O documento discute os principais aspectos dos agentes elétricos utilizados na eletroterapia. Aborda os tipos de correntes elétricas como diretas, alternadas e em pulso, explicando suas características. Também descreve propriedades como amplitude, duração, carga e contraindicações da eletroterapia.
2. ELETROTERAPIA
• Os efeitos da eletricidade podem ser
de difícil compreensão e os novos
estudantes podem ficar intimidados
com a idéia real de fazer passar 500v
pelo corpo de uma pessoa.
• Você provavelmente já ouviu falar que
“eletricidade e água não se misturam”.
• As principais precauções e contra-para
o uso da estimulação elétrica
encontram-se na colocação dos
eletrôdos.
• O fluxo de corrente elétrica pelo
coração, pelo seio carotídeo e pela
faringe deve ser evitado, pois pode
interferir na função cardiovascular.
• A eletricidade normalmente não é
aplicada sobre locais com infecção ou
câncer, a menos que sob prescrição
médica.
Cap 5: Agentes Elétricos
3. ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos
Contra-indicações Gerais `a Eletroterapia
Incapacidade cardíaca A estimulação do tórax ou no pescoço pode alterar as funções respiratória ou cardíaca normais.
Marcapasso de demanda O fluxo de corrente elétrica pode intervir na função do marcapasso.
Gravidez A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode causar efeitos adversos no desenvolvimento do
feto. Entretanto, foram desenvolvidas diretrizes específicas para reduzir a dor em mulheres grávidas, mas
esses protocolos devem ser rigorosamente monitorados por um clínico. A estimulação elétrica também é
utilizada durante o parto, embora a corrente possa interferir nos aparelhos de monitoração fetal.
Menstruação A estimulação da região abdominal, lombar ou pélvica pode aumentar a hemorragia.
Lesões cancerígenas A corrente elétrica possivelmente pode provocar o crescimento ou a disseminação do tumor.
Áreas infectadas A não ser que o protocolo de tratamento seja especificamente planejado para reduzir a infecção.
Implantes metálicos
expostos
Ex: Haste de metal empregada para fixação externa de fraturas. O contato da haste de metal para fixação com
um objeto aterrado pode provocar um choque elétrico grave.
Áreas de particular
sensibilidade nervosa
O seio carotídeo, esôfago, laringe, faringe, sobre ou ao redor dos olhos, parte superior do tórax e região
temporal.
Obesidade severa O tecido adiposo pode oferecer isolamento contra a estimulação eficaz.
Irritação da pele Geralmente em razão do gel, do adesivo ou do fluxo de corrente, em indivíduos que usam eletrôdos por
longos períodos (alterando-se a posição dos eletrôdos, diminui-se a irritação).
4. ELETROTERAPIA Cap 5: Agentes térmicos
Usos terapêuticos das correntes
Controle de dor aguda e crônica
Redução de edema
Redução de espasmo muscular
Redução de contraturas articulares
Inibição de espasmo muscular
Minimização de atrofia por desuso
Facilitação da cicatrização dos tecidos
Facilitação da reeducação muscular
Facilitação da consolidação de fraturas
Fortalecimento muscular
Realização de substituição ortótica (a estimulação elétrica pode ser usada para forçar contrações de músculos específicos
durante a marcha).
5. ELETROTERAPIA
• Fundamentos da eletricidade
• A eletricidade é uma força criada por
um desequilíbrio no número de
elétrons entre dois pontos.
• A força eletromagnética ou diferença
de potencial ou voltagem, cria uma
situação onde os elétrons se
movimentam na tentativa de
reequilibrar as cargas, criando uma
“corrente elétrica”.
• Na forma mais simples essa
“corrente” flui do pólo negativo
(cátodo), área de elevada
concentração de elétrons, para um
pólo positivo (ânodo), área de baixa
concentração de elétrons, por um
caminho de menor resistência.
