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ELETROTERAPIA
Prof: Cleanto Santos Vieira
Cap 5: Agentes Elétricos
AGENTES ELÉTRICOS
ELETROTERAPIA
• Os efeitos da eletricidade podem ser
de difícil compreensão e os novos
estudantes podem ficar intimidados
com a idéia real de fazer passar 500v
pelo corpo de uma pessoa.
• Você provavelmente já ouviu falar que
“eletricidade e água não se misturam”.
• As principais precauções e contra-para
o uso da estimulação elétrica
encontram-se na colocação dos
eletrôdos.
• O fluxo de corrente elétrica pelo
coração, pelo seio carotídeo e pela
faringe deve ser evitado, pois pode
interferir na função cardiovascular.
• A eletricidade normalmente não é
aplicada sobre locais com infecção ou
câncer, a menos que sob prescrição
médica.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos
Contra-indicações Gerais `a Eletroterapia
Incapacidade cardíaca A estimulação do tórax ou no pescoço pode alterar as funções respiratória ou cardíaca normais.
Marcapasso de demanda O fluxo de corrente elétrica pode intervir na função do marcapasso.
Gravidez A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode causar efeitos adversos no desenvolvimento do
feto. Entretanto, foram desenvolvidas diretrizes específicas para reduzir a dor em mulheres grávidas, mas
esses protocolos devem ser rigorosamente monitorados por um clínico. A estimulação elétrica também é
utilizada durante o parto, embora a corrente possa interferir nos aparelhos de monitoração fetal.
Menstruação A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode aumentar a hemorragia.
Lesões cancerígenas A corrente elétrica possivelmente pode provocar o crescimento ou a disseminação do tumor.
Áreas infectadas A não ser que o protocolo de tratamento seja especificamente planejado para reduzir a infecção.
Implantes metálicos
expostos
Ex: Haste de metal empregada para fixação externa de fraturas. O contato da haste de metal para fixação com
um objeto aterrado pode provocar um choque elétrico grave.
Áreas de particular
sensibilidade nervosa
O seio carotídeo, esôfago, laringe, faringe, sobre ou ao redor dos olhos, parte superior do tórax e região
temporal.
Obesidade severa O tecido adiposo pode oferecer isolamento contra a estimulação eficaz.
Irritação da pele Geralmente em razão do gel, do adesivo ou do fluxo de corrente, em indivíduos que usam eletrôdos por
longos períodos (alterando-se a posição dos eletrôdos, diminui-se a irritação).
ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos
Usos terapêuticos das correntes
Controle de dor aguda e crônica
Redução de edema
Redução de espasmo muscular
Redução de contraturas articulares
Inibição de espasmo muscular
Minimização de atrofia por desuso
Facilitação da cicatrização dos tecidos
Facilitação da reeducação muscular
Facilitação da consolidação de fraturas
Fortalecimento muscular
Realização de substituição ortótica (a estimulação elétrica pode ser usada para forçar contrações de músculos específicos
durante a marcha).
ELETROTERAPIA
• Fundamentos da eletricidade
• A eletricidade é uma força criada por
um desequilíbrio no número de
elétrons entre dois pontos.
• A força eletromagnética ou diferença
de potencial ou voltagem, cria uma
situação onde os elétrons se
movimentam na tentativa de
reequilibrar as cargas, criando uma
“corrente elétrica”.
• Na forma mais simples essa
“corrente” flui do pólo negativo
(cátodo), área de elevada
concentração de elétrons, para um
pólo positivo (ânodo), área de baixa
concentração de elétrons, por um
caminho de menor resistência.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Além da presença da voltagem, é preciso
estabelecer um circuito completo para que ocorra
o fluxo.
• Um circuito sem interrupção é um circuito
fechado (2) quando uma volta completa é
formada, permitindo que a corrente se aproxime
ou se afaste de sua fonte de origem.
• A interrupção ou a não completação da via é
chamado de circuito aberto (1).
• Quando você aperta um interruptor para acender
a luz, você está fechando o circuito e permitindo
que a eletricidade flua de sua fonte, por meio da
luz e retorne para sua fonte.
• Um circuito fechado é criado entre seu paciente e
um aparelho de estimulação elétrica, aplicando no
corpo, derivações de polaridade oposta.
• Os elétrons fluem do gerador, pelo corpo do
paciente e retornam para o gerador.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Correntes de estimulação elétrica
• São classificadas em correntes diretas
(CD) ou correntes alternadas (CA),
dependendo do percurso do fluxo.
• Uma terceira classificação, chamada
correntes em pulso, seria uma
modificação de uma corrente afim de
produzir efeitos biofísicos específicos.
• Os atermos alternada e direta
descrevem o fluxo ininterrupto de
elétrons, ao passo que “corrente
pulsada” indica que o fluxo de elétrons é
periódicamente interrompido.
• As correntes pulsadas podem fluir em
uma única direção, de forma
semelhante à CD, ou podem ter
movimento bidirecional, como numa CA.
• Entretanto, as correntes em pulso são
caracterizadas por períodos sem fluxo
de corrente.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• As principais propriedade do fluxo
elétrico são:
- Amplitude(intensidade)
- Duração
A distância máxima que o impulso atinge
acima ou abaixo do valor de referência
representa a amplitude da onda.
O valor de referência, será onde o potencial
elétrico entre os dois pólos é igual e não
ocorre fluxo de corrente, é estabelecido pelo
ponto isoelétrico.
A distância horizontal necessária para
completar a forma representa a duração do
pulso.
O termo “comprimento do pulso” é em geral
substituído de forma incorreta por “duração
do pulso”.
A área total dentro dessa forma de onda
representa a magnitude de corrente que o
pulso contém.
Cap 5: Agentes térmicos
ELETROTERAPIA
• Correntes diretas:
• São caracterizadas por um fluxo contínuo de
elétrons em uma direção.
• O padrão básico do fluxo da CD é o quadrado
da onda, reconhecido pelo fluxo contínuo em
apenas um lado do valor de referência, à
medida que os elétrons caminham do cátodo
para o ânodo.
• Ex: Numa lanterna, a bateria possui um pólo
+, sem elétrons, e um pólo – que, em
consequência de reações químicas, tem um
excesso de elétrons. Os elétrons saem do
pólo negativo da bateria e vão para a
lâmpada, através de um arame. Depois de
deixarem a lâmpada, os elétrons voltam para
o pólo positivo da bateria. Quando o número
de elétrons no pólo negativo fica igual ao
número de elétrons do pólo positivo, acaba o
potencial para o fluxo da corrente (fim da
bateira).
• Nas aplicações da medicina o termo
“galvânico” é utilizado para descrever a
corrente direta ininterrupta.
Cap 5: Agentes elétricos
Ionização
ELETROTERAPIA
• Correntes Alternadas:
• Na CA a direção e a amplitude do
fluxo se invertem, embora a
amplitude possa não ser a
mesma nas duas direções.
• Ao contrário da CD, um circuito
de CA, não possui pólo positivo
ou negativo verdadeiro.
• Os elétrons se movem para
frente e para trás, entre dois
eletrodos, conforme os eletrodos
se tornam pólos “positivo” e
“negativo”, em vez de
caminharem constantemente em
uma só direção.
