O documento descreve fistulas perilinfáticas, incluindo suas definições, tipos, diagnóstico e tratamento. Em resumo:
1) Fistulas perilinfáticas são anormalidades que permitem a comunicação entre os compartimentos perilinfático e endolinfático da orelha interna, podendo causar surdez e vertigem.
2) Existem vários tipos como pressóricas, traumáticas e idiopáticas.
3) O diagnóstico é complexo e envolve exames clínicos, audiológicos e de image
4. Introdução
No passado:
• Cirurgias da mastoide para colesteatomas,
• Canais semicirculares, especialmente o
Lateral.
• Descolar Colesteatoma concretizava fistulas
e levava à complicações graves e óbito
(Meningite)
• Relacionado a Surdez Súbita
Atualmente:
5. Introdução
No passado:
Atualmente:
• Evita-se Timpanoexploradora para
diagnóstico
• Tratamento conservador
• Correção cirúrgica em caso de sintomas
graves e falha na terapia conservadora.
10. Resumo Anatomofisiopatológico
Mal Formações da Capsula Ótica
• (Ex. Displasia de Mondini e Microfissuras no LO)
Mal Formações do Ducto Endolinfático:
Redução da pressão da Perilinfa
11. Resumo Anatomofisiopatológico
Mal Formações da Capsula Ótica
Mal Formações do Ducto Endolinfático:
• Perda de ajuste pressórico/eletrolítico
Redução da pressão da Perilinfa
12. Resumo Anatomofisiopatológico
Mal Formações da Capsula Ótica
Mal Formações do Ducto Endolinfático:
Redução da pressão da Perilinfa
• Extravasamento por fístula( Trauma, HIC)
14. Tipos de Fístulas
Pressóricas
• Explosivas – Aumento PIC – Disfunção do Aqueduto
Coclear
• Implosivas – Aumento da Pressão na Orelha média
– (Ex: Barotrauma; Valsalva)
Traumáticas
Idiopáticas
Liquóricas
15. Tipos de Fístulas
Pressóricas
Traumáticas
• Trauma direto – Osso Temporal
• Luxação de Sistema Timpano- Ossicular
• Iatrogenia cirúrgica – Estapedo, Saculectomias,
Implante Coclear
Idiopáticas
Liquóricas
16. Tipos de Fístulas
Pressóricas
Traumáticas
Idiopáticas
• Sem história de esforço ou trauma
• Atribuidas a Passagens congênitas e janelas labirinticas
• Relacionada à surdez súbita e hipoacusia flutuante de
crianças e adolescentes
Liquóricas
19. Diagnóstico
• Polemico e sem exame ou sinal patognômonico.
Anamnese
• Pressóricas - Alterações na pressão ambiental e
esforço físico seguido de Hipoacusia, Zumbido,
Vertigem/Desequílibrio.
• Traumaticas – Historia de Trauma temporal
• Idiopáticas– Atribui-se a outras patologias(Ex:
Ménière)
• Liquórica – Surdez Súbita sem sintomas
vestibulares – Crianças, Meningites de repetição
Exame Físico
20. Diagnóstico
• Polemico e sem exame ou sinal patognômonico.
Anamnese
Exame Físico
• Otoscopia: Apenas útil para as Pressóricas ou Traumáticas – Evidência de lesão Timpânica e
CAE
• Sinal de fístula ou de Henneberg – pressão positiva e negativa no CAE – Nistagmos e
vertigem(Falso-positivo na Otossifilis e Ménière)
• Fenômeno de Túlio: Vertigem/Nistagmo após exposição sonora intensa e baixa frequência
• O exame vestibular pode mostrar nistagmo espontâneo, direcional ou posicional e
alterações da marcha com os olhos fechados, que, para alguns, tem grande valor diagnóstico
22. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
• Hipoacusia neurossensorial até anacusia - Discriminação normal
nos limiares audiômetros
• Surdez súbita – pior prognóstico em baixas freq
Imitanciometria
Provas Calóricas e Torção Pendular
Eletrococleografia
BERA/PEATE
TC
23. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
Imitanciometria
• Inespecífico e pode induzir Tontura
Provas Calóricas e Torção Pendular
Eletrococleografia
BERA/PEATE
TC
24. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
Imitanciometria
Provas Calóricas e Torção Pendular
• Assimetria com preponderância labiríntica contra-lateral
Eletrococleografia
BERA/PEATE
TC
25. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
Imitanciometria
Provas Calóricas e Torção Pendular
Eletrococleografia
• Semelhante a Meniere/Hidropsia Endolinfática
BERA/PEATE
TC
26. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
Imitanciometria
Provas Calóricas e Torção Pendular
Eletrococleografia
BERA/PEATE
• Diagnostico diferencial com lesões Retrococleares
TC
27. Diagnóstico Complementar
Audiometria Tonal e Vocal
Imitanciometria
Provas Calóricas e Torção Pendular
Eletrococleografia
BERA/PEATE
TC
• Salvo nos casos de fístulas causadas por colesteatomas, tumores
ou fraturas, o estudo radiológico pode não evidencia a fístula,
• Pode identificar malformações congênitas da orelha interna que a
predispõem.
