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Aula de OFIDISMO
Enfermagem em
Urgência e Emergência
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Docente
Márcio Gomes da Costa
Pós Graduação em Unidade de Terapia Intensiva
Pós Graduação em Docência
Pós Graduando em Gestão Estratégica de Negócios
Com ATLS – ACLS - PALS pela FUNCOR / HCSP
IntroduçãoIntrodução
- Dentre os acidentes com animais
peçonhentos, o ofidismo é o principal
deles
2
Ofidismo
- Maior freqüência e gravidade
- Ocorre em todas as regiões do Brasil
- Importante problema de saúde quando
não instituída terapêutica adequada
- Notificação obrigatória desde 1986
- Em 1990 foram notificados 9396 casos
IntroduçãoIntrodução
- As serpentes peçonhentas possuem dentes
inoculadores de veneno localizados na região
anterior do maxilar superior
3
Ofidismo
anterior do maxilar superior
- Presença de fosseta loreal – com exceção das
corais
Primeiros socorros
. lavar o local da picada apenas com água
ou com água e sabão;
. manter o paciente deitado;
4
. manter o paciente deitado;
. manter o paciente hidratado;
. procurar o serviço médico mais próximo;
. se possível, levar o animal para
identificação
não fazer torniquete ou garrote;
. não cortar o local da picada;
. não perfurar ao redor do local da picada;
. não colocar folhas, pó de café ou outros
contaminantes;
5
contaminantes;
. não oferecer bebidas alcoólicas, querosene
ou outros tóxicos.
Classificação das SerpentesClassificação das Serpentes
- 3 principais famílias: Colubridae, Elapidae e
Viperidae
6
Ofidismo
Viperidae
- Serpentes de importância no Brasil: 23
espécies pertencem à família Viperidae
(Bothrops, Bothriopsis, Crotalus e Lachesis);
- 17 espécies pertencem ao gênero Micrurus
(família Elapidae)
Ofidismo
Gênero Bothrops:Gênero Bothrops:
- Responsáveis por 80-
90% dos acidentes
ofídicos
7
ofídicos
- Ambientes úmidos
como matas, hábitos
noturnos
- Consideradas as mais
agressivas
Gênero Bothriopsis:Gênero Bothriopsis:
- Serpentes de cor verde-clara
- Arborícolas
- Encontrada na Zona da Mata e região amazônica
8
Ofidismo
- Encontrada na Zona da Mata e região amazônica
- Jararaca verde
Gênero Crotalus:Gênero Crotalus:
- Freqüência baixa: 7%
- Apresentam na porção
terminal da cauda o guizo ou
chocalho
9
Ofidismo
chocalho
- Presente em regiões secas e
pedregosas do Brasil
- Menos agressivas que as do
gênero bothrps
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casos não tratados
Gênero Micrurus:Gênero Micrurus:
- Baixa incidência: 0,5%
- Cabeça arredondada,
sem fosseta loreal nem
10
Ofidismo
sem fosseta loreal nem
escamas na cabeça
- Dentes inoculadores
pequenos
- Hábitos noturnos
- Comportamento não
agressivo
Gênero Lachesis:Gênero Lachesis:
- Baixa incidência:
1,5% dos acidentes
- Serpentes
11
Ofidismo
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distribuídas pelas
grandes florestas
tropicais
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AUSENTE PRESENTE
12
Ofidismo
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Com anéis
Coloridos
Micrurus Bothrops Lachesis Crotalus
PEÇONHENTASNÃO PEÇONHENTAS
Cauda Lisa
Cauda com
Escamas
arrepiadas
Cauda com
chocalho
13
Ofidismo
14
15
16
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Patogenia:Patogenia:
Ação Coagulante:
- Veneno converte diretamente fibrinogênio em
fibrina – “ação coagulante tipo trombina”
17
fibrina – “ação coagulante tipo trombina”
- Ativam fator X e a protrombina da cascata de
coagulação sangüínea
- Consumo de fibrinogênio com incoagulabilidade
sangüínea
- Consumo de fator V, VII e plaquetas CIVD
18
Ofidismo
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Patogenia:Patogenia:
Ação Citotóxica
- Ação citotóxica direta nos tecidos por frações
proteolíticas do veneno
- Pode haver: liponecrose, mionecrose e lise das
19
- Pode haver: liponecrose, mionecrose e lise das
paredes vasculares.