• Ex: Corrente elétrica em nossas
casas.
Cap 5: Agentes Elétricos
CA senoidal Simétrica
CA Assimétrica
ELETROTERAPIA
• A amplitude, ou valor de pico, de uma
onda de CA é determinada calculando-se a
distância máxima que a onda atinge acima
ou abaixo do valor de referência.
• O valor pico a pico é medido a partir da
soma do pico do lado positivo do valor de
referência até o pico do lado negativo.
• A duração do ciclo de uma CA é calculada a
partir do ponto de origem no valor de
referência até o ponto onde ela acaba,
representando a quantia de tempo
necessária para completar um ciclo
completo.
• O número de vezes que uma corrente
reverte sua direção em 1 segundo é o
número de ciclos por segundo da corrente
e é representado em hertz (Hz)
• Uma CA de 100hz muda sua direção de
fluxo 100 vezes durante 1segundo.
• Uma CA de 1 mega-hertz (mhz) altera sua
direção 1 milhão de vezes por segundo.
• Quanto maior for a duração do ciclo, menor
é a quantidade de ciclos que podem
ocorrer em 1 segundo.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Correntes em pulso.
• As correntes em pulso são fluxos
unidirecionais (monofásicas) ou
bidirecionais (bifásicas) de elétrons
que são interrompidos por períodos
discretos de fluxo sem corrente.
• A unidade fundamental das
correntes em pulso é a fase.
• A fase é um corte individual de um
pulso que se origina acima ou
abaixo do valor de referência, por
um período de tempo mensurável.
• O número e o tipo de fases
classifica o tipo de pulso.
• Em última análise, a carga liberada
por cada fase é a que afeta os
tecidos do corpo.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Medidas de Potência Elétrica de uma Corrente.
• A corrente média de uma onda é considerada metade de seu ciclo completo,
levando em consideração a quantidade de tempo que a corrente está fluindo.
• Para calcular o valor médio de uma onda, os valores senoidais de todos os
ângulos até 180° são somados e o resultado é dividido pelo número de
medidas.
• No caso de uma onda senoidal perfeita, esse valor é 0,637. Esse valor é,
depois multiplicado pelo valor de pico para obter o valor médio:
• Valor médio = média dos senos x valor de pico
• Valor médio = 0,637 x 100v
• Valor médio = 63,7v
• O valor da raiz quadrada média (valor eficaz) leva em conta a amplitude e a
duração do pulso. Ele descreve a quantidade total de carga liberada por um
único ciclo, sendo útil quando se utilizam correntes bifásicas assimétricas.
Este valor é importante pois traduz a potência liberada por uma corrente
bifásica na quantidade equivalente de potência que seria necessária para
uma corrente direta produzir a mesma quantidade de calor. No caso de uma
onda senoidal pura, o valor eficaz é calculado multiplicando-se o valor de pico
por 0,707.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Correntes Monofásicas.
• A presentam apenas uma fase
para um único pulso e o fluxo de
corrente é unidirecional.
• Cada pulso apresenta apenas
uma parte componente, a fase.
• Há apenas uma fase e ela
permanece em um lado do valor
de referência.
• A amplitude é a distância
máxima até onde a onda se
eleva acima do valor de
referência e a duração é a
medida de distância necessária
para completar uma forma de
onda completa.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
•Correntes Bifásicas.
• As correntes bifásicas consistem de duas fases, cada uma
delas ocorrendo nos lados opostos do valor de referência.
• A fase de início do pulso é a primeira área que aparece
acima ou abaixo do valor de referência e a fase de término
ocorre na direção oposta.
• Os pulsos podem ser simétricos ou assimétricos.
• Quando utilizam-se pulsos assimétricos as características de
cada fase devem ser consideradas separadamente.
• Se as cargas (área) de ambas as fases forem iguais, o pulso
está equilibrado; caso contrário, ele estará desequilibrado.
• Considerando que as fases no pulso simétrico ou
assimétrico equilibrado fazem os efeitos fisiológicos de
fluxos positivos ou negativos se anularem, os pulsos
assimétricos desequilibrados podem provocar alterações
fisiológicas residuais, dependendo da polaridade livre
remanescente.
• As formas de onda bifásicas assimétricas tendem a ser mais
confortáveis, pois liberam cargas relativamente mais baixas
por fase.
Cap 5: Agentes Elétricos
Tens
Farádica
ELETROTERAPIA
• Atributos do pulso.
• A carga produzida por um
gerador elétrico depende da
duração e amplitude do pulso.
• A relação entre a intensidade
e a duração de um único pulso
determina a carga total
descarregada no corpo.
• Quando se aumenta a
amplitude e/ou a duração
aumenta-se a carga total do
pulso.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Duração do Pulso e da Fase.
• O eixo horizontal (valor de
referência) representa o tempo.
• A distância que um pulso
percorre no eixo horizontal
representa a duração do pulso,
que será o tempo decorrido do
começo da fase até a conclusão
da fase final, incluindo o
intervalo intrapulso.
• A duração de um único pulso
pode ser reduzida ao tempo
necessário para que cada
componente da fase complete
sua forma.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Em uma corrente monofásica, a duração
do pulso e a duração da fase são termos
equivalentes.
• Em correntes bifásicas, a duração do
pulso é a soma das duas durações de
fase.
• As durações de pulso não podem ser
medidas no caso de correntes diretas ou
correntes alternadas ininterruptas.
• A duração da fase é o fator mais
importante na determinação do tipo de
tecido que será estimulado:
- Se for muito curta, a corrente não será
capaz de superar a resistência capacitiva
da membrana do nervo e não conseguirá
produzir nenhum potencial de ação.
- Se aumentar-mos a duração da fase,
diferentes tecidos serão despolarizados
pela corrente elétrica.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Intervalo Interpulso, Intervalo Intrapulso e
Período do Pulso.
• Ao contrário da corrente contínua, a corrente
pulsada possui períodos em que a corrente não
flui.
• A duração do tempo entre a conclusão de um
pulso e o início do próximo é o intervalo
interpulso.
• Um só pulso, ou fase, pode ser interrompido por
um intervalo intrapulso.
• A duração do intervalo intrapulso não pode ser
maior que a do intervalo interpulso.
• O intervalo intrapulso dá tempo para que
aconteçam determinados eventos metabólicos,
como a repolarização da membrana celular,
enquanto o intervalo interpulso dá tempo para
que ocorra a recarga mecânica e química.
• A duração do pulso e o intervalo formam o
período do pulso (tempo entre o início de um
pulso e o começo do pulso subsequente.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Correntes ininterruptas (alternadas e diretas) não possuem
pulsos.
• Nesses tipos de correntes não existem duração de pulso e
períodos de pulso.
• Carga do pulso:
• É a medida do número de elétrons contidos dentro de um
pulso, sendo expressa em microcoulombs.
• O coulomb é uma unidade muito usada quando se descreve a
carga produzida por unidades de estimulação elétrica.
• Muitas modalidades terapêuticas utilizam cargas medidas em
microcoulombs (a carga produzida 10 elevado a -6 elétrons).
• A carga do pulso é uma função do total da área contida na
forma de onda.
