O documento discute as causas e classificações da deficiência intelectual. Apresenta os principais fatores etiológicos como genéticos, pré-natais e ambientais que podem levar ao desenvolvimento da deficiência intelectual. Também descreve as classificações da deficiência intelectual de acordo com o DSM-5 e alguns exemplos de síndromes genéticas associadas como a Síndrome de Down, Marfan e Prader-Willi.
2. “A educação, direito de todos e dever
do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho.”
(Constituição 1988.art 205)
3. DESAFIOS
Quem são os alunos da Educação
Especial?
Quem são os alunos Dificuldade de
Aprendizagem
Quem são os alunos com Transtornos
Funcionais
Quem são os alunos com Deficiência
Intelectual?
5. Importante
Informações que contribuam para o
desenvolvimento de práticas inclusivas na
educação escolar.
Subsídios teóricos necessários à compreensão
das especificidades pedagógicas numa
perspectiva de interface com a educação
escolar.
Contextualizar as informações dos diversos
“saberes” no âmbito educacional.
6. Alunos com Deficiência Intelectual
São aqueles com limitações
significativas, tanto no
funcionamento intelectual
quanto no comportamento
adaptativo, está expresso
nas habilidades adaptativas,
conceituais, sociais e
práticas. Essa incapacidade
tem inicio antes dos dezoito
anos de idade.
(AAIDD, 2002, p.20).
7. É um transtorno com
início no período do
desenvolvimento
que inclui déficits
funcionais, tanto
intelectuais quanto
adaptativos, nos
domínios conceitual,
social e prático.
DSM-5.2014
Foto SDPD/SP
Deficiência Intelectual -
Transtorno do Desenvolvimento
Intelectual
8. Transtorno do Neurodesenvolvimento
Transtorno do Neurodesenvolvimento – início no período do
desenvolvimento, geralmente antes de a criança ingressar na
escola, sendo caracterizado por déficits no desenvolvimento que
acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social,
acadêmico ou profissional.
Deficiência Intelectual – F70 – F73 /317 – 318
Atraso Global do Desenvolvimento (antes dos 5 anos –F88
/315,8
Transtornos da Comunicação – F80.2/315.32
Transtorno do Espectro Autista – F84 / 299
Transtorno de Déficits de Atenção/Hiperatividade F90 /314
Transtorno Específico de Aprendizagem – F81 /315
Transtorno motores – F82, F98, F95 /315.4, 307.3 e 307.
9. A – déficits em funções intelectuais como raciocínio,
solução de problemas, planejamento, pensamento
abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem
pela experiência confirmados pela avaliação clínica
quanto por testes de inteligência padronizados e
individualizados.
B – déficits em funções adaptativas que resultam em
fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e
socioculturais em relação a independência pessoal e
responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits
de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais
atividades diárias, como comunicação, participação social
e vida independente, e em múltiplos ambientes como em
casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.
Início dos déficits intelectuais e adaptativos durante o
período do desenvolvimento.DSM-5.2014.
DI– DSM 5
10. Deficiência Intelectual DSM-5
317 (F70) Leve
318.0 (F71) Moderada
318.1 (F72) Grave
318.2 (F73) Profunda
A classificação dos Quadros de DI não é
impeditivo para o desenvolvimento do sujeito.
As oportunidades oferecidas e as estratégias
para eliminar as barreiras ao desenvolvimento
nortearão o sucesso e o uso do potencial da
pessoa com Deficiência Intelectual,
13. “Conceito de DI é bastante variado, pois
sofre as influências do meio no qual foi
estruturado sendo, portanto, uma entidade
difícil de ser precisada”ASSUMPÇÃO,2003
“... Decorrente de uma deficiência em nível
biológico que acarreta uma incapacidade em
nível funcional, fazendo com que o indivíduo
não apresente o desempenho esperado de
acordo com sua idade, sexo e grupamento
social e, em conseqüência, apresente um
handicap negativo, que o leva a sofrer
socialmente de exclusão da parte de seu
ambiente social” Anderson,OMS,1981
14. OMS – Anderson,2003
Deficiência – diz respeito a uma anomalia de estrutura ou
uma anomalia de aparência do corpo humano e do
funcionamento de um órgão ou sistema, independente de
sua causa, tratando-se, em princípio, de uma perturbação
de tipo orgânico.
