os microrganismos patogênicos causadores da diarréia, competindo por sítios de adesão na mucosa intestinal e modificando os receptores de toxinas. Através da produção de vitaminas do complexo B e enzimas, BIOVICERIN® favoreceria a reconstituição da microbiota necessária para o normal desempenho das funções intestinais. Os trabalhos de Goodlow, Johnson e outros, sobre o poder antagônico do B. cereus, revelado in vitro pela produção de uma substância antibiótica, a biocerina, que atua sobre diversas bactérias patogênicas do intestino humano, levaram a experimentar a administração de B. cereus in vivo. Nesse sentido, os trabalhos de Guida, demonstraram que o B. cereus atua como agente terapêutico nas enterocolites crônicas e agudas, provocadas por infecção de origem endógena (E. coli puro ou associado a antígenos somáticos, semelhantes aos de Salmonella e Shigella) e de origem exógena (como Salmonella, Shigella e outros)”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, A.; GRANUM, P.E.; RONNER, U. The adhesion of Bacillus cereus spores to epithelial cells might be an additional virulence mechanism. International Journal of Food Microbiology, v.39, p.93-99, 1998 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813- 835, 2004. BARBOSA, T.M.; SERRA, C.R.; LA RAGIONE, R.M.; WOODWARD, M.J.; HENRIQUES, A.O. Screening for Bacillus isolates in the broiler gastrointestinal tract. Applied and Environmental Microbiology, v.71, n.2, p.968-978, 2004. BERG, R.D. The indigenous gastrointestinal microflora. Trends in Microbiology, v.4, p.430-435, 1996. BERNET, M.F.; BRASSART, D.; NEESER, J.R.; SERVIN, A.L. Lactobacillus acidophilus LA1 binds to human intestinal cell lines and inhibits cell attachment and cell invasion by enterovirulent bacteria. Gut, v.35, p.483-489, 1994. BIOURGE, V.; VALLET, C.; LEVESQUE, A.; SERGHERAERT, R.; CHEVALIER, S.; ROBERTON, J.L. The use of probiotics in the diet of dogs. The Journal of Nutrition, v.128, p.2730S- 2732S, 1998 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813- 835, 2004. BRANDÃO, R.L.; CASTRO, I.M.; BAMBIRRA, E.A.; AMARAL, S.C.; FIETTO, L.O.; TROPIA, M.J.M.; NEVES, M.J.; SANTOS, R.G.; GOMES, N.C.M.; NICOLI, J.R. Intracellular signal triggered by cholera toxin in Saccharomyces boulardii and Saccharomyces cerevisiae. Applied and Environmental Microbiology, v.64, p.564-568, 1998. CANGANELLA, F.; PAGANINI, S.; OVIDI, M.; VETTRAINO, A.M.; BEVILACQUA, L.; MASSA, S.; TROVATELLI, L.D. A microbiological investigation on probiotic pharmaceutical products used for human health. Microbiol. Res., v. 152, p. 171-179, 1997. CZERUCKA, D.; ROUX, I.; RAMPAL P. Saccharomyces boulardii inhibits secretagogue- mediated adenosine 3’,5’-cyclic monophosphate induction in intestinal cells. Gastroenterology, v.106, p.65-72, 1994. DUC, L.H; HONG, H.A.; BARBOSA, T.M.; HENRIQUES, A.O.; CUTTING, S.M. Characterisation of Bacillus probiotics available for human use. Applied and Environmental Microbiology, v.70, p.2161-2171, 2004 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. ELMER, G.W.; SURAWICZ, C.M.; MCFARLAND, L.V. Biotherapeutic agents. A neglected modality for the treatment and prevention of selected intestinal and vaginal infections. Journal of the American Medical Association, v.275, p.870-876, 1996. FAILLE, C.; MEMBRE, J.; KUBACZKA, M.; GAVINI, F. Altered ability of Bacillus cereus spores to grow under unfavourable conditions (presence of nisin, low temperature, acidic pH, presence of NaCL) following heat treatment during sporulation. Journal of Food Protection, v.65, p.245-256, 2002 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. FIGUEIREDO, P.P.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R.; NARDI, R.D.; RAIBAUD, P.; DUVAL-IFLAH Y.; PENNA, F.J. Influence of oral inoculation with Escherichia coli EMO on the frequency of diarrhea during the first year of life in human newborns. 19
