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1 A CRISE DA
MONARQUIA NO BRASIL
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IDADE 1
HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL
TEMA 1
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A república, como forma de
governo, nasceu na Roma
antiga. Com ela, surgiu a noção
de um governo visto como
res publica (“coisa pública”),
que deve servir aos interesses
dos cidadãos.
Com a Revolução Francesa,
no final do século XVIII,
o conceito de república se uniu
ao de liberdade e democracia,
e passou a ser associado aos
direitos civis e políticos.
No Brasil, a república surgiu
para atender aos interesses
de setores do exército e das
elites econômicas e políticas
do país que se aliaram no final
do século XIX. Ou seja,
ela serviria a uma pequena
elite dominante.
O uso do Estado em benefício de
interesses privados tornou-se um
problema histórico da nossa república.
Um Estado público somente será
possível com a ampliação do exercício
da cidadania pelos brasileiros.
Uma república em construção
HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL
TEMA 1
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
Fatores de declínio do poder monárquico
Defesa do federalismo pelos
cafeicultores do Oeste Paulista,
que eram ligados ao capital
internacional e mais autônomos em
relação ao governo imperial que os
cafeicultores do Vale do Paraíba.
Conflitos entre o poder civil e
o religioso, a partir da defesa do
Estado laico por setores letrados
e da recusa de D. Pedro II em
obedecer a proibição da Igreja de
admitir eclesiásticos maçons.
Fatores para
o declínio da
monarquia e a
ascensão do
movimento
republicano
Sucessivos atritos entre o governo
e os militares após a Guerra do
Paraguai, conflito do qual o exército
saiu fortalecido.
Descontentamento das elites
tradicionais do Nordeste e do Vale
do Paraíba com a monarquia após
a abolição da escravatura (1888),
que não indenizou os antigos
proprietários de escravos.
HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL
TEMA 1
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
Com a modernização dos
principais núcleos urbanos
do Centro-Sul do país e o
crescimento das camadas
médias e da burguesia
cafeeira, o movimento
republicano se transformou
em força política decisiva.
Em 1870, o Manifesto
Republicano foi publicado,
criticando o caráter
centralizador e hereditário
da monarquia e defendendo
o princípio federativo do
regime republicano.
Proclamação da república
(1889)
No dia 15 de novembro,
o marechal Deodoro da
Fonseca marchou com as
tropas para o Ministério
da Guerra e proclamou a
república sem resistência
do imperador.
• Alguns republicanos, como Quintino Bocaiuva,
pregavam a instalação da república sem agitações
sociais que ameaçassem a ordem estabelecida.
• Outros, como Silva Jardim, defendiam uma ampla
mobilização popular para derrubar a monarquia.
O movimento republicano e o golpe de 1889
HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL
TEMA 1
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
Transformações mundiais
impactaram o Brasil, como
o iluminismo, a Revolução
Francesa, a Revolução
Industrial e o liberalismo
político e econômico.
Setores mais progressistas
da classe senhorial, visando
monopolizar o aparelho do
Estado, aliaram-se a grupos
ativos da classe média,
desejosa de participação
política.
O exército, igualmente
interessado em atuar
politicamente, agiu para
mudar o regime que
deixara de atender às
necessidades de parcelas
importantes da sociedade.
O apoio de novos grupos sociais à república
• Mais do que a ação isolada de um grupo de militares, o golpe de 15 de novembro
foi resultado de um contexto mais amplo que envolvia novos protagonistas sociais e
refletia mudanças que ocorriam por todo o mundo.
HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL
TEMA 1
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
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2 A PRIMEIRA REPÚBLICA
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IDADE 1
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A PRIMEIRA REPÚBLICA
TEMA 2
Os militares assumiram
a chefia do novo regime e
entregaram ao marechal
Deodoro da Fonseca o
comando do Governo
Provisório.
Falta de apoio político após
Deodoro entrar em choque
com as elites cafeicultoras
de São Paulo, que dominavam
o Poder Legislativo
e criticavam o caráter
centralizador do governo.
Colapso econômico com a
política adotada pelo ministro
da Fazenda, Rui Barbosa,
baseada na emissão de
dinheiro e no investimento
em ações da bolsa de valores
(Encilhamento).
Sob pressão, o marechal
Deodoro renunciou em
novembro de 1891 e foi
substituído pelo vice-
-presidente, o marechal
Floriano Peixoto, que tinha
o apoio dos cafeicultores
paulistas.
A República da Espada (1889-1894)
• Exílio da família real
na Europa.
• Naturalização de
estrangeiros imigrados.
• Eleições para o Congresso
Nacional Constituinte, que
elaborou a nova Constituição.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A PRIMEIRA REPÚBLICA
TEMA 2
Pontos da primeira Constituição
da república (1891)
• Criação da república presidencialista, com eleições para
presidente de quatro em quatro anos, sem direito à reeleição.
• Divisão do poder em três esferas: o Executivo (o presidente
da república e os ministros), o Legislativo (Câmara dos
Deputados e Senado) e o Judiciário (com a criação de um
Supremo Tribunal Federal).
• Estabelecimento do voto direto e universal para cidadãos
maiores de 21 anos, excluindo mendigos, analfabetos,
soldados e mulheres.
• Transformação das antigas províncias em estados com
relativa autonomia.
• Separação entre Estado e Igreja, extinção da pena de morte,
instituição da liberdade de culto religioso e do casamento civil.
• Laicização da educação pública, ainda que esta não fosse
obrigatória.
Brasão de Armas do Brasil,
desenhado pelo engenheiro
Artur Zauer por encomenda
de Deodoro da Fonseca.
REPRODUÇÃO
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A PRIMEIRA REPÚBLICA
TEMA 2
Política dos Governadores
Instrumento por meio do
qual os grupos dominantes
em cada estado apoiavam
o governo federal, que, em
troca, não reconhecia a
eleição de candidatos
de oposição.
Coronelismo
Para controlar os votos,
os coronéis (latifundiários
locais) ofereciam favores
em troca de votos ou
ameaçavam violentamente
os eleitores
(voto de cabresto).
A República Oligárquica
Campos Salles
(1898-1902)
Em seu governo, o presidente consolidou
os mecanismos de poder e de controle do
processo eleitoral que constituíram as bases
da República Oligárquica: a Política dos
Governadores e o coronelismo.
Prudente de Morais
(1894-1898)
O primeiro presidente eleito era membro da
elite cafeicultora paulista, permitindo a esse
grupo direcionar os recursos públicos em
benefício de seus próprios interesses.
O Estado foi administrado
como um bem particular para
promover favores e distribuir
benefícios (clientelismo).
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A PRIMEIRA REPÚBLICA
TEMA 2
A política do café com leite e a proteção ao café
O Rio Grande do Sul também
conquistou poder após se aliar a
deputados nordestinos. Outros
grupos políticos oligárquicos se
aliaram a mineiros e paulistas e
também passaram a determinar
os rumos políticos e econômicos
do país.
As oligarquias de São Paulo e
Minas Gerais, os estados mais
ricos da União, impuseram
seus interesses ao dominar
os cargos políticos federais
mais importantes, como o de
presidente da república e o
de ministro da Fazenda.
Produzido pelas elites
paulistas, o café era o principal
item de exportação
nacional e constituía a base
econômica do país. Com grande
aumento da produção a partir
do final do século XIX, contudo,
houve uma queda nos preços do
café no exterior.
O governo federal lançou
sucessivos planos para reerguer
os preços do produto. Iniciada
no Convênio de Taubaté
(1906), a principal medida foi
a de contrair empréstimos para
comprar estoques de café e
reduzir sua oferta, forçando o
aumento dos preços.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
A PRIMEIRA REPÚBLICA
TEMA 2
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3 CONFLITOS NO CAMPO:
CANUDOS, CONTESTADO
E O CANGAÇO
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IDADE 1
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS,
CONTESTADO E O CANGAÇO
TEMA 3
Permanência da estrutura
fundiária do período colonial
Desenvolvimento de um
regime político e eleitoral
excludente na república
Ausência de leis de proteção
ao trabalhador
Continuidade do cenário de
subdesenvolvimento
e de desigualdade econômica
e social
Surgimento de movimentos
sociais baseados na
religiosidade popular,
no messianismo e nas
práticas do banditismo social
Religiosidade popular e banditismo social
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS,
CONTESTADO E O CANGAÇO
TEMA 3
REGIÃO DE CANUDOS
A partir de 1871, o beato Antônio
Vicente Mendes Maciel realizou
peregrinações pelo Nordeste
pregando mensagens religiosas
e organizando obras com os
sertanejos. Por seu papel de
líder religioso e comunitário,
ficou conhecido como Antônio
Conselheiro.
Em1893,naantigafazenda
Canudos,naBahia,Conselheiroeseus
seguidoresfundaramacomunidade
agrícoladeBeloMonte.Organizada
emtornodapropriedadecomumdas
terrasedotrabalhocoletivo,Belo
Montechegouareunirentre20mile
30milmoradores,entreeles,muitos
pobreseex-escravos.
A autonomia da comunidade em
relação às oligarquias e a pregação
religiosa, a defesa dos pobres e
as críticas à República feitas por
Antônio Conselheiro incomodaram
tanto a Igreja quanto os poderes
locais e o próprio governo
republicano.
Em 1896, forças federais e baianas
iniciaram uma campanha para
destruir a comunidade de Canudos.
Apesar da superioridade bélica, o
exército do governo foi derrotado
pelos conselheiristas nas investidas
iniciais, e só conseguiu vencê-los na
quarta expedição.
Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos
OCEANO
ATLÂNTICO
EQUADOR
40º O
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Juazeiro
Canudos
Monte Santo
Rio Vaza
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MG
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RJ
SP
PR
SC
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Região de Canudos
Limites atuais entre
os estados
Fonte: Saga: a grande história
do Brasil. São Paulo: Abril
Cultural, 1981. p. 173.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
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NO
SO
400 km
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS,
CONTESTADO E O CANGAÇO
TEMA 3
A Guerra do Contestado (1912-1916)
• Em uma região disputada entre Paraná
e Santa Catarina, fazendeiros e empresas
estrangeiras construtoras de ferrovias
ocuparam as terras de pequenos
agricultores e posseiros (entre eles,
os chamados caboclos).
• Nesse contexto, surgiram movimentos
messiânicos como o do monge José Maria,
que atraiu muitos adeptos que ansiavam por
melhores condições de vida – entre eles, os
operários demitidos da construção da ferrovia.
• Após José Maria e seus fiéis chegarem à
cidade de Irani, autoridades do Paraná acreditaram que o grupo
havia sido enviado pelos catarinenses, e, assim, iniciaram uma
violenta repressão que causou a morte do pregador.
• A truculência do exército, a fome e as doenças enfraqueceram
o grupo, que acabou sendo derrotado em 1916.
A GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
50º O
Passo Fundo
Lages
Curitibanos
Caçador
Porto
União
Florianópolis
Uruguaiana
Santa
Maria
Porto Alegre
Campos
Novos
Videira
Irani
Curitiba
Ponta Grossa
Itararé
São Paulo
Palmas
ARGENTINA
URUGUAI
PARAGUAI
OCEANO
ATLÂNTICO
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Região disputada entre
Paraná e Santa Catarina
Região da Guerra do Contestado
Estrada de ferro São Paulo-Porto Alegre
Divisa atual entre os estados
Fonte: Os principais embates
da guerra. O Estado de S. Paulo,
11 fev. 2012.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
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SO
130 km
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS,
CONTESTADO E O CANGAÇO
TEMA 3
A partir dos anos de 1870, bandos
armados passaram a percorrer o
sertão nordestino promovendo
assaltos, atacando fazendas e
estabelecimentos comerciais
e fugindo da polícia.
Na década de 1940, o Brasil passou
por um processo de industrialização
e urbanização. Com isso, milhares de
sertanejos migraram para o Sudeste
por melhores condições de vida,
encerrando o período do cangaço.
Interpretações sobre o cangaço
• Década de 1920: na visão do político Gustavo Barros,
o cangaço resultou de um meio hostil e de uma
sociedade sertaneja “selvagem” e “isolada da civilização”.
• Década de 1960: para a socióloga Maria Isaura de
Queiroz, os cangaceiros seriam sertanejos conscientes
de sua miséria e dispostos a modificá-la.
• Década de 1970: segundo o historiador Eric
Hobsbawm, os cangaceiros seriam rebeldes rurais
conduzidos ao crime para sua sobrevivência.
O bando mais famoso, formado
em um ambiente de violentas
disputas entre famílias rivais, foi
o liderado por Lampião e durou
quase vinte anos.
O cangaço
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS,
CONTESTADO E O CANGAÇO
TEMA 3
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4 CONTESTAÇÕES
NAS CIDADES
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IDADE 1
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
TEMA 4
A migração e o desenvolvimento da indústria
O excedente de mão de
obra na Europa foi aliviado
pela emigração. Entre 1887
e 1930, cerca de
3,8 milhões de estrangeiros
chegaram ao Brasil, grande
parte vinda de países
europeus industrializados.
Sem qualificação,
dedicaram-se a lavouras
do Sudeste e Sul do país,
e muitos seguiram para as
cidades para trabalhar no
comércio ou no nascente
setor industrial.
O crescimento industrial resultou
na expansão do operariado,
que trabalhava entre 14 e
16 horas diárias sem direito
a férias, salário mínimo ou
indenização por acidentes.
A demanda por bens de
consumo doméstico gerada com
a migração para as cidades e a
aplicação dos lucros da produção
do café lançaram as bases de
criação da indústria nacional.
Operários imigrantes difundiram
nas indústrias ideias socialistas,
comunistas e anarquistas
e atuaram na formação dos
sindicatos, da imprensa operária e
na organização de greves.
Greve geral de 1917
Ocorrida em São Paulo,
a greve resultou na construção
de moradias populares e na
regulamentação das condições de
higiene e segurança nas fábricas,
apesar da forte repressão policial.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
Em 1902, a estrutura do Rio de
Janeiro foi modernizada com
o plano “bota-abaixo”, marcado pela
demolição de prédios, abertura de
avenidas, recalçamento e arborização.
Em São Paulo, os recursos gerados
pela economia cafeeira permitiram
a reurbanização da cidade, que se
dividiu em bairros nobres e áreas
destinadas aos bairros operários
e às fábricas.
A reurbanização das capitais
brasileiras foi marcada pela
expulsão da população pobre
das áreas centrais e nobres das
cidades. Essa população passou
a ocupar as periferias.
O crescimento das cidades
A migração de pessoas para
as cidades e a instalação
de novas indústrias,
estabelecimentos
comerciais e habitações
impulsionou a construção
civil e a contratação de
profissionais do setor.
A obrigatoriedade da
vacinação contra a varíola
e a falta de orientação
da população levaram à
Revolta da Vacina contra
os métodos violentos dos
batalhões da Saúde Pública
em 1904.
As cidades cresceram
e foram ocupadas de
maneira desordenada,
com moradias irregulares
e condições de higiene
precárias, facilitando a
proliferação de epidemias.
No Rio de Janeiro, o médico
sanitarista Oswaldo Cruz
conduziu campanhas pela
higienização da cidade e
erradicação de doenças e
criou brigadas sanitárias
para interditar os domicílios
insalubres.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
A luta negra nas cidades
• A abolição da escravidão e a proclamação da república não garantiram
a criação de políticas públicas para a inclusão social das populações negras.
Permanência
do racismo,
da segregação
social e da pobreza
O ingresso nas Forças Armadas
podia representar para os negros um
caminho de inserção social e meio de
sobrevivência. Na corporação, porém,
a disciplina era rígida, mantida com
violência física e psicológica.
Revolta da Chibata
(1910)
João Cândido liderou uma revolta
contra os castigos físicos que se
espalhou por vários navios de guerra.
Após se renderem, os marinheiros
foram presos e expulsos da corporação.
No período imperial e na Primeira
República, setores letrados da
população negra produziram jornais
destinados aos afrodescendentes
com o objetivo de valorizar sua
identidade e de promover sua
inclusão social.
O primeiro periódico da imprensa
negra foi O Homem de Cor (1833),
do Rio de Janeiro. Na Primeira
República, São Paulo também
se transformou em um centro
importante, contando com vários
jornais da imprensa negra.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
O modernismo
A riqueza gerada pela
produção do café fez surgir
uma nova elite social,
política e econômica, que
desejava também conquistar
a hegemonia no campo das
ideias e da cultura.
No início da década de 1920,
o modernismo surgiu como
um movimento em busca de
uma nova cultura nacional, que
unisse as vanguardas artísticas
europeias com manifestações
da cultura popular, de origem
africana e indígena.
Em 1922, foi organizada
em São Paulo a Semana
de Arte Moderna, cujos
organizadores queriam
proclamar a independência
cultural do país, rompendo com
o tradicionalismo e valorizando
em suas obras as raízes
brasileiras.
Essa burguesia,
essencialmente urbana,
rivalizava com a antiga elite do
país, que só se interessava pela
cultura europeia tradicional,
como as peças francesas e as
óperas italianas.
Modernistas da época
valorizavam o samba, a
capoeira, as tradições
indígenas e as manifestações
populares brasileiras, até
então desprezadas pelas elites.
O evento reuniu intelectuais,
pintores como Anita Malfatti
e Emiliano Di Cavalcanti,
escritores como Mário de
Andrade e Oswald de Andrade,
o escultor Victor Brecheret e o
compositor Heitor Villa-Lobos.
HISTÓRIA
O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL
UNIDADE 1
TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
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1 A PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
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IDADE 2
HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
TEMA 1
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
Rivalidades com a Alemanha
O rápido crescimento industrial alemão
ameaçava a supremacia econômica
britânica, enquanto os franceses desejavam
revanche pela perda da Alsácia-Lorena na
Guerra Franco-Prussiana, em 1870.
Rivalidade e
tensões entre
potências na
Europa
A disputa imperialista
por novas colônias na
África entre Grã-Bretanha,
França e Alemanha também
acirrava os ânimos.
Início da Paz Armada
A maioria dos países europeus
aumentou a produção de
armamentos e adotou o
serviço militar obrigatório.
Criação de acordos
econômicos, políticos e
militares e formação de duas
grandes alianças.
• Tríplice Aliança: Império
Austro-Húngaro, Alemanha
e Itália.
• Tríplice Entente: Rússia,
França e Grã-Bretanha.
Tensões por trás do otimismo
• Apesar do desenvolvimento econômico e tecnológico da Belle Époque, tensões entre as
potências europeias tornaram-se acirradas.
Nacionalismo
Na Península Balcânica, concorriam o plano
de criar a Grande Sérvia e o pan-eslavismo
dirigido pela Rússia. Havia na Europa
também o pangermanismo, que pregava a
reunião dos povos germânicos em um único
Estado liderado pela Alemanha.
HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
TEMA 1
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
Tratado de Berlim
(1878)
Estabeleceu a independência
da Romênia, da Sérvia e de
Montenegro, e transferiu
a administração da Bósnia-
-Herzegovina para o Império
Austro-Húngaro.
Início da Primeira
Guerra Mundial
(1914)
Após o descumprimento pelos
sérvios de exigências do
império, a Áustria declarou
guerra contra a Sérvia.
A Sérvia buscava reunir todos
os povos eslavos e ambicionava
incorporar a Bósnia-
-Herzegovina a seu território,
mas a região foi anexada pelos
austro-húngaros em 1908.
Em 1914, o herdeiro do trono
austro-húngaro, Francisco
Ferdinando, foi assassinado em
Sarajevo por um militante que
lutava pela causa bósnio-sérvia.
Reivindicação de várias
nacionalidades nos Bálcãs
por sua independência
Disputa militar entre
Rússia e Turquia
pelos Bálcãs
A Tríplice Aliança deu apoio à
Áustria, enquanto a Entente
apoiou os sérvios. Assim,
as alianças transformaram
um conflito regional em uma
guerra de efeito global.
A faísca no barril de pólvora
HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
TEMA 1
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
O conflito
• A Alemanha tentou invadir a França através
da Bélgica e de Luxemburgo, mas fracassou
após a resistência das tropas belgas, que
permitiram a reorganização da defesa
francesa.
• Guerra de trincheiras: as trincheiras eram
redes de valas cavadas no solo onde os
soldados se escondiam até o momento do
ataque. Com poucos avanços e recuos, essa
primeira fase do conflito foi estática.
• Frente Ocidental da Primeira Guerra:
ALIANÇAS E FRENTES DE COMBATE
NA PRIMEIRA GUERRA
45° N
0°
M
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BULGÁRIA
IMPÉRIO RUSSO
IMPÉRIO
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NORUEGA
DINAMARCA
PAÍSES
BAIXOS
GRÃ-BRETANHA
ISLÂNDIA
IMPÉRIO
ALEMÃO
BÉLGICA
SUÍÇA
ITÁLIA
ESPANHA
FRANÇA
ROMÊNIA
ALBÂNIA
GRÉCIA
IMPÉRIO
AUSTRO-HÚNGARO
SÉRVIA
MONTENEGRO
PORTUGAL
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DO
NORTE
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
Países neutros
Tríplice Aliança
Frentes em 1915
Frentes em 1914
Tríplice Entente e aliados
Fontes: CHALIAND, Gérard. Atlas
strategique. Paris: Complexe, 1988.
p. 34; Atlas histórico. Encyclopaedia
Britannica do Brasil. Barcelona:
Marin, 1997. p. 178.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
combates realizados em territórios francês e belga.
• A tecnologia bélica marítima definiu os rumos da guerra.
Britânicos impuseram um bloqueio naval impedindo a entrada
de suprimentos e matérias-primas na Alemanha, que por sua vez
utilizava submarinos para afundar embarcações inimigas.
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420 km
HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
TEMA 1
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
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2 A GUERRA A
CAMINHO DO FIM
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IDADE 2
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
A guerra na África
• A África foi um dos palcos da guerra e um dos motivos para
sua eclosão, pois era disputada pelas potências europeias.
• Cerca de 2,5 milhões de africanos participaram na guerra,
lutando na África ou na Europa.
• Muitos se alistaram voluntariamente por causa da
propaganda nacionalista nas colônias ou em busca
de alguma compensação da metrópole. Outros foram
recrutados à força, como no Mali e na Argélia.
