O documento descreve a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), um tratamento não invasivo para dor. O TENS funciona aplicando estímulos elétricos de baixa intensidade e alta frequência para ativar fibras nervosas grandes e bloquear a transmissão de dor, produzindo uma sensação de formigamento confortável. O documento explica os princípios, aplicação e contraindicações do TENS.
2. DEFINIÇÃO
É uma estimulação elétrica, simples e não-invasiva
utilizada principalmente para o manejo da dor.
Qualquer dispositivo de estimulação que emita
correntes elétricas através da superfície intacta da pele
é uma forma de TENS.
Baseia-se na aplicação de estímulos elétricos de baixa
intensidade e de alta freqüência.
Diminui a percepção da dor do paciente, reduzindo a
condutividade e a transmissão de impulsos dolorosos
das pequenas fibras de dor para o SNC.
3. CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DOS
APARELHOS DE TENS
Fonte de voltagem - (gerador
de pulsos)
Eletrodos – normalmente
preto, de borracha de silicone,
dependente de um gel
eletrocondutor.
Cabos Interconectantes –
Na maioria dos casos, o cabo
elétrico é conectado numa
tomada de saída comum. Em
seguida, o cabo se bifurca, indo
inserir-se nos dois eletrodos.
4.
5. PRINCÍPIOS FÍSICOS
Ativação seletiva de fibras nervosas
Fibras nervosas de diâmetro largo (Aβ e Aα) (aferente
sensorial) têm baixo limiar de ativação por estímulos
elétricos quando comparadas com fibras de diâmetro
pequeno (Aδ e C) (fibras nociceptivas).
6. METAS DO TENS
Ativar aferentes cutâneos não nociceptivos de grande
diâmetro.
Desejado uma forte parestesia elétrica confortável,
com mínima atividade muscular.
Alta frequência/
Baixa intensidade
Amplitude baixa
Duração 100-200 µs
Freqüência 10-200 p.p.s
Padrão contínuo
9. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
Forte parestesia elétrica não dolorosa é mediada por
aferentes de diâmetro largo.
Parestesia elétrica levemente dolorosa é mediada
pelo recrutamento de aferentes de diâmetro pequeno.
Uma contração muscular forte, não dolorosa
provavelmente é o resultado de excitação de
receptores musculares.
Sensação subjetiva do paciente é o meio mais
fácil de avaliar o tipo de fibra que esta ativa.
13. COLISÃO ANTIDRÔMICA
Tecido lesado pode produzir alguma atividade nas
fibras de diâmetro largo.
Os impulsos que se distanciam do SNC colidirão com
os impulsos aferentes que vem do tecido lesionado,
causando sua extinção.
15. INDICAÇÕES X EVIDÊNCIAS
Apesar da melhora clínica
alguns resultados
apresentam evidências
inconclusivas e
metodologias consideradas
ruins.
16. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE APLICAÇÃO
Posição dos eletrodos
Aplicar em cada lado da lesão ou área
dolorosa.
Áreas maiores usar dois canais (4
eletrodos).
17.
18. TEMPO E DOSAGEM
São necessários mais trabalhos para estabelecer o
curso de tempo dos efeitos analgésicos de diferentes
tipos de TENS.
Dificuldade de estabelecer um tempo ideal, pois o
efeito analgésico geralmente desaparece assim que o
aparelho é desligado.
Analgesia pós-estimulação:
2 horas
18 horas
19. RECOMENDAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Colocação dos eletrodos Um em cada lado da dor
Padrão de pulso Contínuo
Freqüência de pulso 80-100 p.p.s.
Duração de pulso 100-200 µs
Amplitude de pulso Aumentar a intensidade
(intensidade) para produzir um
formigamento forte porém
confortável
Duração da estimulação em Pelo menos 30 minutos
primeira instância
20. DECLÍNIO DA RESPOSTA À TENS
Efetividade declina com o tempo
Enfraquecimento da bateria
Desgaste dos eletrodos
Piora do quadro clínico do paciente
Efeito da acomodação do estímulo pelo
SNC.
21. CONTRA-INDICAÇÕES
São poucas e a maioria hipotéticas
Epilepsia
Primeiro trimestre de gravidez
Marcapasso cardíaco
Áreas sobre a pele lesada
Alterações de sensibilidade
Região anterior do pescoço:
Seio carotídeo - hipotensão vagal
Nervos laríngeos – espasmo da laringe