• Quando se aumenta ou diminui a amplitude ou duração,
altera-se a carga do pulso.
• A forma da onda também pode ser alterada, a fim de ser
liberada nos tecidos, para mais ou para menos carga por pulso.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Frequência do Pulso.
• É a forma de onda repetida em intervalos
regulares ou o número de eventos por
segundo.
• Geralmente é medida em pulsos por
segundo (pps).
• A frequência do ciclo de uma CA é o número
de ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz).
• Há certa confusão quando o termo
“frequência” é usado para descrever tanto a
frequência de base de um estimulador
elétrico como também o número de pulsos
elétricos (ou ciclos) liberados nos tecidos.
• Correntes de baixa frequência (< que
1.000cps), -> efeitos biológicos.
• Correntes de média frequência (de 1.000 a
100.000cps) e correntes de alta frequência (>
que 100.000cps), -> efeitos de aquecimento,
conforme observados na Diatermia.
Cap 5: Agentes Elétricos
Variações de Frequências de Pulso Comumente Utilizadas na
Eletroterapia
Descrição PPS Efeitos neuromusculares
Baixa <10 Contrações musculares individuais
(abalo)
Média 10 a 50 Adição das contrações individuais
resultando no aumento do tônus
muscular
Alta > 50 Contração tônica
ELETROTERAPIA
• O termo “frequência do pulso” é empregado
para descrever um parâmetro de saída
ajustável.
• O termo “frequência de estimulação” é
usado para as frequências de corrente
específicas do aparelho.
• Existe uma relação inversa entre a
frequência de uma corrente e a resistência
capacitiva oferecida pelo tecido.
• Uma corrente que tenha 10pps encontrará
maior resistência do que uma corrente que
flua a 1.000pps, sendo assim ela necessitará
de um aumento da intensidade para vencer
a resistência.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Tempo para elevação e queda do
pulso.
• A elevação do pulso é o tempo
necessário para que este atinja seu
valor de pico (geralmente medido em
nanosegundos por ser completa
imediata).
• Os pulsos se elevam rapidamente
causando a despolarização do nervo.
• Se a elevação for lenta, o nervo se
acomoda ao estímulo e nenhum
potencial de ação é originado.
• Já a queda é o tempo necessário para
que o pulso vá de seu pico até zero
(valor de referência).
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Sequências de Pulso.
• Podem ser consideradas padrões individuais de formas, durações e/ou frequências de onda que estão ligados entre si. Esses
padrões repetem-se em intervalos regulares.
• A elevação e/ou queda gradual da amplitude de uma sequência de pulso corresponde à rampa de amplitude, que provoca um
aumento gradual na força das contrações musculares, por meio do recrutamento progressivo das unidades motoras.
• À medida que a intensidade da inclinação continua a subir, mais unidades motoras são recrutadas na contração.
• O paciente prefere uma elevação lenta, porque a estimulação é aumentada aos poucos e o “choque” da corrente é reduzido.
• A contração gradual produzida por elevação lenta na rampa de amplitude se parece mais com uma contração voluntária.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Medidas do Fluxo da
Corrente Elétrica.
• A força de uma corrente é
expressa em ampéres e está
relacionada com a voltagem
da corrente e com a
resistência que ela encontra.
• Essa relação, conhecida como
Lei de Ohm é o principio
fundamental que governa o
fluxo de corrente elétrica.
Cap 5: Agentes Elétricos
Lei de Ohm: Relação entre amperagem, voltagem e resistência.
A corrente (I) é diretamente proporcional à voltagem (V) e inversamente
proporcional à resistência (R); Isto é:
Pode-se calcular a amperagem, voltagem ou resistência de um circuito, conhecendo-de duas das três
variáveis.
Em um circuito que o potencial é de 120v com 10ohms de resistência, a amperagem é calculada como
120v/10 ohms, ou seja 12 ampéres.
Os circuitos com voltagem elevada, podem apresentar um fluxo de corrente pequeno, se a resistência
for elevada.
Ex: Aplicando-se 1.000v em um circuito com resistência de 1.000.000 ohms, haveria a produção de
apenas 0,001 ampére.
Os circuitos com voltagem reduzida podem originar fluxo de corrente elevado.
Ex: Num circuito de 10v, com 0,1 ohm de resistência, a corrente resultante seria de 1.000 ampéres.
ELETROTERAPIA
• Para determinar o efeito que a corrente (I) e a resistência (R)
exerceriam sobre a voltagem, aplica-se a Lei de Ohm para
calcular:
• V = IR (onde, V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão)
medida em volt, I é a intensidade da corrente elétrica medida
em ampéres e R é a resistência elétrica medida em Ohms).
• Para que a corrente flua através da resistência, a voltagem
deve ser igual ou maior que o produto da amperagem vezes a
resistência.
• Ex: Numa corrente de 12 A que passe por um circuito de 10
Ohms, seriam necessários 120v (12 A X 10 Ohms).
• A resistência (R) de um circuito pode ser calculada aplicando-
se a fórmula, dividindo a voltagem (V) pela corrente (I):
• R = V/I
• Quando utilizamos um aparelho que necessite 120v e 12 A,
podemos calcular a resistência, dividindo 120v por 12 A, que
será 10 Ohms.
Cap 5: Agentes Elétricos
Georg Simon Ohm (16 de março
de 1789 – 6 de Julho de 1854)
Erlangem - Alemanha
ELETROTERAPIA
• Carga Elétrica.
• É o movimento de elétrons, o número de elétrons
necessário para a geração de um fluxo de corrente é
tão grande que não se pode conta-los.
• O coulomb é empregado para descrever a carga
produzida por 6,25 x 1018 elétrons (carga negativa) ou
prótons (carga positiva), sendo representado pelo
símbolo “Q”.
• A Lei de coulomb é a relação entre cargas elétricas
parecidas e diferentes: cargas iguais se repelem e
cargas opostas se atraem.
• A intensidade das forças de atração pode ser
amplificada, aumentando a magnitude das cargas ou
diminuindo a distância entre os dois objetos.
Cap 5: Agentes Elétricos
Charles Augustin de Coulomb –
14 de Junho de 1736 – 23 de
Agosto de 1806
ELETROTERAPIA
• Voltagem.
• Também conhecida como força eletromotiva ou
diferença de potencial entre dois pólos, mede a
tendência de ocorrer fluxo de corrente.
• Os elétrons contidos em um campo espremem-se
tentando se dirigir para o pólo oposto, criando o
potencial para que ocorra o Trabalho (Trabalho =
Força X Resistência).
• O volt é a unidade da diferença de potencial e
representa o total de trabalho necessário para
mover 1 coulomb de carga. (homenagem póstuma
a AlessandroVolta)
• A energia exigida para mover este coulomb é o
Joule.
Cap 5: Agentes Elétricos
Alessandro Giuseppe Antonio
Anastasio Volta – 18 de Fevereiro
de 1745 – 5 de Março de 1827
ELETROTERAPIA
• Corrente.
• A amperagem descreve a velocidade com que a carga
elétrica (descrita em coulombs) flui.
• 1 ampére (A) corresponde à corrente quando 1
coulomb percorre um único ponto em 1 segundo.
