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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE SO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
OFICINA PEDAGÓGICA – TV, VÍDEO E CINEMA EM SALA DE AULA.
Porto Alegre, 2009.
1 de 14
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau na
disciplina Metodologia do Ensino Superior, ministrado pela professora
Leda Lísia, pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade
de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul -
PUCRS.
Porto Alegre, 25 de novembro de 2009.
SUMÁRIO
2 de 14
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................4
1. O vídeo em sala de aula..........................................................................................................5
1.1 Arquétipos do uso inadequado do vídeo em sala de aula.........................................................5
1.2 Usando o vídeo de forma adequada em sala de aula................................................................6
1.3 Abordagens para a utilização de vídeo e TV em sala de
aula...................................................6
1.4 Antes, durante e depois da
exibição..........................................................................................7
1.5 Dinâmicas de análise do vídeo em sala de aula..................................................................7 e 8
1.6 Peculiaridades no uso de vídeos da internet em sala de aula....................................................8
2. A TV EM SALA DE AULA...................................................................................................8
2.1 Por que os docentes usam tão pouco a TV em sala de aula?....................................................9
2.2 A TV com finalidade de educar...........................................................................................9
2.3 A TV Digital interativa...........................................................................................................10
2.4 Vantagens do uso da TV em sala de aula...............................................................................10
2.5 Desvantagens do uso da TV em sala de aula..........................................................................10
3. O cinema em sala de aula.....................................................................................................11
CONCLUSÃO...................................................................................................................................13
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................14
3 de 14
INTRODUÇÃO
O conhecimento não pode ser condicionado ao reducionismo racional (MORAN, 1994),
outras formas de inteligência como a espacial, a musical, a sinestésica e a afetiva precisam ser
desenvolvidas no aluno. Os caminhos para o conhecimento são muitos e algumas pessoas possuem
maior facilidade de aprendizado pelo exercício de uma determinada inteligência. O aluno é
naturalmente mais sinestésico e afetivo do que o professor, o qual acaba desenvolvendo uma
inteligência muito mais racional por conta de sua trajetória e formação. Por essas razões justifica-se
a importância do uso da TV, do vídeo e do cinema em sala de aula.
Infelizmente, existe consenso de que ainda é bastante tímida a iniciativa de utilizar TV,
vídeo e cinema em sala de aula (CANAN, 2004). Apesar do advento da TV a cabo e da internet
com sua ampla oferta de material, o despreparo dos docentes para a utilização de recursos
audiovisuais e o investimento necessário em equipamentos, ou serviço de internet banda larga, são
fatores que contribuem negativamente para essa situação.
TV, vídeo e cinema são ferramentas que compartilharam diversas semelhanças e por vezes
até se confundem na aplicação. De forma a aclarar esse cenário, o primeiro bloco deste trabalho
aborda o vídeo e suas peculiaridades, no segundo bloco são apresentadas características
exclusivamente associadas ao uso da TV em sala de aula e por último adicionamos o emprego do
cinema em sala de aula.
4 de 14
1. O VÍDEO EM SALA DE AULA
Segundo Moran (1995), o vídeo trabalha várias linguagens e aspectos sensoriais de forma
integrada e simultânea, passando pelo visual, musical, falado e escrito. Em outras palavras, o vídeo
parte do concreto, do visível e do imediato, tocando todos os sentidos. É por essa razão que ele
seduz, informa, entretém e nos remete a outras realizadas, tempos e espaços.
A seguir, apresentamos um resumo das recomendações de Moran (1995) para evitar o uso
inadequado do vídeo em sala de aula, seguindo de recomendações de como utilizá-lo
adequadamente. Na seqüencia, são apresentadas duas abordagens distintas para o uso do vídeo.
1.1 Arquétipos do uso inadequado do vídeo em sala de aula.
• Vídeo tapa-buraco – Situação em que é decidido utilizar um vídeo de forma não planejada
para contornar um incidente, como ausência do professor. O problema neste caso é que o vídeo
geralmente está desassociado do objetivo da aula.
• Vídeo enrolação – Exibir um vídeo que não tenha ligação com o tema da aula. Geralmente
utilizado pelo professor para preencher o tempo.
• Vídeo deslumbramento – Quando o vídeo passa a ser utilizado em todas as aulas. Além de
desvalorizar a riqueza do recurso, na cabeça do aluno o vídeo fica associado a não ter aula.
• Vídeo perfeição – Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque
possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos
podem ser usados para descobri junto com os alunos, e questioná-los.
• Só vídeo – Exibir o vídeo sem fazer um encerramento para discutir as percepções e
aprendizados.
5 de 14
1.2 Usando o vídeo de forma adequada em sala de aula.
• Vídeo como sensibilização – Motivador e introdutório para novos temas, promovendo o
aprofundamento do assunto ou despertando para novos temas.
• Vídeo como ilustração – Leva para a sala de aula realidades distante dos alunos. É
adequado nas situações onde mostrar (arte barroca ou arquitetura gótica, por exemplo) seja mais
fácil que explicar.
• Vídeo como simulação – Forma sofisticada de ilustrar situações complexas ou perigosas
com baixo investimento e sem expor os alunos ao risco.