Incapacidade – reflete as consequências de uma deficiência
no âmbito do rendimento funcional e da atividade do
indivíduo, representando, desse modo, uma perturbação no
plano pessoal
Handicap – refere-se às limitações experimentadas pelo
indivíduo em virtude da deficiência e da incapacidade,
refletindo-se, portanto, nas relações do indivíduo com o
meio, bem como em sua adaptação ao mesmo.
15. Fatores Etiológicos
Ambiente
Enfermidade
Atitudes Necessidades
sociais
DEFICIÊNCIA
INCAPACIDADE HANDICAP
CONSEQUÊNCIAS
PESSOAIS
Diminuição da
autonomia, de
mobilidade, de
atividade de lazer,de
integração social, de
independência
CONSEQUÊNCIAS
FAMILIARES
Necessidade de
cuidados,
perturbação das
relações sociais,
carga econômica
CONSEQUÊNCIAS
SOCIAIS
Demanda de
cuidados, perda da
produtividade, má
integração social
16. Deficiência Intelectual. DSM 5
Prevalência
1% da população
DI Grave 6 por 1000
Indivíduos do sexo masculino, em geral, têm mais
propensão do que do sexo feminino para receber
diagnóstico de formas moderadas ( Masculino
/Feminino 1,6:1) e graves (1,2:1). As proporções de
gênero - variam muito em estudos relatados.
Fatores genéticos associados ao sexo e
vulnerabilidade do sexo masculino a lesões no
cérebro podem responder por algumas diferenças de
gênero.
17. Origens da Deficiência Intelectual
Fatores etiológicos primariamente – biológicos,
psicossociais ou combinação de ambos
Principais fatores:
Hereditariedade ( 5%): erros inatos de
metabolismos, anormalidades em gene único
com herança mendeliana e expressão variável
e aberrações cromossômicas
Alterações precoces do desenvolvimento
embrionário (30%) : incluem alterações
cromossômicas ou dano pré-natal causado por
toxinas.
Problemas da gravidez e perinatais (10%) :
incluem desnutrição fetal,prematuridade,
anóxia, infecções virais e outras e traumas.
18. Origens da Deficiência Intelectual
Condições médicas gerais adquiridas no
início da infância(5%): incluem infecções,
traumas e envenenamento
Influências ambientais e outros
transtornos mentais ( 15-20%): incluem
privação de afeto e cuidados, bem como
estimulação social, lingüística e outras ,
transtornos mentais severos .
19. Etiologia da Deficiência
Intelectual
A etiologia da DI é variável, podendo, de
modo geral, ser subdividida da seguinte
forma, segundo a OMS
Fatores que Atuam Antes da Concepção
(causas genéticas e ambientais)
Fatores Ambientais
Fatores Perinatais
Fatores Pós-natais
20. Causas da Deficiência Intelectual
Fatores Genéticos
Atuam antes da gestação ... Herança genética ... Fatores endógenos
1 – Genopatias: alterações genéticas que produzem:
A) Alterações no metabolismo:
- Aminoácidos – Fenilcetonúria, hipergliocemia
- Lipídios – Doenças de Gaucher e Niemnenn- Pick
- Carbo-hidratos – Galactose, hipoglicemias
- B) Alterações endócrinas e hormonais:
- Hipotiroidismo.
- C) Síndromes Polimalformativas :
- Síndrome de Prader-Willi, Cornélio de Lange.
- D) Outras Genopatias
- Síndrome de Rett, Distrofia Muscular Progressiva, Hidrocefalia.
21. Fatores Genéticos - DI
Podem estar relacionados a um único gene ou
vários genes.
1 – Patologias de Herança Dominante -
Corresponde a síndromes caracterizadas por
deficiência Intelectual associada a
malformações ectodérmicas, mesodérmicas,
musculares ou ósseas.
A- Neuroectodermatoses
Esclerose Tuberosa – Bourneville
B – DI com Alterações ósseas
Síndrome de Marfan –
Síndrome de Apert
22. Síndrome de Bourneville
Anormalidades e sintomas da pele e
SN. Lesoes em grande variedade de
tecidos, principalmente pelo e
cérebro.
Calcificações intracranianas, DI
Tumores cutâneos.principalmente
fibro-angiomatosas região facial
SN encéfalo-hipoplasia.
Crises convulsivas precoces,
progressivo embotamento intelectual.