  • 6. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 2 Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v.33, p.70-74, 2001. FRANCO, B.D.G.M; LANDGRAF, M. Microbiologia dos alimentos, Atheneu, 182p., 2002. FULLER, R. Probiotics: the scientific basis. London: Chapman & Hall, 398p., 1992. GANCZARSKI A, SROCZINSKI K, BROZIK H, GOLSTEIN L, KOWALSKA D, LIPINSKA I, NAREMBSKA E, MIKUCKI J, RADZIKOWSKA H. Modifications de la flore intestinale par le Bacillus subtilis (Sp 5832). Gazette Médicale de France, v. 67, p. 2115-2125, 1960. GILLILAND, S.E.; SPECK, M.L. Enumeration and identity of lactobacilli in dietary products. J. Food Prot., v. 40, p. 760-762, 1977. GRAFF, J.; BRINCH, K.; MADSEN, J.L. Gastrointestinal mean transit times in young and middle-aged healthy subjects. Clinical Physiology, v.21, p.253-259, 2001 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. HAMILTON-MILLER, J.M.; GIBSON, G.R. Efficacy studies of probiotics: a call for guidelines. Br. J. Nutr., v. 82, p. 73-75, 1999. HAMILTON-MILLER, J.M.; SHAH, S. Deficiencies in microbiological quality and labelling of probiotic supplements. Int. J. Food Microbiol., v. 72, p. 175- 176, 2002. HAMILTON-MILLER, J.M.; SHAH, S.; WINKLER, J.T. Public health issues arising from microbiological and labelling quality of foods and supplements containing probiotic microorganisms. Public Health Nutr., v. 2, p. 223-229, 1999. HOA, N.T.; BACCIGALUPI, L.; HUXHAM, A.; SMERTENKO, A.; VAN, P.H.; AMMENDOLA, S.; RICCA, E.; CUTTING, A.S. Characterization of Bacillus species used for oral bacteriotherapy and bacterioprophylaxis of gastrointestinal disorders. Appl. Environ. Microbiol., v. 66, p. 5241-5247, 2000. HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. HOSOI, T.; AMETANI, A.; KIUCHI, K.; KAMINOGAWA, S. Changes in fecal microflora induced by intubation of mice with Bacillus subtilis (natto) spores are dependent upon dietary components. Canadian Journal of Microbiology, v.45, p.59-66, 1999 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. HOSOI, T.; AMETANI, A.; KIUCHI, K.; KAMINOGAWA, S. Improved growth and viability of lactobacilli in the presence of Bacillus subtilis (natto), catalase, or subtilisin. Canadian Journal of Microbiology, v.46, p.892-897, 2000 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. HUGHES, V.L.; HILLIER, S.L. Microbiologic characteristics of Lactobacillus products used for colonization of the vagina. Obstet. Gynecol., v. 75, p. 244-248, 1990. INNOKA, S.; UEHARA, S.; KIMURA, M. The effect of Bacillus natto on the T and B lymphocytes from spleens of feeding chickens. Poultry Science, v.65, p.1217-1219, 1986 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. ISHIBASHI, N.; YAMASAKI, S. Probiotics and safety. The American Journal of Clinical Nutrition, v.73, p.465-470, 2001. KEYNAN, A.; EVENCHIK, Z. Activation In: The Bacterial Spore (Gould, G.W. and Hurst, A., Eds.). Academic Press, London, p.359-396, 1969 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. KLIJN, N.; WEERKAMP, A.H.; DE VOS, W.M. Genetic marking of Lactococcus lactis shows its survival in the human gastrointestinal tract. Applied and Environmental Microbiology, v.61, p.2771-2774, 1995 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. KOTIRANTA, A.; LOUNATMAA, K.; HAAPASALO, M. Epidemiology and pathogenesis of Bacillus cereus infections. Microbes and Infection, v.2, p.189-198, 2000 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. KYU-YONG, P.; JUNG, H.