• Ex: Um número de pessoas que passam por uma
catraca, em um dado período de tempo.
• Se 1 coulomb passa por um ponto em 1 segundo, a
taxa de fluxo é 1 A, se 2 coulombs passam em um
ponto em 1 segundo a taxa é 2 A.
• Na maioria das modalidades elétricas, o fluxo de
corrente é medido em miliampéres (mA), 1/1.000 de
um ampére, ou em microampères (µA), 1/1.000.000
de ampére.
Cap 5: Agentes Elétricos
André-Marie Ampère – 20 de Janeiro
de 1775 – 10 de Junho de 1836
ELETROTERAPIA
• Resistência.
• Todos os materiais apresentam certo grau de oposição ao fluxo de corrente
elétrica.
• Os materiais que permitem que a corrente passe com relativa facilidade
são chamados condutores.
• Os materiais que oferecem maior oposição ao fluxo de conrrentes são
chamados resistores.
• É expressa em Ohms
• Um Ohm é a quantia necessária para desenvolver 0,24 calorias de calor
quando 1 A de corrente é aplicado durante 1 segundo.
• A simbologia para resistência é “R”, e para Ohms é “Ω” (ômega).
• Condutância.
• É a medida da facilidade com que a corrente flui.
• É expressa pela unidade mho – “ohm” de trás para frente.
• 1 mho = 1/1 ohm
• O tipo, comprimento e área de secção transversal do material e a
temperatura do circuito determinam a resistência oferecida ao fluxo de
elétrons. Esses quatro elementos juntos determinam o total de resistência
ao fluxo de corrente
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
Fatores Determinantes da Resistência de um Circuito Elétrico
Material do circuito Comprimento do circuito Diâmetro do circuito Temperatura do circuito
Conceito Materiais classificados como resistores ou
condutores (número de elétrons livres em
sua camada de valência
Relação de proporcionalidade entre o
comprimento de um circuito e a
resistência ao fluxo de elétrons
A resistência de um circuito é inversamente proporcional ao
diâmetro de seu corte transversal
O aumento da temperatura eleva o
movimento aleatório de elétrons livres
Relação Quanto mais elétrons livres um material
apresentar melhor condutor de corrente
ele será
Quanto menor a distância que um
elétron deve percorrer, menor será a
resistência ao fluxo de corrente elétrica
Quanto maior a área de secção transversal de uma via, menor será
a resistência ao fluxo de corrente.
O aumento da temperatura de um
circuito reduz a resistência ao fluxo de
corrente. (depende do material) em
condutores ocorre o contrário.
Aplicabilidade Nem todos os tecidos do corpo são bons
condutores de corrente elétrica
A distância entre os dois eletrodos de
um estimulador afeta a intensidade de
saída necessária para produzir a
resposta desejada
Os nervos com diâmetros maiores são despolarizados antes dos
nervos com diâmetros menores.
O pré-aquecimento da área de
tratamento pode aumentar o conforto,
pois reduz a resistência e a necessidade
de intensidades de saída maiores.
Exemplo O sangue e nervos possuem mais elétrons
livres do que a pele ou ossos, de forma
que a corrente prefere percorrer essa via
São observados efeitos com intensidade
de saída menor se o eletrodos forem
colocados perto uns dos outros, ao invés
de distantes. Os tecidos superficiais são
estimulados antes dos mais profundos.
Isto explica parcialmente como uma corrente elétrica estimula
seletivamente os nervos. Os nervos sensoriais tendem a ser
estimulados antes dos nervos motores, porque apresentam.
Quanto maior o diâmetro, menor é o limiar para a excitação.
Fibras sensoriais (Aβ) e motoras (Aα) são similares: elas são fibras
de grande diâmetro, mielinizadas, de condução rápida e são mais
prontamente estimuladas do que as fibras de dor, que são de
menor diâmetro (Aδ e C). Alguns nervos motores (Aα) têm
diâmetros maiores do que as fibras sensoriais mais largas (Aβ), e
com base neste fato, deveriam ser estimuladas a um limiar mais
baixo do que as fibras sensoriais, porém, na prática, o limiar
sensorial é, de modo mais freqüente, alcançado primeiro, por
conta da maior proximidade das fibras sensoriais ao eletrodo.
ROBERTSON, V.; WARD, A., LOW, J. e REED, A. Eletroterapia
explicada: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
A eficácia clínica da tempetratura do
corpo e da redução do fluxo elétrico
ainda não foram confirmadas.
Cap 5: Agentes Elétricos
ELETROTERAPIA
• Impedância.
• Em uma CA, duas propriedades adicionais, indutância e
capacitância, agem para resistir ao fluxo elétrico.
• Essas duas formas de resistência são coletivamente
conhecidas como impedância.
• São também medidas em ohms, mas com o símbolo “Z”.
• A indutância é a capacidade do material armazenar
energia elétrica por meio de um campo eletromagnético,
sendo medida em Henry.
• A variação da magnitude e direção de uma corrente
elétrica cria um fluxo que induz a voltagem.
• Os indutores tendem a se opor ao fluxo da corrente
elétrica.
• Ex: Transformador para converter corrente CA em CD de
voltagem menor é um exemplo de indutor.
• A indutância é desprezível em sistemas biológicos.
Cap 5: Agentes Eletricos
Fórmula:
Z= V/I
Joseph Henry – 17 de Dezembro
de 1797 – 13 de Maio de 1878
ELETROTERAPIA
• Capacitância.
• É a capacidade de um material armazenar energia por meio de um campo
eletromagnético e fornecer oposição dependente da frequência ao fluxo
elétrico.
• As cargas, criadas por um isolante que separa dois condutores, podem
armazenar energia mesmo depois que a voltagem aplicada tenha sido
interrompida.
• A saída dos capacitores é medida em Farads (F), microfarads (µf, 10-6) ou
picofarads (Pf, 10-10 F).
• Um farad armazena uma carga de 1 coulomb quando é aplicado 1 V.
• Quanto menor a capacitância de um circuito, maior será a frequência de
uma CA que ela permite passar.
• Muitas membranas celulares funcionam como capacitores, separando
cargas positivas e negativas entre o interior e o exterior da célula.
• A capacitância é determinante nos efeitos do fluxo de corrente sobre o
corpo.
• Correntes de maior frequência encontram menos resistência capacitiva da
pele do que correntes de frequência menor.
Cap 5: Agentes Elétricos
Michael Faraday – 22 de
Setembro de 1791 – 25 de
Agosto de 1867
ELETROTERAPIA
• Wattagem.
• A relação entre voltagem e amperagem é expressa em unidade de Wattagem
(P) e é empregada para designar a potência de uma corrente.
• A potência é a quantidade e trabalho realizado em uma unidade de tempo.
• A voltagem é a quantia de trabalho que está sendo desenvolvido
• A amperagem define a unidade de tempo.
• Um Watt é a potência produzida por 1 A de corrente que flui com a força de 1
volt.
• Podemos descrever a wattagem como:
• P = VI
• Ex: Podemos calcular que a potência empregada por um aparelho que
necessite de 12 A, com uma fonte de 120v, é 1.440w.
• Se a amperagem e a voltagem aumentarem ou diminuírem, a wattagem será
alterada.