• Vídeo como conteúdo de ensino – Mostra determinado assunto, orientando sua
interpretação ou possibilitando outras abordagens.
• Vídeo como produção – Como documentação, registro de eventos, de aulas, de
experiências, entrevistas, etc.
• Vídeo espelho: Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para
acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para incentivar os mais
retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos colegas.
1.3 Abordagens para a utilização de vídeo e TV em sala de aula (MORAN, 1991).
(1) Espontânea: feita sem aviso-prévio. Depois que um grupo assiste normalmente a um
programa de televisão ou vídeo, sem preparar-se para responder. Essa técnica deve ser utilizada
quando se almeja coletar a opinião real ou a atitude normal do expectador diante do que foi
apresentado.
(2) Preparada: quando os alunos assistem a um programa de TV ou vídeo sabendo de antemão
que este será analisado posteriormente. Essa abordagem é importante porque estimula o senso
crítico do aluno, confrontando no passo seguinte a sua própria percepção com a do grupo, passando
argumentações e aceitação ou consenso de opiniões.
6 de 14
1.4 Antes, durante e depois da exibição.
Introduzir o tema, explicar o objetivo do vídeo e como ele se encaixa no objetivo da aula,
incentivar os alunos a tomar notas durante a exibição do vídeo.
Monitorar, durante a exibição, se os alunos estão fazendo anotações sobre quais cenas
chamaram mais a atenção, palavras-chave, aplicações à realidade, imagens significativas, etc.
Promover um círculo de conversas, após a exibição, onde os alunos possam debater “o que
ficou”: as cenas mais importantes, suas percepções e aprendizados.
1.5 Dinâmicas de análise do vídeo em sala de aula.
• Análise em conjunto: O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta junto com
os alunos a partir do que estes destacam ou perguntam. É uma conversa com o professor agindo
como moderador, sendo assim, não deve ser o primeiro a dar opinião, principalmente em matérias
controvertidas, nem tampouco monopolizar a discussão ou fica encima do muro se questionado.
Deve posicionar-se, depois dos alunos, trabalhando sempre dois planos: o ideal e o real; o que
deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo real).
• Análise globalizante: Depois da exibição, fazer estas quatro perguntas: Aspectos positivos
do vídeo? Aspectos negativos? Idéias principais que passa? O que mudariam no vídeo? Se houver
tempo, essas perguntas serão respondidas primeiro em grupos menores e depois no plenário. O
professor e os alunos destacam as coincidências e divergências. O professor faz a síntese final,
devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam valores, que mostram como o
grupo é).
• Análise Concentrada: Escolher, depois da exibição, uma ou duas cenas marcantes. Revê-
las uma ou mais vezes. Perguntar (oral ou escrito);:O que chama mais a atenção
(imagem/som/palavra)? O que dizem as cenas (significados)? Conseqüências, aplicações para a
nossa vida ou para o grupo?
• Análise "funcional": Antes da exibição, estabelecer alguns papéis e responsabilidades
entre os alunos; resumo das cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos); anotar as palavras-
7 de 14
chave; anotar as imagens mais significativas; caracterização dos personagens; música e efeitos;
mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final).
• Análise da linguagem: Que história é contada? Como é contada? O que chamou a atenção?
Que mensagem passa? Qual o modelo de sociedade apresentado? Qual a ideologia do programa?
Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos de antemão, sem discussão).
Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o trabalho, o amor, a
relação homem-mulher, o mundo)? Como cada participante julga esses valores (concordâncias e
discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a história.
1.6 Peculiaridades no uso de vídeos da internet em sala de aula.
Todas as afirmações feitas para vídeos de uma forma geral se aplicam para vídeos pela
internet. O único detalhe a considerar é na utilização de vídeos sob demanda (streaming) é o
desempenho do serviço de internet disponível, pois a execução do vídeo pode ficar prejudicada por
interrupções ou lentidão. Por essa razão é importante considerar a possibilidade de baixar os vídeos
antecipadamente para evitar qualquer incidente durante a aula.
2. A TV EM SALA DE AULA.
No Brasil, a TV tornou-se um instrumento privilegiado de disseminação cultural, de
socialização, de formação de consciência coletiva, de transmissão de ideologias e de valores, visto
que em 2004 já estava presente em mais de 88% dos lares (AMARAL et al., 2004). Ao mesmo em
tempo que ela constrói visões da realidade, transforma objetos culturais em símbolos (ícones,
referências) para toda a população que consome sua programação. Segundo Moran (1991), os meios
de comunicação apresentam características antagônicas: simples e fáceis de usar, mas não são
ingênuos; fascinantes e ao mesmo tempo preocupantes.
Não só a TV, mas o jornal, rádio e cinema também podem ser utilizados como ponto de
partida de um novo assunto ou estímulo imediato para debates e pesquisas em sala de aula. Neste
capítulo, partimos de Moran (1991) como fundamentação teórica de base para desenvolver o tema
“A TV em sala de aula”, enriquecendo-o com material de outras fontes.
É importante mencionar que praticamente todas as recomendações emitidas na seção “O
vídeo em sala de aula” se aplicam à TV em sala de aula. Entretanto, pelo fato de a programação de
TV ser exibida ao vivo, de forma rígida e seqüencial, existe uma série de peculiaridades que
exploramos nesta seção.