Atrofia do nervo óptico e da retina.
Fatores Genéticos - DI
23. É uma doença do tecido conjuntivo, o tecido que
fortalece as estruturas do corpo.
As doenças do tecido conjuntivo afetam o sistema
esquelético, o sistema cardiovascular, os olhos e a
pele.
Causas
É causada por defeitos em um gene chamado fibrilina-1
componente do tecido elástico.
Apresenta tendência à estatura alta e membros longos e
delicados, com escassez de panículo adiposo e hipotonia
muscular. Observa-se ainda frouxidão articular, tórax
em quilha, subluxação de cristalino e miopia.
Síndrome de Marfan
Fatores Genéticos - DI
24. Patologias - Herança Recessiva
Distúrbios do Metabolismo Lipídico
Idiotia amaurótica (Tay-Sachs)
Doença oriunda de uma herança autossômica recessiva, ou seja, o
indivíduo só desenvolve a doença quando herdar
os genes defeituosos tanto do pai quanto da mãe. Aqueles que
recebem os genes recessivos de apenas um dos genitores não
desenvolvem a doença, mas tem o genes mutados, e caso tenha
filhos com outra pessoa com o gene, os filhos terão a doença de
Tay-sachs. Sintomas (1ºAno de vida) Por ser uma doença
neurodegenerativa, comprometimento do SN (principalmente no
que concerne à capacidade psicomotora) Geralmente,um dos sinais
mais característicos é o aparecimento de uma mancha vermelha
no olho, seguida de cegueira, surdez, incapacidade de engolir,
atrofia dos músculos e paralisia. Por volta dos dois anos de idade, a
criança já apresenta sinais de demência, com perda das
capacidades cognitivas, tais como percepção, atenção, linguagem,
memória, raciocínio, pensamento, imaginação.
25. Síndrome de Wilson
Lesões do SNC- ( Pseudo esclerose )
Riso / choro involuntários.
Distúrbios mentais de grau variado.
Fraqueza muscular.
Desordem metabólica do cobre.
27. Cromossomopatias:
- Alterações ou anomalias nos cromossomos: Transmissão
hereditária ou durante a divisão celular:
- A) Síndromes autossômicos específicos:
- Trissomia G (trissomia 21 – Sínd. de Down)
- Trissomia E (trissomia 18 – Sind. Edward)
- Trissomia D (trissomia 13 – Sínd. De Patau)
- B) Síndromes Gonossomicas – alterações ligadas aos
Cromossomos sexuais:
- Síndrome de Turner (XO) e de Klinefelter (XXY)
28. Síndrome de Prader Willi
Anormalidade ligada ao
cromossomo 15 (Pai)
Compulsividade para
comida-obesidade.
Teimosia- distúrbios de
comportamento.
Anomalias dentárias
29. Síndrome de Angelman
Anormalidade ligada ao cromossomo 15
Hipotonia
Convulsões
Ausência de fala
Riso compulsivo
“ S. Marionete Feliz“
30. Síndrome de Cornélia de Lang
As mãos e os pés são pequenos, o quinto
dedo está geralmente encurvado
Acentuado retardo do crescimento.
Rejeição ao relacionamento social e
contatos físicos.
DV e Surdez (?)
Tendência para o comportamento
estereotipado.
Dificuldade em demonstrar emoções .
DI e atividade física preguiçosa.
Herança autossômica ou duplicação do
braço longo do Cromossomo 3
31. Síndrome de Rett
Características principais Idade de
manifestação
Desenvolvimento de múltiplos déficits específicos
após um período de funcionamento normal
nos primeiros meses de vida.
Desaceleração do crescimento do perímetro
cefálico.
Perda das habilidades voluntárias das mãos adquiridas
anteriormente, e posterior desenvolvimento
de movimentos estereotipados semelhantes
a lavar ou torcer as mãos.
O interesse social diminui após os primeiros
anos de manifestação do quadro, embora possa
se desenvolver mais tarde.
Prejuízo severo do desenvolvimento da linguagem
expressiva ou receptiva.
Primeiras
manifestações
após os primeiros
6 a 12 meses de vida.
Prejuízos funcionais
do
desenvolvimento dos
6
meses aos primeiros
anos de vida.