-Y.; WOO, K.-I.; JUN, K.- D.; KANG, J.-S.; PAIK, H.-Y. Impact of Bacillus polyfermenticus SCD administration on fecal microflora and putrefactive metabolites in healthy adults. Journal of Microbiology and Biotechnology, v.12, p.657-663, 2002 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. LIMA FILHO, J.V.M.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R. Antagonistic effect of Lactobacillus acidophilus, 20
  • 7. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 3 Saccharomyces boulardii and Escherichia coli combinations against experimental infections with Shigella flexneri and Salmonella enteritidis subsp. typhimurium. Journal of Applied Microbiology, v.88, p.365-370, 2000. MALKOV SV, MARKELOV VV, POLOZOV GY, SOBCHUK LI, ZAKHAROVA NG, BARABANSCHIKOV BI, KOZHEVNIKOV AY, VAPHIN RA, TRUSHIN MV. Antitumor features of Bacillus oligonitrophilus KU-1 strain. Journal of Microbiology Immunology and Infection, v. 38, p. 96- 104, 2005. MARTEAU, P.R.; DE VRESE, M.; CELLIER, C.J.; SCHREZENMEIR, J. Protection from gastrointestinal diseases with the use of probiotics. American Journal of Clinical Nutrition, v.73 (suppl.), p.430S-436S, 2001. MAURER, W.M. Governmental quality assurance of bacterial preparations: problems of efficacy and quality. Microb. Ecol. Health Dis., v. 5, p. ii-iii, 1992. MCCARTNEY, A.L.; WENZHI, W.; TANNOCK, G.W. Molecular analysis of the composition of the bifidobacterial and lactobacillus microflora of humans. Applied and Environmental Microbiology, v.62, p.4608-4613, 1996. MOURA, L.N.; NEUMANN, E.; VIEIRA, L.Q.; NICOLI, J.R. Protection by Lactobacillus acidophilus H2B20 against experimental challenge with Salmonella enteritidis var. typhimurium in gnotobiotic and conventional mice. Revista de Microbiologia, v.32, p.66-69, 2001. NADER DE MACIAS, M.E.; ROMER, M.E.; APELLA, M.C.; GONZALES, S.N.; OLIVER, G. Prevention of infectious diarrhea produced by Escherichia coli and Listeria monocytogenes by feeding fermentation milk with lactobacilli. Journal of Food Protection, v. 56, p. 401-405, 1992. NAIDU, A.S.; BIDLACK, W.R.; CLEMENS, R.A. Probiotic spectra of lactic acid bacteria (LAB). Critical Reviews in Food Science and Nutrition, v.38, p.13-126, 1999. NARDI, R.D.; SANTOS, A.R.M.; CARVALHO, M.A.R.; FARIAS, L.M.; BENCHETRIT, L.C.; NICOLI, J.R. Antagonism against anaerobic and facultative bacteria through a diffusible inhibitory compound produced by a Lactobacillus sp. isolated from the rat fecal microbiota. Anaerobe, v.5, p.409-411, 1999. NARDI, R.M.D. ; SANTORO, M.M. ; OLIVEIRA, J.S. ; PIMENTA, A.; FERRAZ, V.; BENCHETRIT, L.C.; NICOLI, J.R. . Purification and molecular characterization of antibacterial compounds produced by Lactobacillus murinus strain L1. Journal of Applied Microbiology, Inglaterra, v. 99, n. 10, p. 649-656, 2005. NEUMANN, E.; OLIVEIRA, M.A.P.; CABRAL, C.M.; MOURA, L.N.; NICOLI, J.R.; VIEIRA, E.C.; CARA, D.C.; PODOPRIGORA, G.I.; VIEIRA, L.Q. Monoassociation with Lactobacillus acidophilus UFV-H2B20 stimulates the phagocytic system of germfree mice. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v.31, p.1565-1573, 1998. NICOLI, J.R. ; VIEIRA, L.Q . Microbiota gastrointestinal normal na doença e na saúde.. In: L P Castro; L G V Coelho. (Org.). Gastroenterologia. 1 ed. Rio de Janeiro, 2004, v. 1, p. 1037-1047. NICOLI, J.R.; RAIBAUD, P. Antagonism exerted by an association of strict anaerobic bacteria from human fecal flora against Clostridium perfringens in gnotobiotic mice. Revista de Microbiologia, v.24, p.5-8, 1993. NICOLI, J.R.; RAMARÉ, F.; RAIBAUD, P. Antagonistic effect against Clostridium perfringens of a diffusible compound produced by a Peptostreptococcus sp from human intestinal flora in mice. Revista de Microbiologia, v.23, p.226-230, 1992. NISTA, E.C.; CANDELLI, M.; CREMONINI, F.; CAZZATO I.A.; ZOCCO M.A.; FRANCESCHI F.; CAMMAROTA G.; GASBARRINI G.; GASBARRINI A. Bacillus clausii therapy to reduce side-effects of anti-Helicobacter pylori treatment: randomized, double-blind, placebo controlled trial. Alimentary Pharmacology and Therapeutics, v. 20, p. 1181- 1188, 2004. OSCÁRIZ, J.C.; LASA, I.; PISABARRO, A.G. Detection and characterization of cerein 7, a new bacteriocin produced by Bacillus cereus with a broad spectrum of activity. FEMS Microbiology Letters, v.178, p.337-341, 1999. PELCZAR M, REID R, CHAN ECS. Microbiologia, V2, McGraw-Hill do Brasil, 1072p, 1981. PENNA, F.J.; PÉRET FILHO, L.A.; CALÇADO, A.C.; RIBEIRO, JR. H., NICOLI, J.R. Bases experimentais e clínicas atuais para o emprego dos probióticos. Jornal de Pediatria, v.76, p.209-217, 2000. PLEASANTS, J.R. Gnotobiotics. In: MELBY Jr, E.C.; ALTMANN, N.H. Handbook of Laboratory Animal Science. Cleveland, CRC press, p.119-174, 1974. PODOPRIGORA, G.I.; COMUNIAN, L.B.; PIMENTEL, E.F.; MOURA, L.N.; CARA, D.C.; NICOLI, J.R.; VIEIRA, E.C. Study of stimulatory effect of bifidobacteria on the host mononuclear phagocyte system using gnotobiotic animal models. Anaerobe, v.5, p.509-512, 1999. 21
  • 8. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 4 RAMARÉ, F.; NICOLI, J.R.; DABARD, J.; CORRING, T.; LADIRE, M.; GUEUGNEAU, A.M.; RAIBAUD, P. Trypsin-dependent production of an antibacterial substance by a human Peptostreptococcus strain in gnotobiotic rats and in vitro. Applied and Environmental Microbiology, v.59, p.2876-2883, 1993. RICHARD V, VAN DER AUWERA P, SNOECK R, DANEAU D, MEUNIER F. Nosocomial bacteremia caused by Bacillus species. European Journal of Clinical Microbiology Infectious Diseases, v. 7, p. 783-785, 1988. RISØEN, P.A.; RØNNING, P.; HEGNA, I.K.; KOLSTØ, A.-B. characterization of a broad range antimicrobial substance from Bacillus cereus. Journal of Applied Microbiology, v.96, p.648-655, 2004. RODRIGUES, A.C.P.; CARA, D.C.; FRETEZ, S.H.G.G.; CUNHA, F.Q.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R.; VIEIRA, L.Q. Saccharomyces boulardii stimulates sIgA production and the phagocytic system of gnotobiotic mice. Journal of Applied Microbiology, v.89, p.404-414, 2000. RODRIGUES, A.C.P.; NARDI, R.M.; BAMBIRRA, E.A.; VIEIRA, E.C.; NICOLI, J.R. Protective effect of Saccharomyces boulardii against experimental oral infection with Salmonella typhimurium and Shigella flexneri in gnotoxenic mice. Journal of Applied Bacteriology, v.81, p.251-256, 1996. RODRIGUES, Ana Cristina Persichini. Efeito de Saccharomyces boulardii contra os enteropatógenos Salmonella enteritidis var. Typhimurium, Shigella flexneri e Escherichia coli enteroinvasora em camundongos