8 de 14
2.1 Por que os docentes usam tão pouco a TV em sala de aula?
• Não a consideram como recurso útil para a sala de aula.
• Acreditam que exige maior esforço de planejamento para aplicação em sala de aula.
• A política de ensino não apóia ou não permite o uso.
• Dificuldade em capacitar os docentes.
• Não existem recursos para equipamentos e instalação.
• Produções com objetivo didático ainda são escassas.
2.2 A TV com finalidade de educar
Ora, a escola nasceu e se desenvolveu sob o signo da linguagem verbal e da cultura letrada,
tendo ao centro o livro, e não ocorreu ainda nenhuma ruptura profunda e duradoura que
transformasse significativamente esse perfil. Estamos, pois, diante de um convívio (ou seria melhor
dizer confronto?) difícil e pouco produtivo, entre diferentes modos de compreender, entre visões de
mundo e culturas que não se articulam. (MAGALDI, 2009).
A verdade é que TV e escola devem ser consideradas instituições culturais com linguagens e
conteúdos próprios, ao mesmo tempo em que se sobrepõem na vida cotidiana dos escolares e dos
docentes. Ela ainda está longe de ser considerada uma alternativa de substituição de docentes, mas
certamente já pode servir de apoio para complementação e enriquecimento da aula. Apesar de a TV
não ter sido concebida com o objetivo de ensinar, já vemos situações onde ela é utilizada com
função pedagógica (FERREIRA & JÚNIOR, 1986).
• Programas Educativos: abordam assuntos gerais, normalmente abordados como parte de
uma campanha. Ex: campanha de educação no trânsito; campanha para amamentação,
campanha para uso de preservativo durante o carnaval, etc.
• Programas Instrutivos: visam o enriquecimento de conhecimentos, ou promovem uma
visão mais abrangente e aprofundada dos assuntos. Ex: especialista discorrendo sobre os
malefícios do fumo, matéria sobre os benefícios de se ingerir pimenta, etc.
• Programas de Ensino: programas sistemáticos, com conteúdos organizados em etapas ou
dentro de um processo pedagógico definido, podendo ser acompanhado de material escrito.
Essa modalidade é bastante utilizada em situações onde é necessário atingir alunos nas
regiões mais remotas do país. Ex: telecurso, canais culturais (TVS Educativas) e canais
universitários (TV didática) com propostas educativas televisivas.
9 de 14
2.3 A TV Digital interativa
Em um país de dimensões continentais como o Brasil a educação à distância pode ser uma
solução importante para diminuir o problema educacional (AMARAL et al., 2004). É ai que entra a
TV Digital como um importante recurso. Em 2004 já havia 8 mil turmas de telecurso funcionando
em todo o país.
Segundo Amaral et al. (2004), na TV convencional a programação é composta de um
conjunto seqüencial e ininterrupto de programas, incluindo intervalos comerciais. Na TV Digital a
programação não é linear, podendo ser quebrada através de menus e ícones, sendo possível
demandar por uma programação específica (pay-per-view), além de informação, jogos, etc. Ou seja,
a TV Digital combina recursos da TV convencional com recursos que são encontrados na internet.
2.4 Vantagens do uso da TV em sala de aula.
• Observar experiências científicas, lugares, situações ou documentos de difícil acesso;
• Complementar ou enriquecer conteúdos formais;
• Exercitar a crítica aos programas audiovisuais;
• Motivar os alunos empregando recursos audiovisuais;
• Estimular o aprendizado significativo;
• Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da
sociedade;
• Capacitar e atualizar o professor.
2.5 Desvantagens do uso da TV em sala de aula.
• Qualidade da programação dos canais abertos é questionável.
“Individualização” das transmissões (TV a cabo, TV digital).
• Dificuldade em combinar os horários de transmissão com as atividades em aula.
• A duração dos programas pode ser incompatível com a proposta de ensino.
• Falta de resposta às necessidades individuais dos alunos.
• Diferentemente do vídeo, não há possibilidade de adequação do ritmo de estudo ou
flexibilidade para utilização do conteúdo conforme demanda.
• De forma não planejada, podem surgir cenas de violência e erotização que exigem grande
habilidade do professor para manter o controle da turma e realizar um fechamento
(DUNKER, 2005).
10 de 14
3. O CINEMA EM SALA DE AULA.
O cinema completou 100 anos em 1995, até os dias de hoje a escola enfrenta barreiras para
incorporá-lo. A sua utilização na educação é importante porque trás para a escola aquilo que ela se
nega a ser: participante ativa da cultura e não simples repetidora de conhecimentos massificados,
muitas vezes já defasados. Trabalhar o cinema na sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a
cultura o cotidiano.
O uso do cinema em sala de aula é uma atividade que exige planejamento e reconhecimento
de seus limites e potenciais. Abaixo algumas questões que precisam estar claras ao empregá-lo:
• Qual o objetivo didático-pedagógico geral da atividade?
• Qual o objetivo didático-pedagógico específico do filme?
• O filme é adequado à faixa etária e escolar do público alvo?