A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : transtornos globais do desenvolvimento / José
Ferreira Belisário Júnior,Patrícia Cunha. - Brasília : Ministério da Educação,2010
32. Síndrome de Williams
Retardo no crescimento (75% ritmo normal)
problemas de coordenação e equilíbrio e atraso
psicomotor
"face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e
empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios,
dentes pequenos e sorriso frequente.
Personalidade amável e expansiva, voz rouca ,
discreta disfunção neurológica.
Funções motoras e perceptivas mais reduzidas que
o desempenho verbal e as funções de memória.
Sensibilidade musical e boa memória auditiva.
Estatura moderadamente baixa , anomalias faciais e
genéticas.
Hiperacusia
Aprendizagem - dificuldades em cálculos numéricos
e orientação espacial. Cromossomo 7
33. Síndrome do X – Frágil
Anormalidade do cromossomo X (q-27)
Atrasos no desenvolvimento psicomotor, com
aquisição tardia de posturas; dificuldades na
coordenação de movimentos amplos e finos,
inclusive nos requeridos pela motricidade oral
para articular a fala. Otites freqüentes e
recorrentes
Retardo mental e/ou autismo
Aguçada memória, senso de humor e habilidade
para imitar.
Disfunção sensorial –dificuldade em elaborar e
integrar informações.
Estereotipias com os membros Palato ogival ("céu
da boca”). Má oclusão dentária.
Transtornos oculares (estrabismo, miopia).
Pobre contato olho-a-olho, fala comprometida e
linguagem atrasada.
34. Síndrome de Lesch - Nyhan
Retardo severo.
Auto-mutilação.
Anormalidade ligada ao
cromossomo X.
Espasticidade hipertrofia
muscular devido a
espasmos.
35. Transtorno de Tourette
Múltiplos tiques motores.
Tiques vocais- palavras, sons, espirros,
tosse, coprolalia.
Obsessões compulsões/Hiperatividade e
Humor deprimido.
Transtorno de Atenção e Aprendizagem.
36. Síndrome de Moebus
Caracteriza-se por paralisia congênita e não progressiva do
VII e do VI nervos cranianos (NC), quase sempre bilateral, o
que produz uma aparência facial pouco expressiva e
estrabismo convergente. Frequentemente outros NC
apresentam-se comprometidos, uni ou bilateralmente,
determinando ptose palpebral, estrabismo divergente,
surdez, distúrbios da sensibilidade nos territórios inervados
pelo trigêmeo, disfagia, disfonia e atrofia da língua, que
podem ser verificados em diferentes combinações. Número
significativo de casos acompanha-se de deficiência
intelectual sugerindo que o envolvimento do SN possa ser
mais difuso do que o apontado pela presença maciça das
paralisias de NC. Malformações esqueléticas estão presentes
em grande número de casos, especialmente pés tortos.
Micrognatia e aplasia do peitoral também são observadas em
associação à SM, constituíndo a denominada síndrome de
Polland. Já foram descritas outras anormalidades, como
defeitos das extremidades, dos dentes, cardíacos e
disfunção respiratória central, dentre outras menos comuns.
37. Fatores Perinatais e Neonatais
Perinatais envolvem toda a problemática
decorrente do atendimento materno-infantil. Em
nosso meio, eles são provavelmente os fatores mais
importantes de DI.
ANOXIA – Brasil
A) Prematuridade
B) Metabolopatias (hipoglissemia)
C) Síndrome do Sofrimento Cerebral (placenta
prévea, traumatismo obstétrico, anoxia,
hemorragia intracraniana)
D) Infecções – meningite, encefalite
38. Fatores Pós-Natais
A) Infecções – meningite, encefalite, vacinas
B) endocrinometabolopatias –
C) Convulsões (Síndrome de West, lesão cerebral)
D) Anoxia (Cardiopatias congênitas, paradas cardíaca,
asfixia)
E) Traumatismos crânio-encefálicos (hemorragias
cerebrais)
F) Fatores Ambientais (privação cultural extrema)
39. Fatores Pós-Natais
Infecções
Meningoencefalites bacteriana e as virais,
principalmente por herpes vírus,
diagnosticada a partir de reações sorológicas
e alterações radiológicas características.
Menigites bacterianas, principalmente devido a
Haemophilus influenzae e Diplococcus
pneumonice.