Cap 5: Agentes Elétricos
6. ELETROTERAPIA
• Além da presença da voltagem, é preciso
estabelecer um circuito completo para que ocorra
o fluxo.
• Um circuito sem interrupção é um circuito
fechado (2) quando uma volta completa é
formada, permitindo que a corrente se aproxime
ou se afaste de sua fonte de origem.
• A interrupção ou a não completação da via é
chamado de circuito aberto (1).
• Quando você aperta um interruptor para acender
a luz, você está fechando o circuito e permitindo
que a eletricidade flua de sua fonte, por meio da
luz e retorne para sua fonte.
• Um circuito fechado é criado entre seu paciente e
um aparelho de estimulação elétrica, aplicando no
corpo, derivações de polaridade oposta.
• Os elétrons fluem do gerador, pelo corpo do
paciente e retornam para o gerador.
Cap 5: Agentes Elétricos
7. ELETROTERAPIA
• Correntes de estimulação elétrica
• São classificadas em correntes diretas
(CD) ou correntes alternadas (CA),
dependendo do percurso do fluxo.
• Uma terceira classificação, chamada
correntes em pulso, seria uma
modificação de uma corrente afim de
produzir efeitos biofísicos específicos.
• Os atermos alternada e direta
descrevem o fluxo ininterrupto de
elétrons, ao passo que “corrente
pulsada” indica que o fluxo de elétrons é
periódicamente interrompido.
• As correntes pulsadas podem fluir em
uma única direção, de forma
semelhante à CD, ou podem ter
movimento bidirecional, como numa CA.
• Entretanto, as correntes em pulso são
caracterizadas por períodos sem fluxo
de corrente.
Cap 5: Agentes Elétricos
8. ELETROTERAPIA
• As principais propriedade do fluxo
elétrico são:
- Amplitude(intensidade)
- Duração
A distância máxima que o impulso atinge
acima ou abaixo do valor de referência
representa a amplitude da onda.
O valor de referência, será onde o potencial
elétrico entre os dois pólos é igual e não
ocorre fluxo de corrente, é estabelecido pelo
ponto isoelétrico.
A distância horizontal necessária para
completar a forma representa a duração do
pulso.
O termo “comprimento do pulso” é em geral
substituído de forma incorreta por “duração
do pulso”.
A área total dentro dessa forma de onda
representa a magnitude de corrente que o
pulso contém.
Cap 5: Agentes térmicos
9. ELETROTERAPIA
• Correntes diretas:
• São caracterizadas por um fluxo contínuo de
elétrons em uma direção.
• O padrão básico do fluxo da CD é o quadrado
da onda, reconhecido pelo fluxo contínuo em
apenas um lado do valor de referência, à
medida que os elétrons caminham do cátodo
para o ânodo.
• Ex: Numa lanterna, a bateria possui um pólo
+, sem elétrons, e um pólo – que, em
consequência de reações químicas, tem um
excesso de elétrons. Os elétrons saem do
pólo negativo da bateria e vão para a
lâmpada, através de um arame. Depois de
deixarem a lâmpada, os elétrons voltam para
o pólo positivo da bateria. Quando o número
de elétrons no pólo negativo fica igual ao
número de elétrons do pólo positivo, acaba o
potencial para o fluxo da corrente (fim da
bateira).
• Nas aplicações da medicina o termo
“galvânico” é utilizado para descrever a
corrente direta ininterrupta.
Cap 5: Agentes elétricos
Ionização
10. ELETROTERAPIA
• Correntes Alternadas:
• Na CA a direção e a amplitude do
fluxo se invertem, embora a
amplitude possa não ser a
mesma nas duas direções.
• Ao contrário da CD, um circuito
de CA, não possui pólo positivo
ou negativo verdadeiro.
• Os elétrons se movem para
frente e para trás, entre dois
eletrodos, conforme os eletrodos
se tornam pólos “positivo” e
“negativo”, em vez de
caminharem constantemente em
uma só direção.