NMRI gnotobióticos e convencionais. Belo Horizonte, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, 1995. (Dissertação, Mestrado). RONNER, U.; HUSMARK, U.; HENRIKSSON, A. Adhesion of Bacillus spores in relation to hydrophobicity. Journal of Applied Bacteriology, v.69, p.550-556, 1990 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. SAARELA, M.; MOGENSEN, G.; FONDÉN, R.; MÄTTÖ, J.; MATTILA-SANDHOLM, T. Probiotic bacteria: safety, functional and technological properties. Journal of Biotechnology. v.84, p.197- 215, 2000. SAVAGE, D.C. Microbial ecology of the gastrointestinal tract. Annual Review of Microbiology, v.31, p.107-133, 1977. SILVA, A.M.; BAMBIRRA, E.A.; OLIVEIRA, A.L.; SOUZA, P.P.; GOMES, D.A.; NICOLI, J.R. Protective effect of bifidus milk on the experimental infection with Salmonella typhimurium in conventional and gnotobiotic mice. Journal of Applied Microbiology, v.86, p.331-336, 1999. SILVA, S.H.; VIEIRA, E.C.; DIAS, R.S.; NICOLI, J.R. Antagonism against Vibrio cholerae by diffusible substances produced by bacterial components of the human faecal microbiota. Journal of Medical Microbiology, v.50, p.161-164, 2001. SLEYTER, U.B.; MESSNER, P.; PUM, D.; SARA, M. Crystalline bacterial cell surface layers. Molecular Microbiology, v.10, p.911-916, 1993 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. TSUKAMOTO, Y.; KASAI, M.; KAKUDA, H. Construction of a Bacillus subtilis (natto) with high productivity of vitamin K2 (menaquinone-7) by analog resistance. Bioscience, Biotechnology and Biochemistry., v.65, p.2007-2015, 2001 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. URDACI MC, BRESSOLLIER P, PINCHUK I. Bacillus clausii probiotic strains: antimicrobial and immunomodulatory activities. Journal of Clinical Gastroenterology, v. 38 (supp. 2), p. S86-S90, 2004. VANDEKERKOVE M. Étude des effets de l’administration du Bacillus souche IP 5832 sur la flore intestinale des nourissons soumis aux traitements antibiotiques. Annales de Pediatrie, v. 26, p. 503-506, 1979. VANDENBERGH, P.A. Lactic acid bacteria, their metabolic products and interference with microbial growth. FEMS Microbiological Review, v.12, p.221- 238, 1993. VESA, T.; POCHART, P.; MARTEAU, P. Pharmacokinetics of Lactobacillus plantarum NCIMB 8826, Lactobacillus fermentum KLD and Lactococcus lactis MG 1363 in the human gastrointestinal tract. Alimentary Pharmacology & Therapeutics, v.14, p.823-828, 2000 in HONG, H.A.; DUC, L.; CUTTING, S.M. The use of bacterial spore formers as probiotics. FEMS Microbiology Reviews, v.4, p.813-835, 2004. WHO. Scientific Working Group on Monitoring and Management of Bacterial Resistance to Antimicrobial Agents. Geneva: World Health Organization, 1994. 22
  • 9. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N1, 2013 5 __________________________________________ 1 – Dra. Ariane Katiúscia dos Santos Martins, Bióloga – Microbiologista, Departamento de Microbiologia, ICB, Universidade Federal de Minas Gerais. 2 – Dr. Flaviano dos Santos Martins, Professor Doutor Adjunto II / Biólogo – Microbiologista, Departamento de Microbiologia, ICB, Universidade Federal de Minas Gerais. 3 – Dr. Flávio Henrique Ferreira Barbosa, Professor Doutor Adjunto II / Biólogo – Microbiologista, Colegiado de Farmácia, PPG Ciências da Saúde e Ciências Farmacêuticas, Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos, Fundação Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, flavio.barbosa@unifap.br 23 22