O documento descreve a doença infecto-contagiosa conhecida como mormo, que acomete principalmente equídeos. Causada pela bactéria Bacillus mallei, transmite-se principalmente pela via digestiva e respiratória. Os sinais clínicos variam de febre alta e abscessos a formas crônicas com lesões na pele e nas vias respiratórias. O diagnóstico é realizado por meio de técnicas de isolamento bacteriano e detecção de anticorpos, e o controle
2. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
o Doença infecto-contagiosa
o Acomete primariamente equídeos
o Conhecida também como: catarro do
mormo ou catarro de burro
o Pertence a classe B (OIE) - transmissíveis
o Notificação obrigatória - informe anual
3. ETIOLOGIAETIOLOGIA
o Bactéria bacilo (Gram -) Aeróbio/ anaeróbio
facultativo
o Sem cápsula e sem esporo e imóvel
o Período de incubação de cerca de 4 dias
o Pleomórfico (tempo de cultura e meio utilizado)
4. o Em aglomerados de equídeos observa-se alto
índice de mortalidade
o Longo período de convalescença
o Desenvolvimento do estado portador
o A completa recuperação é rara
o Humanos e carnívoros são hospedeiros acidentais
5. o Perpetuação depende do ambiente e do hospedeiro
• Clima
• Umidade
• Aglomeração populacional
• Sobrecarga de trabalho
• Estresse
• Deficiência alimentar
• Além das inerentes à espécie animal
6. PATOGENIAPATOGENIA
o Via digestiva - água e alimento contaminado
o Vias menos envolvidas - respiratória, genital e
cutânea (através de alguma lesão)
o Contato com pús, secreção nasal, urina e fezes
o Imunidade mediada por células
7. o Bactéria atravessa a mucosa faringiana e
intestinal chega até a via linfática atinge a
corrente sanguínea alojam em órgãos,
principalmente nos capilares linfáticos dos
pulmões e no fígado formando focos
infamatórios (endotoxina)
8. EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
o Distribuição geográfica pouco conhecida
o Indícios que ainda persista na África, Ásia e Europa
Oriental
o Brasil: -fim do séc. XIX em humanos
-início do séc. XX em humanos e animais de serviço
do Exército Brasileiro
9. o Acomete primariamente equídeos: muares e asininos
(suscetíveis - aguda) e equinos (resistentes - crônica)
o Acomete também mamíferos domésticos: caprinos,
ovinos, camelídeos, caninos e outros carnívoros
o Carnívoros selvagens (ingestão de carcaça
contaminada)
11. • Surgimento de pústulas na mucosa nasal -- úlceras
profundas -- geram uma descarga purulenta -- tornando-se
sanguinolenta
• Formação de abscessos nos linfonodos -- podendo
comprometer o aparelho respiratório -- surgindo dispnéia
12. o Forma crônica:
• Localiza-se na pele
• Fossas nasais
• Laringe
• Traquéia
• Pulmões (evolução mais lenta do que a aguda)
• Pode ser similar à forma aguda, no entanto mais branda
13. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
o Feito através de técnicas diretas (através do
isolamento bacteriano e inoculação em cobaias)
o Feito através de técnicas indiretas (como pesquisa
de anticorpos através da fixação do complemento e
ELISA)
o Diferencial: garrotilho e linfadenites
14. PROFILAXIAPROFILAXIA
o Notificação imediata a autoridade competente
o Isolamento da área onde observou-se a infecção
o Isolamento dos suspeitos
o Sacrifício e cremação dos positivos e fômites
o Desinfecção da área e dos fômites
15. TRATAMENTOTRATAMENTO
o Não é indicado (animais permanecem infectados por
toda a vida)
o Produtos a base de sulfas, em especial,
sulfadiazina (20 dias)
o Sufatiazol, sulfacnoxalina, cloranfenicol
16. CONTROLECONTROLE
o Baseado no isolamento da área contaminada
o Sacrifício dos animais positivos
o Isolamento e reteste dos suspeitos
o Cremação dos corpos dos infectados e fômites
o Desinfecção das instalações (alojamentos,
comedouros e bebedouros)
17. o Desinfecção dos fômites (esporas, freios, arreios)
o Rigoroso controle do trânsito de animais (entre os
estados e internacionalmente) com apresentação de
resultados negativos de testes realizados até, no
máximo, 15 dias antes do embarque dos animais.