SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Baixar para ler offline
O Essencial da Oftalmologia dos Gatos
Prof. Felipe Wouk
3
Sobre o PapoVet
O PapoVet é uma iniciativa pioneira do Instituto Qualittas de Pós-Graduação
em Medicina Veterinária. O programa é exibido a partir das 20 horas (horário
de Brasília), ao vivo no YouTube, e conta com a participação de profissionais
renomados no mercado e atuantes em suas especialidades.
Para participar, é necessário se cadastrar no hotsite (www.qualittas.com.br/
programas) para receber o link da palestra.
PROF. FELIPE WOUK
Possui graduação em Medicina Veterinaria pela Universidade Federal
do Paraná (1977), Especialização em Oftalmologia Veterinária pela Es-
cola de Veterinária de Toulouse (1983), Mestrado em Cirurgia Veteriná-
ria pela Universidade Federal de Santa Maria (1980) e Doutorado em
Biologia e Fisiologia Animal pelo Institut Nationale Polytechnique de
Toulouse (1984). Pós-Doutorado em Oftalmologia Veterinária pela Es-
cola de Veterinária de Alfort-França (1989). É Professor Titular da Uni-
versidade Federal do Paraná, Conselheiro Efetivo do Conselho Federal
de Medicina Veterinária, assessor da Comissão Nacional de Avaliação
do Ensino Superior (CONAES) e do MEC. Tem experiência na área de
Medicina Veterinária e Medicina comparada, com ênfase em Clínica e Cirurgia Animal, atuando
principalmente nos seguintes temas: cicatrização, oftalmologia e cardiologia. É coordenador e
professor dos cursos de Oftalmologia Veterinária do Instituto Qualittas.
4
Uveites
Doenças
Congênitas
Atrofia retiniana
Central e progressiva
Cataratas e
Luxação do cristalin
Ceratites
Conjuntivites
Glaucoma
Descolamento
de retina
Trauma
Tumores
Câmara anterior profunda
5
Ângulo Camerular
Ligamentos Pectinados Visíveis
Esfincter da Iris Pupila
Ausência de cílios
6
Campo Visual
Reflexo tapetal
7
Fundo do Olho
• Papila óptica redonda, cinza e pequena
- Não mielinizada
- Vasos emergem da periferia do nervo
• Grande zona tapetal
- Composta de riboflavina e zinco nos gatos
Estrutura da retina
Le fond d’ceil tel que le voit l’observateur
Coupe schématique du fond d’ ceil.
Coupe rétino-choroïdienne
Le tapis commence où s’arrête
l’épithélium pigmenté surchargé de noir.
neurorétine
membrane de Bruch
choriocapillaire
tapis
couche des gros vaisseaux
sclère
épithélium pigmenté
8
FUNDO NORMAL DO GATO
Algumas Doenças Congênitas
• Agenesia palpebral
• Entrópio
• Distiquíase
• Atresia de pontos lacrimais
• Persistência de membrana pupilar
• Catarata
• Olho seco
• Estrabismo
• Iridosquise
• Heterocromia da iris
• Coloboma da papila
• Microftalmia
LESÕES CONGÊNITAS
Agenesia palpebral
• Mais comum em situação têmporo-dorsal
• Pode estar associada a outras anomalias:
- Microftalmia, persistência de membrana pupilar, coloboma
de coróide e de disco óptico, displasia de retina
• Tratamento:
- Reconstrução palpebral (blefaropoiese) e lubrificante ocular
Holangiótico
9
Agenesia palpebral
Alterações associadas
10
Estrabismo e Iridosquise
Retalho de rotação
Queilobléfaropoiese
11
Hipoplasia de Íris
• Mais comum em cães de coloração diluída com íris hipomelanótica
• Gatos siameses
• Sem tratamento
Hipoplasia de íris + hipoplasia de coróide = diminuição da visão
• Coloboma de íris
Entrópio Congênito
Cisto Uveal Anterior
12
Iridosquise
• No feto a pupila é fechada por uma fina membrana vas-
cular, que é reabsorvida (até 6 semanas de vida), então
forma-se a abertura pupilar
• Alterações na lente ou na córnea
Persistência da Membrana Pupilar
Heterocromia de Íris
13
Lesões Congênitas
• Dermóide corneano
• Catarata
• Displasia de Retina
- Hereditária e infecção por Panleucopenia Viral Felina in-utero
Atresia de Pontos Lacrimais Dilatação dos Pontos Lacrimais
“Distiquíase” Olho Seco Congênito na Raça Burmese
14
Microftalmia
• Fissura palpebral diminuida, procidência da membrana nictitante, secreção purulenta
• Ambos os olhos pequenos e no interior da órbita
Catarata Congênita
Tratamento Cirúrgico
Coloboma da papila
15
Afecções Neonatais
• Oftalmia neonatal
• Simbléfaro
OFTALMIA NEONATAL
• Conjuntivite neonatal
• Herpes virus e Chlamydophyla psittaci
• Desfazer o anquilobléfaro
• Doença respiratória concomitante
Herpes Virus Felino
• Herpes Virus
• Prevenção: vacina
- Opções Terapêuticas:
Atb tópico para prevenir infecção secundária
L-lisina oral: Compete com a arginina limitando a replicação viral;500mg a 1500 mg VO SID no
alimento
Interferon-alfa tópico e ou sistêmico
Idoxuridine tópica se úlcera de córnea
Simbléfaro
16
Limitar o estresse ambiental
FANCICLOVIR: 125 mg gato sid ou bid por 3 meses
Afecções Adquiridas Incluindo o Trauma Ocular
• Úlceras e distrofias corneanas
• Perfuração ocular
• Proptose ocular
• Sarcoma pós-traumático
• Outras neoplasias
• Infecções
• Problemas neurológicos
• Afecções das glândulas e vias lacrimais
• Glaucoma
• Luxação da lente
• Hipertensão arterial sistêmica
• Doenças da retina
AFECÇÕES DA ÓRBITA
• Proptose Traumática
• Abcesso orbitário/celulite: incomum
• Neoplasia orbitária:
- 90% maligno
- Tumores epiteliais primários
17
Proptose Traumática
• Trauma importante da cabeça e face com possível fratura orbitária
Afecções Orbitárias Adquiridas
• Exoftalmia devido pressão retrobulbar por tumores
• Linfosarcoma
• Carcinoma espinocelular
AFECÇÕES DA ÓRBITA
• Celulite orbitária
• Rara no gato
• Secundário a trauma ou infecção dentária
AFECÇÕES DOS ANEXOS OCULARES
Pálpebra
• Entrópio
- Secundário a conjuntivite crônica
Cicatricial
- É a afecção adquirida mais comum dos anexos oculares do gato!
- Entrópio primário em raças braquicefálicas: Persa, Siames
Sarcoma Pós-Traumático
18
• Blefarite
- Demodex - raro, prurido variável
- Escabiose - Notoedres cati, muito pruriginoso; lesões envolvem pina,
pálpebra, face e pescoço
- Dermatofitose- mais comum - Microsporum canis
Tratamento tópico com miconazole, clotrimazole, griseofulvina sistê-
mica ou cetoconazole
- Fatores mecânicos, químicos, parasitários e microbianos.
- Staphylococcus spp agente microbiano mais frequentemente isolado
- Doença auto-imune:pênfigo e lupus
Hidrocistoma Apócrino
Neoplasias
19
Carcinoma Espinocelular
• Incidência maior em gatos idosos
• Metástase regional em linfonodo
Membrana Nictitante
• Procidência resultante de uamento ou diminuição do conteúdo orbitário
• Síndrome de Haw: procidência bilateral em gatos aparentemente normais
20
• Luxação da glândula lacrimal
• Raça Burmese
• Carcinomas exigem exérese da membrana nictitante
Sistema Lacrimal