• O filme pode/deve ser exibido na íntegra ou a atividade se dá em torno de algumas
cenas?
O uso do cinema como motivador de alunos desinteressados e preguiçosos com o mundo da
leitura é fortemente questionado pelo autor, o qual percebe o desinteresse escolar como um fator
complexo, envolvendo questões institucionais, culturais, sociais, muito amplos que não se reduz às
insuficiências da escola e do professor.
Assim como no caso da TV e do vídeo, o uso do cinema dentro da sala de aula não irá
resolver a crise do ensino escolar, nem tampouco substituir o desinteresse pela leitura e demais
atividades escolares. O autor acredita que quanto mais elementos da relação ensino-aprendizagem
estiverem presentes e quanto mais alfabetização houver, tanto mais proveitoso será o uso do cinema
em sala de aula.
Depois de o filme ter sido visto e assimilado pelos alunos é necessário que o professor
estimule uma análise aprofundada e crie desdobramentos para atividades. O filme pode ser um
elemento indireto dos objetivos das atividades ou não. Se for indireto, será apenas gerador das
discussões, pois a análise do filme em si não é fundamental; mas se direto, o professor deve levar
em conta os aspectos narrativos e formais, pois são neles que encontramos a mensagem e os valores
veiculados pelo filme.
O professor pode ainda optar pela assistência doméstica ou extra-classe do filme, pois
existem vários caminhos para articular com o exercício do cinema, entretanto, é necessário lembrar
11 de 14
que é importante formalizar em algum nível, seja escrito ou na forma de painéis ilustrados, a
primeira análise dos alunos.
Apesar de ser aplicado em sala de aula desde a década de 80, as propostas e recomendações
de como utilizá-lo corretamente em sala de aula são bem mais recentes. Ou seja, até bem pouco
tempo não havia garantia de que os professores estivessem habilitados a utilizá-lo.
Consulte a seguir algumas recomendações finais do autor no que tange à utilização do
cinema em sala de aula:
• A escolha do filme e sua duração devem estar adequadas ao objetivo de
aprendizagem.
• Organizar-se para que o filme esteja disponível, que os recursos técnicos necessários
para reproduzi-lo estejam operando adequadamente.
• Os professores devem estar preparados para ir além do conteúdo apresentado pelo
filme.
• É preciso estar atento aos elementos sutis e subliminares que transmitem valores. A
atividade deve respeitar os valores culturais, religiosos e morais dos alunos e de suas famílias,
mesmo o professor discordando deles.
• É preciso que o professor atue como mediador entre a obra e a realidade dos alunos.
12 de 14
CONCLUSÃO
A TV, o vídeo e o cinema ajudam o professor, enriquecem a aula e atraem a atenção dos
alunos, mas sozinhos não solucionam os problemas educacionais. Os docentes precisam ser
preparados para a correta utilização desses recursos e os alunos alfabetizados para a leitura crítica
das mensagens e estímulos sensoriais que esses recursos proporcionam.
A TV e o cinema mostraram para a educação escolarizada três problemas: (1) existem outras
formas de transmissão de conhecimento, com outros estilos cognitivos e outras formas de
tratamento dos conteúdos; (2) existem novos processos de socialização que acontecem fora da
escola; (3) por vezes, a TV e o cinema, assim como a internet, acabam concorrendo com a escola na
construção de conhecimentos. Cortez (1985) já afirmava que as qualidades indiscutíveis da TV
transformaram-na em concorrente poderosa da educação formal. Com isso a autora afirmava, há
vinte anos, que a educação formal necessitava repensar seu modelo. A resultante desse processo é
que a escola se transformou em espaço do aprender para saber, enquanto a TV e o cinema
conquistaram um espaço de prazer em aprender para a vida.
13 de 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, S.F. et al. Serviço de Apoio a Distância ao Professor em Sala de Aula pela TV
Digital Interativa. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, V.1,
N.2, ISSN 1678-765X, pp. 53-70, 2004.
CANAN, R. Um Ambiente para Transmissão de Vídeos Instrucionais sob Demanda. III Ciclo
de Palestras Novas Tecnologias na Educação. CINTED-UFRGS. Disponível em:
http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo3/af/22-umambiente_transmissao.pdf. Acessado em dezembro de
2004.
CÔRTES, Helena Sporleder. Rádio e televisão em sala de aula? In: Revista do Professor. Ano I,
nº3. Julho/Setembro, 1985, p. 35-39.
DUNKEY, A.C. Criança e TV, como agir? In: Revista Pais e Filhos. São Paulo, Mundo Jovem,
p.75-76, mai/2005.
FERREIRA, O., JÚNIOR, P. Recursos Audiovisuais no Processo Ensino-Aprendizagem. São
Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986.
MAGALDI, Silvia. É possível educar para e com a TV? Disponível em
<http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/dte/tetxt5.htm>. Acesso em 13 de SET de 2009.
MORAN, José Manuel. Como ver Televisão: leitura crítica dos meios de comunicação. São
Paulo: Ed. Paulinas 1991.
MORAN, José Manuel. Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento.
Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, v.XVII, n.2, jul/dez, 1994.
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-
Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995.
Napolitano, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2006.