• Ex: Corrente elétrica em nossas
casas.
Cap 5: Agentes Elétricos
CA senoidal Simétrica
CA Assimétrica
11. ELETROTERAPIA
• A amplitude, ou valor de pico, de uma
onda de CA é determinada calculando-se a
distância máxima que a onda atinge acima
ou abaixo do valor de referência.
• O valor pico a pico é medido a partir da
soma do pico do lado positivo do valor de
referência até o pico do lado negativo.
• A duração do ciclo de uma CA é calculada a
partir do ponto de origem no valor de
referência até o ponto onde ela acaba,
representando a quantia de tempo
necessária para completar um ciclo
completo.
• O número de vezes que uma corrente
reverte sua direção em 1 segundo é o
número de ciclos por segundo da corrente
e é representado em hertz (Hz)
• Uma CA de 100hz muda sua direção de
fluxo 100 vezes durante 1segundo.
• Uma CA de 1 mega-hertz (mhz) altera sua
direção 1 milhão de vezes por segundo.
• Quanto maior for a duração do ciclo, menor
é a quantidade de ciclos que podem
ocorrer em 1 segundo.
Cap 5: Agentes Elétricos
12. ELETROTERAPIA
• Correntes em pulso.
• As correntes em pulso são fluxos
unidirecionais (monofásicas) ou
bidirecionais (bifásicas) de elétrons
que são interrompidos por períodos
discretos de fluxo sem corrente.
• A unidade fundamental das
correntes em pulso é a fase.
• A fase é um corte individual de um
pulso que se origina acima ou
abaixo do valor de referência, por
um período de tempo mensurável.
• O número e o tipo de fases
classifica o tipo de pulso.
• Em última análise, a carga liberada
por cada fase é a que afeta os
tecidos do corpo.
Cap 5: Agentes Elétricos
13. ELETROTERAPIA
• Medidas de Potência Elétrica de uma Corrente.
• A corrente média de uma onda é considerada metade de seu ciclo completo,
levando em consideração a quantidade de tempo que a corrente está fluindo.
• Para calcular o valor médio de uma onda, os valores senoidais de todos os
ângulos até 180° são somados e o resultado é dividido pelo número de
medidas.
• No caso de uma onda senoidal perfeita, esse valor é 0,637. Esse valor é,
depois multiplicado pelo valor de pico para obter o valor médio:
• Valor médio = média dos senos x valor de pico
• Valor médio = 0,637 x 100v
• Valor médio = 63,7v
• O valor da raiz quadrada média (valor eficaz) leva em conta a amplitude e a
duração do pulso. Ele descreve a quantidade total de carga liberada por um
único ciclo, sendo útil quando se utilizam correntes bifásicas assimétricas.
Este valor é importante pois traduz a potência liberada por uma corrente
bifásica na quantidade equivalente de potência que seria necessária para
uma corrente direta produzir a mesma quantidade de calor. No caso de uma
onda senoidal pura, o valor eficaz é calculado multiplicando-se o valor de pico
por 0,707.
Cap 5: Agentes Elétricos
14. ELETROTERAPIA
• Correntes Monofásicas.
• A presentam apenas uma fase
para um único pulso e o fluxo de
corrente é unidirecional.
• Cada pulso apresenta apenas
uma parte componente, a fase.
• Há apenas uma fase e ela
permanece em um lado do valor
de referência.
• A amplitude é a distância
máxima até onde a onda se
eleva acima do valor de
referência e a duração é a
medida de distância necessária
para completar uma forma de
onda completa.
Cap 5: Agentes Elétricos
15. ELETROTERAPIA
•Correntes Bifásicas.
• As correntes bifásicas consistem de duas fases, cada uma
delas ocorrendo nos lados opostos do valor de referência.
• A fase de início do pulso é a primeira área que aparece
acima ou abaixo do valor de referência e a fase de término
ocorre na direção oposta.