• Schirmer normal: 17 mm ± 6
• Causas de ceratoconjuntivite seca: herpes virus e conjuntivite
crônica
Filme Lacrimal
21
Sistema Lacrimal
• Obstruções de pontos e ducto nasolacrimal
• Agenesia e mal alinhamento do ponto ventral
• Entrópio nasal inferior no Persa
• Puncta imperfurada
Afecções da Córnea
• Ceratite Herpética
• Ceratite Eosinofílica
• Sequestro Corneano
• Ceratopatia Bolhosa
Dacriocistorrinografia
22
CERATITE HERPÉTICA/CÉRATOCONJUNTIVITE
• Lesão dendrítica inicial patognomônica
- Coloração vital por fluoresceína e rosa bengala
• Progride com lesões geográficas
• Conjuntivite concomitante
• Diagnóstico por IFA, PCR ou citologia com demosntração de corpúsculos de inclusão intranucleares
HERPES
• Tratamento frustrante devido à recorrência
- O vírus permanece latente no gânglio trigeminal
• Tratamento:
- Atb tópico para prevenir infecção secundária (fluoroquinolona e tetraciclina).
Cultura*
- Antiviral tópico- custoso e exige tratamento frequente; Usado em úlcera de córnea
Idoxuridine 3-4X/dia
Anti-virais orais: Fanciclovir, l-lisina.
Interferon alfa por boca e tópico
CÉRATOCONJUNTIVITE EOSINOFÍLICA FELINA
• Conjuntivite com lesões em placa espessadas
• Lesões iniciam no limbo nasal/temporal, córnea periférica e conjuntiva bulbar
• Córnea: vascularização com placas róseas de infiltrados celulares
• Moderado disconforto ocular
• Inicialmente unilateral, eventualmente bilateral
• Diagnóstico: Citologia conjuntival/placas corneanas com
eosinófilos e ou mastócitos
23
DIAGNÓSTICO
• Citologia: “scraping” de córnea
• Eosinófilos, mastócitos, linfócitos e plasmócitos
Afecções da Córnea
Cératoconjuntivite eosinofílica felina:
• Tratamento:
- Uso cuidadoso de esteróide tópico (acetato de prednisolona 1% , dexametasona 0.1% ou melhor,
ALREX, etabonato de loteprednol, 2mg/5ml); Acetato de Megestrol- não é primeira escolha: 5mg/
gato VO SID X5 dias, seguido de 2.5 mg/gato VO Q48 hrs X5 dias
*pode induzir diabete
Ceratite Eosinofílica
Ceratite Eosinofílica
24
Ceratite Eosinofílica - 10 dias de tratamento
Ceratite Eosinofílica
Ceratite Eosinofílica - 15 dias de tratamento
25
Afecções da Córnea
SEQUESTRO CORNEANO
• Persa, Himalaio e Burmese são predispostos
• Aspectos clínicos:
- Lesão negra ou marrom
- Central ou paracentral na córnea
- Circular to ou oval
- Pode estar invadida por vasos e células inflamatórias
- Pode atingir a Descemet
SEQUESTRO CORNEANO FELINO
• “Cornea nigrun” = degeneração do colágeno com acúmulo de pigmento marrom
• Etiologia desconhecida: gatos com inflamação ocular crônica são predispostos
• Patogênese:
- raça braquicefálica- ceratite de exposição (bulbo
ocular proeminente, órbita rasa, lagoftalmia), irrita-
ção mecânica por pêlos, filme lacrimal de baixa quali-
dade ou hipoestesia da córnea
- Pode estar associado ao Herpes Vírus Felino
• Necrose corneana
• Invadido por vasos e células inflamatórias
26
Afecções da Córnea
SEQUESTRO CORNEANO
• Tratamento:
- Lubrificante tópico
- Antibiótico tópico
- Tratamento cirúrgico:
Ceratectomia lamelar
Transposição córneo-conjuntival
HIDROPISIA CORNEANA
• Raro
• Edema súbito e importante do estroma anterior
• Patogênese: “fratura”da Descemet permitindo o súbito influxo de fluido
• Tratamento: flap conjuntival compressivo, injeção de ar estéril na câmara anterior
Úlcera traumática
Sequestro Corneano
27
Ceratopatia da Flórida (Florida spots)
• Opacidades cinza-esbranquiçados no estroma anterior da córnea com diâmetro de 1 a 8 mm
• Causa desconhecida
Ceratite Ulcerativa por Herpesvirus
• Úlcera dendrítica
Úlcera Traumática
28
Afecções dos Anexos Oculares
CONJUNTIVA
• Maioria das conjuntivites em gatos são infecciosas!
• 1. Herpes virus
- FHV-1
- Efeito citopático viral direto
- Hiperemia conjuntival bilateral com secreção serosa
- Inclusões intranucleares na citologia
- Diagnóstico: PCR
- Sequelas: simbléfaro, cicatriz e enrtópio
• Chlamydophila felis
- Conjuntivite unilateral que afeta o olho adelfo se o tratamento não
for adequado
- Diagnóstico: citologia conjuntival (inclusões intracitoplasmáticas), PCR
Conjuntivite por Mycoplasma
• Unilateral e depois bilateral em 7-14 dias
• Inicial: epífora e hipertrofia nodular da conjuntiva
• Formação de pseudomemebranas
• Tetraciclina e cloramfenicol
29
CONJUNTIVITE POR CHLAMYDOPHYLA PSITTACI
• Evolução e aspecto clínico parecidos com o anterior
• Pode ocorrer conjuntivite folicular. Tratamento com tetraciclina
CHLAMYDOPHILA FELIS
• Tratamento: Oxitetraciclina tópica (Terramicina) ou Fluoroquinolona (Ciprofloxacina/Ofloxacina)
• Doxiclina Oral - 5mg/kg VO BID X 3 semanas
• Potencial risco zoonótico (risco maior para imunodeprimidos)
Conjuntivite Felina
• Infecção recorrente por herpesvirus ou conjuntivites não responsivas ao tratamento com tetracci-
clinas é sugestivo de imunosupressão por FeLV ou FIV.
• Importância de diagnóstico se possível laboratorial e precoce
CONJUNTIVA
• Conjuntivite Lipogranulomatosa
- Típica de gatos idosos (11 anos em média)
- Gatos brancos e laranja os mais afetados
- Lesões na conjuntiva palpebral próxima à margem palpebral
- Frequentemente bilateral
- Debridamento cirúrgico
- Pode estar associado a acne
30
Uveíte Felina
• Um dos principais problemas oculares dos gatos
• Uveíte anteior, posterior, panuveíte
• 38-70% ocorrem com doença sistêmica
• Sinais clínicos:
- Miose, bléfaroespasmo, lacrimejamento, fotofobia, edema de córnea, “flare”-Tyndall positivo, hi-
pópio, hifema, precipitado cerático, neovascularização da córnea (injeção ciliar) e da iris “rubeosis
iridis”, nódulos irianos
- Segmento Posterior: exsudato retiniano, infiltrado perivascular e descolamento de retina
UVEÍTE ANTERIOR
• Hipotonia,”Flare” , Miose, Quemose, Rubeose, Hipópio, Precipitados ceráticos e formação de sinéquia.
31
Uveíte Felina
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Trauma
• Infecção:
- FIV
- PIF
- FeLV
- Toxoplasmosis gondii
- Cryptococcus neoformans
- Blastomycosis dermatitidis
- Histoplasma capsulatum
- Bartonella
• Neoplasia:
- Melanoma de iris
- Linfoma
- Sarcoma ocular primário
- Neoplasia metastática
- Adenoma/adenocarci- noma primário de corpo ciliar
• Cristalino
- Facouveíte (rara em contraste com cães)
Exame sistêmico!!!!
• Exame físico completo,
- Bioquímica e urinálise
• Sorologia
• Testes complementares
Tratamento:
• Tratar a causa se possível
• Esteróide tópico: frequência vai depender da gravidade da lesão
- 6X/dia em casos graves: prednisolona 1%, dexametasona 0.1% ou etabonato de loteprednol (Alrex)