- Ação que guarda relação direta com a quantidade
de veneno inoculado
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Patogenia:Patogenia:
Ação Vasculotóxica
- Hemorraginas agem sobre os vasos capilares
destruindo inicialmente a membrana basal e
causando sua ruptura
20
causando sua ruptura
- Pode gerar hemorragias em pulmões, cérebro e
rins
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Patogenia:Patogenia:
Outras Ações
- Choque, com ou sem causa definida:
- Hipovolemia por perda de sangue ou plasma no
membro edemaciado
21
membro edemaciado
- Ativação de substâncias hipotensoras
- Edema pulmonar
- CIVD
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
- Variam com a quantidade de veneno
aplicada
- dor intensa no local, que pode ser o único
sintoma
22
sintoma
- edema indurado, acompanhado de calor e
rubor, na região atingida (em geral de
caráter progressivo)
- Equimoses e sangramentos no ponto da
picada são freqüentes
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
- Grande quantidade de veneno inoculada:
- Epistaxe
- gengivorragias
- sangramento de lesões recentes que
23
- sangramento de lesões recentes que
raramente são de grande repercussão clínica
- Infartamento ganglionar e bolhas podem
aparecer na evolução, assim como, alguns
dias após, abcessos ou necrose de partes
moles.
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
24
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
Complicações Locais
- Síndrome compartimental (dor intensa,
parestesia, diminuição da temperatura do segmento
distal, cianose e déficit motor)
25
distal, cianose e déficit motor)
- necrose (lesão vascular, trombose arterial, síndrome
compartimental, uso de torniquete e por efeito de
infecção bacteriana)
- gangrena (risco maior nas picadas em
extremidades podendo decorrer de isquemia,
infecção ou ambos, necessita de tratamento
cirúrgico)
- infecção secundária, abscesso
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
Complicações Sistêmicas
- Choque raro e aparece nos casos graves
- Liberação de substâncias vasoativas
26
- Liberação de substâncias vasoativas
- Seqüestro de líquido pelo edema
- Perda sanguínea pelas hemorragias
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
Complicações Sistêmicas
- Insuficiência Renal Aguda
- ação direta do veneno sobre os rins
- isquemia renal secundária à deposição de microtrombos
27
- isquemia renal secundária à deposição de microtrombos
nos capilares
- desidratação ou hipotensão arterial
- choque
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Exames:Exames:
- Hemograma: geralmente leucocitose com
neutrofilia e desvio à esquerda
- Uréia e Creatinina: detecção da insuficiência
28
- Uréia e Creatinina: detecção da insuficiência
renal aguda
- VHS elevada nas primeiras horas do acidente
- Plaquetopenia de intensidade variável
- Exame urinário: pode haver proteinúria,
hematúria e leucocitúria
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Classificação do Acidente:Classificação do Acidente:
29
Ausente ou
discreto
Ausente Normal ou
alterado
Evidente Ausente Normal ou
alterado
Intenso Presente Normal ou
alterado
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
Tratamento:Tratamento:
- Internar paciente
- Colocá-lo em repouso e na posição de
drenagem postural
- Membro atingido elevado
30
- Membro atingido elevado
- Hidratação: com diurese entre 30 a 40
ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na
criança
- Soro específico: A dose deve ser a
mesma para adultos e crianças
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
TratamentoTratamento
- Pré-medicação: 10 a 15 minutos antes da