PAREDES RIVERA, Márcio Alejandro. TV agente cultural. In: Estudo, pensamento e criação –
Livro 1. Campinas: Unicamp, 2004.
ROIG, Hebe. Uma análise comunicacional da televisão na escola. In: LITWIN, Edit (Org.).
Tecnologia educacional: Política, história e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
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Usando TV, vídeo e cinema em sala de aula

  • 1. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE SO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR OFICINA PEDAGÓGICA – TV, VÍDEO E CINEMA EM SALA DE AULA. Porto Alegre, 2009. 1 de 14
  • 2. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau na disciplina Metodologia do Ensino Superior, ministrado pela professora Leda Lísia, pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Porto Alegre, 25 de novembro de 2009. SUMÁRIO 2 de 14
  • 3. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................4 1. O vídeo em sala de aula..........................................................................................................5 1.1 Arquétipos do uso inadequado do vídeo em sala de aula.........................................................5 1.2 Usando o vídeo de forma adequada em sala de aula................................................................6 1.3 Abordagens para a utilização de vídeo e TV em sala de aula...................................................6 1.4 Antes, durante e depois da exibição..........................................................................................7 1.5 Dinâmicas de análise do vídeo em sala de aula..................................................................7 e 8 1.6 Peculiaridades no uso de vídeos da internet em sala de aula....................................................8 2. A TV EM SALA DE AULA...................................................................................................8 2.1 Por que os docentes usam tão pouco a TV em sala de aula?....................................................9 2.2 A TV com finalidade de educar...........................................................................................9 2.3 A TV Digital interativa...........................................................................................................10 2.4 Vantagens do uso da TV em sala de aula...............................................................................10 2.5 Desvantagens do uso da TV em sala de aula..........................................................................10 3. O cinema em sala de aula.....................................................................................................11 CONCLUSÃO...................................................................................................................................13 BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................14 3 de 14
  • 4. INTRODUÇÃO O conhecimento não pode ser condicionado ao reducionismo racional (MORAN, 1994), outras formas de inteligência como a espacial, a musical, a sinestésica e a afetiva precisam ser desenvolvidas no aluno. Os caminhos para o conhecimento são muitos e algumas pessoas possuem maior facilidade de aprendizado pelo exercício de uma determinada inteligência. O aluno é naturalmente mais sinestésico e afetivo do que o professor, o qual acaba desenvolvendo uma inteligência muito mais racional por conta de sua trajetória e formação. Por essas razões justifica-se a importância do uso da TV, do vídeo e do cinema em sala de aula. Infelizmente, existe consenso de que ainda é bastante tímida a iniciativa de utilizar TV, vídeo e cinema em sala de aula (CANAN, 2004). Apesar do advento da TV a cabo e da internet com sua ampla oferta de material, o despreparo dos docentes para a utilização de recursos audiovisuais e o investimento necessário em equipamentos, ou serviço de internet banda larga, são fatores que contribuem negativamente para essa situação. TV, vídeo e cinema são ferramentas que compartilharam diversas semelhanças e por vezes até se confundem na aplicação. De forma a aclarar esse cenário, o primeiro bloco deste trabalho aborda o vídeo e suas peculiaridades, no segundo bloco são apresentadas características exclusivamente associadas ao uso da TV em sala de aula e por último adicionamos o emprego do cinema em sala de aula. 4 de 14
  • 5. 1. O VÍDEO EM SALA DE AULA Segundo Moran (1995), o vídeo trabalha várias linguagens e aspectos sensoriais de forma integrada e simultânea, passando pelo visual, musical, falado e escrito. Em outras palavras, o vídeo parte do concreto, do visível e do imediato, tocando todos os sentidos. É por essa razão que ele seduz, informa, entretém e nos remete a outras realizadas, tempos e espaços. A seguir, apresentamos um resumo das recomendações de Moran (1995) para evitar o uso inadequado do vídeo em sala de aula, seguindo de recomendações de como utilizá-lo adequadamente. Na seqüencia, são apresentadas duas abordagens distintas para o uso do vídeo. 1.1 Arquétipos do uso inadequado do vídeo em sala de aula. • Vídeo tapa-buraco – Situação em que é decidido utilizar um vídeo de forma não planejada para contornar um incidente, como ausência do professor. O problema neste caso é que o vídeo geralmente está desassociado do objetivo da aula. • Vídeo enrolação – Exibir um vídeo que não tenha ligação com o tema da aula. Geralmente utilizado pelo professor para preencher o tempo. • Vídeo deslumbramento – Quando o vídeo passa a ser utilizado em todas as aulas. Além de desvalorizar a riqueza do recurso, na cabeça do aluno o vídeo fica associado a não ter aula. • Vídeo perfeição – Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri junto com os alunos, e questioná-los. • Só vídeo – Exibir o vídeo sem fazer um encerramento para discutir as percepções e aprendizados. 5 de 14
