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PUCRS Mestrado em Administração de Negócios análise da aula expositiva
1. PUCRS - Mestrado em Administração de Negócios - Pós-Graduação “Stricto Sensu”
Disciplina: Metodologia do Ensino Superior Profa.: Leda Lísia F. Portal
Aluno: Josué da Luz Dias
Análise 1 – Aula Expositiva
a. Resumo do procedimento
A aula expositiva é um modelo bastante antigo, consolidado e talvez ainda o mais utilizado para desenvolver
um conteúdo. Ao utilizá-lo, o professor praticamente torna-se um emissor de conhecimento, enquanto o
aluno, receptor do conhecimento.
A voz é o mecanismo central do método. Entretanto, o emprego das emoções, expressão corporal, contato
visual com os alunos, bem como o uso de exemplos, ilustrações e analogias são ferramentas poderosas que
podem ser adotadas em maior ou menor diversidade e intensidade de forma a enriquecer a experiência
professor-aluno-conhecimento.
Como o método é utilizado:
• Pode ser utilizado para introduzir praticamente qualquer tema.
• Permite desenvolver o assunto de forma lógica e organizada, partindo de conhecimentos mais
genéricos até atingir o específico.
• O professor tem um controle maior sobre a duração, seqüencia dos temas a abordar e também sobre
a interação dos alunos.
• Adequada para situações onde o professor tenha profundo conhecimento e é exigida pouca
participação dos alunos.
Limitações do método:
• Não favorece o feedback e correção do rumo ao longo de sua exposição, exigindo do professor
habilidade em ler rostos, expressões e o comportamento dos alunos.
• Não permite a construção de diferentes pontos de vista.
• Coloca os alunos em situação passiva, exigindo estratégias para estimular a atenção.
• Como o aluno não participa, a fixação do conteúdo geralmente é menor se comparado com outros
métodos.
A aula expositiva apresenta variações sutis, passando pela expositiva dialogada, recitação, demonstração,
entre outras. A organização lógica da aula-expositiva é nada mais do que fruto do planejamento prévio.
Todavia, não dispensa a habilidade de o professor gerenciar o tempo.
Recomenda-se sempre ao final promover uma revisão para sintetizar e fixar os temas abordados. Este é o
último momento em que o professor tem a oportunidade de pedir um feedback direto a alguns alunos.
b. Aplicabilidade do método
A utilização da aula expositiva continua sendo perfeitamente aplicável e, na minha concepção, mais
adequada a cursos técnicos ou de ciências exatas, pois são exemplos de situações onde é requerido um amplo
domínio de conhecimento do professor e atenção do aluno para absorver.
O que para mim é inadmissível, é utilizar-se do método como bengala para justificar a insensibilidade quanto
ao nível de interesse demonstrado pelos alunos em relação ao tema ou inabilidade em adequar a exposição ao
público, corrigindo o rumo e resgatando o interesse e atenção dos alunos.
Infelizmente, percebo que a maioria dos docentes no Brasil não é preparada para utilizar entonações de voz e
emoções em sala de aula, muito menos a expressão corporal e a analogia. O que vejo é um culto ao
conhecimento puro e frio, em demérito de habilidades essenciais que são requeridas para o exercício da
profissão de professor em sua plenitude.
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2. c. Atividade desenvolvida pelos colegas
Esta seção esta organizada em dois blocos:
(1) O que fazer, onde registro o que observei e repetiria na próxima vez que fosse realizar uma aula
expositiva dialogada.
(2) O que não fazer, onde registro o que observei e não repetiria na próxima vez que fosse realizar uma aula
expositiva dialogada.
O que fazer em uma aula expositiva dialogada:
Quando houver competências muito diferentes na equipe que vai apresentar, tentar dividir a
apresentação em blocos como fizeram as colegas deste grupo. Dessa forma, cada uma conseguiu
construir um tema com formatos totalmente distintos, mas dentro dos limites que cada uma
dominava, visto que essa é uma exigência da aula expositiva. Apenas acrescentaria uma breve
introdução explicando a abordagem, visto que no meu caso acabei me dando conta do objetivo do
grupo e porque estavam organizadas daquela forma próximo do final da segunda apresentação.
No quesito gestão do tempo, a somatória das três exposições mais os comentários fechou com o
tempo disponível o que é um mérito para o grupo.
O vídeo utilizado pela colega Luciana ao final do primeiro bloco ajudou a fixar vários conceitos, foi
uma excelente forma de finalizar, somada à técnica de solicitar o comentário final de dois colegas
para encerrar. Achei muito bom.
Sempre que abordar um bloco teórico como foi o terceiro, adotar uma postura clara, direta e sóbria,
sem pressa para chegar ao final. Foi dessa forma que percebi a apresentação da colega Renate.
Ter humildade para expressar que não domina um tema por completo e pedir ajuda dos alunos foi
algo que eu nunca havia pensado em fazer. Isso surgiu no bloco da Pamalomid.
O que não fazer:
Mesmo estando organizadas em blocos, faltou integração entre as colegas. Logo se percebeu que
uma sequer conhecia o conteúdo que a outra apresentaria. Em se tratando de um grupo, deveria ter
havido uma revisão em conjunto para que uma pudesse apoiar a outra durante as exposições.
Houve um pouco de inabilidade das colegas em conseguir ceder palavra de forma homogênea na
turma. A Luciana concentrou-se mais em um canto, quase que desenvolvendo a aula apenas para a
professora Leda e as alunas que estavam em sua volta.
A segunda colega, Pamalomid, demonstrava uma certa ansiedade para chegar logo ao final, não
conectou visualmente com a turma falando boa parte do tempo de frente para o quadro e perdeu
vários comentários e braços levantados para falar. Outro elemento que apareceu neste bloco foi a
dicção, onde a turma não compreendeu várias palavras que foram emitidas sem articulação e com
baixa entonação.
Sempre que houver uma apresentação em blocos, não utilizar a mesma técnica de abertura. No caso,
foi utilizada a técnica de “explosão de idéias” duas vezes, que pelo meu ponto de vista prejudicou
enormemente o interesse da turma pelo segundo bloco.
Ao final do terceiro bloco, quando as três colegas solicitaram feedback, na verdade não foi dado
espaço para a turma falar. Elas primeiro se auto-avaliaram, depois deixaram a professora Leda tomar
a palavra e encerrar os trabalhos sem que elas recebessem o feedback direto dos alunos.
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