soroterapia: prometazina: 0,5 mg/kg EV ou IM
(máximo 25 mg)
- cimetidina: 10 mg/kg (máximo de 300 mg) ou
31
- cimetidina: 10 mg/kg (máximo de 300 mg) ou
ranitidina: 3 mg/kg (máximo de 100 mg) EV
lentamente
- Hidrocortisona: 10 mg/kg EV (máximo 1.000 mg)
- Administração: Garantir bom acesso venoso,
diluir o soro ½ a ½ em SG 5% e adm EV: em etapas
de 2, 4 e 8 gotas/min por 5min, cada uma, e 32
gotas/min até acabar
Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis
- Deixar preparado: laringoscópio com lâminas
e tubos traqueais adequados para o peso e idade
- frasco de SF e/ou solução de Ringer lactato
- frasco de solução aquosa de adrenalina
32
- frasco de solução aquosa de adrenalina
(1:1000) – dose de 0,3-0,5ml no adulto e
0,01ml/Kg na criança
- e de aminofilina (10 ml = 240 mg) – dose de
4mg/Kg/dose de 6/6h
Ofidismo - Crotalus
Patogenia:Patogenia:
Ação Miotóxica
- Lesão direta das fibras musculares gerando
lesões subsarcolêmicas, com edema mitocondrial
CROTOXINA
FOSFOLIPASE A2
CROTAPOTINA
33
lesões subsarcolêmicas, com edema mitocondrial
- Rabdomiólise
Patogenia:Patogenia:
Ação Neurotóxica
- Ação pré-sináptica inibindo a liberação de
acetilcolina bloqueio neuromuscular
CROTOXINA
Ofidismo - Crotalus
34
Ofidismo - Crotalus
acetilcolina bloqueio neuromuscular
- Outras toxinas como a convulxina e a
giroxina contribuem para: convulsões,
perturbações circulatórias e respiratórias
Patogenia:Patogenia:
Ação Nefrotóxica
- Ação direta no veneno nos rins
- Ação indireta: obstrução tubular por
Ofidismo - Crotalus
35
Ofidismo - Crotalus
- Ação indireta: obstrução tubular por
cilindros de mioglobina e lesão tóxica
direta pelos miopigmentos
- Outros fatores: desidratação, hipotensão
arterial, acidose metabólica e choque
podem contribuir para lesão renal
Patogenia:Patogenia:
Ação Hematológica
- VHS varia inversamente ao tempo de
coagulação
Ofidismo - Crotalus
36
Ofidismo - Crotalus
coagulação
- Leucocitose >15000/mm3 e desvio escalonado
com predomínio de segmentados
- Manifestações hemorrágicas discretas por
consumo do fibrinogênio
- Plaquetas normais ou discretamente
diminuídas
Quadro ClínicoQuadro Clínico
- Sem dor local ou de pequena intensidade
- Parestesia local ou regional, que pode persistir
por tempo variável
Ofidismo - Crotalus
37
Ofidismo - Crotalus
por tempo variável
- edema discreto ou eritema no ponto da picada
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
- Gerais: mal-estar, prostração, sudorese,
náuseas, vômitos, sonolência, inquietação e
secura da boca podem aparecer precocemente
Ofidismo - Crotalus
38
Ofidismo - Crotalus
secura da boca podem aparecer precocemente
- Neurológicas: nas primeiras horas após a
picada: fácies miastênica (fácies
neurotóxica de Rosenfeld: ptose palpebral,
flacidez muscular da face, alteração do
diâmetro pupilar, oftalmoplegia, visão turva
e/ou diplopia)
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
- Outras menos comuns: paralisia velopalatina,
com dificuldade à deglutição, diminuição do
reflexo do vômito, alterações do paladar e olfato
Musculares:
39
Ofidismo - Crotalus
- Musculares: mialgias generalizadas podem
aparecer precocemente
- Mioglobinúria
- Coagulação:incoagulabilidade sangüínea ou
aumento do Tempo de Coagulação, em cerca
de 40% dos pacientes, observando-se
raramente gengivorragia
40
Ofidismo - Crotalus
Quadro Clínico:Quadro Clínico:
Complicações Sistêmicas
- Insuficiência renal aguda, com necrose
tubular geralmente de instalação nas
primeiras 48 horas
Ofidismo - Crotalus
41
Ofidismo - Crotalus
primeiras 48 horas
- Menos freqüente: Insuficiência respiratória
aguda, fasciculações e paralisia de grupos
musculares
ExamesExames