• AINES: Acular pediátrico
32
SEQUELAS DAS UVEÍTES
• Catarata
• Luxação do cristalino
• Sinéquias
• Íris bombé
• Atrofia de íris
• Phithisis bulbi
• Glaucoma
UVEÍTE POSTERIOR POR FELV
• Glaucoma secundário, corioretinite, tumores uveais anteriores
• Tumores primários
- Íris e corpo ciliar: início – baixo poder metastático
- Corpo ciliar e coróide: descobertos quando causam sérias
alterações ao bulbo do olho
- Tumores primários de coróide: infrequentes
- Quadros mais evoluídos: metástase via hematógena
- Adenomas e adenocarcinomas
- Melanocitomas e melanomas
- Sarcoma ocular traumático primário em felino
- Melanoma difuso de íris em felinos
- Meduloepitelioma (neuroectoderma primitivo) – corpo ciliar
Melanoma Iriano
33
Tumores Intra-Oculares
MELANOMA IRIANO FELINO
• Pigmento focal na íris
• Progride em meses ou anos
• A progressão coincide com a mudança de um fenótipo benigno
para maligno
• Potencial para metástase:
- Tardio: 1-3 anos
- 63% de metástase
MELANOMA DA ÍRIS
• Monitorar:
- Mudança do pigmento de plano para exuberante
- Progressão do envolvimento da iris
Estimado em horas do relógio
- Alteração do formato da iris e da pupila
- Fechamento do sistema de drenagem do aquoso
- Desenvolvimento de glaucoma– sobrevida curta
Melanose da Íris
34
Linfoma
Linfosarcoma Ocular
Linfoma Ocular
35
PIF
• A forma “sêca” causa maiores alterações oculares
• Uveíte piogranulomatosa, vasculite, corioretinite exsudativa, descolamento de retina, neurite óptica
FIV
• Infecção concomitante com Toxoplasma gondii aumenta a possibilidade de doença ocular
Toxoplasmose
• Múltiplos focos de corioretinite
36
Infecções Micóticas Sistêmicas
Criptococose, histoplasmose, blastomicose e coccidiomicose
Glaucoma Felino
• Glaucoma congênito-raro, hereditário no Siames
• Mais comumente secundário a uveíte e massa intra-ocular
• Uma outra forma de Glaucoma Adquirido: “Aqueous Humor Misdirection Syndrome”
• Aqueous Humor Misdirection Syndrome
- Mais comumente visto em gatos de meia idade ou idosos
- Sinais: aumento gradual da pressão intra- ocular, anisocoria, câmara anterior rasa
Catarata Adquirida Luxação da Lente
37
Doenças da Retina
• Deficiência de Taurina
• Toxicidade de retina- Enrofloxacina
• Atrofia Retiniana Progressiva
• Retinopatia Hipertensiva
• Carcinoma Metastático
DEFICIÊNCIA DE TAURINA
• Aminoácido sulfurado
• Gato não sintetiza, precisa obter na dieta
• Altas concentrações na retina (fotoreceptor) e no coração
• Níveis na dieta 500-750ppm
• Fundoscopia: lesão hiperreflexiva, inicialmente temporal ao disco
óptico
• Progride para uma faixa de refletividade alterada dos dois lados
do disco
• Estágio final: degeneração retiniana generalizada
• A degeneração retiniana é permanente
Na maior parte das vezes leva à cegueira
Degeneração da retina por deficiência de taurina
38
TOXICIDADE A FLUOROQUINOLONA (ENROFLOXACINA)
• Sinais clínicos:
- Midríase
- Cegueira
• Provoca degeneração retiniana generalizada
• A cegueira quase sempre é permanente
• Gatos idosos, dose >5mg/kg , doença do trato urinário concomitante = risco maior
• Reação idiossincrásica
ATROFIA RETINIANA PROGRESSIVA
• Abissinio e Siames
• Gen autossômico recessivo
• Doença começa com 1.5-2 anos
• Degeração retiniana generalziada em 2 a 4 anos
• Abissínios podem ser acometidos de uma displasia de cones e bastões com 4 semanas de idade
- Sinais: midríase, nistágmo posicional
PROGRESSIVE RETINAL ATROPHY (PRA)
• Duas formas hereditárias de atrofia progressiva descritas no gato
Abissínio
• PRA diagnosticada no primeiro ano (forma precoce-gen autossômi-
co dominante) ou com 3 a 6 anos (forma tardia- gen autossômico
recessivo)
Atrofia Retiniana Progressiva
39
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
• Gatos idosos > 10 anos
• Pressão Arterial >160 mmHg
• Midríase súbita e cegueira
• Sinais:
- Hifema
- Hemorragia intra-vítrea
- Tortuosidade vascular
- Edema multifocal da retina
- Descolamento de retina
• Patogênese: arteríolas retinianas buscam a auto- regulação > vaso-
constrição > necrose da parede vascular > ruptura vascular
• Exame sistêmico indica a causa da hiperttensão
• Tratamento: controle da hipertensão com amlodipina: 0.625mg/gato
• Com o controle da hipertensão, 50% ou mais voltam a ver
Descolamento de Retina
40
Tumores Intraoculares
MELANOMA DA IRIS
• Opções de tratamento:
- Enucleation
- Exenteração
SARCOMA PÓS-TRAUMÁTICO FELINO
• Desenvolve-se após trauma do bulbo ocular
• Gatos idosos (12,7 anos em média em um estudo)
• Desenvolve-se muito tempo após o trauma (entre 1- 10 anos)
• Associado à ruptura da cápsula da lente:
- Tumor se desenvolvendo a partir das céls. Epit. da lente
• Sinais: uveíte crônica, hemorragia, bulbo pequeno, glaucoma, massa intra-ocular visível
• Metástase para o cérebro via n. óptico
• Tratamento: exenteração
Síndrome de Haw
• Protrusão bilateral idiopática das terceiras pálpebras
• Denervação simpática
• Colírio de fenilefrina tópico
• Frequentemente associado com doença gastro-intestinal
• Bom prognóstico:resolução expontânea
Síndrome de Claude-Bernard Hörner
41
Síndrome da Pupila Espástica
• Alterna anisocoria com pupilas normais
• Maioria dos gatos é positivo para FeLV
• Virus localizado nos nervos ciliares curtos
• Sobrevida curta
Primeiro Relato Brasileiro
• Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.66, n.4, p.1146-1150, 2014
• Key–Gaskell syndrome in Brazil: first case report
• [Síndrome de Key-Gaskell: primeiro relato de caso no Brasil]
• B.B.J. Torres1, G.C. Martins1, P.E. Ferian2, B. C. Martins1, M.A. Rachid1, E.G. Melo1
• 1Escola de Veterinária Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte, MG,
• 2Faculdade de Medicina Veterinária Universidade Estadual de Santa Catarina Lages, SC
Disautonomia felina (Síndrome de Key-Gaskell)
Disautonomia felina
REPRODUÇÃO E PRODUÇÃO DE BOVINOS
Presencial|Pós-Graduação|540h
ONCOLOGIA VETERINÁRIA
Presencial|Pós-Graduação|500h
CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA
DE FELINOS
Presencial|Pós-Graduação|630h
CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA
DE PEQUENOS ANIMAIS
Presencial|Pós-Graduação|660h
www.quali as.com.br | 0800 725 6300
Confira mais especialidades
e cursos no site
HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DE ALIMENTOS
Semipresencial|Pós-Graduação|590h
DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Semipresencial|Pós-Graduação|500h
PÓS-GRADUAÇÃO • ATUALIZAÇÃO • EXTENSÃO
APERFEIÇOAMENTO • CAPACITAÇÃO
Instituto de Medicina Veterinária