• Se uma variável aumentar ou diminuir, a wattagem aumenta ou diminui,
dependendo da magnitude relativa das alterações da voltagem e da
amperagem.
Cap 5: Agentes Elétricos
James Watt – 1736 - 1819
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e
Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em:
http://ofisioterapeuta.blogspot.com/
• Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em
fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001.
• Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In:
Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford:
Butterworth-Heinemann; 2000.

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Eletroterapia - circuitos - agentes elétricos - capítulo 5 Aula 8

  • 1. ELETROTERAPIA Prof: Cleanto Santos Vieira Cap 5: Agentes Elétricos AGENTES ELÉTRICOS
  • 2. ELETROTERAPIA • Os efeitos da eletricidade podem ser de difícil compreensão e os novos estudantes podem ficar intimidados com a idéia real de fazer passar 500v pelo corpo de uma pessoa. • Você provavelmente já ouviu falar que “eletricidade e água não se misturam”. • As principais precauções e contra-para o uso da estimulação elétrica encontram-se na colocação dos eletrôdos. • O fluxo de corrente elétrica pelo coração, pelo seio carotídeo e pela faringe deve ser evitado, pois pode interferir na função cardiovascular. • A eletricidade normalmente não é aplicada sobre locais com infecção ou câncer, a menos que sob prescrição médica. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 3. ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos Contra-indicações Gerais `a Eletroterapia Incapacidade cardíaca A estimulação do tórax ou no pescoço pode alterar as funções respiratória ou cardíaca normais. Marcapasso de demanda O fluxo de corrente elétrica pode intervir na função do marcapasso. Gravidez A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode causar efeitos adversos no desenvolvimento do feto. Entretanto, foram desenvolvidas diretrizes específicas para reduzir a dor em mulheres grávidas, mas esses protocolos devem ser rigorosamente monitorados por um clínico. A estimulação elétrica também é utilizada durante o parto, embora a corrente possa interferir nos aparelhos de monitoração fetal. Menstruação A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode aumentar a hemorragia. Lesões cancerígenas A corrente elétrica possivelmente pode provocar o crescimento ou a disseminação do tumor. Áreas infectadas A não ser que o protocolo de tratamento seja especificamente planejado para reduzir a infecção. Implantes metálicos expostos Ex: Haste de metal empregada para fixação externa de fraturas. O contato da haste de metal para fixação com um objeto aterrado pode provocar um choque elétrico grave. Áreas de particular sensibilidade nervosa O seio carotídeo, esôfago, laringe, faringe, sobre ou ao redor dos olhos, parte superior do tórax e região temporal. Obesidade severa O tecido adiposo pode oferecer isolamento contra a estimulação eficaz. Irritação da pele Geralmente em razão do gel, do adesivo ou do fluxo de corrente, em indivíduos que usam eletrôdos por longos períodos (alterando-se a posição dos eletrôdos, diminui-se a irritação).
  • 4. ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos Usos terapêuticos das correntes Controle de dor aguda e crônica Redução de edema Redução de espasmo muscular Redução de contraturas articulares Inibição de espasmo muscular Minimização de atrofia por desuso Facilitação da cicatrização dos tecidos Facilitação da reeducação muscular Facilitação da consolidação de fraturas Fortalecimento muscular Realização de substituição ortótica (a estimulação elétrica pode ser usada para forçar contrações de músculos específicos durante a marcha).
  • 5. ELETROTERAPIA • Fundamentos da eletricidade • A eletricidade é uma força criada por um desequilíbrio no número de elétrons entre dois pontos. • A força eletromagnética ou diferença de potencial ou voltagem, cria uma situação onde os elétrons se movimentam na tentativa de reequilibrar as cargas, criando uma “corrente elétrica”. • Na forma mais simples essa “corrente” flui do pólo negativo (cátodo), área de elevada concentração de elétrons, para um pólo positivo (ânodo), área de baixa concentração de elétrons, por um caminho de menor resistência. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 6. ELETROTERAPIA • Além da presença da voltagem, é preciso estabelecer um circuito completo para que ocorra o fluxo. • Um circuito sem interrupção é um circuito fechado (2) quando uma volta completa é formada, permitindo que a corrente se aproxime ou se afaste de sua fonte de origem. • A interrupção ou a não completação da via é chamado de circuito aberto (1). • Quando você aperta um interruptor para acender a luz, você está fechando o circuito e permitindo que a eletricidade flua de sua fonte, por meio da luz e retorne para sua fonte. • Um circuito fechado é criado entre seu paciente e um aparelho de estimulação elétrica, aplicando no corpo, derivações de polaridade oposta. • Os elétrons fluem do gerador, pelo corpo do paciente e retornam para o gerador. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 7. ELETROTERAPIA • Correntes de estimulação elétrica • São classificadas em correntes diretas (CD) ou correntes alternadas (CA), dependendo do percurso do fluxo. • Uma terceira classificação, chamada correntes em pulso, seria uma modificação de uma corrente afim de produzir efeitos biofísicos específicos. • Os atermos alternada e direta descrevem o fluxo ininterrupto de elétrons, ao passo que “corrente pulsada” indica que o fluxo de elétrons é periódicamente interrompido. • As correntes pulsadas podem fluir em uma única direção, de forma semelhante à CD, ou podem ter movimento bidirecional, como numa CA. • Entretanto, as correntes em pulso são caracterizadas por períodos sem fluxo de corrente. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 8. ELETROTERAPIA • As principais propriedade do fluxo elétrico são: - Amplitude(intensidade) - Duração A distância máxima que o impulso atinge acima ou abaixo do valor de referência representa a amplitude da onda. O valor de referência, será onde o potencial elétrico entre os dois pólos é igual e não ocorre fluxo de corrente, é estabelecido pelo ponto isoelétrico. A distância horizontal necessária para completar a forma representa a duração do pulso. O termo “comprimento do pulso” é em geral substituído de forma incorreta por “duração do pulso”. A área total dentro dessa forma de onda representa a magnitude de corrente que o pulso contém. Cap 5: Agentes térmicos
  • 9. ELETROTERAPIA • Correntes diretas: • São caracterizadas por um fluxo contínuo de elétrons em uma direção. • O padrão básico do fluxo da CD é o quadrado da onda, reconhecido pelo fluxo contínuo em apenas um lado do valor de referência, à medida que os elétrons caminham do cátodo para o ânodo. • Ex: Numa lanterna, a bateria possui um pólo +, sem elétrons, e um pólo – que, em consequência de reações químicas, tem um excesso de elétrons. Os elétrons saem do pólo negativo da bateria e vão para a lâmpada, através de um arame. Depois de deixarem a lâmpada, os elétrons voltam para o pólo positivo da bateria. Quando o número de elétrons no pólo negativo fica igual ao número de elétrons do pólo positivo, acaba o potencial para o fluxo da corrente (fim da bateira). • Nas aplicações da medicina o termo “galvânico” é utilizado para descrever a corrente direta ininterrupta. Cap 5: Agentes elétricos Ionização