• Africanos integrados às forças britânicas e francesas
ocuparam e conquistaram as colônias alemãs
do Togo e Camarões.
• Na África Oriental Alemã, aproximadamente 100 mil africanos
perderam a vida devido à fome, à exaustão ou a doenças.
• Portugal enviou cerca de 30 mil soldados para combater os
alemães em Angola e em Moçambique, país este que tinha
posição estratégica entre possessões alemãs e britânicas.
Um dia do exército e das
tropas coloniais na África,
cartaz de propaganda francesa
na África, gravura de Lucien
Hector Jonas, 1917.
UNIVERSAL
HISTORY
ARCHIVE/UNIVERSAL
IMAGES
GROUP/REX/
SHUTTERSTOCK
-
COLEÇÃO
PARTICULAR
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
Sem os russos, a Alemanha
concentrou suas tropas na
Frente Ocidental. Submarinos
alemães atacaram navios
estadunidenses com
suprimentos para a Entente.
Até então, os Estados Unidos
forneciam dinheiro, armas
e artigos manufaturados à
Entente. Os estadunidenses
temiam o acelerado
crescimento industrial alemão
e preferiam a vitória britânica.
Os Estados Unidos
declararam guerra aos
alemães e, após uma série
de vitórias, os exércitos da
Tríplice Entente obrigaram
o exército da Alemanha a
recuar.
Em novembro de 1917, uma
revolução na Rússia levou ao
poder um novo governo, que
retirou o país da guerra e
assinou a paz com a Alemanha.
Fim da Primeira Guerra
Em 9 de novembro de 1918, o
imperador Guilherme II
abdicou do trono alemão.
Dois dias depois, uma delegação
enviada a Paris assinou a
rendição da Alemanha.
O fim da guerra
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
Em 1919, iniciou-se
a Conferência de
Paris, em que os três
líderes da aliança
vencedora negociaram
e estabeleceram as
bases para os acordos
de paz.
Para preservar os
países perdedores
e evitar novos
conflitos, o presidente
estadunidense
Woodrow Wilson
propôs 14 princípios
e a criação da
Liga das Nações.
Os alemães também
tiveram que ceder
uma faixa de terra
para a Polônia que
lhe garantia o acesso
ao mar (Corredor
Polonês).
Tratado de Versalhes
(1919)
A Alemanha foi
obrigada a devolver a
Alsácia-Lorena para a
França, a indenizar os
vencedores e a ceder
suas colônias.
Fonte: CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre.
Atlas politique du XXe siècle. Paris: Seuil, 1988. p. 52.
A EUROPA APÓS A PRIMEIRA GUERRA
42° N
0°
M
E
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ID
IA
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D
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G
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CÍRCULO
POLAR ÁRTICO
32° L
ISLÂNDIA
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DO
NORTE
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
ESPANHA
P
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T
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G
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FRANÇA
HUNGRIA
SUÍÇA
ROMÊNIA
ITÁLIA
BULGÁRIA
IUGOSLÁVIA
ALBÂNIA
GRÉCIA
ÁUSTRIA
TURQUIA
ALEMANHA
SUÉCIA
FINLÂNDIA
RÚSSIA
SOVIÉTICA
NORUEGA
DINAMARCA
POLÔNIA
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
ALEMANHA
TCHECOSLOVÁQUIA
PAÍSES
BAIXOS
GRÃ-BRETANHA
Alsácia-
-Lorena
Áustria
Perdas do Império
Austro-Húngaro
Alemanha
Perdas do Império
Alemão
Rússia soviética
Perdas do Império Russo
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
A paz dos vencedores
NE
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SE
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NO
SO
460 km
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
O mundo após a guerra
• Além das perdas humanas e dos danos ambientais e materiais, a Primeira Guerra
Mundial causou grandes mudanças em todo o mundo.
Local Consequências da guerra
Europa
Destruição, inflação, miséria e endividamento externo.
Onda de revoluções e greves operárias.
Crise da democracia parlamentar e formação de regimes totalitários, fortemente
militarizados e nacionalistas.
Ingresso das mulheres no mercado de trabalho devido à escassez de mão de obra
masculina; com isso, fortaleceram-se os movimentos pela emancipação feminina.
Estados
Unidos
Expansão da indústria bélica e da agricultura, crescimento da exportação de
manufaturados em 1.000% e concessão de empréstimo bilionário aos países
europeus, tornando-se assim a principal potência mundial.
África
Esvaziamento de aldeias, destruição de culturas e redução da população masculina.
Transferência de colônias alemãs para a Grã-Bretanha e a França.
Despertar de visão crítica sobre a dominação imperialista europeia.
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
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3 GUERRA E REVOLUÇÃO
NA RÚSSIA
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IDADE 2
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
A Rússia era uma monarquia
absolutista governada por
um czar, que tinha em suas
mãos todos os poderes e
o apoio da Igreja Ortodoxa
Russa e da nobreza
proprietária de terras.
Na segunda metade do
século XIX, o czar Alexandre II
iniciou um programa de
reformas liberais com o intuito
de transformar a Rússia em
uma nação moderna
e industrial.
O czar aboliu a servidão,
distribuiu terras aos
camponeses, incentivou
as atividades industriais
e a fundação de bancos,
melhorou o ensino e
reorganizou o exército.
Enquanto cidades como
Moscou e São Petersburgo
foram modernizadas e
industrializadas, 80% da
população vivia no campo em
condições miseráveis.
As reformas e investimentos
estrangeiros intensificaram a
industrialização, misturando
antigas relações de trabalho
com práticas capitalistas de
produção e a exploração do
trabalhador industrial.
A transformação da Rússia
em um país de contrastes
e a extrema exploração
do trabalho propiciaram a
organização de greves e
sindicatos e a difusão das
ideias socialistas.
Um país de contrastes
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
Apesar da forte oposição
de setores rurais ao regime
czarista, o movimento
socialista russo voltou sua
atenção ao operariado,
influenciado por correntes
políticas europeias.
Criou-se, em 1898, o Partido
Operário Social-Democrata
Russo. Porém, divergências
de ideias entre seus
integrantes fizeram com
que o partido se dividisse
em dois grupos.
Em 1912, ocorreu o
rompimento definitivo entre
os dois grupos.
Bolcheviques
(“Representantes da maioria”)
Inspiravam-se nas ideias de
Marx e defendiam a aliança
entre os camponeses e o
operariado para derrubar
o czarismo e implantar o
socialismo no país.
Mencheviques
(“Representantes da minoria”)
Também marxistas, os
mencheviques buscavam
uma passagem gradual para
o socialismo por meio de
uma aliança dos operários e
camponeses com a burguesia.
Bolcheviques e mencheviques
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
Em 1904, a Rússia entrou
em guerra com o Japão pelo
controle da Manchúria, na
China, como parte da política
expansionista do czar
Nicolau II. A derrota
russa aumentou as tensões
sociais no país.
Em 1905, operários em greve
dirigiram-se ao palácio do
czar com um abaixo-assinado
reivindicando direito de greve,
melhores condições de vida e a
convocação de uma Assembleia
Constituinte.
Domingo Sangrento
(1905)
A manifestação foi fortemente
reprimida pela guarda imperial,
resultando na morte de
centenas de pessoas.
Revolução de Fevereiro
(1917)
O soviete de Petrogrado
pressionou o Parlamento
(Duma) a nomear um novo
governo liberal. O czar abdicou
e Alexander Kerensky passou a
dirigir um Governo Provisório.
Rebeliões, greves, deserções,
revoltas armadas de soldados,
a fome causada pela crise de
abastecimento da Primeira
Guerra e a ação dos sovietes
criaram um clima revolucionário
na Rússia.
Uma onda de protestos e
greves se espalhou pela Rússia
e impulsionou a formação
dos sovietes, conselhos de
representantes eleitos por
operários, camponeses e
soldados.
Do Domingo Sangrento à
Revolução de Fevereiro de 1917
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
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4 A RÚSSIA SOCIALISTA
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IDADE 2
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
A RÚSSIA SOCIALISTA
TEMA 4
A Revolução de Fevereiro e
o Governo Provisório foram
conduzidos por socialistas-
-revolucionários, mencheviques e
liberais. A maior parte da liderança
bolchevique estava exilada
ou presa na Sibéria.
O bolchevique Vladimir Lênin
escreveu as Teses de abril,
conclamando a derrubada do
Governo Provisório e a entrega
do poder aos sovietes. Suas teses
foram aprovadas pelo Partido
Bolchevique.
Revolução de Outubro
(1917)
Os bolcheviques tomaram
o Palácio de Inverno e
depuseram o governo
republicano liberal de
Kerensky. Sob a liderança
de Lênin, os sovietes
assumiram o poder.
Tratado de Brest-Litovsk
(1918)
O novo governo assinou um tratado
com as potências centrais que
retirava a Rússia da guerra, o que
lhe custou os territórios bálticos, a
Bessarábia, a Polônia e a Finlândia.
Os revolucionários bolcheviques
estatizaram bancos, estradas de
ferro e indústrias, expropriaram a
burguesia e confiscaram as terras
da nobreza e da Igreja, que foram
distribuídas entre os camponeses.
A Revolução de Outubro de 1917
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
A expropriação da burguesia,
da nobreza e da Igreja pelo
novo governo revolucionário
afetou investidores
estrangeiros e gerou uma
reação desses setores.
Início da guerra civil na Rússia
(1918)
De um lado, bolcheviques do
Exército Vermelho, comandados
por Leon Trotsky; do outro, czaristas,
aristocratas e burgueses reunidos
no Exército Branco com apoio de
catorze potências estrangeiras.
Fim da guerra civil
(1921)
Após a vitória do Exército
Vermelho, a Rússia estava
em colapso; o país teve de
enfrentar a diminuição da
produção, o esvaziamento
das cidades e minas, o
desmantelamento dos
transportes e a fome.
Lênin estabeleceu o comunismo
de guerra, que definiu o confisco
de colheitas, a suspensão das
liberdades de imprensa, de greve
e de associação, a proibição dos
demais partidos e a execução do
czar e de sua família.
Apesar da guerra civil,
o Partido Comunista
estabeleceu a instrução
gratuita e obrigatória e
uma política de combate ao
analfabetismo.
A guerra civil e o comunismo de guerra
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
Nova Política Econômica (NEP)
(1921)
Por meio da medida, o Partido
Comunista procurava desenvolver
alguns aspectos capitalistas
para estimular a produção
de excedentes no campo e o
crescimento industrial.
• Formação de cooperativas
nacionais.
• Funcionamento de pequenas
e médias empresas privadas.
• Permissão para os camponeses
venderem seus produtos no
mercado livre.
A NEP, contudo, não
conseguiu impulsionar a
economia russa. Em 1922,
a Rússia foi renomeada de
União Soviética.
No entanto, as grandes
indústrias, as comunicações,
o sistema financeiro e os
transportes continuaram
controlados pelo Estado.
Na década de 1930,
com os chamados planos
quinquenais, a União Soviética
passou a apresentar taxas de
crescimento até então nunca
alcançadas pelas potências
capitalistas, que sofriam os
efeitos da crise de 1929.
A Nova Política Econômica
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
Com a morte de Lênin
em 1924, o poder foi
disputado entre Leon
Trotsky, que propunha
a expansão mundial da
revolução, e Joseph
Stalin, que priorizava
consolidar a revolução no
próprio país.
