4. Deficiência Intelectual
A deficiência mental pode ser evidente desde o
nascimento ou só ser suspeitada várias semanas, meses
ou anos mais tarde, quando alguém (geralmente os pais,
familiares, médicos, professores) nota algum atraso no
desenvolvimento da criança. Ela não evolui “como as
outras”. Manifesta atrasos no desenvolvimento psicomotor,
dificuldades de aprendizagem ou problemas de
socialização. Os sinais podem ser muito diversos. Quando
persistem, os pais devem dirigir-se aos serviços de
intervenção precoce.
5. Causas da Deficiência Intelectual
NA CONCEPÇÃO: Incompatibilidade
sanguínea e doenças genéticas; muitas
deficiências mentais estão ligadas a alterações
cromossômicas - Síndrome de Down,
Síndrome de Angelman, Síndrome de Rett,
Síndrome de Kanner (Autismo), Síndrome de
Prader-Willi, etc.
6. Síndrome de Angelman
Caracteriza-se por atraso no
desenvolvimento intelectual,
dificuldades na fala, distúrbios
no sono, convulsões,
movimentos desconexos e
sorriso frequente. É causada
pela perda ou inativação de
genes críticos do cromossomo
15 herdado da mãe.
7. Síndrome de Prader-Willi
É de origem genética localizada no
cromossomo 15 ocorrendo no momento
da concepção, afetando meninos e
meninas. Bebês esta Síndrome
apresentam dificuldade de sugar, choro
fraco e são muito pouco ativos, dormindo
a maior parte do tempo. Raramente
conseguem ser amamentados. Seu
desenvolvimento neuro-motor é lento,
tardam a sentar, engatinhar e caminhar.
8. Síndrome de Rett
A Síndrome de Rett é uma doença
neurológica provocada por uma mutação
genética que atinge, na maioria dos casos,
crianças do sexo feminino. Caracteriza-se
pela perda progressiva de funções
neurológicas e motoras após meses de
desenvolvimento aparentemente normal - em
geral, até os 18 meses de vida. Após esse
período, as habilidades de fala, capacidade de
andar e o controle do uso das mãos começam
a regredir, sendo substituídos por
movimentos involuntários ou repetitivos
9. Causas da Deficiência Intelectual
DURANTE A GRAVIDEZ:
carências alimentares ou doenças
da mãe que comprometam o feto e
a exposição desta a agentes tóxicos
com repercussão no
desenvolvimento embrionário,
como radiação ionizante, infecções
(sarampo e rubéola),
medicamentos, álcool, tabaco, etc.
10. Causas da Deficiência Intelectual
DURANTE O PARTO: sofrimento cerebral
do recém-nascido, prematuridade, exposição a
toxinas ou infecções durante o parto,
traumatismo de parto, etc.
11. Causas da Deficiência Intelectual
DEPOIS DO NASCIMENTO: doenças
infecciosas ou virais, intoxicações, traumatismos
cranianos, acidentes, asfixia e quase afogamento,
causas socioambientais (falta de estímulos
físicos e sensoriais, falta de cuidados de saúde),
etc.
13. Graus de Deficiência Intelectual
Embora existam diferentes correntes para
determinar o grau de deficiência mental, são as
técnicas psicométricas que mais se impõem,
utilizando o QI para a classificação desse grau. O
QI é o resultado da multiplicação por cem do
quociente obtido pela divisão da IM (idade
mental) pela IC (idade cronológica).
14. Graus de Deficiência Intelectual
Segundo a OMS, a deficiência divide-se:
Leve/Ligeira: São educáveis. Podem chegar a realizar
tarefas mais complexas. A sua aprendizagem é mais lenta,
mas podem permanecer em classes comuns embora
precisem de um acompanhamento especial.
15. Graus de Deficiência Intelectual
Leve/Ligeira: Podem desenvolver
aprendizagens sociais e de
comunicação e têm capacidade
para se adaptar e integrar no
mundo laboral. Apresentam atraso
mínimo nas áreas perceptivas e
motoras. Geralmente não
apresentam problemas de
adaptação ao ambiente familiar e
social.
16. Graus de Deficiência Intelectual
Moderada/Média: São capazes de adquirir hábitos de
autonomia pessoal e social. Podem aprender a comunicar
pela linguagem oral, mas apresentam dificuldades na
expressão e compreensão oral.
17. Graus de Deficiência Intelectual
Moderada/Média: Apresentam
um desenvolvimento motor
aceitável e têm possibilidade para
adquirir alguns conhecimentos pré-tecnológicos
básicos que lhes
permitam realizar algum trabalho.
Dificilmente chegam a dominar as
técnicas de leitura, escrita e
cálculo.
18. Graus de Deficiência Intelectual
Grave/Severa: Necessitam de
proteção e ajuda, pois o seu nível de
autonomia é muito pobre. Apresentam
muitos problemas psicomotores. A sua
linguagem verbal é muito deficitária –
comunicação primária. Podem ser
treinados em algumas atividades de
vida diária básicas e em aprendizagens
pré-tecnológicas simples.
19. Graus de Deficiência Intelectual
Profunda: Grandes problemas
sensório-motores e de comunicação,
bem como de comunicação com o
meio. São dependentes dos outros em
quase todas as funções e atividades,
pois os seus handicaps físicos e
intelectuais são gravíssimos.