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Modelo laudo de necropsia p alunos
Modelo laudo de necropsia p alunosModelo laudo de necropsia p alunos
Modelo laudo de necropsia p alunos
Jamile Vitória
 
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
ReginaReiniger
 
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatriaAula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
ReginaReiniger
 
Exame clínico neurológico de cães pedro augusto cordeiro borges
Exame clínico neurológico de cães   pedro augusto cordeiro borgesExame clínico neurológico de cães   pedro augusto cordeiro borges
Exame clínico neurológico de cães pedro augusto cordeiro borges
Pedro Augusto
 

Mais procurados (20)

Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.
 
Exame fisico geral
Exame fisico geralExame fisico geral
Exame fisico geral
 
Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
FeLV - atualizações baseadas no consenso AAFP 2020
 
Modelo laudo de necropsia p alunos
Modelo laudo de necropsia p alunosModelo laudo de necropsia p alunos
Modelo laudo de necropsia p alunos
 
Clostridioses
ClostridiosesClostridioses
Clostridioses
 
Apostila - DermaVet Qualittas
Apostila - DermaVet QualittasApostila - DermaVet Qualittas
Apostila - DermaVet Qualittas
 
Exame clínico equinos
Exame clínico equinosExame clínico equinos
Exame clínico equinos
 
Mormo.
Mormo.Mormo.
Mormo.
 
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
Aula 1 clinica de pequenos 2 2015
 
Abra a boca do gato! + gengivoestomatite
Abra a boca do gato! + gengivoestomatiteAbra a boca do gato! + gengivoestomatite
Abra a boca do gato! + gengivoestomatite
 
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatriaAula 2 neonatologia pediatria e geriatria
Aula 2 neonatologia pediatria e geriatria
 
Exame clínico neurológico de cães pedro augusto cordeiro borges
Exame clínico neurológico de cães   pedro augusto cordeiro borgesExame clínico neurológico de cães   pedro augusto cordeiro borges
Exame clínico neurológico de cães pedro augusto cordeiro borges
 
Febre aftosa
Febre aftosaFebre aftosa
Febre aftosa
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose
 
O gato na emergência: Dispneia
O gato na emergência: DispneiaO gato na emergência: Dispneia
O gato na emergência: Dispneia
 
Leptospira spp em gatos: estamos subestimando essa infecção?
Leptospira spp em gatos: estamos subestimando essa infecção? Leptospira spp em gatos: estamos subestimando essa infecção?
Leptospira spp em gatos: estamos subestimando essa infecção?
 
Peritonite Infecciosa Felina PIF
Peritonite Infecciosa Felina PIF Peritonite Infecciosa Felina PIF
Peritonite Infecciosa Felina PIF
 
Aula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaAula de Dermatopatologia
Aula de Dermatopatologia
 

Semelhante a O Essencial da Oftalmologia dos Gatos

03 ofidismo- urgência e emergência
03  ofidismo- urgência e emergência03  ofidismo- urgência e emergência
03 ofidismo- urgência e emergência
adrianomedico
 

Semelhante a O Essencial da Oftalmologia dos Gatos (20)

Problemas na Córnea
Problemas na CórneaProblemas na Córnea
Problemas na Córnea
 
Agentes virais 01 cinomose
Agentes virais 01 cinomoseAgentes virais 01 cinomose
Agentes virais 01 cinomose
 
Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2
 
Clínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para onlineClínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para online
 
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
 
Urgencia em lentes de contato
Urgencia em lentes de contatoUrgencia em lentes de contato
Urgencia em lentes de contato
 
Principais doenças fúngicas 2021-2022.pdf
Principais doenças fúngicas 2021-2022.pdfPrincipais doenças fúngicas 2021-2022.pdf
Principais doenças fúngicas 2021-2022.pdf
 
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
Cristalino  Úvea  - Catarata e UveíteCristalino  Úvea  - Catarata e Uveíte
Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Diagnóstico Diferencial Olho Vermelho
Diagnóstico Diferencial Olho VermelhoDiagnóstico Diferencial Olho Vermelho
Diagnóstico Diferencial Olho Vermelho
 