Traumatismos cranioencefálicos
Fatores Químicos – ação de fatores tóxicos
que provocam lesao cerebral. Ex. O2 usado
na reanimação de crianças recem-nascida
está relacionado à fibroplasia retrolental
(DV). Chumbo (Stern,1972)
40. Síndrome de Lennox-
Gastaut
Epilepsia grave da infância, início entre
1 e 6 anos.
Retardo mental ( 67% - 85%)
Síndrome convulsiva severa.
Retardo no desenvolvimento neuro-
psicomotor.
41. Etiopatogenia da DI
1 – DI ETIOLOGIA DEFINITIVAMENTE AMBIENTAL
1.1 CAUSAS PRÉ-
NATAIS
Agentes Infecciosos
Agentes Físicos
Agentes Químicos
1.2 CAUSAS
PERINATAIS
Prematuridade
Parto distócico e hiperbirrubinemias
Incompatibilidade materno-infantil
1.3 CAUSAS PÓS-
NATAIS
Trauma com lesão de SNC
Infecções, ação de tóxicos
Perturbações vasculares cerebrais
Má nutrição
42. Etiopatogenia da DI
2 – DI ETIOLOGIA GENÉTICA
1.1 CAUSAS
GENÉTICAS
HERANÇA MENDELIANA
a. Herança autossomica recessiva
b. Herança autossomica dominante
c. Herança recessiva ligada ao X
1.2 CAUSAS
CROMOSSÔMICAS
TRISSOMIA
a. Total (S.Down 21, S.Edwards 18,
S.Patau 13-15)
b. Parcial – resultado de translocação
não equilibrada.
DELEÇÕES DO TIPO 4P. 5P.
TRANSLAÇÕES: D/G
Outras aberrações: aneuploidias de
cromossomos sexuais (S. Turner)
43. Etiopatogenia da DI
3 DI Com Participação Desconhecida Dos
Fatores Ambientais E Genéticos
Em 4% dos Casos de DI, desconhece-se a
importância relativa dos fatores ambientais e
genéticos. Provavelmente uma parte das
deficiências intelectuais seja devido à conjunção
de fatores poligênicos e ambientais.
44. Deficiência Intelectual
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldade de
aprendizagem
É observado durante a
vida escolar
Apresenta-se em uma
área de aprendizagem
Está atrelado ao fracasso
escolar
Deficiência Intelectual
É observado um
desenvolvimento
qualitativamente
diferenciado de seus
pares de mesma idade
Geralmente, anterior a
entrada na escola
Pode apresentar
dificuldade de
aprendizagem em várias
áreas de saber /aprender
47. DESAFIOS
Como avaliar as necessidades
pedagógicas específicas?
Como realizar as adaptações nos
recursos pedagógicos ?
Como planejar e executar o AEE?
48. Atendimento Educacional Especializado
Atividades e recursos pedagógicos e de
acessibilidade organizados institucionalmente,
prestado de forma complementar ou
suplementar à formação dos alunos público alvo
da Educação Especial, matriculados no ensino
regular;
Salas de recursos multifuncionais
Centros de Atendimento Educacional
Especializado.
50. AEE – Atendimento Educacional
Especializado
Presta assessoria às escolas comuns que
possuem alunos com deficiências,
transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação. Isso ocorre
através de acompanhamento desses alunos
em sala de aula e da orientação de seus
professores, equipe pedagógica da Unidade
Escolar e pais.
Flexibilização curricular
Adaptação de recursos pedagógicos
Apoio ao Professor
51. Plano Atendimento Individualizado
PAI, É um planejamento individualizado,
periodicamente revisado e avaliado, contendo todas
as informações do aluno. Envolve a família, os
profissionais que lidam com o aluno e o próprio
sujeito.
Bases - interesses, possibilidades, conhecimentos do
estudante, necessidades e prioridades de
aprendizagem (como ensinar, quem vai ensinar e
como ensinar).
Organiza recursos, estratégias, conteúdos, busca a
participação dos profissionais envolvidos, “escuta” as
expectativas, estabelece os prazos/ processos
avaliativos e (...) Tem como o foco à construção de
habilidades e competências.