• Os pulsos podem ser simétricos ou assimétricos.
• Quando utilizam-se pulsos assimétricos as características de
cada fase devem ser consideradas separadamente.
• Se as cargas (área) de ambas as fases forem iguais, o pulso
está equilibrado; caso contrário, ele estará desequilibrado.
• Considerando que as fases no pulso simétrico ou
assimétrico equilibrado fazem os efeitos fisiológicos de
fluxos positivos ou negativos se anularem, os pulsos
assimétricos desequilibrados podem provocar alterações
fisiológicas residuais, dependendo da polaridade livre
remanescente.
• As formas de onda bifásicas assimétricas tendem a ser mais
confortáveis, pois liberam cargas relativamente mais baixas
por fase.
Cap 5: Agentes Elétricos
Tens
Farádica
16. ELETROTERAPIA
• Atributos do pulso.
• A carga produzida por um
gerador elétrico depende da
duração e amplitude do pulso.
• A relação entre a intensidade
e a duração de um único pulso
determina a carga total
descarregada no corpo.
• Quando se aumenta a
amplitude e/ou a duração
aumenta-se a carga total do
pulso.
Cap 5: Agentes Elétricos
17. ELETROTERAPIA
• Duração do Pulso e da Fase.
• O eixo horizontal (valor de
referência) representa o tempo.
• A distância que um pulso
percorre no eixo horizontal
representa a duração do pulso,
que será o tempo decorrido do
começo da fase até a conclusão
da fase final, incluindo o
intervalo intrapulso.
• A duração de um único pulso
pode ser reduzida ao tempo
necessário para que cada
componente da fase complete
sua forma.
Cap 5: Agentes Elétricos
18. ELETROTERAPIA
• Em uma corrente monofásica, a duração
do pulso e a duração da fase são termos
equivalentes.
• Em correntes bifásicas, a duração do
pulso é a soma das duas durações de
fase.
• As durações de pulso não podem ser
medidas no caso de correntes diretas ou
correntes alternadas ininterruptas.
• A duração da fase é o fator mais
importante na determinação do tipo de
tecido que será estimulado:
- Se for muito curta, a corrente não será
capaz de superar a resistência capacitiva
da membrana do nervo e não conseguirá
produzir nenhum potencial de ação.
- Se aumentar-mos a duração da fase,
diferentes tecidos serão despolarizados
pela corrente elétrica.
Cap 5: Agentes Elétricos
19. ELETROTERAPIA
• Intervalo Interpulso, Intervalo Intrapulso e
Período do Pulso.
• Ao contrário da corrente contínua, a corrente
pulsada possui períodos em que a corrente não
flui.
• A duração do tempo entre a conclusão de um
pulso e o início do próximo é o intervalo
interpulso.
• Um só pulso, ou fase, pode ser interrompido por
um intervalo intrapulso.
• A duração do intervalo intrapulso não pode ser
maior que a do intervalo interpulso.
• O intervalo intrapulso dá tempo para que
aconteçam determinados eventos metabólicos,
como a repolarização da membrana celular,
enquanto o intervalo interpulso dá tempo para
que ocorra a recarga mecânica e química.
• A duração do pulso e o intervalo formam o
período do pulso (tempo entre o início de um
pulso e o começo do pulso subsequente.
Cap 5: Agentes Elétricos
20. ELETROTERAPIA
• Correntes ininterruptas (alternadas e diretas) não possuem
pulsos.
• Nesses tipos de correntes não existem duração de pulso e
períodos de pulso.
• Carga do pulso:
• É a medida do número de elétrons contidos dentro de um
pulso, sendo expressa em microcoulombs.
• O coulomb é uma unidade muito usada quando se descreve a
carga produzida por unidades de estimulação elétrica.
• Muitas modalidades terapêuticas utilizam cargas medidas em
microcoulombs (a carga produzida 10 elevado a -6 elétrons).