- CK (aumento precoce e pico máximo nas primeiras
24h após o acidente)
- LDH (aumento lento e gradual do LDH - para
Ofidismo - Crotalus
42
Ofidismo - Crotalus
- LDH (aumento lento e gradual do LDH - para
diagnóstico tardio)
- Hemograma pode ter leucocitose, com neutrofilia e
desvio à esquerda, às vezes granulações tóxicas
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quando não há IRA
Classificação do Acidente:Classificação do Acidente:
ausente ou
tardia
ausente
ou
ausente ausente normal
ou
Ofidismo - Crotalus
43
tardia ou
discreta
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normal
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Ofidismo - Crotalus
Tratamento:Tratamento:
Cuidados idênticos ao botrópico
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44
- Caso persista a oligúria, indica-se o uso de
diuréticos de alça tipo furosemida por via
intravenosa (1 mg/kg/dose na criança e 40mg/dose
no adulto)
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urina ácida potencializa a precipitação intratubular de
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Quadro ClínicoQuadro Clínico
- Atividade proteolítica, coagulante,
hemorrágica e neurotóxica
- Dor viva, edema, calor e rubor, que podem
45
Ofidismo - Lachesis
- Dor viva, edema, calor e rubor, que podem
progredir para todo o membro
- Vesículas e bolhas de conteúdo seroso ou
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após o acidente
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Ofidismo - Micrurus
Quadro ClínicoQuadro Clínico
Ação Neurotóxica
- Pós-sináptica: competem pelos receptores
com a Ach na junção neuromuscular
46
com a Ach na junção neuromuscular
- Pré-sináptica: inibem a liberação de Ach,
impedindo a deflagração do potencial de
ação
Quadro ClínicoQuadro Clínico
- dormência no local
- dor discreta
Ofidismo - Micrurus
47
Ofidismo - Micrurus
- erupção escarlatiforme
- Posteriormente às manifestações locais:
ptose palpebral, diplopia, oftalmoplegia
(fácies miastênica ou neurotóxica),
progredindo para sialorréia, dispnéia e
parada respiratória.
Aracnídeos (escorpiões e aranhas)
Primeiros socorros
. lavar o local da picada;
48
. lavar o local da picada;
. usar compressas mornas ajudam no alívio
da dor;
. procurar o serviço médico mais próximo;
. se possível, levar o animal para
identificação.
Abelhas e vespas
Primeiros socorros
. em caso de acidente, provocado por
múltiplas picadas de abelhas ou vespas,
levar o acidentado rapidamente
ao hospital e alguns dos insetos que
provocaram o acidente;
49
. a remoção dos ferrões pode ser feita
raspando-se com lâminas, evitando-se retirá-
los com pinças, pois provocam
a compressão dos reservatórios de veneno, o
que resulta na inoculação do veneno ainda
existente no ferrão.
TEMPO DE COAGULAÇÃO
a) O sangue deve ser retirado com seringa plástica, colhido sem
espuma e sem dificuldade;
b) Distribuir 1 ml para cada um dos dois tubos de vidro (13x100mm),
secos e limpos. Os tubos são colocados
em banho-maria a 37º C*;
c) A partir do quinto minuto, e a cada minuto, retira-se sempre o
mesmo tubo para leitura;
d) A leitura se faz inclinando-se o tubo até a posição horizontal. Se o
sangue escorrer pela parede, recolocar o
50
sangue escorrer pela parede, recolocar o
tubo no banho-maria. O movimento deve ser suave para evitar falso
encurtamento do tempo;
e) O valor do TC será referido naquele minuto em que o sangue não
mais escorrer pela parede interna do tubo,
quando inclinado;
f) O segundo tubo, que permaneceu em repouso no banho, confirmará
o resultado;
g) Por essa técnica os valores normais para o TC variam entre sete e
nove minutos.