Excepcionalmente terão autonomia
para se deslocar e responder a treinos
simples de autoajuda.
21. Características Principais
Falta de concentração;
Entraves na comunicação e na interação;
Menor capacidade para entender a lógica de
funcionamento das línguas, por não
compreender a representação escrita ou
necessitar de um sistema de aprendizado
diferente;
22. Características Principais
Pode-se dividir os sinais apresentados pelas
pessoas com deficiência intelectual em quatro áreas:
ÁREA MOTORA: se a deficiência intelectual
for leve, o aluno apresentará apenas algumas
alterações na motricidade fina; já em casos mais
graves, pode apresentar dificuldades no equilíbrio,
coordenação, locomoção e em manipular objetos.
23. Características Principais
ÁREA COGNITIVA: O
aluno possui mais dificuldades
para se concentrar, para
memorizar e para solucionar
problemas. O processo de
aprendizagem será mais lento
que os colegas sem deficiências,
mas pode atingir os mesmos
objetivos escolares.
24. Características Principais
ÁREA DE COMUNICAÇÃO: apresenta
dificuldades para falar e ser compreendido, mas este
fator pode ocorrer por falta de estímulos ambientais.
25. Características Principais
ÁREA SOCIOEDUCACIONAL: a
diferença entre idade mental e
cronológica faz com que a capacidade de
interagir socialmente diminua. Esse fato
piora quando o aluno é colocado em
turmas com igual idade mental, mas é por
meio da interação com pessoas com
idade cronológica igual que se
desenvolverá mais, adquirindo valores,
comportamentos e atitudes de seu grupo.
28. Diagnóstico
A deficiência intelectual ou atraso cognitivo
diagnostica-se, observando duas coisas:
Funcionamento cognitivo ou intelectual:
capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar,
resolver problemas, encontrar um sentido no mundo.
Funcionamento ou comportamento adaptativo:
competência necessária para viver com autonomia e
independência na comunidade em que se insere.
29. Tratamento
A pessoa com deficiência
intelectual tem, como qualquer
outra, dificuldades e habilidades.
Seu tratamento consiste em
reforçar e favorecer o
desenvolvimento dessas
habilidades e proporcionar o
apoio necessário às suas
dificuldades.
30. Prevenção
Aconselhamento genético para famílias com casos de
deficiência existentes, casamentos entre parentes, idade
materna avançada;
Acompanhamento pré-natal adequado diagnostica infecções
ou problemas maternos;
O Teste do Pezinho, é a maneira de prevenção da deficiência
intelectual em casos de hipotireoidismo congênito;
Do ponto de vista pós-natal, a aplicação de vacinas,
alimentação adequada, ambiente familiar saudável e
estimulador, cuidados relacionados aos acidentes na infância.
32. Como lidar com estas pessoas?
Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma
pessoa com deficiência intelectual.
Trate-as com respeito e consideração. Se for uma
criança, trate-a como criança. Se for adolescente,
trate-a como adolescente. Se for uma pessoa adulta,
trate-a como tal.
33. Como lidar com estas pessoas?
Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas
normalmente, como faria com qualquer pessoa;
Dê atenção a elas, converse e vai ver como será
divertido. Seja natural, diga palavras amistosas;
34. Como lidar com estas pessoas?
Não superproteja. Deixe que ela faça ou
tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude
apenas quando for realmente necessário;
Não subestime sua inteligência. As
pessoas com deficiência intelectual levam
mais tempo para aprender, mas podem
adquirir muitas habilidades intelectuais e
sociais;
35. Como lidar com estas pessoas?
Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só
existe quando há troca de ideias, informações e vontades.
Por maior que seja a deficiência, lembre-se da eficiência
da pessoa que ali está;
Deficiência intelectual não deve ser confundida com
doença mental;
38. Orientações para professores
A inclusão de pessoas com
deficiência intelectual é possível desde
que a escola se prepare para recebê-las e
tenha espaço adequado para elas,
possuindo rampas, banheiros e espaço
físico adaptado (no caso de cadeirantes). É
necessário também ter conhecimentos
acerca das possibilidades de aprendizagem
que elas possuem, adequando o currículo
para as necessidades dos alunos, sem
excluir ninguém.
39. Orientações para professores
Alunos que apresentam
dificuldade de concentração
precisam de um espaço
organizado, uma rotina, atividades
lógicas e regras. Como a sala de
aula tem muitos elementos, fica
mais difícil manter o foco. Por
isso, o ideal é que as aulas tenham
um início prático e
instrumentalizado.
40. Orientações para professores
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o
aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça,
jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do
professor ou dos colegas.
41. Orientações para professores
Também é importante
adequar a proposta à idade e,
principalmente, aos assuntos
trabalhados em classe. A
tarefa deve começar tão fácil
quanto seja necessário para
que ele perceba que consegue
executá-la, mas sempre com
algum desafio.
42. Orientações para professores
Dividir as tarefas e partes, gradualmente, dificultando as
aquisições aos poucos, respeitando o ritmo do aluno;
Motivar, elogiar o sucesso e valorizar a autoestima;
Atender não só a área dos conhecimentos acadêmicos, mas
também os aprendizados que melhorem a qualidade de vida
de todos os alunos;
Utilizar em seu trabalho diferentes tipos de linguagens,
como música, artes, expressões corporais, entre outras;