• A carga do pulso é uma função do total da área contida na
forma de onda.
• Quando se aumenta ou diminui a amplitude ou duração,
altera-se a carga do pulso.
• A forma da onda também pode ser alterada, a fim de ser
liberada nos tecidos, para mais ou para menos carga por pulso.
Cap 5: Agentes Elétricos
21. ELETROTERAPIA
• Frequência do Pulso.
• É a forma de onda repetida em intervalos
regulares ou o número de eventos por
segundo.
• Geralmente é medida em pulsos por
segundo (pps).
• A frequência do ciclo de uma CA é o número
de ciclos por segundo (cps) ou Hertz (Hz).
• Há certa confusão quando o termo
“frequência” é usado para descrever tanto a
frequência de base de um estimulador
elétrico como também o número de pulsos
elétricos (ou ciclos) liberados nos tecidos.
• Correntes de baixa frequência (< que
1.000cps), -> efeitos biológicos.
• Correntes de média frequência (de 1.000 a
100.000cps) e correntes de alta frequência (>
que 100.000cps), -> efeitos de aquecimento,
conforme observados na Diatermia.
Cap 5: Agentes Elétricos
Variações de Frequências de Pulso Comumente Utilizadas na
Eletroterapia
Descrição PPS Efeitos neuromusculares
Baixa <10 Contrações musculares individuais
(abalo)
Média 10 a 50 Adição das contrações individuais
resultando no aumento do tônus
muscular
Alta > 50 Contração tônica
22. ELETROTERAPIA
• O termo “frequência do pulso” é empregado
para descrever um parâmetro de saída
ajustável.
• O termo “frequência de estimulação” é
usado para as frequências de corrente
específicas do aparelho.
• Existe uma relação inversa entre a
frequência de uma corrente e a resistência
capacitiva oferecida pelo tecido.
• Uma corrente que tenha 10pps encontrará
maior resistência do que uma corrente que
flua a 1.000pps, sendo assim ela necessitará
de um aumento da intensidade para vencer
a resistência.
Cap 5: Agentes Elétricos
23. ELETROTERAPIA
• Tempo para elevação e queda do
pulso.
• A elevação do pulso é o tempo
necessário para que este atinja seu
valor de pico (geralmente medido em
nanosegundos por ser completa
imediata).
• Os pulsos se elevam rapidamente
causando a despolarização do nervo.
• Se a elevação for lenta, o nervo se
acomoda ao estímulo e nenhum
potencial de ação é originado.
• Já a queda é o tempo necessário para
que o pulso vá de seu pico até zero
(valor de referência).
Cap 5: Agentes Elétricos
24. ELETROTERAPIA
• Sequências de Pulso.
• Podem ser consideradas padrões individuais de formas, durações e/ou frequências de onda que estão ligados entre si. Esses
padrões repetem-se em intervalos regulares.
• A elevação e/ou queda gradual da amplitude de uma sequência de pulso corresponde à rampa de amplitude, que provoca um
aumento gradual na força das contrações musculares, por meio do recrutamento progressivo das unidades motoras.
• À medida que a intensidade da inclinação continua a subir, mais unidades motoras são recrutadas na contração.
• O paciente prefere uma elevação lenta, porque a estimulação é aumentada aos poucos e o “choque” da corrente é reduzido.
• A contração gradual produzida por elevação lenta na rampa de amplitude se parece mais com uma contração voluntária.
Cap 5: Agentes Elétricos
25. ELETROTERAPIA
• Medidas do Fluxo da
Corrente Elétrica.
• A força de uma corrente é
expressa em ampéres e está
relacionada com a voltagem
da corrente e com a
resistência que ela encontra.
• Essa relação, conhecida como
Lei de Ohm é o principio
fundamental que governa o
fluxo de corrente elétrica.
Cap 5: Agentes Elétricos
Lei de Ohm: Relação entre amperagem, voltagem e resistência.