Stalin venceu a disputa
e passou a governar a
União Soviética como um
ditador. Acredita-se que
5 milhões de pessoas
foram presas e cerca de
500 mil foram executadas
pelo regime stalinista.
O regime aprovou a coletivização
forçada da agricultura,
que obrigava os camponeses
prósperos (kulaks) a aderir às
fazendas coletivas. Ao resistir a
entregar sua produção, os kulaks
foram presos, executados ou
deportados e sua classe
foi eliminada.
O governo soviético buscou punir
críticos da burocracia stalinista e
pessoas acusadas ou suspeitas de
trair a revolução, levando-as para
campos de trabalho forçado e
implantando o terror no país.
A ditadura stalinista
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
O realismo socialista
• A arte foi parte da transformação social e
da criação de uma cultura revolucionária.
Os socialistas buscaram estimular a
livre expressão artística e despertar nos
trabalhadores o interesse pela arte.
• Com Stalin, contudo, as vanguardas
soviéticas foram reprimidas. Financiada
e controlada pelo Estado, a arte
passou a enaltecer a “pátria” soviética
e a representar apenas o mundo dos
trabalhadores.
• Normatizado e delimitado pelo Estado,
o realismo socialista se tornou a arte
oficial da União Soviética, cumprindo um
papel fundamental na preservação do
regime stalinista.
Detalhe de O komsomol mobilizado,
pintura de Alexander Samokhvalov,
1932-1933.
©
SAMOKHVALOV,
ALEKSANDR
NIKOLAEVICH/AUTVIS,
BRASIL,
2018
-
MUSEU
ESTATAL
DA
RÚSSIA,
MOSCOU
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
Na visão de intelectuais,
trabalhadores e setores da
classe média, a Primeira
Guerra Mundial expôs
a falência dos modelos
econômicos e sociais
vigentes.
A partir da Revolução
Russa, o socialismo soviético
se apresentou como uma
alternativa ao capitalismo,
não apenas na Europa, mas
em todo o mundo.
Pôster soviético de 1920
que representa Vladimir
Lênin “varrendo o mundo” da
monarquia e do capitalismo.
Os impactos mundiais
da Revolução Russa
Os partidos socialistas
despontaram na Europa como
uma força capaz de construir
uma alternativa de futuro
para as camadas sociais
oprimidas.
BIBLIOTECA
LENIN,
MOSCOU
HISTÓRIA
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA
UNIDADE 2
TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
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1 A CRISE DE 1929
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IDADE 3
HISTÓRIA A CRISE DE 1929
TEMA 1
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A expansão econômica dos Estados Unidos
Momento após o fim da
Primeira Guerra Mundial
• Estados Unidos: o país não
sofreu com a destruição
provocada pelos combates
e se tornou o principal
exportador de mercadorias
do mundo.
• Europa: o desemprego cresceu
e a inflação desvalorizou as
moedas nacionais, causando o
empobrecimento da população.
Década de 1920
As medidas protecionistas
instituídas pelos países
europeus fizeram com que o
volume de exportações dos
Estados Unidos caísse. Com
a retração dos mercados
externo e interno, a economia
estadunidense passou a
enfrentar um problema de
superprodução.
A partir de 1925
Diante da desaceleração do
crescimento econômico dos
Estados Unidos, o governo
e os bancos passaram a
oferecer crédito em excesso
para estimular a produção e
elevar o consumo, ampliando
a especulação na bolsa de
valores.
HISTÓRIA A CRISE DE 1929
TEMA 1
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O mercado de ações
• Ação é um documento que representa a propriedade de uma parte do patrimônio
de uma empresa.
• As empresas negociam suas ações na bolsa de valores.
O investidor
adquire ações de
uma empresa de
capital aberto por
um preço baixo.
Com o aumento dos
lucros da empresa, suas
ações valorizam-se.
Se os lucros da empresa
diminuem, o preço de
suas ações cai.
Caso venda suas ações nesse
momento, o investidor terá lucro.
Caso venda suas ações nesse
momento, o investidor terá prejuízo.
HISTÓRIA A CRISE DE 1929
TEMA 1
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A quebra da bolsa de Nova York
Em outubro de 1929,
o governo dos Estados
Unidos elevou a taxa
de juros sobre as
operações de crédito
para investimento no
mercado financeiro,
causando uma alta
especulação e uma
corrida para a venda
das ações.
Crack da bolsa
de Nova York
Milhões de ações foram
colocadas à venda,
mas não encontraram
compradores. Com isso,
milhares de investidores
foram à falência. Como
eles não podiam pagar os
empréstimos bancários
que haviam contraído para
comprar ações, os bancos
também quebraram.
Crise do sistema capitalista
Diante da incapacidade do mercado de reagir
por conta própria, a economia capitalista entrou
em uma crise que se prolongou por vários anos.
A União Soviética,
devido ao
isolamento imposto
pelos países
capitalistas, foi
preservada.
Os países da América
Latina, dependentes
de investimentos
estrangeiros e
da exportação de
gêneros primários,
foram prejudicados,
e passaram a
adotar medidas
de intervenção
econômica.
HISTÓRIA A CRISE DE 1929
TEMA 1
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
Roosevelt e o New Deal
Em 1933, Franklin
Roosevelt assumiu a
presidência dos Estados
Unidos com a promessa
de recuperar a economia
do país, ainda abalada
pela crise de 1929.
A recuperação da economia foi
financiada com dinheiro público,
obtido com o aumento de impostos
sobre os cidadãos mais ricos.
Agricultura
Fixação de limites à produção, recuperação de
preços e incentivos às exportações.
Indústria
Concessão de créditos a juros baixos pelo
governo para as empresas e nacionalização de
empresas em dificuldades.
Emprego
Redução da jornada semanal de trabalho,
fixação de um salário mínimo e geração de
empregos com a construção de obras públicas.
New Deal
(1933)
Programa de combate
à crise baseado na
adoção de medidas de
intervenção do Estado
na economia.
HISTÓRIA A CRISE DE 1929
TEMA 1
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
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2 O NAZIFASCISMO
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IDADE 3
HISTÓRIA O NAZIFASCISMO
TEMA 2
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A ascensão dos regimes totalitários na Europa
Fracasso da
revolução mundial
Apesar das agitações
ocorridas na Europa
logo após a Primeira
Guerra Mundial, a
partir de 1925 as
democracias liberais
atingiram certa
estabilidade.
Efeitos da crise de 1929
na Europa
• Redução dos capitais
estadunidenses investidos
no continente.
• Disseminação em massa
do desemprego.
• Crise econômica.
• Críticas ao liberalismo
político e econômico.
Ascensão de regimes totalitários
Algumas de suas características:
• A vontade do grupo governante
se confunde com a administração
do Estado.
• Controle das relações sociais
pelo governo e policiamento
extremo do cotidiano.
• Uso da força no combate
à oposição.
Principais exemplos
• Fascismo, na Itália.
• Nazismo, na Alemanha.
• Stalinismo, na União
Soviética.
A classe média e a
grande burguesia
passaram a apoiar
propostas autoritárias
para defender o
capitalismo.
Trabalhadores,
ativistas e intelectuais
passaram cada vez
mais a defender a
revolução socialista.
HISTÓRIA O NAZIFASCISMO
TEMA 2
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O fascismo na Itália
Após a Primeira
Guerra Mundial, a
Itália enfrentou o
drama das perdas
humanas no conflito
e uma grave crise
econômica, com a
falência de empresas
e o crescimento
do desemprego.
Avanço das propostas socialistas e
do movimento anarcossindicalista.
Fundação do Fasci di
Combattimento, grupo paramilitar
que combatia comunistas, a
democracia liberal e as organizações
operárias e socialistas.
Marcha sobre Roma
(1922)
O evento promovido pelos
fascistas pressionou o rei italiano,
que convocou Mussolini a ocupar
o cargo de primeiro-ministro.
Mussolini torna-se Duce
(1925)
Como ditador, Mussolini extinguiu
os partidos políticos de oposição,
censurou a imprensa e criou uma
polícia política que vigiava e punia
os opositores do regime.
HISTÓRIA O NAZIFASCISMO
TEMA 2
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O nazismo na Alemanha
Proclamação da
República de Weimar
(1918)
Por meio de uma revolução,
socialistas e liberais
proclamaram a república na
Alemanha, ainda durante a
Primeira Guerra Mundial.
Após assinar o Tratado de
Versalhes (1919), o novo
governo assumiu enormes
dívidas com os Estados Unidos
para pagar as indenizações
impostas pelo documento. Com
isso, os problemas sociais da
Alemanha se acirraram.
Fundação do Partido Nazista
(1919)
Liderados por Adolf Hitler,
os nazistas exploraram o
ressentimento e o nacionalismo
da população alemã,
disseminando a crença na
superioridade da “raça ariana”
e defendendo a destruição dos
“inimigos” da nação.
Alvos dos nazistas
• As potências que impuseram
o Tratado de Versalhes.
• Judeus.
• Comunistas.
• O governo de Weimar.
•Aumento do desemprego.
• Concentração de renda.
• Empobrecimento da classe
média e dos trabalhadores.
HISTÓRIA O NAZIFASCISMO
TEMA 2
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A chegada dos nazistas ao poder
A crise de 1929 atinge
a Alemanha
Com a retirada dos
capitais estadunidenses,
muitas indústrias
alemãs fecharam suas
portas, e o desemprego
industrial atingiu
44% da população
economicamente ativa.
Os grupos socialistas ganharam
força por suas críticas ao liberalismo
e à concentração de renda nas mãos
da burguesia.
Cresceu o movimento nazista, que
perseguia organizações socialistas
e comunistas. Para ampliar o apoio
popular, os nazistas apresentaram
propostas para beneficiar empresários
e trabalhadores e também para investir
na expansão do exército e da indústria
bélica alemã.
Os nazistas chegam ao poder
(1932-1933)
Após o Partido Nazista ter vencido
as eleições para o Parlamento
alemão (Reichstag) em 1932, no
ano seguinte, Hitler foi convidado
pelo presidente a assumir o cargo
de chanceler do governo alemão.
Início da ditadura nazista
(1933)
Os nazistas incendiaram o
Parlamento e responsabilizaram
os comunistas. Esse foi o pretexto
para dissolver o Parlamento e
decretar estado de emergência.
HISTÓRIA O NAZIFASCISMO
TEMA 2
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
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3 A SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
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IDADE 3
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A formação do Eixo
Itália
Mussolini implantou um
programa de modernização
da Itália voltado à conquista
de novos territórios,
começando pela África.
Alemanha
Hitler rompeu com o Tratado
de Versalhes e ampliou o
efetivo militar e a indústria
bélica alemã.
Formação do Eixo
Roma-Berlim
(1936)
Pacto
Anticomintern
(1936)
Japão
Fortalecido como maior
potência militar do Extremo
Oriente após a Primeira
Guerra, o país desejava
expandir seus territórios para
adquirir fontes de recursos
naturais, como o petróleo.
Pacto Tripartite
ou do Eixo
(1940)
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O início da Segunda Guerra Mundial
• Entre 1938 e 1939, a Alemanha anexou todo o território tcheco, enquanto
a Eslováquia declarou sua independência e alinhou-se aos nazistas.