TC normal TC prolongado TC incoagulável
até 9 minutos de 10 a 30 minutos acima de 30
minutos
51
52
w3.ufsm.br/toxsul/palestras/PalestraIzabelaG
avioli.pdf
www.crmvrs.gov.br/334.pps
www.slideshare.net/.../acidentes-com-
53
www.slideshare.net/.../acidentes-com-
animais-peonhentos
www.powerpoint-search.com/animais-
peçonhentos-ppt.html
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<ACESSOS 9/11/09>

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  • 1. Aula de OFIDISMO Enfermagem em Urgência e Emergência 1 Docente Márcio Gomes da Costa Pós Graduação em Unidade de Terapia Intensiva Pós Graduação em Docência Pós Graduando em Gestão Estratégica de Negócios Com ATLS – ACLS - PALS pela FUNCOR / HCSP
  • 2. IntroduçãoIntrodução - Dentre os acidentes com animais peçonhentos, o ofidismo é o principal deles 2 Ofidismo - Maior freqüência e gravidade - Ocorre em todas as regiões do Brasil - Importante problema de saúde quando não instituída terapêutica adequada - Notificação obrigatória desde 1986 - Em 1990 foram notificados 9396 casos
  • 3. IntroduçãoIntrodução - As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno localizados na região anterior do maxilar superior 3 Ofidismo anterior do maxilar superior - Presença de fosseta loreal – com exceção das corais
  • 4. Primeiros socorros . lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão; . manter o paciente deitado; 4 . manter o paciente deitado; . manter o paciente hidratado; . procurar o serviço médico mais próximo; . se possível, levar o animal para identificação
  • 5. não fazer torniquete ou garrote; . não cortar o local da picada; . não perfurar ao redor do local da picada; . não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes; 5 contaminantes; . não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.
  • 6. Classificação das SerpentesClassificação das Serpentes - 3 principais famílias: Colubridae, Elapidae e Viperidae 6 Ofidismo Viperidae - Serpentes de importância no Brasil: 23 espécies pertencem à família Viperidae (Bothrops, Bothriopsis, Crotalus e Lachesis); - 17 espécies pertencem ao gênero Micrurus (família Elapidae)
  • 7. Ofidismo Gênero Bothrops:Gênero Bothrops: - Responsáveis por 80- 90% dos acidentes ofídicos 7 ofídicos - Ambientes úmidos como matas, hábitos noturnos - Consideradas as mais agressivas
  • 8. Gênero Bothriopsis:Gênero Bothriopsis: - Serpentes de cor verde-clara - Arborícolas - Encontrada na Zona da Mata e região amazônica 8 Ofidismo - Encontrada na Zona da Mata e região amazônica - Jararaca verde
  • 9. Gênero Crotalus:Gênero Crotalus: - Freqüência baixa: 7% - Apresentam na porção terminal da cauda o guizo ou chocalho 9 Ofidismo chocalho - Presente em regiões secas e pedregosas do Brasil - Menos agressivas que as do gênero bothrps - Mortalidade elevada: 72% nos casos não tratados
  • 10. Gênero Micrurus:Gênero Micrurus: - Baixa incidência: 0,5% - Cabeça arredondada, sem fosseta loreal nem 10 Ofidismo sem fosseta loreal nem escamas na cabeça - Dentes inoculadores pequenos - Hábitos noturnos - Comportamento não agressivo
  • 11. Gênero Lachesis:Gênero Lachesis: - Baixa incidência: 1,5% dos acidentes - Serpentes 11 Ofidismo - Serpentes distribuídas pelas grandes florestas tropicais
  • 12. Presença de fosseta loreal AUSENTE PRESENTE 12 Ofidismo Cauda Com anéis Coloridos Micrurus Bothrops Lachesis Crotalus PEÇONHENTASNÃO PEÇONHENTAS Cauda Lisa Cauda com Escamas arrepiadas Cauda com chocalho
  • 14. 14
  • 15. 15
  • 16. 16
  • 17. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Patogenia:Patogenia: Ação Coagulante: - Veneno converte diretamente fibrinogênio em fibrina – “ação coagulante tipo trombina” 17 fibrina – “ação coagulante tipo trombina” - Ativam fator X e a protrombina da cascata de coagulação sangüínea - Consumo de fibrinogênio com incoagulabilidade sangüínea - Consumo de fator V, VII e plaquetas CIVD