A corrente (I) é diretamente proporcional à voltagem (V) e inversamente
proporcional à resistência (R); Isto é:
Pode-se calcular a amperagem, voltagem ou resistência de um circuito, conhecendo-de duas das três
variáveis.
Em um circuito que o potencial é de 120v com 10ohms de resistência, a amperagem é calculada como
120v/10 ohms, ou seja 12 ampéres.
Os circuitos com voltagem elevada, podem apresentar um fluxo de corrente pequeno, se a resistência
for elevada.
Ex: Aplicando-se 1.000v em um circuito com resistência de 1.000.000 ohms, haveria a produção de
apenas 0,001 ampére.
Os circuitos com voltagem reduzida podem originar fluxo de corrente elevado.
Ex: Num circuito de 10v, com 0,1 ohm de resistência, a corrente resultante seria de 1.000 ampéres.
26. ELETROTERAPIA
• Para determinar o efeito que a corrente (I) e a resistência (R)
exerceriam sobre a voltagem, aplica-se a Lei de Ohm para
calcular:
• V = IR (onde, V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão)
medida em volt, I é a intensidade da corrente elétrica medida
em ampéres e R é a resistência elétrica medida em Ohms).
• Para que a corrente flua através da resistência, a voltagem
deve ser igual ou maior que o produto da amperagem vezes a
resistência.
• Ex: Numa corrente de 12 A que passe por um circuito de 10
Ohms, seriam necessários 120v (12 A X 10 Ohms).
• A resistência (R) de um circuito pode ser calculada aplicando-
se a fórmula, dividindo a voltagem (V) pela corrente (I):
• R = V/I
• Quando utilizamos um aparelho que necessite 120v e 12 A,
podemos calcular a resistência, dividindo 120v por 12 A, que
será 10 Ohms.
Cap 5: Agentes Elétricos
Georg Simon Ohm (16 de março
de 1789 – 6 de Julho de 1854)
Erlangem - Alemanha
27. ELETROTERAPIA
• Carga Elétrica.
• É o movimento de elétrons, o número de elétrons
necessário para a geração de um fluxo de corrente é
tão grande que não se pode conta-los.
• O coulomb é empregado para descrever a carga
produzida por 6,25 x 1018 elétrons (carga negativa) ou
prótons (carga positiva), sendo representado pelo
símbolo “Q”.
• A Lei de coulomb é a relação entre cargas elétricas
parecidas e diferentes: cargas iguais se repelem e
cargas opostas se atraem.
• A intensidade das forças de atração pode ser
amplificada, aumentando a magnitude das cargas ou
diminuindo a distância entre os dois objetos.
Cap 5: Agentes Elétricos
Charles Augustin de Coulomb –
14 de Junho de 1736 – 23 de
Agosto de 1806
28. ELETROTERAPIA
• Voltagem.
• Também conhecida como força eletromotiva ou
diferença de potencial entre dois pólos, mede a
tendência de ocorrer fluxo de corrente.
• Os elétrons contidos em um campo espremem-se
tentando se dirigir para o pólo oposto, criando o
potencial para que ocorra o Trabalho (Trabalho =
Força X Resistência).
• O volt é a unidade da diferença de potencial e
representa o total de trabalho necessário para
mover 1 coulomb de carga. (homenagem póstuma
a AlessandroVolta)
• A energia exigida para mover este coulomb é o
Joule.
Cap 5: Agentes Elétricos
Alessandro Giuseppe Antonio
Anastasio Volta – 18 de Fevereiro
de 1745 – 5 de Março de 1827
29. ELETROTERAPIA
• Corrente.
• A amperagem descreve a velocidade com que a carga
elétrica (descrita em coulombs) flui.
• 1 ampére (A) corresponde à corrente quando 1
coulomb percorre um único ponto em 1 segundo.