52. PEI - Metas
Avaliar e conhecer o aluno, ou seja, ter clareza das reais
necessidades do discente, conhecer sua história, seus interesses,
conhecimentos adquiridos e necessidades;
Estabelecer metas – Curto, médio e longo prazo
Planejamento – elaboração de um cronograma
Organizar o processo de avaliação
Capacidades e interesses , necessidades e prioridades,
metas e recurso, profissionais envolvidos
http://www.eduinclusivapesq-
uerj.pro.br/images/pdf/Carla.Ufscar.2012.pdf
53. Entrevista com o responsável
Observação do aluno
Atenção ao PPP
Descritores
Competências e Habilidades
Construção de Conhecimentos acadêmicos
Alfabetização / Letramento
Independência
Autonomia
56. Entrevista com o responsável
A entrevista, sempre que possível, deve
acontecer em ambiente tranquilo e reservado. De
preferência o encontro deve ser sem a presença
do aluno para facilitar o diálogo.
O ideal é que aconteça no início do período letivo,
desta forma o trabalho de adaptação do aluno a
dinâmica escolar será mais eficaz.
• Importância do esclarecimento da função da escola
• Do acolhimento à família em suas expectativas e
ansiedades
• Dar o enfoque educacional (muitas vezes a família
responde a entrevista com um perfil de anamnese
clínica)
• Entrevista mais informal – diminui as tensões.
57. Identificação
Nome completo do aluno: _________________________________________________
Idade:_______ Data de nascimento:____/_____/_______ Sexo: ( ) F M ( )
Filiação:_____________________________________________________________________
________________________________________________________________
Responsável pelo aluno:___________________________________________________
Endereço:______________________________________________________________
Tel.: _________________________________________________________________
Escolaridade
E Escola de Origem:_______________________________________________
Professor (es) Regente(s):_________________________________________________
Coordenador Pedagógico:_________________________________________________
Turno: ( )Manhã ( )Tarde ( ) Noite
Turma:_____________ Ano de Escolaridade:___________
Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE):
______________________________________________________________________
Escola da S.R.M.: _______________________________________________________
A caracterização
da escola, sua
dinâmica,
localização,
público alvo e o
PPP é de suma
importância !!!
58. A qualidade do lazer e da
vivência comunitária
influência diretamente o
desenvolvimento da
criança.
As questões da exclusão
social e dos estigmas
contribuem para o
prejuízo social.
A dificuldade no estabelecimento
das regras sociais muitas vezes
contribui para o isolamento social
familiar – a dificuldade na
comunicação, muitas vezes,
potencializa as dificuldades na
educação.
59. Como a família percebe o desenvolvimento
pedagógico cotidiano do aluno???/
O aluno apresenta interesse pela
escola ?
O aluno faz pareamento ?
O aluno classifica objetos?
O aluno tem registro gráfico?
Lê?
Compreende o que se passa no
entorno?
O aluno tem dificuldades motoras?
O aluno tem falhas senso perceptivas?
Apresentou ou apresenta atrasos no
desenvolvimento ?
O responsável compreende esses
aspectos como construção do
conhecimento?
60. Modo de se expressar e receber
informações Descrever como o
aluno se comunica:
Observar se comunicação do aluno
apresenta especificidades e vão influenciar
o seu desenvolvimento global.
O desenvolvimento Motor
61. Funções envolvidas no processo de
Ensino/Aprendizagem
CONSCIÊNCIA
ATENÇÃO
ORIENTAÇÃO
MEMÓRIA
INTELIGÊNCIA
LINGUAGEM
AFETIVIDADE
VONTADE
PSICOMOTRICIDADE
MOTIVAÇÃO
SENSO PERCEPÇÃO
PENSAMENTO
VIVÊNCIA DO TEMPO
E DE ESPAÇO
JUÍZO DE REALIDADE
VIVÊNCIA DO EU
As associações recíprocas entre
diversas áreas corticais asseguram a
coordenação entre a chegada de
impulsos sensitivos, sua
decodificação e associação, e a
atividade motora de resposta. A isto,
chamamos de funções nervosas
superiores (Relvas,2011)
62.
63. Como se Comunica?
Como reage as outras pessoas?
Qual seu interesse? O que olha?
O que mantêm sua atenção?
O que compreende quando falo?
Apresenta “leitura de mundo”?
Como esta seu processo de construção da leitura e da escrita?
Decodifica? Lê?