• França e Grã-Bretanha assinaram um acordo com a Polônia que lhe garantia
apoio em caso de uma invasão alemã.
• Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão (1939): Alemães e soviéticos dividiram
a Polônia, e a União Soviética recuperou territórios perdidos ao final da
Primeira Guerra.
• Início da Segunda Guerra Mundial: Hitler ordenou a invasão da Polônia em
1o
de setembro de 1939. Dois dias depois, Grã-Bretanha e França declararam
guerra à Alemanha.
• Em 1940, por meio da Blitzkrieg, os alemães avançaram sobre a Escandinávia,
conquistando a Noruega e a Dinamarca, e logo partiram para a conquista da
França. Para isso, atraíram as tropas dos Aliados para a Bélgica e a Holanda;
divididos, os exércitos aliados não conseguiram conter as tropas nazistas,
que, em junho, tomaram Paris.
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A DIVISÃO DA TCHECOSLOVÁQUIA
50º N
10º L
MAR
BÁLTICO
MAR
DO NORTE
Regiões de maioria alemã
Regiões eslavas
Anexações húngaras
Anexação polonesa
Tchecoslováquia
antes de 1938
ALEMANHA
SUDETOS
MORÁVIA
HUNGRIA
RUTÊNIA
SUÍÇA
FRANÇA
SARRE
POLÔNIA
RENÂNIA
PRÚSSIA
ORIENTAL
LITUÂNIA
ITÁLIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA
Berlim
Varsóvia
Meme
Bratislava
Budapeste
Viena
Munique
Dantzig
Praga
ÁUSTRIA
BOÊMIA
(Protetorado alemão)
Teschen (1939)
ESLOVÁQUIA
(1939)
Fonte: CHALIAND, Gérard;
RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas
politique du XXe
siècle. Paris:
Seuil, 1988. p. 61.
50º N
10º L
MAR
BÁLTICO
MAR
DO NORTE
Regiões de maioria alemã
Regiões eslavas
Anexações húngaras
Anexação polonesa
Tchecoslováquia
antes de 1938
ALEMANHA
SUDETOS
MORÁVIA
HUNGRIA
RUTÊNIA
SUÍÇA
FRANÇA
SARRE
POLÔNIA
RENÂNIA
PRÚSSIA
ORIENTAL
LITUÂNIA
ITÁLIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA
Berlim
Varsóvia
Meme
Bratislava
Budapeste
Viena
Munique
Dantzig
Praga
ÁUSTRIA
BOÊMIA
(Protetorado alemão)
Teschen (1939)
ESLOVÁQUIA
(1939)
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
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110 km
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O Eixo no Leste e a guerra na União Soviética
Em 1941, boa parte
da Europa estava nas
mãos dos nazistas ou
de governos aliados de
Hitler. O Führer podia,
então, voltar-se para a
União Soviética.
Na madrugada de 22
de junho de 1941,
o exército nazista
invadiu a União
Soviética.
Operação
Barbarossa
Em setembro, os
nazistas impuseram
um cerco à cidade
soviética de
Leningrado que durou
900 dias.
Quando os nazistas
chegaram às portas
de Moscou, foram
derrotados pelo
Exército Vermelho.
Os alemães
empregaram muito
mais violência na
campanha da frente
oriental que na da
frente ocidental.
Resultado: 20 milhões
de mortos.
Motivações principais
• Reservas de petróleo
soviéticas.
• Racismo contra os
eslavos.
• Busca por conquistar
o “espaço vital” para o
desenvolvimento da
Alemanha.
Embora a rede de
espionagem soviética
(Orquestra Vermelha)
tivesse alertado sobre
as intenções alemãs,
a União Soviética até
então havia se
mantido neutra.
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
Os Estados Unidos na guerra
e a ofensiva aliada
• Disposto a evitar a influência dos Estados Unidos na Ásia, o Japão atacou
a base estadunidense de Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941.
• No dia seguinte, os Estados Unidos declararam guerra contra o Japão,
que recebeu o apoio da Alemanha e da Itália, suas aliadas.
• No ano seguinte ao desastroso bombardeio japonês à base de Midway
em 1942 (que resultou na perda de quase 4 mil homens e 332 aviões),
o Japão foi perdendo territórios no Pacífico para os Estados Unidos.
• Em busca do petróleo russo, os nazistas partiram em busca da conquista
do Cáucaso. Na batalha decisiva, em Stalingrado (1942-1943),
os nazistas foram derrotados. Saldo: 1,5 milhão de mortos.
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A GUERRA NA EUROPA EM 1942
45°N
0°
M
E
R
ID
IA
N
O
D
E
G
R
E
E
N
W
IC
H
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
32°L
ALEMANHA
SUÉCIA
FINLÂNDIA
UNIÃO SOVIÉTICA
REINO UNIDO
HUNGRIA
SUÍÇA
REPÚBLICA
FRANCESA
(Vichy)
ROMÊNIA
ITÁLIA
BULGÁRIA
ESPANHA
TURQUIA
NORUEGA
IRLANDA DINAMARCA
PAÍSES
BÁLTICOS
PAÍSES
BAIXOS
BIELORRÚSSIA
BÉLGICA POLÔNIA
UCRÂNIA
FRANÇA
IUGOSLÁVIA
CROÁCIA
ALBÂNIA
GRÉCIA
TUNÍSIA
Leningrado
Moscou
Corredor
Polonês
Berlim
Stalingrado
Paris
Roma
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DO
NORTE
MAR
BÁLTICO
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
ÁUSTRIA
(1938)
ESLOVÁQUIA
P
O
R
T
U
G
A
L
Ocupação militar alemã
de mar. 1939 a jun. 1941
Ocupação militar alemã
de jun. 1941 a nov. 1942
Países aliados e satélites
da Alemanha
Países adversários da
Alemanha
Países neutros
Frente de batalha do
Leste em nov. 1942
Alemanha em 1939
Territórios anexados
pela Alemanha
Fonte: CHALIAND, Gérard;
RAGEAU, Jean-Pierre.
Atlas stratégique. Paris:
Complexe, 1988. p. 39.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
NE
L
O
SE
S
N
NO
SO
290 km
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
A última fase da guerra
Frente ocidental
A ofensiva anglo-estadunidense
retirou alemães e italianos do
norte da África e derrubou
Mussolini na Itália. Resgatado
pelos alemães, Mussolini
proclamou a República de Saló.
Frente oriental
O Exército Vermelho avançou
em direção a Berlim, retomando
no caminho os territórios
ocupados pelos nazistas.
Derrota do Eixo no Ocidente
(Abril de 1945)
Após os Aliados libertarem a
França, a Bélgica e a Holanda,
os soviéticos invadiram Berlim,
e a Alemanha se rendeu. Na
Itália, Mussolini foi capturado e
executado pelos partisans, que
deram fim à República de Saló.
Dia D
Em 6 de junho de 1944,
cerca de 160 mil soldados
aliados, com o apoio de
6 mil navios e 5 mil aviões,
desembarcaram na costa
da Normandia, abrindo uma
nova frente da guerra
no Ocidente.
Bombardeio de
Hiroshima e Nagasaki
(Agosto de 1945)
No dia 6, os Estados Unidos
lançaram uma bomba atômica
sobre Hiroshima, e no dia 9, outra
em Nagasaki, matando milhares
de pessoas. Derrotado, o Japão se
rendeu no mês seguinte.
HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
TEMA 3
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
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4 OS CRIMES DE
GUERRA, A ONU
E A CARTA DE 1948
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IDADE 3
HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948
TEMA 4
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
Crimes de guerra
• Após a revelação das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial,
foi criado o conceito de crimes de guerra.
Crimes de guerra
Crimes contra a paz
Ações de planejamento
e execução de uma guerra de
agressão ou de violação de
tratado, sem razões que a
justifiquem.
Crimes de guerra no
sentido estrito
Execução, maus-tratos e
violência contra prisioneiros,
deportação de civis, pilhagem
do patrimônio e ataques à
população civil.
Crimes contra
a humanidade
Assassinato,
extermínio e escravização de
civis; perseguição
por motivos religiosos,
étnico-raciais ou políticos.
HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948
TEMA 4
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
Os crimes contra a humanidade na Segunda Guerra
Holocausto
Em 1942, o alto comando do
Reich ordenou o extermínio em
massa do povo judeu. Os nazistas
assassinaram mais de 6 milhões
de judeus, principalmente em
territórios da Polônia e da União
Soviética e nos campos de
extermínio de Auschwitz-
-Birkenau, Sobibór e Treblinka.
Bombardeio de Dresden
Sem qualquer justificativa, os
Aliados bombardearam a cidade
alemã de Dresden, um dos mais
belos centros da arte barroca
na Europa. Ao todo, os ataques
aliados mataram mais de 50 mil
pessoas, a maioria civis.
Bombardeio de
Hiroshima e Nagasaki
Quando a guerra já havia
terminado na Europa, os Estados
Unidos lançaram duas bombas
atômicas no Japão, devastando
as cidades de Hiroshima e
Nagasaki e matando mais
de 160 mil pessoas. Ainda
hoje, habitantes das duas
cidades sofrem com doenças e
alterações genéticas causadas
pela radiação.
Os nazistas também
assassinaram ciganos, negros,
eslavos, homossexuais e
testemunhas de Jeová.
HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948
TEMA 4
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
O Tribunal de Nuremberg, a ONU
e a Carta de 1948
• Tribunal Militar Internacional de Nuremberg: entre novembro de 1945 e
outubro de 1946, foram julgados os criminosos da Segunda Guerra Mundial,
especialmente os do alto escalão do regime nazista. Ao todo, 12 réus foram
condenados à pena de morte por enforcamento, 9 foram condenados à prisão
perpétua ou temporária e apenas 3 foram absolvidos.
• Organização das Nações Unidas (ONU): em 24 de outubro de 1945, China,
Estados Unidos, França, Reino Unido, União Soviética e outros países, incluindo
o Brasil, assinaram o documento fundador da organização, que tinha a missão
de preservar as gerações futuras da guerra.
• Os princípios estabelecidos pelas Nações Unidas são leis internacionais válidas
para todos os países-membros, mas as questões internas de cada país estão
fora de sua jurisdição.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos: aprovada em 10 de dezembro de
1948, a declaração serve de base para a luta contra a opressão, a discriminação
e a intolerância e por uma vida digna aos seres humanos de todo o mundo.
HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948
TEMA 4
A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNIDADE 3
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1 O PRIMEIRO GOVERNO
DE GETÚLIO VARGAS
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IDADE 4
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Aliança Liberal
(1929)
Formada por mineiros, gaúchos e
opositores à “política do café com
leite” de outros estados, lançou
a candidatura de Getúlio Vargas
contra o paulista Júlio Prestes.
Quebra da bolsa de valores
de Nova York
(1929)
A redução da exportação de
café para os Estados Unidos
agravou a crise do setor, gerando
desentendimentos entre os
produtores e o governo federal.
Apesar da eleição
de Prestes, após o
assassinato de João
Pessoa, vice-candidato
na chapa de Getúlio
Vargas, iniciou-se
uma revolta armada
contra o presidente
Washington Luís, que
renunciou ao cargo.