  • 6. 1.2 Usando o vídeo de forma adequada em sala de aula. • Vídeo como sensibilização – Motivador e introdutório para novos temas, promovendo o aprofundamento do assunto ou despertando para novos temas. • Vídeo como ilustração – Leva para a sala de aula realidades distante dos alunos. É adequado nas situações onde mostrar (arte barroca ou arquitetura gótica, por exemplo) seja mais fácil que explicar. • Vídeo como simulação – Forma sofisticada de ilustrar situações complexas ou perigosas com baixo investimento e sem expor os alunos ao risco. • Vídeo como conteúdo de ensino – Mostra determinado assunto, orientando sua interpretação ou possibilitando outras abordagens. • Vídeo como produção – Como documentação, registro de eventos, de aulas, de experiências, entrevistas, etc. • Vídeo espelho: Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos colegas. 1.3 Abordagens para a utilização de vídeo e TV em sala de aula (MORAN, 1991). (1) Espontânea: feita sem aviso-prévio. Depois que um grupo assiste normalmente a um programa de televisão ou vídeo, sem preparar-se para responder. Essa técnica deve ser utilizada quando se almeja coletar a opinião real ou a atitude normal do expectador diante do que foi apresentado. (2) Preparada: quando os alunos assistem a um programa de TV ou vídeo sabendo de antemão que este será analisado posteriormente. Essa abordagem é importante porque estimula o senso crítico do aluno, confrontando no passo seguinte a sua própria percepção com a do grupo, passando argumentações e aceitação ou consenso de opiniões. 6 de 14
  • 7. 1.4 Antes, durante e depois da exibição. Introduzir o tema, explicar o objetivo do vídeo e como ele se encaixa no objetivo da aula, incentivar os alunos a tomar notas durante a exibição do vídeo. Monitorar, durante a exibição, se os alunos estão fazendo anotações sobre quais cenas chamaram mais a atenção, palavras-chave, aplicações à realidade, imagens significativas, etc. Promover um círculo de conversas, após a exibição, onde os alunos possam debater “o que ficou”: as cenas mais importantes, suas percepções e aprendizados. 1.5 Dinâmicas de análise do vídeo em sala de aula. • Análise em conjunto: O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta junto com os alunos a partir do que estes destacam ou perguntam. É uma conversa com o professor agindo como moderador, sendo assim, não deve ser o primeiro a dar opinião, principalmente em matérias controvertidas, nem tampouco monopolizar a discussão ou fica encima do muro se questionado. Deve posicionar-se, depois dos alunos, trabalhando sempre dois planos: o ideal e o real; o que deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo real). • Análise globalizante: Depois da exibição, fazer estas quatro perguntas: Aspectos positivos do vídeo? Aspectos negativos? Idéias principais que passa? O que mudariam no vídeo? Se houver tempo, essas perguntas serão respondidas primeiro em grupos menores e depois no plenário. O professor e os alunos destacam as coincidências e divergências. O professor faz a síntese final, devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam valores, que mostram como o grupo é). • Análise Concentrada: Escolher, depois da exibição, uma ou duas cenas marcantes. Revê- las uma ou mais vezes. Perguntar (oral ou escrito);:O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra)? O que dizem as cenas (significados)? Conseqüências, aplicações para a nossa vida ou para o grupo? • Análise "funcional": Antes da exibição, estabelecer alguns papéis e responsabilidades entre os alunos; resumo das cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos); anotar as palavras- 7 de 14
  • 8. chave; anotar as imagens mais significativas; caracterização dos personagens; música e efeitos; mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final). • Análise da linguagem: Que história é contada? Como é contada? O que chamou a atenção? Que mensagem passa? Qual o modelo de sociedade apresentado? Qual a ideologia do programa? Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos de antemão, sem discussão). Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o trabalho, o amor, a relação homem-mulher, o mundo)? Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a história. 1.6 Peculiaridades no uso de vídeos da internet em sala de aula. Todas as afirmações feitas para vídeos de uma forma geral se aplicam para vídeos pela internet. O único detalhe a considerar é na utilização de vídeos sob demanda (streaming) é o desempenho do serviço de internet disponível, pois a execução do vídeo pode ficar prejudicada por interrupções ou lentidão. Por essa razão é importante considerar a possibilidade de baixar os vídeos antecipadamente para evitar qualquer incidente durante a aula. 2. A TV EM SALA DE AULA. No Brasil, a TV tornou-se um instrumento privilegiado de disseminação cultural, de socialização, de formação de consciência coletiva, de transmissão de ideologias e de valores, visto que em 2004 já estava presente em mais de 88% dos lares (AMARAL et al., 2004). Ao mesmo em tempo que ela constrói visões da realidade, transforma objetos culturais em símbolos (ícones, referências) para toda a população que consome sua programação. Segundo Moran (1991), os meios de comunicação apresentam características antagônicas: simples e fáceis de usar, mas não são ingênuos; fascinantes e ao mesmo tempo preocupantes. Não só a TV, mas o jornal, rádio e cinema também podem ser utilizados como ponto de partida de um novo assunto ou estímulo imediato para debates e pesquisas em sala de aula. Neste capítulo, partimos de Moran (1991) como fundamentação teórica de base para desenvolver o tema “A TV em sala de aula”, enriquecendo-o com material de outras fontes. É importante mencionar que praticamente todas as recomendações emitidas na seção “O vídeo em sala de aula” se aplicam à TV em sala de aula. Entretanto, pelo fato de a programação de TV ser exibida ao vivo, de forma rígida e seqüencial, existe uma série de peculiaridades que exploramos nesta seção. 8 de 14
