O documento discute a eletroterapia, especificamente estimulação elétrica neuromuscular. Ele explica que a estimulação elétrica é usada para reeducação muscular, redução de espasmos e fortalecimento do músculo. Também descreve como diferentes parâmetros elétricos como amperagem, duração do pulso e frequência afetam a contração muscular. Finalmente, lista indicações e contraindicações para a estimulação elétrica neuromuscular.
2. ELETROTERAPIA
• A estimulação elétrica neuromuscular
(EENM/FEZ) é utilizada na reeducação
muscular, redução de espasmos,
retardo da atrofia e fortalecimento do
músculo.
• Durante contrações voluntárias, os
nervos de pequeno diâmetro Tipo I
são os primeiros a se contraírem.
• As fibras do Tipo I não geram muita
força, mas mantêm a contração por
período prolongado.
• A estimulação elétrica recruta os
nervos motores de grande diâmetro
do Tipo II para se contraírem antes das
fibras do Tipo I.
• Como as fibras do Tipo II produzem
mais força, o vigor da contração
aumenta.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
3. ELETROTERAPIA
• O torque produzido está diretamente
relacionado com a quantidade de
corrente induzida no músculo.
• A força de contração pode ser ainda mais
alterada com a mudança da colocação do
eletrodo.
• Os geradores de E.E.N.M. utilizam uma
ampla variedade de formas de onda, mas
a maioria das unidades comercializadas
emprega onda bifásica.
• Os pulsos simétricos tendem a ser menos
dolorosos quando aplicados a uma
grande massa muscular.
• A corrente tem que ser forte o suficiente
para passar a barreira capacitiva do
tecido antes de estimular os nervos
motores.
• As frequências baixas devem produzir
uma corrente maior para vencer a
resistência.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
Parâmetros Elétricos Empregados na
Estimulação Elétrica Neuromuscular
Amperagem máxima Até a tolerância
Duração do pulso 50-300 µs
Frequência de pulso 1-200 pps
Carga do pulso ≥ 10 Mq (microcoulombs)
4. ELETROTERAPIA
• Efeitos Biofísicos.
• Quando o objetivo da sessão de TTO for
elevar a força muscular, a saída deve ser tão
grande quanto o paciente suportar.
• Se o objetivo for a reeducação muscular,
apenas uma suave contração tônica é
necessária para “dar o início”.
• A E.E.N.M. também estimula uma contração
que produz torque igual a 90% da contração
voluntária máxima.
• Já foi demonstrado na literatura que
pacientes que utilizaram E.E.N.M, exibem
um aumento significativo da força, em
comparação com o treinamento isométrico.
• As contrações com E.E.N.M., elevam o fluxo
sanguíneo periférico para a extremidade que
está sendo estimulada (↑ da taxa
metabólica associado as contrações).
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
Efeitos Associados com a Estimulação Elétrica Neuromuscular
Contrações isométricas do quadríceps, eletricamente induzidas, podem elevar, de forma
significativa, a força em certas posições articulares.
- Posições da articulação do joelho variando de 30°- 90° de flexão.
- O grau de flexão do quadril pode influenciar a força das contrações, possivelmente depois de conferir
vantagem mecânica ao grupo muscular.
- Ganhos de força resumidos variando de 7% - 48%.
A estimulação elétrica pode aumentar a força isométrica, sob certas velocidades.
- Não foi registrado aumento de força significativo em velocidades maiores que 120° de ADM por
segundo.
- Velocidades de 65° de ADM por segundo foram as que produziram aumentos mais substanciais.
Não foi demonstrado aumento de força estatisticamente significativo nos ganhos de força obtidos
com E.E., contrações voluntárias ou uma combinação de E.E. e contrações voluntárias.
- A maioria das revisões literárias indicou ganhos maiores em contrações voluntárias do que em
contrações eletricamente induzidas.
- Embora as diferenças nos ganhos obtidos com contrações voluntárias comparados com os obtidos
em E.E. não tivessem sido estatisticamente significativas, os resultados podem ser clinicamente
significativos. Os aumentos de força com E.E. foram em média, 10% maiores que os obtidos com
contrações voluntárias.
5. ELETROTERAPIA
• Redução do edema.
• É semelhante a outras formas de
eletroterapia.
• O retorno venoso e linfático são
intensificados por meio da
“ordenha” dos vasos pelas
contrações musculares.
• Utiliza-se uma frequência de pulso
reduzida (1 a 10 pps) ou um ciclo
de funcionamento de 50%.
• A intensidade da corrente pode
originar uma uma contração
visível, mas não deve provocar
movimentação articular
indesejável.
• Postura de drenagem associada.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
6. ELETROTERAPIA
• Colocação do eletrodo.
• É comum a colocação de eletrodo bipolar em
TTOs.
• Os eletrodos são colocados sobre as
terminações proximal de distal do músculo
ou grupo muscular.
• Como eletrodos grandes assentam-se sobre
vários músculos e/ou pontos motores,
obtém-se uma contração mais generalizada.
• Eletrodos pequenos para uma contração mais
específica.
• Conforme os eletrodos são colocados mais
próximos, o efeito da estimulação se torna
mais superficial e a intensidade relativa da
contração diminui.
• A aplicação quadripolar (2 canais) é mais
empregada para estimulação de angonista e
antagonista.
• Técnica monopolar (1 eletrodo grande e
outro pequeno), depende do alvo do TTO.
Cap 5: Agentes Eléticos
EENM/FEZ
7. ELETROTERAPIA
• Duração e frequência do TTO.
• Podem ser administrados diariamente,
mas o paciente deve ser monitorado para
evitar dor desnecessária.
• Os TTOs, para casos de retardamento da
atrofia são aplicados durante o dia, com o
uso de estimulador portátil.
• Precauções.
• O uso impróprio pode queimar o
eletrodo ou provocar irritação da pele.
• A estimulação prolongada ou intensa
pode causar espasmo muscular e/ou dor
muscular.
• Lembrar que contrações intensas anulam
a ação dos órgãos tendinosos de Golgi, o
que pode ocasionar lesões.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
8. ELETROTERAPIA
• Indicações.
• Manutenção da A.D.M.
• Reeducação muscular.
• Prevenção de contraturas articulares.
• Prevenção da atrofia por desuso.
• Aumento da irrigação sanguínea local.
• Redução do espasmo muscular.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
9. ELETROTERAPIA
• Contra-indicações.
• Lesões
músculotendinosas, nas
quais a tensão produzida
pela contração danificará
ainda mais as fibras
musculares ou tendinosas.
• Casos em que não há
inserção segura do
músculo no osso.
Cap 5: Agentes Elétricos
EENM/FEZ
10. Referência Bibliográficas
• MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e Eletroacupuntura. O
Fisioterapeuta [site]. Disponível em: http://ofisioterapeuta.blogspot.com/
• Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em
fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001.
• Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In:
Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford:
Butterworth-Heinemann; 2000.
• Orbach, I: Dissociação da dor física e suicídio: Hipótese “o comportamento
suicida e a ameça a vida” 24:68, 1994.
• Roeser, WM, et all: O uso da neuroestimulação transcutânea para o
controle da dor em medicina esportiva. Am J Sports Med 4:210, 1976.