AULA DE CATARATA 12 do 07 de 2017
AULA DE CATARATA 12 do 07 de 2017AULA DE CATARATA 12 do 07 de 2017
AULA DE CATARATA 12 do 07 de 2017
 
Aula sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
Aula   sanidade e enfermidade de caprinos e ovinosAula   sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
Aula sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
 
Red eye
Red eyeRed eye
Red eye
 
Fundoscopia direta
Fundoscopia diretaFundoscopia direta
Fundoscopia direta
 
Glaucoma do Desenvolvimento
Glaucoma do DesenvolvimentoGlaucoma do Desenvolvimento
Glaucoma do Desenvolvimento
 
Sialografia
SialografiaSialografia
Sialografia
 
Transtornos neurocutâneos - Facomatoses
Transtornos neurocutâneos - FacomatosesTranstornos neurocutâneos - Facomatoses
Transtornos neurocutâneos - Facomatoses
 
03 ofidismo- urgência e emergência
03  ofidismo- urgência e emergência03  ofidismo- urgência e emergência
03 ofidismo- urgência e emergência
 
Ceratite Herpética
Ceratite Herpética Ceratite Herpética
Ceratite Herpética
 
Epífora
EpíforaEpífora
Epífora
 

Mais de Instituto Qualittas de Pós Graduação

Mais de Instituto Qualittas de Pós Graduação (20)

PapoVet - Neurofobias Clínicas
PapoVet - Neurofobias ClínicasPapoVet - Neurofobias Clínicas
PapoVet - Neurofobias Clínicas
 
Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
 Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
Papo Vet - Dermatite Atópica A Importância Da Barreira Cutânea
 
Doenças Dermatológicas Associadas A Distúrbios Endócrinos
Doenças Dermatológicas Associadas A Distúrbios EndócrinosDoenças Dermatológicas Associadas A Distúrbios Endócrinos
Doenças Dermatológicas Associadas A Distúrbios Endócrinos
 
Dermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em CãesDermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em Cães
 
A Importância E As Precauções Da Vigilância Sanitária Na Clínica Veterinária
 A Importância E As Precauções Da Vigilância Sanitária Na Clínica Veterinária A Importância E As Precauções Da Vigilância Sanitária Na Clínica Veterinária
A Importância E As Precauções Da Vigilância Sanitária Na Clínica Veterinária
 
Meu Paciente Está Com Leishmaniose. E Agora?
Meu Paciente Está Com Leishmaniose. E Agora?Meu Paciente Está Com Leishmaniose. E Agora?
Meu Paciente Está Com Leishmaniose. E Agora?
 
Tumores da Cavidade Oral
Tumores da Cavidade Oral Tumores da Cavidade Oral
Tumores da Cavidade Oral
 
A Saúde Começa Pela Boca
 A Saúde Começa Pela Boca A Saúde Começa Pela Boca
A Saúde Começa Pela Boca
 
Tratamento da dor crônica em cães e gatos: estamos fazendo certo?
Tratamento da dor crônica em cães e gatos: estamos fazendo certo?Tratamento da dor crônica em cães e gatos: estamos fazendo certo?
Tratamento da dor crônica em cães e gatos: estamos fazendo certo?
 
Medicina de Aves
 Medicina de Aves Medicina de Aves
Medicina de Aves
 
Abordagem diagnóstica e terapêutica do prurido em gatos
Abordagem diagnóstica e terapêutica do prurido em gatosAbordagem diagnóstica e terapêutica do prurido em gatos
Abordagem diagnóstica e terapêutica do prurido em gatos
 
Fatores prognósticos e preditivos em neoplasias mamárias caninas e felinas final
Fatores prognósticos e preditivos em neoplasias mamárias caninas e felinas finalFatores prognósticos e preditivos em neoplasias mamárias caninas e felinas final
Fatores prognósticos e preditivos em neoplasias mamárias caninas e felinas final
 
Obesidade... complicou! O que fazer?
Obesidade... complicou! O que fazer?Obesidade... complicou! O que fazer?
Obesidade... complicou! O que fazer?
 
Avaliação Hepática
Avaliação HepáticaAvaliação Hepática
Avaliação Hepática
 
Simpósio de Cardiologia
Simpósio de CardiologiaSimpósio de Cardiologia
Simpósio de Cardiologia
 
Opióides
OpióidesOpióides
Opióides
 
Acupuntura i ching
Acupuntura  i chingAcupuntura  i ching
Acupuntura i ching
 
Eab e fluidoterapia
Eab e fluidoterapiaEab e fluidoterapia
Eab e fluidoterapia
 
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E CompreensãoPapo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
 
Simpósio de Anestesia
Simpósio de AnestesiaSimpósio de Anestesia
Simpósio de Anestesia
 