28. Tratamento Conservador
Cicatrização Espontânea
• Repouso (5 dias)
Orientações e medicações de suporte
• Diminuir a PIC elevação da Cabeceira
• Emolientes intestinais
• Usar descongestionantes
Controle Audiométrico
• 72/72h
• Piora progressiva = Mau prognóstico
Terapia Adjunta
• Antimicrobianos
• Ansiolíticos
29. Tratamento Cirúrgico
Tímpanoexploradora ou “ Fechamento das Janelas
Labirinticas” !
• Objetivo principal o fechamento da suposta fístula que não
cicatrizou espontaneamente.
• Indicações: Correção Traumática, Re-OP Estapedectomia,
Labirintectomia Transmeatal nas Liquóricas
• A cirurgia com anestesia local sob sedação venosa. Cuidado
com excesso de anestésico e estruturas nobres da orelha média
• A anestesia Geral: Não permitir a comunicação transoperatória.
Timpano-endoscópica
• Restrição no reconhecimento de fístulas
32. Introdução
Charles Bell (1774-1842),
cirurgião e fisiologista
escocês foi o primeiro a
descrever a anatomia e
função motora do nervo
facial em 1829.
Denominava todas
paralisias idiopáticas.
Últimos 25-30anos – Relação
com HSV-I
As duas mais
frequentes causas de
paralisia facial são a
paralisia de Bell, 20
casos por 100.000
hab/ano e a Sd.de
Ramsay-Hunt, com a 5
casos por 100.000
hab/ano.
33. Fisiopatologia
A teoria de que a doença é uma infecção viral herpética
do gânglio geniculado.
• A lesão do nervo é secundária ao edema subsequente à infecção
viral.
3 Fatores determinantes:
• A dimensão do canal de Falópio,
• Anatomia do forame meatal, (porção mais estreita do canal
• de Falópio)
• Constrição do forame meatal, (tecido da aracnoide);
Edema do Nervo no Segmento Labiríntico e Forame
Meatal
35. Diagnóstico
Diagnóstico de Exclusão:
• Tumores do conduto auditivo interno e base do crânio, otite média ou
lesões da Parótida
História Natural:
• Uma paralisia parcial ou total, súbita
• Unilateral com início há 48h, sem perda auditiva, vertigem ou neuropatia.
• Associada a Otalgia, alteração no paladar, Parestesia facial e lingual
Aspectos constantes
• Disfunção do N. Facial Periférico com envolvimento difuso de todos os seus
ramos;
• É aguda, apresentando-se como paresia ou paralisia facial, que atinge grau
máximo em 3 semanas ou menos;
• Recuperação espontânea total ou com alguns graus de disfunção no período
de 6 meses
36. Diagnóstico Clínico-Topográfico
Os exames mais usados são:
• A pesquisa do lacrimejamento (teste de Schirmer)
• A pesquisa do Reflexo Estapediano,
• Avaliação da gustação
• O teste de Blatt (avaliação da salivação).
Desuso:
• Pouco utilizados após o surgimento da RNM, que possibilita
visualizar o local da lesão no trajeto do nervo facial,
A pesquisa do reflexo estapediano, pode seri
mportante quanto ao prognóstico.
38. Diagnóstico
Exame Clínico:
• 1. A paralisia é periférica ou central?
• 2. Todos os ramos do nervo facial estão envolvidos?
• 3. A otoscopia é normal?
• 4. Presença de massa tumoral na parótida ipsilateral?
• 5. Presença de vesículas ou crostas na orelha?
Audiometria: para todos
• Se Normal – Não necessita de outros exames otoneurologicos
• Perdas Neurossensoriais devem ser investigadas.
RNM c Gadolineo
• Afastar lesão tumoral
• Trajeto do N.Facial
Eletrofisiológicos
• Eletroneurografia – + importante para o prognóstico do Nervo no estágio inicial da
paralisia
• Eletromiografia - + importante para avaliar prognostico e sequelas residuais.
40. Diagnóstico Diferencial
Sd Ramsay-Hunt (Herpes Zóster Ótico):
• Varicela Zoster Vírus – Ganglionite Genicular
• Clínica: PFP, pródromos virais, dores retroauriculares, e vesículas;
• Maior incidencia de Hipoacusia e Zumbidos
• Recuperação total um pouco menos comum.
Síndrome de Melkersson-Rosenthal
• Rara, e de etiologia desconhecida, está associada classicamente a paralisia
facial periférica recidivante, edema unilateral da face ou lábios, e língua de
aspecto fissurado.
Mononucleose
• Associaçao com faringite
Doença de Lyme
• Associada a outras queixas neurologicas
• Epidemiologia de lesão por carrapato ou viagem a area endemica
41. Tratamento Clínico
O Corticoterapia:
• Prednisona: 60mg/dia por 5 dias com redução até o décimo dia.
Antivirais:
• Aciclovir é de 400mg, 5xdia, por 10 dias.