  • 19. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Patogenia:Patogenia: Ação Citotóxica - Ação citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas do veneno - Pode haver: liponecrose, mionecrose e lise das 19 - Pode haver: liponecrose, mionecrose e lise das paredes vasculares. - Ação que guarda relação direta com a quantidade de veneno inoculado
  • 20. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Patogenia:Patogenia: Ação Vasculotóxica - Hemorraginas agem sobre os vasos capilares destruindo inicialmente a membrana basal e causando sua ruptura 20 causando sua ruptura - Pode gerar hemorragias em pulmões, cérebro e rins
  • 21. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Patogenia:Patogenia: Outras Ações - Choque, com ou sem causa definida: - Hipovolemia por perda de sangue ou plasma no membro edemaciado 21 membro edemaciado - Ativação de substâncias hipotensoras - Edema pulmonar - CIVD
  • 22. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Quadro Clínico:Quadro Clínico: - Variam com a quantidade de veneno aplicada - dor intensa no local, que pode ser o único sintoma 22 sintoma - edema indurado, acompanhado de calor e rubor, na região atingida (em geral de caráter progressivo) - Equimoses e sangramentos no ponto da picada são freqüentes
  • 23. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis - Grande quantidade de veneno inoculada: - Epistaxe - gengivorragias - sangramento de lesões recentes que 23 - sangramento de lesões recentes que raramente são de grande repercussão clínica - Infartamento ganglionar e bolhas podem aparecer na evolução, assim como, alguns dias após, abcessos ou necrose de partes moles.
  • 24. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis 24
  • 25. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Quadro Clínico:Quadro Clínico: Complicações Locais - Síndrome compartimental (dor intensa, parestesia, diminuição da temperatura do segmento distal, cianose e déficit motor) 25 distal, cianose e déficit motor) - necrose (lesão vascular, trombose arterial, síndrome compartimental, uso de torniquete e por efeito de infecção bacteriana) - gangrena (risco maior nas picadas em extremidades podendo decorrer de isquemia, infecção ou ambos, necessita de tratamento cirúrgico) - infecção secundária, abscesso
  • 26. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Quadro Clínico:Quadro Clínico: Complicações Sistêmicas - Choque raro e aparece nos casos graves - Liberação de substâncias vasoativas 26 - Liberação de substâncias vasoativas - Seqüestro de líquido pelo edema - Perda sanguínea pelas hemorragias
  • 27. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Quadro Clínico:Quadro Clínico: Complicações Sistêmicas - Insuficiência Renal Aguda - ação direta do veneno sobre os rins - isquemia renal secundária à deposição de microtrombos 27 - isquemia renal secundária à deposição de microtrombos nos capilares - desidratação ou hipotensão arterial - choque
  • 28. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Exames:Exames: - Hemograma: geralmente leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda - Uréia e Creatinina: detecção da insuficiência 28 - Uréia e Creatinina: detecção da insuficiência renal aguda - VHS elevada nas primeiras horas do acidente - Plaquetopenia de intensidade variável - Exame urinário: pode haver proteinúria, hematúria e leucocitúria
  • 29. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Classificação do Acidente:Classificação do Acidente: 29 Ausente ou discreto Ausente Normal ou alterado Evidente Ausente Normal ou alterado Intenso Presente Normal ou alterado
  • 30. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis Tratamento:Tratamento: - Internar paciente - Colocá-lo em repouso e na posição de drenagem postural - Membro atingido elevado 30 - Membro atingido elevado - Hidratação: com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na criança - Soro específico: A dose deve ser a mesma para adultos e crianças