Último

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 

O Essencial da Oftalmologia dos Gatos

  • 1. O Essencial da Oftalmologia dos Gatos Prof. Felipe Wouk
  • 2. 3 Sobre o PapoVet O PapoVet é uma iniciativa pioneira do Instituto Qualittas de Pós-Graduação em Medicina Veterinária. O programa é exibido a partir das 20 horas (horário de Brasília), ao vivo no YouTube, e conta com a participação de profissionais renomados no mercado e atuantes em suas especialidades. Para participar, é necessário se cadastrar no hotsite (www.qualittas.com.br/ programas) para receber o link da palestra. PROF. FELIPE WOUK Possui graduação em Medicina Veterinaria pela Universidade Federal do Paraná (1977), Especialização em Oftalmologia Veterinária pela Es- cola de Veterinária de Toulouse (1983), Mestrado em Cirurgia Veteriná- ria pela Universidade Federal de Santa Maria (1980) e Doutorado em Biologia e Fisiologia Animal pelo Institut Nationale Polytechnique de Toulouse (1984). Pós-Doutorado em Oftalmologia Veterinária pela Es- cola de Veterinária de Alfort-França (1989). É Professor Titular da Uni- versidade Federal do Paraná, Conselheiro Efetivo do Conselho Federal de Medicina Veterinária, assessor da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CONAES) e do MEC. Tem experiência na área de Medicina Veterinária e Medicina comparada, com ênfase em Clínica e Cirurgia Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: cicatrização, oftalmologia e cardiologia. É coordenador e professor dos cursos de Oftalmologia Veterinária do Instituto Qualittas.
  • 3. 4 Uveites Doenças Congênitas Atrofia retiniana Central e progressiva Cataratas e Luxação do cristalin Ceratites Conjuntivites Glaucoma Descolamento de retina Trauma Tumores Câmara anterior profunda
  • 4. 5 Ângulo Camerular Ligamentos Pectinados Visíveis Esfincter da Iris Pupila Ausência de cílios
  • 6. 7 Fundo do Olho • Papila óptica redonda, cinza e pequena - Não mielinizada - Vasos emergem da periferia do nervo • Grande zona tapetal - Composta de riboflavina e zinco nos gatos Estrutura da retina Le fond d’ceil tel que le voit l’observateur Coupe schématique du fond d’ ceil. Coupe rétino-choroïdienne Le tapis commence où s’arrête l’épithélium pigmenté surchargé de noir. neurorétine membrane de Bruch choriocapillaire tapis couche des gros vaisseaux sclère épithélium pigmenté
  • 7. 8 FUNDO NORMAL DO GATO Algumas Doenças Congênitas • Agenesia palpebral • Entrópio • Distiquíase • Atresia de pontos lacrimais • Persistência de membrana pupilar • Catarata • Olho seco • Estrabismo • Iridosquise • Heterocromia da iris • Coloboma da papila • Microftalmia LESÕES CONGÊNITAS Agenesia palpebral • Mais comum em situação têmporo-dorsal • Pode estar associada a outras anomalias: - Microftalmia, persistência de membrana pupilar, coloboma de coróide e de disco óptico, displasia de retina • Tratamento: - Reconstrução palpebral (blefaropoiese) e lubrificante ocular Holangiótico
  • 9. 10 Estrabismo e Iridosquise Retalho de rotação Queilobléfaropoiese
  • 10. 11 Hipoplasia de Íris • Mais comum em cães de coloração diluída com íris hipomelanótica • Gatos siameses • Sem tratamento Hipoplasia de íris + hipoplasia de coróide = diminuição da visão • Coloboma de íris Entrópio Congênito Cisto Uveal Anterior
  • 11. 12 Iridosquise • No feto a pupila é fechada por uma fina membrana vas- cular, que é reabsorvida (até 6 semanas de vida), então forma-se a abertura pupilar • Alterações na lente ou na córnea Persistência da Membrana Pupilar Heterocromia de Íris
  • 12. 13 Lesões Congênitas • Dermóide corneano • Catarata • Displasia de Retina - Hereditária e infecção por Panleucopenia Viral Felina in-utero Atresia de Pontos Lacrimais Dilatação dos Pontos Lacrimais “Distiquíase” Olho Seco Congênito na Raça Burmese
  • 13. 14 Microftalmia • Fissura palpebral diminuida, procidência da membrana nictitante, secreção purulenta • Ambos os olhos pequenos e no interior da órbita Catarata Congênita Tratamento Cirúrgico Coloboma da papila
  • 14. 15 Afecções Neonatais • Oftalmia neonatal • Simbléfaro OFTALMIA NEONATAL • Conjuntivite neonatal • Herpes virus e Chlamydophyla psittaci • Desfazer o anquilobléfaro • Doença respiratória concomitante Herpes Virus Felino • Herpes Virus • Prevenção: vacina - Opções Terapêuticas: Atb tópico para prevenir infecção secundária L-lisina oral: Compete com a arginina limitando a replicação viral;500mg a 1500 mg VO SID no alimento Interferon-alfa tópico e ou sistêmico Idoxuridine tópica se úlcera de córnea Simbléfaro
  • 15. 16 Limitar o estresse ambiental FANCICLOVIR: 125 mg gato sid ou bid por 3 meses Afecções Adquiridas Incluindo o Trauma Ocular • Úlceras e distrofias corneanas • Perfuração ocular • Proptose ocular • Sarcoma pós-traumático • Outras neoplasias • Infecções • Problemas neurológicos • Afecções das glândulas e vias lacrimais • Glaucoma • Luxação da lente • Hipertensão arterial sistêmica • Doenças da retina AFECÇÕES DA ÓRBITA • Proptose Traumática • Abcesso orbitário/celulite: incomum • Neoplasia orbitária: - 90% maligno - Tumores epiteliais primários
  • 16. 17 Proptose Traumática • Trauma importante da cabeça e face com possível fratura orbitária Afecções Orbitárias Adquiridas • Exoftalmia devido pressão retrobulbar por tumores • Linfosarcoma • Carcinoma espinocelular AFECÇÕES DA ÓRBITA • Celulite orbitária • Rara no gato • Secundário a trauma ou infecção dentária AFECÇÕES DOS ANEXOS OCULARES Pálpebra • Entrópio - Secundário a conjuntivite crônica Cicatricial - É a afecção adquirida mais comum dos anexos oculares do gato! - Entrópio primário em raças braquicefálicas: Persa, Siames Sarcoma Pós-Traumático
  • 17. 18 • Blefarite - Demodex - raro, prurido variável - Escabiose - Notoedres cati, muito pruriginoso; lesões envolvem pina, pálpebra, face e pescoço - Dermatofitose- mais comum - Microsporum canis Tratamento tópico com miconazole, clotrimazole, griseofulvina sistê- mica ou cetoconazole - Fatores mecânicos, químicos, parasitários e microbianos. - Staphylococcus spp agente microbiano mais frequentemente isolado - Doença auto-imune:pênfigo e lupus Hidrocistoma Apócrino Neoplasias
  • 18. 19 Carcinoma Espinocelular • Incidência maior em gatos idosos • Metástase regional em linfonodo Membrana Nictitante • Procidência resultante de uamento ou diminuição do conteúdo orbitário • Síndrome de Haw: procidência bilateral em gatos aparentemente normais