  • 10. ELETROTERAPIA • Correntes Alternadas: • Na CA a direção e a amplitude do fluxo se invertem, embora a amplitude possa não ser a mesma nas duas direções. • Ao contrário da CD, um circuito de CA, não possui pólo positivo ou negativo verdadeiro. • Os elétrons se movem para frente e para trás, entre dois eletrodos, conforme os eletrodos se tornam pólos “positivo” e “negativo”, em vez de caminharem constantemente em uma só direção. • Ex: Corrente elétrica em nossas casas. Cap 5: Agentes Elétricos CA senoidal Simétrica CA Assimétrica
  • 11. ELETROTERAPIA • A amplitude, ou valor de pico, de uma onda de CA é determinada calculando-se a distância máxima que a onda atinge acima ou abaixo do valor de referência. • O valor pico a pico é medido a partir da soma do pico do lado positivo do valor de referência até o pico do lado negativo. • A duração do ciclo de uma CA é calculada a partir do ponto de origem no valor de referência até o ponto onde ela acaba, representando a quantia de tempo necessária para completar um ciclo completo. • O número de vezes que uma corrente reverte sua direção em 1 segundo é o número de ciclos por segundo da corrente e é representado em hertz (Hz) • Uma CA de 100hz muda sua direção de fluxo 100 vezes durante 1segundo. • Uma CA de 1 mega-hertz (mhz) altera sua direção 1 milhão de vezes por segundo. • Quanto maior for a duração do ciclo, menor é a quantidade de ciclos que podem ocorrer em 1 segundo. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 12. ELETROTERAPIA • Correntes em pulso. • As correntes em pulso são fluxos unidirecionais (monofásicas) ou bidirecionais (bifásicas) de elétrons que são interrompidos por períodos discretos de fluxo sem corrente. • A unidade fundamental das correntes em pulso é a fase. • A fase é um corte individual de um pulso que se origina acima ou abaixo do valor de referência, por um período de tempo mensurável. • O número e o tipo de fases classifica o tipo de pulso. • Em última análise, a carga liberada por cada fase é a que afeta os tecidos do corpo. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 13. ELETROTERAPIA • Medidas de Potência Elétrica de uma Corrente. • A corrente média de uma onda é considerada metade de seu ciclo completo, levando em consideração a quantidade de tempo que a corrente está fluindo. • Para calcular o valor médio de uma onda, os valores senoidais de todos os ângulos até 180° são somados e o resultado é dividido pelo número de medidas. • No caso de uma onda senoidal perfeita, esse valor é 0,637. Esse valor é, depois multiplicado pelo valor de pico para obter o valor médio: • Valor médio = média dos senos x valor de pico • Valor médio = 0,637 x 100v • Valor médio = 63,7v • O valor da raiz quadrada média (valor eficaz) leva em conta a amplitude e a duração do pulso. Ele descreve a quantidade total de carga liberada por um único ciclo, sendo útil quando se utilizam correntes bifásicas assimétricas. Este valor é importante pois traduz a potência liberada por uma corrente bifásica na quantidade equivalente de potência que seria necessária para uma corrente direta produzir a mesma quantidade de calor. No caso de uma onda senoidal pura, o valor eficaz é calculado multiplicando-se o valor de pico por 0,707. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 14. ELETROTERAPIA • Correntes Monofásicas. • A presentam apenas uma fase para um único pulso e o fluxo de corrente é unidirecional. • Cada pulso apresenta apenas uma parte componente, a fase. • Há apenas uma fase e ela permanece em um lado do valor de referência. • A amplitude é a distância máxima até onde a onda se eleva acima do valor de referência e a duração é a medida de distância necessária para completar uma forma de onda completa. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 15. ELETROTERAPIA •Correntes Bifásicas. • As correntes bifásicas consistem de duas fases, cada uma delas ocorrendo nos lados opostos do valor de referência. • A fase de início do pulso é a primeira área que aparece acima ou abaixo do valor de referência e a fase de término ocorre na direção oposta. • Os pulsos podem ser simétricos ou assimétricos. • Quando utilizam-se pulsos assimétricos as características de cada fase devem ser consideradas separadamente. • Se as cargas (área) de ambas as fases forem iguais, o pulso está equilibrado; caso contrário, ele estará desequilibrado. • Considerando que as fases no pulso simétrico ou assimétrico equilibrado fazem os efeitos fisiológicos de fluxos positivos ou negativos se anularem, os pulsos assimétricos desequilibrados podem provocar alterações fisiológicas residuais, dependendo da polaridade livre remanescente. • As formas de onda bifásicas assimétricas tendem a ser mais confortáveis, pois liberam cargas relativamente mais baixas por fase. Cap 5: Agentes Elétricos Tens Farádica
  • 16. ELETROTERAPIA • Atributos do pulso. • A carga produzida por um gerador elétrico depende da duração e amplitude do pulso. • A relação entre a intensidade e a duração de um único pulso determina a carga total descarregada no corpo. • Quando se aumenta a amplitude e/ou a duração aumenta-se a carga total do pulso. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 17. ELETROTERAPIA • Duração do Pulso e da Fase. • O eixo horizontal (valor de referência) representa o tempo. • A distância que um pulso percorre no eixo horizontal representa a duração do pulso, que será o tempo decorrido do começo da fase até a conclusão da fase final, incluindo o intervalo intrapulso. • A duração de um único pulso pode ser reduzida ao tempo necessário para que cada componente da fase complete sua forma. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 18. ELETROTERAPIA • Em uma corrente monofásica, a duração do pulso e a duração da fase são termos equivalentes. • Em correntes bifásicas, a duração do pulso é a soma das duas durações de fase. • As durações de pulso não podem ser medidas no caso de correntes diretas ou correntes alternadas ininterruptas. • A duração da fase é o fator mais importante na determinação do tipo de tecido que será estimulado: - Se for muito curta, a corrente não será capaz de superar a resistência capacitiva da membrana do nervo e não conseguirá produzir nenhum potencial de ação. - Se aumentar-mos a duração da fase, diferentes tecidos serão despolarizados pela corrente elétrica. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 19. ELETROTERAPIA • Intervalo Interpulso, Intervalo Intrapulso e Período do Pulso. • Ao contrário da corrente contínua, a corrente pulsada possui períodos em que a corrente não flui. • A duração do tempo entre a conclusão de um pulso e o início do próximo é o intervalo interpulso. • Um só pulso, ou fase, pode ser interrompido por um intervalo intrapulso. • A duração do intervalo intrapulso não pode ser maior que a do intervalo interpulso. • O intervalo intrapulso dá tempo para que aconteçam determinados eventos metabólicos, como a repolarização da membrana celular, enquanto o intervalo interpulso dá tempo para que ocorra a recarga mecânica e química. • A duração do pulso e o intervalo formam o período do pulso (tempo entre o início de um pulso e o começo do pulso subsequente. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 20. ELETROTERAPIA • Correntes ininterruptas (alternadas e diretas) não possuem pulsos. • Nesses tipos de correntes não existem duração de pulso e períodos de pulso. • Carga do pulso: • É a medida do número de elétrons contidos dentro de um pulso, sendo expressa em microcoulombs. • O coulomb é uma unidade muito usada quando se descreve a carga produzida por unidades de estimulação elétrica. • Muitas modalidades terapêuticas utilizam cargas medidas em microcoulombs (a carga produzida 10 elevado a -6 elétrons). • A carga do pulso é uma função do total da área contida na forma de onda. • Quando se aumenta ou diminui a amplitude ou duração, altera-se a carga do pulso. • A forma da onda também pode ser alterada, a fim de ser liberada nos tecidos, para mais ou para menos carga por pulso. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 21. ELETROTERAPIA • Frequência do Pulso. • É a forma de onda repetida em intervalos regulares ou o número de eventos por segundo. • Geralmente é medida em pulsos por segundo (pps). • A frequência do ciclo de uma CA é o número de ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz). • Há certa confusão quando o termo “frequência” é usado para descrever tanto a frequência de base de um estimulador elétrico como também o número de pulsos elétricos (ou ciclos) liberados nos tecidos. • Correntes de baixa frequência (< que 1.000cps), -> efeitos biológicos. • Correntes de média frequência (de 1.000 a 100.000cps) e correntes de alta frequência (> que 100.000cps), -> efeitos de aquecimento, conforme observados na Diatermia. Cap 5: Agentes Elétricos Variações de Frequências de Pulso Comumente Utilizadas na Eletroterapia Descrição PPS Efeitos neuromusculares Baixa <10 Contrações musculares individuais (abalo) Média 10 a 50 Adição das contrações individuais resultando no aumento do tônus muscular Alta > 50 Contração tônica
  • 22. ELETROTERAPIA • O termo “frequência do pulso” é empregado para descrever um parâmetro de saída ajustável. • O termo “frequência de estimulação” é usado para as frequências de corrente específicas do aparelho. • Existe uma relação inversa entre a frequência de uma corrente e a resistência capacitiva oferecida pelo tecido. • Uma corrente que tenha 10pps encontrará maior resistência do que uma corrente que flua a 1.000pps, sendo assim ela necessitará de um aumento da intensidade para vencer a resistência. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 23. ELETROTERAPIA • Tempo para elevação e queda do pulso. • A elevação do pulso é o tempo necessário para que este atinja seu valor de pico (geralmente medido em nanosegundos por ser completa imediata). • Os pulsos se elevam rapidamente causando a despolarização do nervo. • Se a elevação for lenta, o nervo se acomoda ao estímulo e nenhum potencial de ação é originado. • Já a queda é o tempo necessário para que o pulso vá de seu pico até zero (valor de referência). Cap 5: Agentes Elétricos
  • 24. ELETROTERAPIA • Sequências de Pulso. • Podem ser consideradas padrões individuais de formas, durações e/ou frequências de onda que estão ligados entre si. Esses padrões repetem-se em intervalos regulares. • A elevação e/ou queda gradual da amplitude de uma sequência de pulso corresponde à rampa de amplitude, que provoca um aumento gradual na força das contrações musculares, por meio do recrutamento progressivo das unidades motoras. • À medida que a intensidade da inclinação continua a subir, mais unidades motoras são recrutadas na contração. • O paciente prefere uma elevação lenta, porque a estimulação é aumentada aos poucos e o “choque” da corrente é reduzido. • A contração gradual produzida por elevação lenta na rampa de amplitude se parece mais com uma contração voluntária. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 25. ELETROTERAPIA • Medidas do Fluxo da Corrente Elétrica. • A força de uma corrente é expressa em ampéres e está relacionada com a voltagem da corrente e com a resistência que ela encontra. • Essa relação, conhecida como Lei de Ohm é o principio fundamental que governa o fluxo de corrente elétrica. Cap 5: Agentes Elétricos Lei de Ohm: Relação entre amperagem, voltagem e resistência. A corrente (I) é diretamente proporcional à voltagem (V) e inversamente proporcional à resistência (R); Isto é: Pode-se calcular a amperagem, voltagem ou resistência de um circuito, conhecendo-de duas das três variáveis. Em um circuito que o potencial é de 120v com 10ohms de resistência, a amperagem é calculada como 120v/10 ohms, ou seja 12 ampéres. Os circuitos com voltagem elevada, podem apresentar um fluxo de corrente pequeno, se a resistência for elevada. Ex: Aplicando-se 1.000v em um circuito com resistência de 1.000.000 ohms, haveria a produção de apenas 0,001 ampére. Os circuitos com voltagem reduzida podem originar fluxo de corrente elevado. Ex: Num circuito de 10v, com 0,1 ohm de resistência, a corrente resultante seria de 1.000 ampéres.
  • 26. ELETROTERAPIA • Para determinar o efeito que a corrente (I) e a resistência (R) exerceriam sobre a voltagem, aplica-se a Lei de Ohm para calcular: • V = IR (onde, V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão) medida em volt, I é a intensidade da corrente elétrica medida em ampéres e R é a resistência elétrica medida em Ohms). • Para que a corrente flua através da resistência, a voltagem deve ser igual ou maior que o produto da amperagem vezes a resistência. • Ex: Numa corrente de 12 A que passe por um circuito de 10 Ohms, seriam necessários 120v (12 A X 10 Ohms). • A resistência (R) de um circuito pode ser calculada aplicando- se a fórmula, dividindo a voltagem (V) pela corrente (I): • R = V/I • Quando utilizamos um aparelho que necessite 120v e 12 A, podemos calcular a resistência, dividindo 120v por 12 A, que será 10 Ohms. Cap 5: Agentes Elétricos Georg Simon Ohm (16 de março de 1789 – 6 de Julho de 1854) Erlangem - Alemanha
  • 27. ELETROTERAPIA • Carga Elétrica. • É o movimento de elétrons, o número de elétrons necessário para a geração de um fluxo de corrente é tão grande que não se pode conta-los. • O coulomb é empregado para descrever a carga produzida por 6,25 x 1018 elétrons (carga negativa) ou prótons (carga positiva), sendo representado pelo símbolo “Q”. • A Lei de coulomb é a relação entre cargas elétricas parecidas e diferentes: cargas iguais se repelem e cargas opostas se atraem. • A intensidade das forças de atração pode ser amplificada, aumentando a magnitude das cargas ou diminuindo a distância entre os dois objetos. Cap 5: Agentes Elétricos Charles Augustin de Coulomb – 14 de Junho de 1736 – 23 de Agosto de 1806
  • 28. ELETROTERAPIA • Voltagem. • Também conhecida como força eletromotiva ou diferença de potencial entre dois pólos, mede a tendência de ocorrer fluxo de corrente. • Os elétrons contidos em um campo espremem-se tentando se dirigir para o pólo oposto, criando o potencial para que ocorra o Trabalho (Trabalho = Força X Resistência). • O volt é a unidade da diferença de potencial e representa o total de trabalho necessário para mover 1 coulomb de carga. (homenagem póstuma a AlessandroVolta) • A energia exigida para mover este coulomb é o Joule. Cap 5: Agentes Elétricos Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta – 18 de Fevereiro de 1745 – 5 de Março de 1827