  • 9. 2.1 Por que os docentes usam tão pouco a TV em sala de aula? • Não a consideram como recurso útil para a sala de aula. • Acreditam que exige maior esforço de planejamento para aplicação em sala de aula. • A política de ensino não apóia ou não permite o uso. • Dificuldade em capacitar os docentes. • Não existem recursos para equipamentos e instalação. • Produções com objetivo didático ainda são escassas. 2.2 A TV com finalidade de educar Ora, a escola nasceu e se desenvolveu sob o signo da linguagem verbal e da cultura letrada, tendo ao centro o livro, e não ocorreu ainda nenhuma ruptura profunda e duradoura que transformasse significativamente esse perfil. Estamos, pois, diante de um convívio (ou seria melhor dizer confronto?) difícil e pouco produtivo, entre diferentes modos de compreender, entre visões de mundo e culturas que não se articulam. (MAGALDI, 2009). A verdade é que TV e escola devem ser consideradas instituições culturais com linguagens e conteúdos próprios, ao mesmo tempo em que se sobrepõem na vida cotidiana dos escolares e dos docentes. Ela ainda está longe de ser considerada uma alternativa de substituição de docentes, mas certamente já pode servir de apoio para complementação e enriquecimento da aula. Apesar de a TV não ter sido concebida com o objetivo de ensinar, já vemos situações onde ela é utilizada com função pedagógica (FERREIRA & JÚNIOR, 1986). • Programas Educativos: abordam assuntos gerais, normalmente abordados como parte de uma campanha. Ex: campanha de educação no trânsito; campanha para amamentação, campanha para uso de preservativo durante o carnaval, etc. • Programas Instrutivos: visam o enriquecimento de conhecimentos, ou promovem uma visão mais abrangente e aprofundada dos assuntos. Ex: especialista discorrendo sobre os malefícios do fumo, matéria sobre os benefícios de se ingerir pimenta, etc. • Programas de Ensino: programas sistemáticos, com conteúdos organizados em etapas ou dentro de um processo pedagógico definido, podendo ser acompanhado de material escrito. Essa modalidade é bastante utilizada em situações onde é necessário atingir alunos nas regiões mais remotas do país. Ex: telecurso, canais culturais (TVS Educativas) e canais universitários (TV didática) com propostas educativas televisivas. 9 de 14
  • 10. 2.3 A TV Digital interativa Em um país de dimensões continentais como o Brasil a educação à distância pode ser uma solução importante para diminuir o problema educacional (AMARAL et al., 2004). É ai que entra a TV Digital como um importante recurso. Em 2004 já havia 8 mil turmas de telecurso funcionando em todo o país. Segundo Amaral et al. (2004), na TV convencional a programação é composta de um conjunto seqüencial e ininterrupto de programas, incluindo intervalos comerciais. Na TV Digital a programação não é linear, podendo ser quebrada através de menus e ícones, sendo possível demandar por uma programação específica (pay-per-view), além de informação, jogos, etc. Ou seja, a TV Digital combina recursos da TV convencional com recursos que são encontrados na internet. 2.4 Vantagens do uso da TV em sala de aula. • Observar experiências científicas, lugares, situações ou documentos de difícil acesso; • Complementar ou enriquecer conteúdos formais; • Exercitar a crítica aos programas audiovisuais; • Motivar os alunos empregando recursos audiovisuais; • Estimular o aprendizado significativo; • Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade; • Capacitar e atualizar o professor. 2.5 Desvantagens do uso da TV em sala de aula. • Qualidade da programação dos canais abertos é questionável. “Individualização” das transmissões (TV a cabo, TV digital). • Dificuldade em combinar os horários de transmissão com as atividades em aula. • A duração dos programas pode ser incompatível com a proposta de ensino. • Falta de resposta às necessidades individuais dos alunos. • Diferentemente do vídeo, não há possibilidade de adequação do ritmo de estudo ou flexibilidade para utilização do conteúdo conforme demanda. • De forma não planejada, podem surgir cenas de violência e erotização que exigem grande habilidade do professor para manter o controle da turma e realizar um fechamento (DUNKER, 2005). 10 de 14