  • 19. 20 • Luxação da glândula lacrimal • Raça Burmese • Carcinomas exigem exérese da membrana nictitante Sistema Lacrimal • Schirmer normal: 17 mm ± 6 • Causas de ceratoconjuntivite seca: herpes virus e conjuntivite crônica Filme Lacrimal
  • 20. 21 Sistema Lacrimal • Obstruções de pontos e ducto nasolacrimal • Agenesia e mal alinhamento do ponto ventral • Entrópio nasal inferior no Persa • Puncta imperfurada Afecções da Córnea • Ceratite Herpética • Ceratite Eosinofílica • Sequestro Corneano • Ceratopatia Bolhosa Dacriocistorrinografia
  • 21. 22 CERATITE HERPÉTICA/CÉRATOCONJUNTIVITE • Lesão dendrítica inicial patognomônica - Coloração vital por fluoresceína e rosa bengala • Progride com lesões geográficas • Conjuntivite concomitante • Diagnóstico por IFA, PCR ou citologia com demosntração de corpúsculos de inclusão intranucleares HERPES • Tratamento frustrante devido à recorrência - O vírus permanece latente no gânglio trigeminal • Tratamento: - Atb tópico para prevenir infecção secundária (fluoroquinolona e tetraciclina). Cultura* - Antiviral tópico- custoso e exige tratamento frequente; Usado em úlcera de córnea Idoxuridine 3-4X/dia Anti-virais orais: Fanciclovir, l-lisina. Interferon alfa por boca e tópico CÉRATOCONJUNTIVITE EOSINOFÍLICA FELINA • Conjuntivite com lesões em placa espessadas • Lesões iniciam no limbo nasal/temporal, córnea periférica e conjuntiva bulbar • Córnea: vascularização com placas róseas de infiltrados celulares • Moderado disconforto ocular • Inicialmente unilateral, eventualmente bilateral • Diagnóstico: Citologia conjuntival/placas corneanas com eosinófilos e ou mastócitos
  • 22. 23 DIAGNÓSTICO • Citologia: “scraping” de córnea • Eosinófilos, mastócitos, linfócitos e plasmócitos Afecções da Córnea Cératoconjuntivite eosinofílica felina: • Tratamento: - Uso cuidadoso de esteróide tópico (acetato de prednisolona 1% , dexametasona 0.1% ou melhor, ALREX, etabonato de loteprednol, 2mg/5ml); Acetato de Megestrol- não é primeira escolha: 5mg/ gato VO SID X5 dias, seguido de 2.5 mg/gato VO Q48 hrs X5 dias *pode induzir diabete Ceratite Eosinofílica Ceratite Eosinofílica
  • 23. 24 Ceratite Eosinofílica - 10 dias de tratamento Ceratite Eosinofílica Ceratite Eosinofílica - 15 dias de tratamento
  • 24. 25 Afecções da Córnea SEQUESTRO CORNEANO • Persa, Himalaio e Burmese são predispostos • Aspectos clínicos: - Lesão negra ou marrom - Central ou paracentral na córnea - Circular to ou oval - Pode estar invadida por vasos e células inflamatórias - Pode atingir a Descemet SEQUESTRO CORNEANO FELINO • “Cornea nigrun” = degeneração do colágeno com acúmulo de pigmento marrom • Etiologia desconhecida: gatos com inflamação ocular crônica são predispostos • Patogênese: - raça braquicefálica- ceratite de exposição (bulbo ocular proeminente, órbita rasa, lagoftalmia), irrita- ção mecânica por pêlos, filme lacrimal de baixa quali- dade ou hipoestesia da córnea - Pode estar associado ao Herpes Vírus Felino • Necrose corneana • Invadido por vasos e células inflamatórias
  • 25. 26 Afecções da Córnea SEQUESTRO CORNEANO • Tratamento: - Lubrificante tópico - Antibiótico tópico - Tratamento cirúrgico: Ceratectomia lamelar Transposição córneo-conjuntival HIDROPISIA CORNEANA • Raro • Edema súbito e importante do estroma anterior • Patogênese: “fratura”da Descemet permitindo o súbito influxo de fluido • Tratamento: flap conjuntival compressivo, injeção de ar estéril na câmara anterior Úlcera traumática Sequestro Corneano
  • 26. 27 Ceratopatia da Flórida (Florida spots) • Opacidades cinza-esbranquiçados no estroma anterior da córnea com diâmetro de 1 a 8 mm • Causa desconhecida Ceratite Ulcerativa por Herpesvirus • Úlcera dendrítica Úlcera Traumática
  • 27. 28 Afecções dos Anexos Oculares CONJUNTIVA • Maioria das conjuntivites em gatos são infecciosas! • 1. Herpes virus - FHV-1 - Efeito citopático viral direto - Hiperemia conjuntival bilateral com secreção serosa - Inclusões intranucleares na citologia - Diagnóstico: PCR - Sequelas: simbléfaro, cicatriz e enrtópio • Chlamydophila felis - Conjuntivite unilateral que afeta o olho adelfo se o tratamento não for adequado - Diagnóstico: citologia conjuntival (inclusões intracitoplasmáticas), PCR Conjuntivite por Mycoplasma • Unilateral e depois bilateral em 7-14 dias • Inicial: epífora e hipertrofia nodular da conjuntiva • Formação de pseudomemebranas • Tetraciclina e cloramfenicol
  • 28. 29 CONJUNTIVITE POR CHLAMYDOPHYLA PSITTACI • Evolução e aspecto clínico parecidos com o anterior • Pode ocorrer conjuntivite folicular. Tratamento com tetraciclina CHLAMYDOPHILA FELIS • Tratamento: Oxitetraciclina tópica (Terramicina) ou Fluoroquinolona (Ciprofloxacina/Ofloxacina) • Doxiclina Oral - 5mg/kg VO BID X 3 semanas • Potencial risco zoonótico (risco maior para imunodeprimidos) Conjuntivite Felina • Infecção recorrente por herpesvirus ou conjuntivites não responsivas ao tratamento com tetracci- clinas é sugestivo de imunosupressão por FeLV ou FIV. • Importância de diagnóstico se possível laboratorial e precoce CONJUNTIVA • Conjuntivite Lipogranulomatosa - Típica de gatos idosos (11 anos em média) - Gatos brancos e laranja os mais afetados - Lesões na conjuntiva palpebral próxima à margem palpebral - Frequentemente bilateral - Debridamento cirúrgico - Pode estar associado a acne
  • 29. 30 Uveíte Felina • Um dos principais problemas oculares dos gatos • Uveíte anteior, posterior, panuveíte • 38-70% ocorrem com doença sistêmica • Sinais clínicos: - Miose, bléfaroespasmo, lacrimejamento, fotofobia, edema de córnea, “flare”-Tyndall positivo, hi- pópio, hifema, precipitado cerático, neovascularização da córnea (injeção ciliar) e da iris “rubeosis iridis”, nódulos irianos - Segmento Posterior: exsudato retiniano, infiltrado perivascular e descolamento de retina UVEÍTE ANTERIOR • Hipotonia,”Flare” , Miose, Quemose, Rubeose, Hipópio, Precipitados ceráticos e formação de sinéquia.
  • 30. 31 Uveíte Felina DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Trauma • Infecção: - FIV - PIF - FeLV - Toxoplasmosis gondii - Cryptococcus neoformans - Blastomycosis dermatitidis - Histoplasma capsulatum - Bartonella • Neoplasia: - Melanoma de iris - Linfoma - Sarcoma ocular primário - Neoplasia metastática - Adenoma/adenocarci- noma primário de corpo ciliar • Cristalino - Facouveíte (rara em contraste com cães) Exame sistêmico!!!! • Exame físico completo, - Bioquímica e urinálise • Sorologia • Testes complementares Tratamento: • Tratar a causa se possível • Esteróide tópico: frequência vai depender da gravidade da lesão - 6X/dia em casos graves: prednisolona 1%, dexametasona 0.1% ou etabonato de loteprednol (Alrex) • AINES: Acular pediátrico