  • 29. ELETROTERAPIA • Corrente. • A amperagem descreve a velocidade com que a carga elétrica (descrita em coulombs) flui. • 1 ampére (A) corresponde à corrente quando 1 coulomb percorre um único ponto em 1 segundo. • Ex: Um número de pessoas que passam por uma catraca, em um dado período de tempo. • Se 1 coulomb passa por um ponto em 1 segundo, a taxa de fluxo é 1 A, se 2 coulombs passam em um ponto em 1 segundo a taxa é 2 A. • Na maioria das modalidades elétricas, o fluxo de corrente é medido em miliampéres (mA), 1/1.000 de um ampére, ou em microampères (µA), 1/1.000.000 de ampére. Cap 5: Agentes Elétricos André-Marie Ampère – 20 de Janeiro de 1775 – 10 de Junho de 1836
  • 30. ELETROTERAPIA • Resistência. • Todos os materiais apresentam certo grau de oposição ao fluxo de corrente elétrica. • Os materiais que permitem que a corrente passe com relativa facilidade são chamados condutores. • Os materiais que oferecem maior oposição ao fluxo de conrrentes são chamados resistores. • É expressa em Ohms • Um Ohm é a quantia necessária para desenvolver 0,24 calorias de calor quando 1 A de corrente é aplicado durante 1 segundo. • A simbologia para resistência é “R”, e para Ohms é “Ω” (ômega). • Condutância. • É a medida da facilidade com que a corrente flui. • É expressa pela unidade mho – “ohm” de trás para frente. • 1 mho = 1/1 ohm • O tipo, comprimento e área de secção transversal do material e a temperatura do circuito determinam a resistência oferecida ao fluxo de elétrons. Esses quatro elementos juntos determinam o total de resistência ao fluxo de corrente Cap 5: Agentes Elétricos
  • 31. ELETROTERAPIA Fatores Determinantes da Resistência de um Circuito Elétrico Material do circuito Comprimento do circuito Diâmetro do circuito Temperatura do circuito Conceito Materiais classificados como resistores ou condutores (número de elétrons livres em sua camada de valência Relação de proporcionalidade entre o comprimento de um circuito e a resistência ao fluxo de elétrons A resistência de um circuito é inversamente proporcional ao diâmetro de seu corte transversal O aumento da temperatura eleva o movimento aleatório de elétrons livres Relação Quanto mais elétrons livres um material apresentar melhor condutor de corrente ele será Quanto menor a distância que um elétron deve percorrer, menor será a resistência ao fluxo de corrente elétrica Quanto maior a área de secção transversal de uma via, menor será a resistência ao fluxo de corrente. O aumento da temperatura de um circuito reduz a resistência ao fluxo de corrente. (depende do material) em condutores ocorre o contrário. Aplicabilidade Nem todos os tecidos do corpo são bons condutores de corrente elétrica A distância entre os dois eletrodos de um estimulador afeta a intensidade de saída necessária para produzir a resposta desejada Os nervos com diâmetros maiores são despolarizados antes dos nervos com diâmetros menores. O pré-aquecimento da área de tratamento pode aumentar o conforto, pois reduz a resistência e a necessidade de intensidades de saída maiores. Exemplo O sangue e nervos possuem mais elétrons livres do que a pele ou ossos, de forma que a corrente prefere percorrer essa via São observados efeitos com intensidade de saída menor se o eletrodos forem colocados perto uns dos outros, ao invés de distantes. Os tecidos superficiais são estimulados antes dos mais profundos. Isto explica parcialmente como uma corrente elétrica estimula seletivamente os nervos. Os nervos sensoriais tendem a ser estimulados antes dos nervos motores, porque apresentam. Quanto maior o diâmetro, menor é o limiar para a excitação. Fibras sensoriais (Aβ) e motoras (Aα) são similares: elas são fibras de grande diâmetro, mielinizadas, de condução rápida e são mais prontamente estimuladas do que as fibras de dor, que são de menor diâmetro (Aδ e C). Alguns nervos motores (Aα) têm diâmetros maiores do que as fibras sensoriais mais largas (Aβ), e com base neste fato, deveriam ser estimuladas a um limiar mais baixo do que as fibras sensoriais, porém, na prática, o limiar sensorial é, de modo mais freqüente, alcançado primeiro, por conta da maior proximidade das fibras sensoriais ao eletrodo. ROBERTSON, V.; WARD, A., LOW, J. e REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. A eficácia clínica da tempetratura do corpo e da redução do fluxo elétrico ainda não foram confirmadas. Cap 5: Agentes Elétricos
  • 32. ELETROTERAPIA • Impedância. • Em uma CA, duas propriedades adicionais, indutância e capacitância, agem para resistir ao fluxo elétrico. • Essas duas formas de resistência são coletivamente conhecidas como impedância. • São também medidas em ohms, mas com o símbolo “Z”. • A indutância é a capacidade do material armazenar energia elétrica por meio de um campo eletromagnético, sendo medida em Henry. • A variação da magnitude e direção de uma corrente elétrica cria um fluxo que induz a voltagem. • Os indutores tendem a se opor ao fluxo da corrente elétrica. • Ex: Transformador para converter corrente CA em CD de voltagem menor é um exemplo de indutor. • A indutância é desprezível em sistemas biológicos. Cap 5: Agentes Eletricos Fórmula: Z= V/I Joseph Henry – 17 de Dezembro de 1797 – 13 de Maio de 1878
  • 33. ELETROTERAPIA • Capacitância. • É a capacidade de um material armazenar energia por meio de um campo eletromagnético e fornecer oposição dependente da frequência ao fluxo elétrico. • As cargas, criadas por um isolante que separa dois condutores, podem armazenar energia mesmo depois que a voltagem aplicada tenha sido interrompida. • A saída dos capacitores é medida em Farads (F), microfarads (µf, 10-6) ou picofarads (Pf, 10-10 F). • Um farad armazena uma carga de 1 coulomb quando é aplicado 1 V. • Quanto menor a capacitância de um circuito, maior será a frequência de uma CA que ela permite passar. • Muitas membranas celulares funcionam como capacitores, separando cargas positivas e negativas entre o interior e o exterior da célula. • A capacitância é determinante nos efeitos do fluxo de corrente sobre o corpo. • Correntes de maior frequência encontram menos resistência capacitiva da pele do que correntes de frequência menor. Cap 5: Agentes Elétricos Michael Faraday – 22 de Setembro de 1791 – 25 de Agosto de 1867
  • 34. ELETROTERAPIA • Wattagem. • A relação entre voltagem e amperagem é expressa em unidade de Wattagem (P) e é empregada para designar a potência de uma corrente. • A potência é a quantidade e trabalho realizado em uma unidade de tempo. • A voltagem é a quantia de trabalho que está sendo desenvolvido • A amperagem define a unidade de tempo. • Um Watt é a potência produzida por 1 A de corrente que flui com a força de 1 volt. • Podemos descrever a wattagem como: • P = VI • Ex: Podemos calcular que a potência empregada por um aparelho que necessite de 12 A, com uma fonte de 120v, é 1.440w. • Se a amperagem e a voltagem aumentarem ou diminuírem, a wattagem será alterada. • Se uma variável aumentar ou diminuir, a wattagem aumenta ou diminui, dependendo da magnitude relativa das alterações da voltagem e da amperagem. Cap 5: Agentes Elétricos James Watt – 1736 - 1819
  • 35. • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: • MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em: http://ofisioterapeuta.blogspot.com/ • Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001. • Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In: Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford: Butterworth-Heinemann; 2000.