“Quando um profissional recebe uma pessoa com deficiência
para desenvolver qualquer tipo de trabalho, a avaliação da
mesma constitui um dos seus primeiros passos. Usualmente, ´´e
feito um levantamento das demandas, bem como daquilo que
essa pessoa já traz em seu conjunto de competências
desenvolvidas” Suplino, 2011
64. Modelo Teórico de Deficiência
Mental (AIDD, 2002)
ABDALLA J. F. S. 2009
65. Habili-
dades
intelec-
tuais
Comportamentos
Adaptativos
Participação
e interação
nos papeis
sociais
Saúde contexto
capacidade
raciocínio,
planejamen
to, solução
de
problemas,
pensament
o abstrato,
compreensã
o de idéias
complexas,
rapidez de
aprendizag
em e
aprendizag
em por
meio da
experiência
.
“conjunto de habilidades
conceituais, sociais e
práticas adquiridas pela
pessoa para corresponder
às demandas da vida
cotidiana: conceituais
(acadêmicos, cognitivos
e de comunicação),
prática- habilidade de
vida independente nas
atividades da vida(
comer, mobilidade, usar
o banheiro,etc) social
Comportamentos
necessários ou esperados
socialmente,
(responsabilidade, auto-
estima, observância de
regras e normas, entre
outros.
participação e
à interação do
sujeito na vida
de sua
comunidade
(local onde o
sujeito vive),
bem como aos
papéis sociais
que ele
desenvolve na
mesma (como
trabalho,
recreação ou
atividades de
lazer).
condições de
saúde
(diagnóstico
clínico) da
pessoa,
incluindo
fatores
etiológios,
físicos e
mentais.
diz respeito às
condições inter-
relacionadas nas quais
a pessoa vive. São três
níveis:a) ambiente
social a pessoa, e
família;b) a
vizinhança, a
comunidade ou as
organizações ( serviços
de educação,
habilitação ou
apoios)c) os padrões da
cultura, sociedade,
populações mais
amplas, ou das
influências
sociopolíticas” (AAIDD,
2002, p.55).
66. Observação do aluno com
Especificidades pedagógicas
Comunicação –
Apresenta fala oral?
Apresenta comunicação funcional??
Apresenta comunicação por palavras soltas?
Comunicação por gestos?
Comunicação verbal e não-verbal?
Comunicação com vocabulário restrito?
Reconhece marcas de produtos?
Tem fala expressiva e fala receptiva?
Desenvolve o diálogo esperado para sua idade;escolaridade?
Compreende o que falo com ele?
Compreende textos orais?
Compreende metáforas (linguagem figurada)?
67. Observando a Interação Social
e as Habilidades Interpessoais?
Apresenta comportamento antecipatório de ações ou
situações?
Apresenta contato social compatível com sua idade?
Apresenta interesse por contato com crianças menores?
Apresenta relação dual com a professora?
Apresenta interesse por ícones da atualidade?
Apresenta interesse por ícones da sua faixa etária?
Compreende regras e limites?
Receita limites
Apresenta habilidades sociais com colegas-grupos?
Apresenta empatia??
etc
68. Observando o comportamento
Apresenta comportamento de exploração do
ambiente? Como?
Apresenta comportamentos agressivos ou
apáticos?
Apresenta foco de interesse por ícones da sua
idade ?
Apresenta isolamento após experiência frustrada?
Apresenta apego exagerado?
Alterações por dificuldades senso perceptivas?
Apresenta autoregulação?
Apresenta desenvolvimento de função executiva?
69. Observando as Habilidades
Acadêmicas e Atividades Adaptativas
Reconhece letras e números?
Como esta seu processo de alfabetixação/letramento?
Reconhece a funcionalidade da escrita/leitura?
Faz seriações ?
Tem interesse por livros?
Desenha? Como? Como esta seu registro?
Compreende representação numérica e quantidade?
Compreende valor monetário (uso funcional do
dinheiro)?
Tem autonomia para uso do banheiro/autocuidados?
Compreende a rotina da escola?
Compreende o uso do dinheiro?
Tem boa leitura de mundo?
Etc
71. Grupo de
Referência –
alunos da mesma
idade
AGRUPADOS
POR FAIXA
ETÁRIA
Escola : PPP
Habilidades e
competências
Saberes científicos para
a série /ciclos
CONSTRUÇAO DO
CONHECIMENTO
Aluno
Habilidades,
COMPETÊNCIAS E
SABERES
Especificidades
72. Planejamento Pedagógico
Área do Conhecimento ______________
________________
Objetivo Conteúdo Habilidades Estratégias Atividades Recursos
Planejamento Pedagógico deverá ser construído em consonância com as
Orientações Curriculares e o Projeto Político Pedagógico da unidade
escolar, respeitando o grupo etário dos alunos e elencará os objetivos
específicos para o período letivo.