  • 11. 3. O CINEMA EM SALA DE AULA. O cinema completou 100 anos em 1995, até os dias de hoje a escola enfrenta barreiras para incorporá-lo. A sua utilização na educação é importante porque trás para a escola aquilo que ela se nega a ser: participante ativa da cultura e não simples repetidora de conhecimentos massificados, muitas vezes já defasados. Trabalhar o cinema na sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a cultura o cotidiano. O uso do cinema em sala de aula é uma atividade que exige planejamento e reconhecimento de seus limites e potenciais. Abaixo algumas questões que precisam estar claras ao empregá-lo: • Qual o objetivo didático-pedagógico geral da atividade? • Qual o objetivo didático-pedagógico específico do filme? • O filme é adequado à faixa etária e escolar do público alvo? • O filme pode/deve ser exibido na íntegra ou a atividade se dá em torno de algumas cenas? O uso do cinema como motivador de alunos desinteressados e preguiçosos com o mundo da leitura é fortemente questionado pelo autor, o qual percebe o desinteresse escolar como um fator complexo, envolvendo questões institucionais, culturais, sociais, muito amplos que não se reduz às insuficiências da escola e do professor. Assim como no caso da TV e do vídeo, o uso do cinema dentro da sala de aula não irá resolver a crise do ensino escolar, nem tampouco substituir o desinteresse pela leitura e demais atividades escolares. O autor acredita que quanto mais elementos da relação ensino-aprendizagem estiverem presentes e quanto mais alfabetização houver, tanto mais proveitoso será o uso do cinema em sala de aula. Depois de o filme ter sido visto e assimilado pelos alunos é necessário que o professor estimule uma análise aprofundada e crie desdobramentos para atividades. O filme pode ser um elemento indireto dos objetivos das atividades ou não. Se for indireto, será apenas gerador das discussões, pois a análise do filme em si não é fundamental; mas se direto, o professor deve levar em conta os aspectos narrativos e formais, pois são neles que encontramos a mensagem e os valores veiculados pelo filme. O professor pode ainda optar pela assistência doméstica ou extra-classe do filme, pois existem vários caminhos para articular com o exercício do cinema, entretanto, é necessário lembrar 11 de 14
  • 12. que é importante formalizar em algum nível, seja escrito ou na forma de painéis ilustrados, a primeira análise dos alunos. Apesar de ser aplicado em sala de aula desde a década de 80, as propostas e recomendações de como utilizá-lo corretamente em sala de aula são bem mais recentes. Ou seja, até bem pouco tempo não havia garantia de que os professores estivessem habilitados a utilizá-lo. Consulte a seguir algumas recomendações finais do autor no que tange à utilização do cinema em sala de aula: • A escolha do filme e sua duração devem estar adequadas ao objetivo de aprendizagem. • Organizar-se para que o filme esteja disponível, que os recursos técnicos necessários para reproduzi-lo estejam operando adequadamente. • Os professores devem estar preparados para ir além do conteúdo apresentado pelo filme. • É preciso estar atento aos elementos sutis e subliminares que transmitem valores. A atividade deve respeitar os valores culturais, religiosos e morais dos alunos e de suas famílias, mesmo o professor discordando deles. • É preciso que o professor atue como mediador entre a obra e a realidade dos alunos. 12 de 14
  • 13. CONCLUSÃO A TV, o vídeo e o cinema ajudam o professor, enriquecem a aula e atraem a atenção dos alunos, mas sozinhos não solucionam os problemas educacionais. Os docentes precisam ser preparados para a correta utilização desses recursos e os alunos alfabetizados para a leitura crítica das mensagens e estímulos sensoriais que esses recursos proporcionam. A TV e o cinema mostraram para a educação escolarizada três problemas: (1) existem outras formas de transmissão de conhecimento, com outros estilos cognitivos e outras formas de tratamento dos conteúdos; (2) existem novos processos de socialização que acontecem fora da escola; (3) por vezes, a TV e o cinema, assim como a internet, acabam concorrendo com a escola na construção de conhecimentos. Cortez (1985) já afirmava que as qualidades indiscutíveis da TV transformaram-na em concorrente poderosa da educação formal. Com isso a autora afirmava, há vinte anos, que a educação formal necessitava repensar seu modelo. A resultante desse processo é que a escola se transformou em espaço do aprender para saber, enquanto a TV e o cinema conquistaram um espaço de prazer em aprender para a vida. 13 de 14
  • 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, S.F. et al. Serviço de Apoio a Distância ao Professor em Sala de Aula pela TV Digital Interativa. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, V.1, N.2, ISSN 1678-765X, pp. 53-70, 2004. CANAN, R. Um Ambiente para Transmissão de Vídeos Instrucionais sob Demanda. III Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação. CINTED-UFRGS. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo3/af/22-umambiente_transmissao.pdf. Acessado em dezembro de 2004. CÔRTES, Helena Sporleder. Rádio e televisão em sala de aula? In: Revista do Professor. Ano I, nº3. Julho/Setembro, 1985, p. 35-39. DUNKEY, A.C. Criança e TV, como agir? In: Revista Pais e Filhos. São Paulo, Mundo Jovem, p.75-76, mai/2005. FERREIRA, O., JÚNIOR, P. Recursos Audiovisuais no Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986. MAGALDI, Silvia. É possível educar para e com a TV? Disponível em <http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/dte/tetxt5.htm>. Acesso em 13 de SET de 2009. MORAN, José Manuel. Como ver Televisão: leitura crítica dos meios de comunicação. São Paulo: Ed. Paulinas 1991. MORAN, José Manuel. Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, v.XVII, n.2, jul/dez, 1994. MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. In: Comunicação & Educação. São Paulo, ECA- Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Napolitano, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2006. PAREDES RIVERA, Márcio Alejandro. TV agente cultural. In: Estudo, pensamento e criação – Livro 1. Campinas: Unicamp, 2004. ROIG, Hebe. Uma análise comunicacional da televisão na escola. In: LITWIN, Edit (Org.). Tecnologia educacional: Política, história e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 14 de 14