Revolução de 1930
Apoiado pela maioria dos
líderes do movimento, por
setores populares e por
militares, Getúlio Vargas
assumiu o poder, pondo fim à
República Oligárquica.
A crise e o fim da Primeira República
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Após a Revolução de 1930,
instituiu-se um governo
provisório, formado por
representantes das elites
estaduais vitoriosas e militares
que apoiaram o movimento.
Apesar da derrota militar, os
paulistas tiveram uma vitória
política com a convocação de
eleições para a Assembleia
Nacional Constituinte e
a nomeação de um
interventor paulista.
Medidas estabelecidas pela
Constituição de 1934
• Voto secreto e extensivo à
mulher que exercesse função
pública remunerada.
• Ensino primário integral
gratuito e obrigatório.
• Ensino religioso facultativo
nas escolas públicas.
• Direitos e regras trabalhistas.
• Eleições diretas em 1938.
Revolução Constitucionalista
de 1932
Reação militar paulista contra o
governo federal e a nomeação
de um interventor de fora.
O movimento terminou
por se render.
Interventores foram
nomeados para cada estado,
muitos deles militares,
responsáveis por escolher os
prefeitos dos municípios.
Vargas no poder: o governo provisório
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Ação Integralista
Brasileira (AIB)
Para superar a crise,
propunha uma forma de
governo inspirada nos
regimes totalitários, como
o fascismo na Itália e o
nazismo na Alemanha.
Aliança Nacional
Libertadora (ANL)
Contava com comunistas,
anarquistas, liberais e
socialistas e propunha um
governo popular, a reforma
agrária e a nacionalização
de empresas.
O Estado Novo
Instauração do
Estado Novo
(1937)
Tropas federais fecharam
o Congresso Nacional,
instauraram o Estado Novo
e anunciaram uma nova
Constituição que ampliava
os poderes do presidente.
Plano Cohen
(1937)
Suposto plano comunista
para tomar o poder, na
realidade redigido por um
capitão integralista como
pretexto para o futuro golpe
de Vargas.
Em 1935, a ANL organizou
uma revolta que serviu de
pretexto para o governo
decretar estado de sítio,
censurar os meios de
comunicação e prender os
envolvidos.
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Trabalhismo e repressão
Medidas do
Estado Novo
(1937-1945)
Política
trabalhista
Repressão
e censura
• Objetivo de aproximar os sindicatos do Estado e desarticular a
organização independente dos trabalhadores.
• Estabelecimento do imposto sindical e proibição de mais de um
sindicato por categoria.
• Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, 1943): estabeleceu
direitos como a jornada de 8 horas, a igualdade salarial entre
homens e mulheres, o salário mínimo, a proibição do trabalho
para menores de 14 anos, a licença-maternidade e o adicional
salarial por insalubridade.
• Delegacia de Ordem Política e Social (Dops, 1924):
redirecionada para reprimir comunistas, judeus, simpatizantes
do nazismo e do fascismo, imigrantes dos países do Eixo,
integralistas e opositores do governo.
• Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP, 1939):
difundia a ideologia do regime por meio da propaganda, do
controle das produções artísticas, da radiodifusão oficial do
governo, da organização de manifestações cívicas e festas
patrióticas e da censura.
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Durante o conflito, houve
uma queda no comércio
com a Alemanha, causada
por um bloqueio britânico,
e um aumento considerável
das trocas comerciais com
os Estados Unidos.
O Brasil passou a fornecer
borracha e minérios para
os países Aliados e permitiu
a instalação de bases
militares estadunidenses
no Nordeste em troca de
financiamentos.
A Alemanha atacou navios
mercantes brasileiros,
levando o país a declarar
guerra ao Eixo e enviar
a Força Expedicionária
Brasileira (FEB) para
combater nazistas na Itália.
Inimigos políticos conspiraram para
associar Vargas ao comunismo e tirá-lo
do poder, forçando-o a renunciar em
29 de outubro de 1945.
Com o fim da guerra, a situação política de
Vargas tornou-se insustentável. Manifestações
estudantis agitaram o país e Vargas foi
pressionado a anistiar presos políticos e
legalizar o Partido Comunista do Brasil (PCB).
O fim do Estado Novo
• O fim do governo Vargas está relacionado à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
TEMA 1
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
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2 O BRASIL ENTRE DUAS
DITADURAS (1945-1964)
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IDADE 4
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Após a deposição de Vargas, o
cargo de presidente da república
foi provisoriamente ocupado pelo
presidente do Supremo Tribunal
Federal, José Linhares. Com apoio de Vargas, o
candidato da coligação
PSD-PTB Eurico Gaspar
Dutra foi eleito presidente
e se alinhou aos Estados
Unidos, rompendo relações
com a União Soviética e
fechando o PCB.
Constituição de 1946
Marcou o retorno da
democracia, reconhecendo
direitos e liberdades
individuais, como a
liberdade de expressão, de
associação e a religiosa.
Novos Partidos
• Partido Social Democrático
(PSD): identificado com as velhas
elites agrárias estaduais.
• União Democrática Nacional
(UDN): antigetulista e contra a
intervenção do Estado na economia.
O retorno à democracia
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Nas eleições de 1950,
Vargas derrotou o candidato
apoiado por Dutra,
retornando à presidência e
mostrando ter um prestígio
político ainda muito forte.
Vargas enfrentou intensa
oposição a seu nacional-
-estatismo, favorável ao
fortalecimento do capital
nacional, à criação de
empresas estatais, à
ampliação de leis sociais e
ao intervencionismo.
Uma tentativa frustrada de
assassinato contra o líder
da oposição Carlos Lacerda
agravou a crise política e a
pressão para que as Forças
Armadas derrubassem o
presidente em 1954.
Entre renunciar ou sofrer
um golpe militar, Vargas
preferiu suicidar-se.
O vice-presidente Café Filho
assumiu a presidência,
garantindo a realização das
eleições em 1955.
O segundo governo Vargas
Polarizava com ele o
liberal-conservadorismo,
que defendia a liberalização
da economia, a abertura
do mercado ao capital
estrangeiro e o alinhamento
incondicional aos
Estados Unidos.
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
“Cinquenta anos em cinco”
Slogan do governo que se referia
ao objetivo de fazer o país progredir
com incentivos ao desenvolvimento
industrial e com a construção de
uma nova capital.
Surgiu a bossa nova, ritmo musical
derivado do samba e influenciado
pelo jazz, que deu projeção
internacional a artistas como João
Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de
Moraes e Baden Powell.
Os “anos
dourados”
do Brasil
Inauguração de Brasília
(1960)
Projetada por Lúcio Costa e Oscar
Niemeyer, buscou integrar as regiões
do país e foi erguida por candangos,
trabalhadores pobres que passaram a
viver nas cidades-satélites.
O país obteve grandes conquistas
no mundo do esporte: em 1958,
a seleção brasileira de futebol foi
campeã mundial e Maria Esther
Bueno tornou-se a melhor tenista do
mundo no ano seguinte.
O governo JK
• O período foi marcado por uma grande euforia nacional
e otimismo com o crescimento econômico.
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
O governo JK foi criticado
devido ao aumento da dívida
externa e da inflação e a várias
denúncias de corrupção,
principalmente envolvendo a
construção de Brasília.
Para limitar o poder do
presidente, o Congresso
instaurou um regime
parlamentarista, com
Tancredo Neves no cargo de
primeiro-ministro, como chefe
de governo.
Campanha da Legalidade
(1961)
Iniciada por Leonel Brizola,
exigiu o cumprimento da
Constituição e garantiu a posse
de Jango através de
um acordo.
Jânio Quadros foi eleito em
1960 com a promessa de
acabar com a dívida externa e
“varrer” a corrupção do Brasil,
usando como símbolo de
campanha uma vassoura.
Jânio tomou medidas
polêmicas: condecorou Ernesto
“Che” Guevara, restabeleceu
relações diplomáticas com
a União Soviética e abriu
relações comerciais com
a China.
Isolado politicamente,
Jânio renunciou e elites
conservadoras e militares
tentaram impedir a posse do
vice João Goulart (Jango)
por identificá-lo como uma
ameaça comunista.
O breve governo de Jânio Quadros
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Em 1963 um plebiscito
estabeleceu a volta do
presidencialismo e Jango
recuperou os poderes
presidenciais.
Reformas de Base
Previam a extensão do direito de
voto aos analfabetos e militares
de baixa patente, as reformas
agrária e educacional, e a
nacionalização de empresas e
serviços públicos.
Criação do Estatuto do
Trabalhador Rural
(1963)
Estendeu aos trabalhadores
rurais, defendidos pelas Ligas
Camponesas, os mesmos direitos
dos trabalhadores urbanos.
Ciente de que suas reformas não
seriam aprovadas no Congresso,
Jango as instituiu por meio de
decretos, começando com a
estatização de refinarias e a
desapropriação de terras para
reforma agrária.
Uma conspiração para
depor Jango uniu grandes
proprietários rurais, empresários
e militares. Conservadores
organizaram a Marcha da
Família com Deus pela
Liberdade (1964).
Golpe civil-militar
(1964)
As Forças Armadas deram um
golpe e Jango não conseguiu
resistir. O Congresso declarou
vaga a presidência e empossou
Ranieri Mazzilli, dando início
ao regime militar.
O governo Jango
HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964)
TEMA 2
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
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3 A MODERNIZAÇÃO
BRASILEIRA E SUAS
CONTRADIÇÕES
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IDADE 4
HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES
TEMA 3
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Até o início dos anos
1930, a economia
brasileira era baseada no
latifúndio, na monocultura
e na hierarquização social
entre donos de terras e
trabalhadores.
A política econômica
de Vargas promoveu
a industrialização e a
diversificação da produção
agrícola para reduzir as
importações e desenvolver o
mercado interno.
Uma elite industrial surgiu
no eixo Rio-São Paulo, que era
o maior produtor de café e já
sediava as primeiras indústrias
leves, concentrando a maior
parte das elites e da
classe média.
As cidades do Sudeste
atraíram trabalhadores do
interior e das regiões Norte
e Nordeste, que moravam e
trabalhavam em condições
precárias até a criação
da CLT (1943).
A economia na era Vargas
A redução das exportações
de café, a dificuldade de
importar industrializados
e o cultivo limitado para
abastecer o mercado interno
revelavam a necessidade de
reformas econômicas.
A estrutura econômica
nacional era dependente do
modelo agrário-exportador
e fortalecia a influência
política das oligarquias,
que tinha suas raízes na
sociedade colonial.
HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES
TEMA 3
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Criação de empresas estatais
• Companhia Siderúrgica Nacional
(1941): produção de aço.
• Companhia Vale do Rio Doce (1942):
extração e exportação do minério
de ferro.
• Companhia Hidrelétrica do São
Francisco (1945): geração e
fornecimento de energia.
• Petrobras (1953): monopólio sobre a
exploração do petróleo.
Incentivos à ocupação do interior
• Marcha para o Oeste: ocupação do
Centro-Oeste por meio de incentivos à
migração e à expansão das fronteiras
agrícolas.
• “Soldados da borracha”
(1943-1945): alistamento e envio
de milhares de brasileiros, a maioria
flagelados da seca e da fome no
Nordeste, à Amazônia, para trabalhar
na exploração do látex.