  • 31. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis TratamentoTratamento - Pré-medicação: 10 a 15 minutos antes da soroterapia: prometazina: 0,5 mg/kg EV ou IM (máximo 25 mg) - cimetidina: 10 mg/kg (máximo de 300 mg) ou 31 - cimetidina: 10 mg/kg (máximo de 300 mg) ou ranitidina: 3 mg/kg (máximo de 100 mg) EV lentamente - Hidrocortisona: 10 mg/kg EV (máximo 1.000 mg) - Administração: Garantir bom acesso venoso, diluir o soro ½ a ½ em SG 5% e adm EV: em etapas de 2, 4 e 8 gotas/min por 5min, cada uma, e 32 gotas/min até acabar
  • 32. Ofidismo – Bothrops e Bothriopsis - Deixar preparado: laringoscópio com lâminas e tubos traqueais adequados para o peso e idade - frasco de SF e/ou solução de Ringer lactato - frasco de solução aquosa de adrenalina 32 - frasco de solução aquosa de adrenalina (1:1000) – dose de 0,3-0,5ml no adulto e 0,01ml/Kg na criança - e de aminofilina (10 ml = 240 mg) – dose de 4mg/Kg/dose de 6/6h
  • 33. Ofidismo - Crotalus Patogenia:Patogenia: Ação Miotóxica - Lesão direta das fibras musculares gerando lesões subsarcolêmicas, com edema mitocondrial CROTOXINA FOSFOLIPASE A2 CROTAPOTINA 33 lesões subsarcolêmicas, com edema mitocondrial - Rabdomiólise
  • 34. Patogenia:Patogenia: Ação Neurotóxica - Ação pré-sináptica inibindo a liberação de acetilcolina bloqueio neuromuscular CROTOXINA Ofidismo - Crotalus 34 Ofidismo - Crotalus acetilcolina bloqueio neuromuscular - Outras toxinas como a convulxina e a giroxina contribuem para: convulsões, perturbações circulatórias e respiratórias
  • 35. Patogenia:Patogenia: Ação Nefrotóxica - Ação direta no veneno nos rins - Ação indireta: obstrução tubular por Ofidismo - Crotalus 35 Ofidismo - Crotalus - Ação indireta: obstrução tubular por cilindros de mioglobina e lesão tóxica direta pelos miopigmentos - Outros fatores: desidratação, hipotensão arterial, acidose metabólica e choque podem contribuir para lesão renal
  • 36. Patogenia:Patogenia: Ação Hematológica - VHS varia inversamente ao tempo de coagulação Ofidismo - Crotalus 36 Ofidismo - Crotalus coagulação - Leucocitose >15000/mm3 e desvio escalonado com predomínio de segmentados - Manifestações hemorrágicas discretas por consumo do fibrinogênio - Plaquetas normais ou discretamente diminuídas
  • 37. Quadro ClínicoQuadro Clínico - Sem dor local ou de pequena intensidade - Parestesia local ou regional, que pode persistir por tempo variável Ofidismo - Crotalus 37 Ofidismo - Crotalus por tempo variável - edema discreto ou eritema no ponto da picada
  • 38. Quadro Clínico:Quadro Clínico: - Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência, inquietação e secura da boca podem aparecer precocemente Ofidismo - Crotalus 38 Ofidismo - Crotalus secura da boca podem aparecer precocemente - Neurológicas: nas primeiras horas após a picada: fácies miastênica (fácies neurotóxica de Rosenfeld: ptose palpebral, flacidez muscular da face, alteração do diâmetro pupilar, oftalmoplegia, visão turva e/ou diplopia)
  • 39. Quadro Clínico:Quadro Clínico: - Outras menos comuns: paralisia velopalatina, com dificuldade à deglutição, diminuição do reflexo do vômito, alterações do paladar e olfato Musculares: 39 Ofidismo - Crotalus - Musculares: mialgias generalizadas podem aparecer precocemente - Mioglobinúria - Coagulação:incoagulabilidade sangüínea ou aumento do Tempo de Coagulação, em cerca de 40% dos pacientes, observando-se raramente gengivorragia
  • 41. Quadro Clínico:Quadro Clínico: Complicações Sistêmicas - Insuficiência renal aguda, com necrose tubular geralmente de instalação nas primeiras 48 horas Ofidismo - Crotalus 41 Ofidismo - Crotalus primeiras 48 horas - Menos freqüente: Insuficiência respiratória aguda, fasciculações e paralisia de grupos musculares