• Ex: Um número de pessoas que passam por uma
catraca, em um dado período de tempo.
• Se 1 coulomb passa por um ponto em 1 segundo, a
taxa de fluxo é 1 A, se 2 coulombs passam em um
ponto em 1 segundo a taxa é 2 A.
• Na maioria das modalidades elétricas, o fluxo de
corrente é medido em miliampéres (mA), 1/1.000 de
um ampére, ou em microampères (µA), 1/1.000.000
de ampére.
Cap 5: Agentes Elétricos
André-Marie Ampère – 20 de Janeiro
de 1775 – 10 de Junho de 1836
30. ELETROTERAPIA
• Resistência.
• Todos os materiais apresentam certo grau de oposição ao fluxo de corrente
elétrica.
• Os materiais que permitem que a corrente passe com relativa facilidade
são chamados condutores.
• Os materiais que oferecem maior oposição ao fluxo de conrrentes são
chamados resistores.
• É expressa em Ohms
• Um Ohm é a quantia necessária para desenvolver 0,24 calorias de calor
quando 1 A de corrente é aplicado durante 1 segundo.
• A simbologia para resistência é “R”, e para Ohms é “Ω” (ômega).
• Condutância.
• É a medida da facilidade com que a corrente flui.
• É expressa pela unidade mho – “ohm” de trás para frente.
• 1 mho = 1/1 ohm
• O tipo, comprimento e área de secção transversal do material e a
temperatura do circuito determinam a resistência oferecida ao fluxo de
elétrons. Esses quatro elementos juntos determinam o total de resistência
ao fluxo de corrente
Cap 5: Agentes Elétricos
31. ELETROTERAPIA
Fatores Determinantes da Resistência de um Circuito Elétrico
Material do circuito Comprimento do circuito Diâmetro do circuito Temperatura do circuito
Conceito Materiais classificados como resistores ou
condutores (número de elétrons livres em
sua camada de valência
Relação de proporcionalidade entre o
comprimento de um circuito e a
resistência ao fluxo de elétrons
A resistência de um circuito é inversamente proporcional ao
diâmetro de seu corte transversal
O aumento da temperatura eleva o
movimento aleatório de elétrons livres
Relação Quanto mais elétrons livres um material
apresentar melhor condutor de corrente
ele será
Quanto menor a distância que um
elétron deve percorrer, menor será a
resistência ao fluxo de corrente elétrica
Quanto maior a área de secção transversal de uma via, menor será
a resistência ao fluxo de corrente.
O aumento da temperatura de um
circuito reduz a resistência ao fluxo de
corrente. (depende do material) em
condutores ocorre o contrário.
Aplicabilidade Nem todos os tecidos do corpo são bons
condutores de corrente elétrica
A distância entre os dois eletrodos de
um estimulador afeta a intensidade de
saída necessária para produzir a
resposta desejada
Os nervos com diâmetros maiores são despolarizados antes dos
nervos com diâmetros menores.
O pré-aquecimento da área de
tratamento pode aumentar o conforto,
pois reduz a resistência e a necessidade
de intensidades de saída maiores.
Exemplo O sangue e nervos possuem mais elétrons
livres do que a pele ou ossos, de forma
que a corrente prefere percorrer essa via
São observados efeitos com intensidade
de saída menor se o eletrodos forem
colocados perto uns dos outros, ao invés
de distantes. Os tecidos superficiais são
estimulados antes dos mais profundos.
Isto explica parcialmente como uma corrente elétrica estimula
seletivamente os nervos. Os nervos sensoriais tendem a ser
estimulados antes dos nervos motores, porque apresentam.
Quanto maior o diâmetro, menor é o limiar para a excitação.