Medidas econômicas
de Vargas
A política econômica do Estado Novo
HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES
TEMA 3
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Nacional-desenvolvimentismo
Política econômica do governo
JK, que buscou promover
a integração territorial e o
fortalecimento do capitalismo
por meio de um mercado interno
forte e da industrialização.
Política econômica de Jânio Quadros
Controlou os gastos públicos, negociou
a dívida externa e abandonou a
impressão de dinheiro para saldar
os débitos, mas as medidas não
tiveram sucesso.
Política econômica de Jango
Estabeleceu a austeridade fiscal e
o pagamento das dívidas e propôs
a reforma agrária, que foi rejeitada
pelos conservadores em 1964.
Plano de Metas de JK
• Atração de investimentos
estrangeiros.
• Direcionamento de recursos do
Estado aos setores de energia,
indústria de base, transportes,
alimentação e educação.
Fracasso social
• Aprofundamento das
desigualdades regionais.
• Endividamento externo e
aumento da inflação.
• Marginalização dos
camponeses e precarização da
vida nas cidades.
O desenvolvimentismo
HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES
TEMA 3
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
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4 INDÍGENAS E NEGROS
NA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE NACIONAL
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IDADE 4
HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO
DA IDENTIDADE NACIONAL
TEMA 4
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
O governo buscou
formar uma identidade
nacional e construiu,
através da educação e
da cultura, um discurso
que homogeneizava as
massas em torno da
ideia de nação.
A iniciativa de integração
contribuiu para destruir culturas
e tradições indígenas ao
implementar políticas contra seus
interesses e sem consultar suas
lideranças.
A expansão das “fronteiras da
civilização” levou ao contato dos
brancos com grupos isolados e os
expôs a doenças, causando uma
nova crise demográfica dessa
população.
A política indigenista de Vargas
• Integração à sociedade como
agentes produtivos.
• Resgate da imagem de precursores
do Brasil.
• Criação do Dia do Índio (1934)
e fundação do Conselho Nacional
de Proteção aos Índios (1939).
Diálogo com artistas
e intelectuais
para identificar e
selecionar as raízes
nacionais e criar
uma cultura oficial
brasileira.
Mito das três raças
Atribuía a negros, indígenas e
brancos a mesma importância
na composição dos brasileiros,
para valorizar o trabalhador no
processo de crescimento do país.
Os indígenas no governo Vargas
HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO
DA IDENTIDADE NACIONAL
TEMA 4
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
Os indígenas depois de Vargas
• As mudanças na vida das populações indígenas continuaram nos anos seguintes.
• Apenas no governo de Jânio Quadros a ação coordenada de políticos e latifundiários
para integrar os indígenas e suas terras ao mercado sofreu uma importante derrota.
Governo de JK
• Nova Marcha para o Oeste:
caracterizada pela construção de
Brasília e do Cruzeiro Rodoviário, gerou
uma onda de expansão agrícola sem
regulamentação do Estado, que deixou
os indígenas do Centro-Oeste à mercê
dos latifundiários.
• Diminuição dos investimentos no
Serviço de Proteção aos Índios,
intensificando a exploração de
terras indígenas no Centro-Oeste e
Norte do país.
Governo Jânio Quadros
• Criação do Parque Nacional do
Xingu (1961), que contribuiu para
proteger as terras e os modos de
vida dos indígenas.
• Surgiu da iniciativa dos irmãos Villas-
-Bôas (que chefiaram a expedição
Roncador-Xingu para reconhecer terras
indígenas na era Vargas), de Darcy
Ribeiro e do Marechal Rondon.
• O parque tornou-se modelo para a
política de demarcação das terras
indígenas da Constituição de 1988.
HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO
DA IDENTIDADE NACIONAL
TEMA 4
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
A valorização dos afrodescendentes
ACERVO
ICONOGRAPHIA
Abdias do Nascimento e Léa Garcia
em cena da peça Sortilégio, do Teatro
Experimental do Negro, em 1957.
• Nos anos 1940, os negros do Brasil começaram
a se organizar para conquistar direitos básicos.
• Por meio da atuação de líderes como Abdias do
Nascimento (1914-2011), foi possível criar no
país uma frente para difundir as demandas da
comunidade negra.
• Teatro Experimental do Negro (1944):
fundado para valorizar a arte afro-brasileira,
contribuir para a alfabetização dos negros e
combater a discriminação racial.
• Lei Afonso Arinos (1951): tornou crime o
preconceito de raça ou de cor.
• Primeiro Congresso Nacional do Negro (1958):
discutiu a situação de exclusão social, política e
econômica dos negros no Brasil e criou um plano
de alfabetização para essa população.
HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO
DA IDENTIDADE NACIONAL
TEMA 4
O BRASIL DE VARGAS A JANGO
UNIDADE 4
T
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M
A
1 A CONFIGURAÇÃO
GEOPOLÍTICA NO
MUNDO BIPOLAR
U
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IDADE 5
HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR
TEMA 1
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A Segunda Guerra Mundial
mudou em definitivo a ordem
internacional existente até então,
marcada pela hegemonia da
Grã-Bretanha, França, Alemanha,
Império Austro-Húngaro e Rússia.
Guerra Fria
Período em que a aliança
circunstancial entre Estados
Unidos e União Soviética se
transformou em uma disputa
aberta, apesar de não haver um
enfrentamento militar direto
entre eles.
Conferências de Ialta
e Potsdam
(1945)
Afirmaram os Estados Unidos e
a União Soviética como novas
potências ao partilhar o mundo
em suas áreas de influência.
As origens do conflito
HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR
TEMA 1
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A ofensiva dos
Estados Unidos
A ofensiva dos Estados Unidos
• Os Estados Unidos saíram da Segunda Guerra fortalecidos, com menos perdas humanas, economia
em crescimento e monopólio das armas nucleares, voltando-se contra os inimigos soviéticos.
Doutrina Truman
(1947)
Comprometimento do presidente
Harry Truman em auxiliar
qualquer país na contenção do
avanço comunista.
Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan)
(1949)
Aliança militar permanente para
garantir a defesa de
seus membros contra o
avanço soviético.
República Federal
da Alemanha (RFA)
(1949)
Reunião das zonas de ocupação
estadunidense, britânica e francesa
na Alemanha para reforçar sua
integração à Europa Ocidental.
Macarthismo
(1953-1954)
Campanha anticomunista que
perseguiu suspeitos de serem
socialistas ou liberais críticos
à política estadunidense.
Plano Marshall
(1947)
Concessão de empréstimos
a países europeus ocidentais
devastados pela guerra para
reconstruir suas economias.
HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR
TEMA 1
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A contraofensiva soviética
• A União Soviética adotou medidas contra a ofensiva anticomunista estadunidense para
garantir seus interesses na Europa Oriental e conter o avanço capitalista na região.
A contraofensiva
soviética
Cominform
(1947)
Coordenação e controle
ideológico das ações dos
Partidos Comunistas
da Europa Oriental.
Pacto de Varsóvia
(1955)
Aliança militar do bloco
soviético, criada com os países
da Europa Oriental como
resposta à Otan.
República Democrática
Alemã (RDA)
(1949)
Fundada no lado da Alemanha
ocupado pelos soviéticos, com
a capital em Berlim Oriental.
Muro de Berlim
(1961)
Construído pela Alemanha
Oriental para conter o afluxo
de pessoas em direção ao lado
ocidental da cidade.
Comecon
(1949)
Integração das economias
do bloco socialista como uma
resposta da União Soviética
ao Plano Marshall.
HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR
TEMA 1
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A corrida armamentista e espacial
Em 1945, as bombas nucleares
lançadas pelos Estados Unidos
sobre as cidades de Hiroshima
e Nagasaki no Japão iniciaram a
corrida da União Soviética
para desenvolver a mesma
tecnologia bélica.
Os soviéticos testaram sua
primeira bomba nuclear em
1949, levando as duas potências
a agir estrategicamente para
que o mundo não estivesse sob a
ameaça de uma guerra nuclear.
Corrida espacial
A disputa por superioridade
econômica, científica e
tecnológica e em desenvolver
armas espaciais levou
estadunidenses e soviéticos à
exploração do espaço.
Missão Apollo 11
(1969)
Comandada pelo astronauta Neil
Armstrong, a nave estadunidense
chegou à Lua, pondo fim à
hegemonia soviética.
Hegemonia soviética
• Sputnik I (1957): primeiro
satélite artificial.
• Sputnik II (1957): levou ao
espaço o primeiro ser vivo.
• Yuri Gagarin (1961): primeiro
ser humano a viajar no espaço.
HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR
TEMA 1
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
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2 GUERRA E REVOLUÇÃO
NA ÁSIA: CHINA E COREIA
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IDADE 5
HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA
TEMA 2
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
Duas revoluções na China
A presença das potências
imperialistas estrangeiras
interessadas nos recursos
naturais e no mercado chinês
despertou o nacionalismo e uma
revolta contra o governo imperial.
Partido Nacionalista
(Kuomintang)
Liderado por Sun Yat-sen e
apoiado pela burguesia chinesa,
depôs o último imperador e
proclamou a república em 1911.
Partido Comunista da China
(1921)
Teve Mao Tsé-tung como uma
das lideranças e aliou-se ao
Kuomintang para combater os
grandes proprietários rurais.
República Popular da China
(1949)
Estabelecida após os comunistas
libertarem áreas do domínio
japonês e derrotarem os
nacionalistas.
Em 1927, o nacionalista
Chiang Kai-shek tomou o poder,
desfez a aliança e massacrou
os comunistas, que formaram o
Exército Vermelho e conquistaram
áreas rurais.
HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA
TEMA 2
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
O governo comunista estatizou
a atividade industrial,
confiscou as grandes
propriedades e parte dos bens
dos camponeses médios e
criou fazendas coletivas.
Grande Salto para a Frente
(1958)
Iniciativas econômicas como
a criação de cooperativas
rurais e novas indústrias e a
comunização da agricultura,
que causou fome e a morte de
milhões de camponeses.
Após a morte de Mao Tsé-tung,
em 1976, o novo dirigente
Deng Xiaoping introduziu
reformas econômicas de
inspiração capitalista, mas
preservou o domínio do
Partido Comunista.
Novas leis autorizaram
a instalação de
multinacionais e a
propriedade privada, mas o
Estado manteve o controle
dos salários, dos preços, da
moeda, da imprensa e da
vida política no país.
A República Popular da China
A bandeira da China tremula
na sede do Partido Comunista
Chinês, em Xangai, em 2017.
DENNIS
MACDONALD/ALAMY/FOTOARENA
HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA
TEMA 2
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A Guerra e a divisão da Coreia
A Coreia esteve ocupada pelo
Japão desde 1910. Com o fim
da Segunda Guerra Mundial
e a derrota japonesa, a ilha
foi dividida entre soviéticos
(ao norte) e estadunidenses
(ao sul).
O fracasso das eleições
livres de 1948 agravou a
divisão entre os dois lados.
Um governo socialista
estabeleceu-se no norte
e uma administração
capitalista firmou-se no sul.
Guerra da Coreia
(1950-1953)
Após as forças do norte
invadirem o sul, a ONU
enviou tropas de soldados
estadunidenses e a China
reforçou o bloco comunista.
Assinatura de armistício
(1953)
• Coreia do Norte: regime
socialista ditatorial de
partido único.