  • 42. ExamesExames - CK (aumento precoce e pico máximo nas primeiras 24h após o acidente) - LDH (aumento lento e gradual do LDH - para Ofidismo - Crotalus 42 Ofidismo - Crotalus - LDH (aumento lento e gradual do LDH - para diagnóstico tardio) - Hemograma pode ter leucocitose, com neutrofilia e desvio à esquerda, às vezes granulações tóxicas - Fase oligúrica da IRA: elevação da uréia, creatinina, ácido úrico, fósforo, potássio e hipocalcemia - Sedimento urinário pode ter proteinúria discreta quando não há IRA
  • 43. Classificação do Acidente:Classificação do Acidente: ausente ou tardia ausente ou ausente ausente normal ou Ofidismo - Crotalus 43 tardia ou discreta ou alterado discreta ou evidente discreta Pouco evidente ausente ausente normal ou alterado evidente intensa presente presente ou ausente normal ou alterado
  • 44. Ofidismo - Crotalus Tratamento:Tratamento: Cuidados idênticos ao botrópico - Induzir diurese osmótica com solução de manitol a 20% (5 ml/kg na criança e 100 ml no adulto) - Caso persista a oligúria, indica-se o uso de 44 - Caso persista a oligúria, indica-se o uso de diuréticos de alça tipo furosemida por via intravenosa (1 mg/kg/dose na criança e 40mg/dose no adulto) - O pH urinário deve ser mantido acima de 6,5 pois a urina ácida potencializa a precipitação intratubular de mioglobina - administração parenteral de bicarbonato de sódio, monitorizada por controle gasométrico
  • 45. Quadro ClínicoQuadro Clínico - Atividade proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica - Dor viva, edema, calor e rubor, que podem 45 Ofidismo - Lachesis - Dor viva, edema, calor e rubor, que podem progredir para todo o membro - Vesículas e bolhas de conteúdo seroso ou sero- hemorrágico nas primeiras horas após o acidente - Síndrome vagal: hipotensão arterial, tonturas, bradicardia, cólicas abdominais, diarréia e escurecimento da visão
  • 46. Ofidismo - Micrurus Quadro ClínicoQuadro Clínico Ação Neurotóxica - Pós-sináptica: competem pelos receptores com a Ach na junção neuromuscular 46 com a Ach na junção neuromuscular - Pré-sináptica: inibem a liberação de Ach, impedindo a deflagração do potencial de ação
  • 47. Quadro ClínicoQuadro Clínico - dormência no local - dor discreta Ofidismo - Micrurus 47 Ofidismo - Micrurus - erupção escarlatiforme - Posteriormente às manifestações locais: ptose palpebral, diplopia, oftalmoplegia (fácies miastênica ou neurotóxica), progredindo para sialorréia, dispnéia e parada respiratória.
  • 48. Aracnídeos (escorpiões e aranhas) Primeiros socorros . lavar o local da picada; 48 . lavar o local da picada; . usar compressas mornas ajudam no alívio da dor; . procurar o serviço médico mais próximo; . se possível, levar o animal para identificação.
  • 49. Abelhas e vespas Primeiros socorros . em caso de acidente, provocado por múltiplas picadas de abelhas ou vespas, levar o acidentado rapidamente ao hospital e alguns dos insetos que provocaram o acidente; 49 . a remoção dos ferrões pode ser feita raspando-se com lâminas, evitando-se retirá- los com pinças, pois provocam a compressão dos reservatórios de veneno, o que resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão.
  • 50. TEMPO DE COAGULAÇÃO a) O sangue deve ser retirado com seringa plástica, colhido sem espuma e sem dificuldade; b) Distribuir 1 ml para cada um dos dois tubos de vidro (13x100mm), secos e limpos. Os tubos são colocados em banho-maria a 37º C*; c) A partir do quinto minuto, e a cada minuto, retira-se sempre o mesmo tubo para leitura; d) A leitura se faz inclinando-se o tubo até a posição horizontal. Se o sangue escorrer pela parede, recolocar o 50 sangue escorrer pela parede, recolocar o tubo no banho-maria. O movimento deve ser suave para evitar falso encurtamento do tempo; e) O valor do TC será referido naquele minuto em que o sangue não mais escorrer pela parede interna do tubo, quando inclinado; f) O segundo tubo, que permaneceu em repouso no banho, confirmará o resultado; g) Por essa técnica os valores normais para o TC variam entre sete e nove minutos.
  • 51. TC normal TC prolongado TC incoagulável até 9 minutos de 10 a 30 minutos acima de 30 minutos 51
  • 52. 52