  • 31. 32 SEQUELAS DAS UVEÍTES • Catarata • Luxação do cristalino • Sinéquias • Íris bombé • Atrofia de íris • Phithisis bulbi • Glaucoma UVEÍTE POSTERIOR POR FELV • Glaucoma secundário, corioretinite, tumores uveais anteriores • Tumores primários - Íris e corpo ciliar: início – baixo poder metastático - Corpo ciliar e coróide: descobertos quando causam sérias alterações ao bulbo do olho - Tumores primários de coróide: infrequentes - Quadros mais evoluídos: metástase via hematógena - Adenomas e adenocarcinomas - Melanocitomas e melanomas - Sarcoma ocular traumático primário em felino - Melanoma difuso de íris em felinos - Meduloepitelioma (neuroectoderma primitivo) – corpo ciliar Melanoma Iriano
  • 32. 33 Tumores Intra-Oculares MELANOMA IRIANO FELINO • Pigmento focal na íris • Progride em meses ou anos • A progressão coincide com a mudança de um fenótipo benigno para maligno • Potencial para metástase: - Tardio: 1-3 anos - 63% de metástase MELANOMA DA ÍRIS • Monitorar: - Mudança do pigmento de plano para exuberante - Progressão do envolvimento da iris Estimado em horas do relógio - Alteração do formato da iris e da pupila - Fechamento do sistema de drenagem do aquoso - Desenvolvimento de glaucoma– sobrevida curta Melanose da Íris
  • 34. 35 PIF • A forma “sêca” causa maiores alterações oculares • Uveíte piogranulomatosa, vasculite, corioretinite exsudativa, descolamento de retina, neurite óptica FIV • Infecção concomitante com Toxoplasma gondii aumenta a possibilidade de doença ocular Toxoplasmose • Múltiplos focos de corioretinite
  • 35. 36 Infecções Micóticas Sistêmicas Criptococose, histoplasmose, blastomicose e coccidiomicose Glaucoma Felino • Glaucoma congênito-raro, hereditário no Siames • Mais comumente secundário a uveíte e massa intra-ocular • Uma outra forma de Glaucoma Adquirido: “Aqueous Humor Misdirection Syndrome” • Aqueous Humor Misdirection Syndrome - Mais comumente visto em gatos de meia idade ou idosos - Sinais: aumento gradual da pressão intra- ocular, anisocoria, câmara anterior rasa Catarata Adquirida Luxação da Lente
  • 36. 37 Doenças da Retina • Deficiência de Taurina • Toxicidade de retina- Enrofloxacina • Atrofia Retiniana Progressiva • Retinopatia Hipertensiva • Carcinoma Metastático DEFICIÊNCIA DE TAURINA • Aminoácido sulfurado • Gato não sintetiza, precisa obter na dieta • Altas concentrações na retina (fotoreceptor) e no coração • Níveis na dieta 500-750ppm • Fundoscopia: lesão hiperreflexiva, inicialmente temporal ao disco óptico • Progride para uma faixa de refletividade alterada dos dois lados do disco • Estágio final: degeneração retiniana generalizada • A degeneração retiniana é permanente Na maior parte das vezes leva à cegueira Degeneração da retina por deficiência de taurina
  • 37. 38 TOXICIDADE A FLUOROQUINOLONA (ENROFLOXACINA) • Sinais clínicos: - Midríase - Cegueira • Provoca degeneração retiniana generalizada • A cegueira quase sempre é permanente • Gatos idosos, dose >5mg/kg , doença do trato urinário concomitante = risco maior • Reação idiossincrásica ATROFIA RETINIANA PROGRESSIVA • Abissinio e Siames • Gen autossômico recessivo • Doença começa com 1.5-2 anos • Degeração retiniana generalziada em 2 a 4 anos • Abissínios podem ser acometidos de uma displasia de cones e bastões com 4 semanas de idade - Sinais: midríase, nistágmo posicional PROGRESSIVE RETINAL ATROPHY (PRA) • Duas formas hereditárias de atrofia progressiva descritas no gato Abissínio • PRA diagnosticada no primeiro ano (forma precoce-gen autossômi- co dominante) ou com 3 a 6 anos (forma tardia- gen autossômico recessivo) Atrofia Retiniana Progressiva
  • 38. 39 RETINOPATIA HIPERTENSIVA • Gatos idosos > 10 anos • Pressão Arterial >160 mmHg • Midríase súbita e cegueira • Sinais: - Hifema - Hemorragia intra-vítrea - Tortuosidade vascular - Edema multifocal da retina - Descolamento de retina • Patogênese: arteríolas retinianas buscam a auto- regulação > vaso- constrição > necrose da parede vascular > ruptura vascular • Exame sistêmico indica a causa da hiperttensão • Tratamento: controle da hipertensão com amlodipina: 0.625mg/gato • Com o controle da hipertensão, 50% ou mais voltam a ver Descolamento de Retina
  • 39. 40 Tumores Intraoculares MELANOMA DA IRIS • Opções de tratamento: - Enucleation - Exenteração SARCOMA PÓS-TRAUMÁTICO FELINO • Desenvolve-se após trauma do bulbo ocular • Gatos idosos (12,7 anos em média em um estudo) • Desenvolve-se muito tempo após o trauma (entre 1- 10 anos) • Associado à ruptura da cápsula da lente: - Tumor se desenvolvendo a partir das céls. Epit. da lente • Sinais: uveíte crônica, hemorragia, bulbo pequeno, glaucoma, massa intra-ocular visível • Metástase para o cérebro via n. óptico • Tratamento: exenteração Síndrome de Haw • Protrusão bilateral idiopática das terceiras pálpebras • Denervação simpática • Colírio de fenilefrina tópico • Frequentemente associado com doença gastro-intestinal • Bom prognóstico:resolução expontânea Síndrome de Claude-Bernard Hörner
  • 40. 41 Síndrome da Pupila Espástica • Alterna anisocoria com pupilas normais • Maioria dos gatos é positivo para FeLV • Virus localizado nos nervos ciliares curtos • Sobrevida curta Primeiro Relato Brasileiro • Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.66, n.4, p.1146-1150, 2014 • Key–Gaskell syndrome in Brazil: first case report • [Síndrome de Key-Gaskell: primeiro relato de caso no Brasil] • B.B.J. Torres1, G.C. Martins1, P.E. Ferian2, B. C. Martins1, M.A. Rachid1, E.G. Melo1 • 1Escola de Veterinária Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte, MG, • 2Faculdade de Medicina Veterinária Universidade Estadual de Santa Catarina Lages, SC Disautonomia felina (Síndrome de Key-Gaskell) Disautonomia felina
  • 41. REPRODUÇÃO E PRODUÇÃO DE BOVINOS Presencial|Pós-Graduação|540h ONCOLOGIA VETERINÁRIA Presencial|Pós-Graduação|500h CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE FELINOS Presencial|Pós-Graduação|630h CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS Presencial|Pós-Graduação|660h www.quali as.com.br | 0800 725 6300 Confira mais especialidades e cursos no site HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ALIMENTOS Semipresencial|Pós-Graduação|590h DEFESA SANITÁRIA ANIMAL Semipresencial|Pós-Graduação|500h PÓS-GRADUAÇÃO • ATUALIZAÇÃO • EXTENSÃO APERFEIÇOAMENTO • CAPACITAÇÃO Instituto de Medicina Veterinária