Período Letivo:______________________
73. Falando de Inclusão Escolar
Facilitadores da Inclusão Escolar:
1 - Orientar a escola a construir o vínculo Professor/aluno a partir de seu
interesse e de sua história de vida (conhecimento e sabes cotidianos)
2 - Planejar uma rotina com atividades diversificadas e de curta duração.
3 - Organizar um ambiente com facilitadores pedagógicos ( livros, cantinho de
brinquedos, cartazes com alfabeto, construir regras com a turma e produzir um
cartaz com estas regras - de preferência com imagens; conversar com a turma
sobre diversidade. Organizar a turma para sentar em pequenos grupos.
4 - É importante a localização da sala de aula. Evite salas próximas a ambiente
barulhentos e com muito movimento (dispersa o aluno)
5 - Converse com a professora sobre o planejamento das aulas. O ideal é o AEE
ter o planejamento antecipado para produzir as necessárias adaptações dos
recursos pedagógicos.
6 - É interessante organizar uma pasta com atividades extras utilizando como
tema gerador o interesse do aluno e utilizar este material em momentos que este
aluno tenha maiores dificuldades na autoregulação ou grande desinteresse .
7 - Caso o aluno tenha dificuldades de lidar com regras e limites, acorde com os
pais algumas regras.
74. Falando de Inclusão Escolar
• Acredito que se estamos falando de inclusão, o material pedagógico deve
ser o mesmo utilizado com todos os alunos; (O aluno teve ter acesso ao
que é trabalhado c os outros alunos, caso contrário fica isolado nas suas
atividades)
• As adaptações de recursos deve pautar-se neste material;
• O professor deve pensar estratégias diferenciadas p/o aluno. – Caso o
aluno tenha foco de interesse, os professores podem usá-lo como tema
gerador ao trabalhar os conteúdos ( garantirá maior atenção e interesse do
aluno);
• Uso de computador ou tablete pode ajudar - utilizando o material do
livro/apostila
• Utilizar imagens nos textos, nas opções de resposta é um facilitador
• Combinar rotinas diárias e no final da aula registrar um resumo, diminui a
ansiedade e sistematiza a aula,
• Na escrita a utilização de letra bastão caixa alta, costuma ser apoio na
construção da escrita e no seu registro.
• O uso de caderno de pauta ampliada é um diferenciados, principalmente no
inicio da construção da escrita.
• Muito importante a relação Professo/Aluno!
75. (...) Através desta coisa toda
que estamos fazendo,
Esperamos que as crianças
sejam felizes,
Dêem muitas risadas e
descubram que a vida é boa
(...) Rubem Alves
Obrigada!!
Izabel Moura
izabelsmoura@gmail.com
76. Bibliografia
BRASIL/MEC. Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica. Brasília: SEESP, 2008b.
______. Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: SEESP, 2007.
______. Plano Nacional de Educação 2014/MEC .Brasília
______.A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Deficiência Intelectual P. Ministério da SEE,
Universidade Federal do Ceará. Brasília,2010. o
ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICANA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM IV - Tr.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
___________ Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM – 5 Porto Alegre: Artmed,2014.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer?. São Paulo: Moderna, 2003.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10:
descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
Compêndio de Psiquiatria : Ciências Comportamentais – Psiquiatria Clínica – Harold I. Kaplan e Benjamin J.
Sadock ;Trad.; Dayse Batista – Porto Alegre; Artes Médicas Sul, l993
Maia, H. Neurociências e Desenvolvimento Cognitivo. Rio de Janeiro: Wak Ed. 2011
Suplino,M. Currículo Funcional Natural: Guia prático para educação na área do autismo e deficiência mental –
3ª. Edição Rio de Janeiro: Secretaria Especial de Direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência: Rio de Janeiro: CASB-RJ, 2009.
___________Ensinando a pessoas com autismo e deficiência Intelectual. Rio de Janeiro: Ed. Diferenças, 2011.
ASSUMPÇÃO JR, F.B. Tratado de Psiquiatria da Infância e Adolescência – São Paulo: Editora Atheneu, 2003.
_____________,Psiquiatria da Infância e Adolescência: casos Clínicos.Porto Alegre: Artmed,2014