• Valaciclovir é de 1000mg/dia - 2x/dia – por 5-7 dias
Não há diferença na recuperação se o início da terapia medicamentosa
ocorre até 72h ou de 4 dias a uma semana do começo da paralisia.
Cuidados Oculares:
• Evitar ulcera de córnea : Lágrima artificial 2/2h e pomada oftálmica ou oclusão com gaze
úmida durante a noite.
Fisioterapia Facial
42. Descompressão Temporal do Nervo Facial
• Descompressão tem melhores resultados em House-
Brackmann I e II
• Indicada quando há bom prognóstico na
Eletroneurografia
• Somente até 21 dias do inicio.
• Todos paciente, cirúrgicos ou não terão algum grau de
recuperação funcional
As contraindicações:
• Condições clínicas do paciente
• Idade > 65 anos
Tratamento Cirúrgico
45. Introdução
Comum
• Populações Urbanas – Acidentes de Trânsito e Armas de Fogo
• Estruturas nobres Vasculo nervosas atravessam o temporal – Ex.
Carotida Interna – Porção Petrosa
• Isoladas ou Politrauma
2 Tipos Básicos:
• Fechadas – Longitudinais / Transversais / Mistas
• Penetrantes - (PAF) - Fragmentadas
Epidemiologia
• Acidentes de Moto, Atropelamentos e Acidente de Trabalho >50%
dos casos
• Armas de Fogo no crânio 20%-50% - Osso temporal menor
letalidade.
46. Anatomia do Osso Temporal - Porções
Características
• Osso Par
• Porções fundidas e com densidades heterogêneas
• Forma a Pirâmide de ápice medial e base lateral na base
do crânio.
Porções
• Escamosa: Superficial
• Timpanica: Relações CAE e ATM
• Mastoidea: Osso Esponjoso
• Petrosa – Fossa Média / CAI e Cápsula Ótica
• Processos Zigomático e Estilomastoideo
50. Tipos de Fraturas – Conforme Pirâmide
Temporal
Longitudinais: Impacto Lateral – 70 a 80% dos casos
•Tipo I: a linha de fratura acomete a escama vertical e segue para a porção escamosa do meato acústico externo (MAE) e
região posterior da cavidade timpânica. Pode acometer o gânglio geniculado do nervo facial e estender-se anteriormente à
ATM.
•Tipo II: a linha de fratura acomete a escama vertical e segue para a região suprameatal do MAE parede anterior da
cavidade timpãnica, podendo igualmente estender-se ao gânglio geniculado.
•Tipo III: a linha de fratura acomete a escama vertical e segue para a região superior e posterior do MAE, estendendo-se
para a mastoide, cruzando a parede posterior do meato e a sutura petroescamosa, até a região anterior da membrana
timpãnica. Essa fratura está relacionada a lesões do nervo facial em sua porção timpãnica ou mastóidea. Pode se
estender ao canal carotídeo, causando ruptura da artéria carótida interna e hemorragia severa.
Transversais
•10% dos casos
•Inicia-se no Occipital e atravessa a pirâmide
•Local mais comum: Ao nível do CSCS
•Mais graves
Cominutivas/Mistas
•Raras – sem padrão
•Necessita de estabilização neurológica para avaliação.
Fragmentadas
•Armas de Fogo
•Não apresenta linhas de fratura definidas
•Desvio do projetil para lateroinferior
•Sequelas graves
55. Quadro Clínico
Hipoacusias
• Todos os casos – Avaliar conforme Estabilização
• Condutiva – Luxação Tímpano-Ossicular - Reversível
• Neurossensorial – Secção do VIII / Coclear
Vertigens
• Menos frequentes
• Pela contusão ou ruptura de CSC
• Pneumolabirinto – F. Tranversais
Paralisia Facial Periférica
• Imediata ou tardia
• Total ou Parcial
57. Abordagem Diagnóstica
Propedêutica Armada
TC de Osso Temporal
• Cortes finos 1mm, Axial e Coronal
• Ênfase na Cap Ótica, Canal de Falópio, Ossículos(Sinal da
Casquinha de Sorvete)
• Define Conduta – Descompressão do N. Facial
Avaliação Auditiva
• Weber
• Audiometria Tonal
Eletrofisiológica
• Eletroneurografia (ENOG)
• Avaliação prognóstica e evolutiva do N. Facial
Fisch3
confirmou essa teoria em acha-
dos intraoperatórios: presença de edema no nervo
facial no segmento labiríntico e forame meatal.
orelha (mem-
brana timpãnica, conduto auditivo externo, concha
Vesículas no pavilhão e/ou de acordo com fibras
Idade > 65 anos, nestes casos, a dura mater da fossa média é muito fina e aderida ao tégmen.
Tipo III: a linha de fratura acomete a escama
vertical e segue para a região superior e posterior
do MAE, estendendo-se para a mastoide, cruzando
a parede posterior do meato e a sutura petroes-
camosa, até a região anterior da membrana tim-
pãnica. Essa fratura está relacionada a lesões do
nervo facial em sua porção timpãnica ou mas-
tóidea. Pode se estender ao canal carotídeo, cau-
sando ruptura da artéria carótida interna e he-
morragia severa.