Fibras sensoriais (Aβ) e motoras (Aα) são similares: elas são fibras
de grande diâmetro, mielinizadas, de condução rápida e são mais
prontamente estimuladas do que as fibras de dor, que são de
menor diâmetro (Aδ e C). Alguns nervos motores (Aα) têm
diâmetros maiores do que as fibras sensoriais mais largas (Aβ), e
com base neste fato, deveriam ser estimuladas a um limiar mais
baixo do que as fibras sensoriais, porém, na prática, o limiar
sensorial é, de modo mais freqüente, alcançado primeiro, por
conta da maior proximidade das fibras sensoriais ao eletrodo.
ROBERTSON, V.; WARD, A., LOW, J. e REED, A. Eletroterapia
explicada: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
A eficácia clínica da tempetratura do
corpo e da redução do fluxo elétrico
ainda não foram confirmadas.
Cap 5: Agentes Elétricos
32. ELETROTERAPIA
• Impedância.
• Em uma CA, duas propriedades adicionais, indutância e
capacitância, agem para resistir ao fluxo elétrico.
• Essas duas formas de resistência são coletivamente
conhecidas como impedância.
• São também medidas em ohms, mas com o símbolo “Z”.
• A indutância é a capacidade do material armazenar
energia elétrica por meio de um campo eletromagnético,
sendo medida em Henry.
• A variação da magnitude e direção de uma corrente
elétrica cria um fluxo que induz a voltagem.
• Os indutores tendem a se opor ao fluxo da corrente
elétrica.
• Ex: Transformador para converter corrente CA em CD de
voltagem menor é um exemplo de indutor.
• A indutância é desprezível em sistemas biológicos.
Cap 5: Agentes Eletricos
Fórmula:
Z= V/I
Joseph Henry – 17 de Dezembro
de 1797 – 13 de Maio de 1878
33. ELETROTERAPIA
• Capacitância.
• É a capacidade de um material armazenar energia por meio de um campo
eletromagnético e fornecer oposição dependente da frequência ao fluxo
elétrico.
• As cargas, criadas por um isolante que separa dois condutores, podem
armazenar energia mesmo depois que a voltagem aplicada tenha sido
interrompida.
• A saída dos capacitores é medida em Farads (F), microfarads (µf, 10-6) ou
picofarads (Pf, 10-10 F).
• Um farad armazena uma carga de 1 coulomb quando é aplicado 1 V.
• Quanto menor a capacitância de um circuito, maior será a frequência de
uma CA que ela permite passar.
• Muitas membranas celulares funcionam como capacitores, separando
cargas positivas e negativas entre o interior e o exterior da célula.
• A capacitância é determinante nos efeitos do fluxo de corrente sobre o
corpo.
• Correntes de maior frequência encontram menos resistência capacitiva da
pele do que correntes de frequência menor.
Cap 5: Agentes Elétricos
Michael Faraday – 22 de
Setembro de 1791 – 25 de
Agosto de 1867
34. ELETROTERAPIA
• Wattagem.
• A relação entre voltagem e amperagem é expressa em unidade de Wattagem
(P) e é empregada para designar a potência de uma corrente.
• A potência é a quantidade e trabalho realizado em uma unidade de tempo.
• A voltagem é a quantia de trabalho que está sendo desenvolvido
• A amperagem define a unidade de tempo.
• Um Watt é a potência produzida por 1 A de corrente que flui com a força de 1
volt.
• Podemos descrever a wattagem como:
• P = VI
• Ex: Podemos calcular que a potência empregada por um aparelho que
necessite de 12 A, com uma fonte de 120v, é 1.440w.
• Se a amperagem e a voltagem aumentarem ou diminuírem, a wattagem será
alterada.
• Se uma variável aumentar ou diminuir, a wattagem aumenta ou diminui,
dependendo da magnitude relativa das alterações da voltagem e da
amperagem.
Cap 5: Agentes Elétricos
James Watt – 1736 - 1819
35. • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e
Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em:
http://ofisioterapeuta.blogspot.com/
• Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos terapêuticos em
fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001.
• Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In:
Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed. Oxford:
Butterworth-Heinemann; 2000.