• Coreia do Sul: Estado
capitalista alinhado aos
Estados Unidos.
Norte-coreanos e chineses em um
campo de prisioneiros durante a
Guerra da Coreia, em Pusan (atual
Busan), em 1951.
CORBIS/GETTY
IMAGES
HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA
TEMA 2
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
TRÓPICO DE CÂNCER
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
0°
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
EQUADOR
MERIDIANO
DE
GREENWICH
0°
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
GUERRA FRIA: O MUNDO BIPOLAR (1945-1989)
ESTADOS
UNIDOS
UNIÃO SOVIÉTICA
RFA
RDA
CHINA
CUBA
COREIA
DO NORTE
COREIA
DO SUL
Estados Unidos e aliados
União Soviética e aliados
Outros países socialistas
RFA – República Federal da Alemanha (capitalista)
RDA – República Democrática da Alemanha (socialista)
Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil.
São Paulo: Scipione, 2011. p. 149.
GUERRA FRIA: O MUNDO BIPOLAR (1945-1989)
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
NE
L
O
SE
S
N
NO
SO
1.680 km
HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA
TEMA 2
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
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3 A REVOLUÇÃO CUBANA
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IDADE 5
HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA
TEMA 3
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
Desde a independência de
Cuba, os governos do país
contavam com o apoio dos
Estados Unidos, e sua economia
açucareira dependia das
importações e dos capitais
estadunidenses.
Sob a supervisão da ONU,
os soviéticos retiraram os
mísseis de Cuba e os Estados
Unidos retiraram da Turquia
armamentos nucleares voltados
para a União Soviética.
A Crise dos Mísseis
(1962)
Cuba estabeleceu uma
aliança com os soviéticos, que
instalaram mísseis na ilha,
criando um clima de enorme
tensão internacional.
Revolução Cubana
(1956-1959)
Uma guerrilha liderada
por Fidel Castro e Ernesto
“Che” Guevara, entre outros,
derrubou o governo do ditador
Fulgêncio Batista.
Em 1961, para derrubar Castro,
os Estados Unidos e cubanos
opositores exilados invadiram
a Baía dos Porcos, no sul de
Cuba, porém, a ação fracassou.
Contra as medidas do novo
governo cubano,
que nacionalizou as empresas
estadunidenses, os Estados
Unidos decretaram o total
bloqueio econômico e
político da ilha.
Da guerrilha ao socialismo
HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA
TEMA 3
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
O regime político implantado
seguiu o molde soviético,
caracterizado pela ditadura
do Partido Comunista, pela
supressão das liberdades
democráticas e pela
perseguição aos opositores.
A economia cubana sofreu os
danos do bloqueio econômico
decretado pelos Estados Unidos,
que já dura mais de 55 anos.
Cuba aproximou-se da União
Soviética, que se tornou a
principal parceira comercial do
país, representando cerca de
85% do comércio exterior da
ilha na década de 1980.
Com a dissolução da União
Soviética em 1991 e os danos
causados pelo embargo
comercial estadunidense,
Cuba entrou em uma crise
econômica e social.
O embargo proíbe
empréstimos, investimentos
e relações comerciais com
a ilha e pune com sanções
econômicas empresas
estrangeiras
que o façam.
O novo governo cubano
universalizou o ensino, reduziu
a mortalidade infantil e o
desemprego, e facilitou o acesso
à moradia e à saúde pública.
O socialismo em Cuba
HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA
TEMA 3
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
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4 REFORMAS E
CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
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IDADE 5
HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
TEMA 4
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
Adoção do keynesianismo
pelos Estados europeus
• Formação de um modelo
de governo que promoveu
benefícios sociais na educação,
na saúde e nos direitos dos
trabalhadores (Estado de
bem-estar social).
• Regulamentação da economia
pelos Estados, que promoviam
programas de estatização de
setores estratégicos
em parceria com a
iniciativa privada.
Com as reformas dos social-
-democratas, que garantiam
a democracia e o capitalismo,
serviços públicos passaram a
ser vistos como obrigação do
Estado e direito do cidadão.
Maio de 1968
Movimento inicialmente
estudantil, que se expandiu pela
França em crítica ao capitalismo
e a favor da reforma nas
estruturas de poder.
Apesar de reprimido e proibido
pelo governo conservador
eleito, o movimento influenciou
sociedades do mundo todo.
Reformas na Europa Ocidental
• A política econômica e social desenvolvida no pós-guerra teve origem
nas teorias de John Keynes.
HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
TEMA 4
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A Primavera de Praga
A Tchecoslováquia foi formada
em 1918, a partir da dissolução
do Império Austro-Húngaro.
Durante a Segunda Guerra
Mundial, foi ocupada
pelos nazistas.
A União Soviética reagiu,
invadindo a Tchecoslováquia
com tropas do Pacto de
Varsóvia. Dubcek foi preso e
obrigado a declarar o fim do
movimento, em Moscou.
Primavera de Praga
(1968)
Apoio popular às propostas
reformistas do dirigente do
Partido Comunista Alexander
Dubcek para democratizar
o socialismo.
O país foi libertado pela União
Soviética em 1944 e passou
a fazer parte de sua área de
influência com os acordos
assinados ao final da guerra.
Adoção do socialismo
(1948)
• Crescimento econômico e
melhorias na saúde
e educação.
• Ditadura de partido único.
• Censura e repressão.
HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
TEMA 4
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
Contracultura e feminismo
• Muitas mobilizações da Guerra Fria ultrapassaram as disputas ideológicas
entre o capitalismo e o socialismo.
Após a Segunda Guerra, em
muitos países, mulheres
conquistaram o direito ao voto e
se tornaram parcela expressiva
da força de trabalho, ganhando
espaço na vida pública.
Nos anos 1960, surgiu o
movimento da contracultura,
que questionava as estruturas
sociais e culturais dominantes,
opondo-se às guerras, ao
consumo e à família tradicional.
Movimento feminista
Luta pelo direito à educação,
ao trabalho e à atividade
política, por uma nova forma de
relacionamento entre homens e
mulheres e pela autonomia sobre
o próprio corpo e a sexualidade.
As ideias de paz, amor, liberdade
sexual e vida em comunidade
passaram a expressar o modo
de vida de muitos jovens
estadunidenses do período.
Apesar disso, continuavam
recebendo salários mais
baixos, eram desvalorizadas
intelectualmente e submetidas
ao ambiente doméstico.
HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
TEMA 4
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
A segregação dos negros nos Estados Unidos
• Apesar de emendas constitucionais estabelecerem direitos iguais para negros após
a abolição da escravatura em 1863, ela deixou sua herança na sociedade estadunidense.
As Leis de Jim Crow,
aprovadas a partir de 1876,
instituíram oficialmente
a segregação racial,
principalmente nos
estados sulistas.
O movimento negro,
nas décadas de 1950 e
1960, promoveu atos de
desobediência civil e marchas
pacíficas pelos direitos civis
dos afro-americanos.
• Lei dos Direitos Civis
(1964): proibiu a
discriminação racial em
órgãos públicos.
• Lei de Direito de Voto
(1965): estendeu o exercício
do voto a todos os cidadãos.
As conquistas despertaram a
reação dos segregacionistas.
Em 1968, o líder negro Martin
Luther King foi assassinado
por um racista branco.
A luta foi impulsionada por
Rosa Parks ao desafiar a lei
segregacionista negando-se
a ceder o assento no ônibus a
um homem branco, em 1955.
A segregação dos negros os
limitava a instalações próprias
em locais públicos e os excluiu
do direito ao voto, devido à
baixa taxa de alfabetização.
HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES
NA GUERRA FRIA
TEMA 4
O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA
UNIDADE 5
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1 INDEPENDÊNCIAS
NA ÁFRICA
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IDADE 6
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
Questionamento sobre
a dominação imperialista
europeia a partir da crise
econômica no continente, das
duas guerras mundiais e da
luta contra o nazifascismo.
Constituição de uma elite
intelectual africana que
desenvolveu ideias contrárias
à colonização.
Movimentos
por
independência
na África
Recomendação da ONU, a
partir de 1945, para que
as metrópoles europeias
emancipassem suas colônias.
A crise do imperialismo europeu
• Pan-africanismo: movimento que
pregava a solidariedade dos negros
oprimidos na América; ganhou força
na África a partir do V Congresso Pan-
-Africano de Manchester, em 1945.
• Negritude: conceito criado por
estudantes negros francófonos,
defendia uma identidade negra
africana, que estaria sufocada pela
cultura dos colonizadores.
• Pan-arabismo: movimento que
pregava a união dos países do mundo
árabe contra o colonialismo ocidental.
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
Os processos de independência na África
• A maior parte dos países africanos conquistou sua independência na década de 1960.
Veja, a seguir, alguns exemplos.
África Ocidental Francesa
• 1945: delegados das colônias
passaram a participar
da Assembleia Nacional
Constituinte da França.
• União Francesa: os
protetorados foram
transformados em Estados
associados.
• 1958: criação da Comunidade
Francesa, que concedia maior
autonomia às colônias.
• Entre 1958 e 1960, as colônias
da África Ocidental Francesa
conquistaram aos poucos sua
independência.
Argélia
• Até então, era grande
produtora de petróleo e
responsável por 60% da
produção agrícola francesa.
• Frente de Libertação Nacional
da Argélia (FLN): em 1o
de
novembro de 1954 iniciou a
luta armada, conquistando
apoio no campo e nas cidades.
• 1962: em março, foram
assinados acordos para o
cessar-fogo e, em julho, a
população argelina optou
pela independência em um
plebiscito.
Quênia
• Na África Oriental Britânica,
surgiram diversos conflitos pela
terra a partir da expropriação
dos camponeses e da chegada
de uma nova leva de ingleses
após a Segunda Guerra.
• Revolta dos Mau-mau (1952-
-1960): rebeldes do povo
kikuyu levantaram-se contra
os colonizadores, mas foram
repreendidos violentamente.
• Após ser libertado, Jomo
Kenyatta conduziu a
independência do Quênia em
1962, de forma pacífica.
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
O fim do Império Português
• No início do século XX, o Império Português no continente africano reunia
as colônias de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola
e Moçambique.
• Ato Colonial (1930): lei promulgada
pelo governo de António Salazar,
que centralizou a administração das
colônias em Lisboa.
• Como forma de reagir à crise de 1929, o
Ato Colonial criou uma hierarquia entre
portugueses e africanos, e autorizou o
confisco de terras da
população local.
• Graças ao rígido controle estabelecido
pelo salazarismo, o Império Português
duraria até os anos 1970. “Portugal não é um país pequeno”, litografia
cartográfica produzida por volta de 1935.
HENRIQUE
GALVÃO
-
BIBLIOTECA
NACIONAL
DE
PORTUGAL,
LISBOA
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
A independência das colônias portuguesas
Embora os Estados Unidos
pressionassem Portugal para
que libertasse suas colônias, o
governo salazarista intensificou
a repressão nas colônias
contra os movimentos pela
independência.
Em agosto, o novo governo
português reconheceu a
independência da Guiné e,
em dezembro, nomeou um
governo de transição para a
independência de Cabo Verde.
No entanto, a ação
dos grupos moderados
definiu o futuro do país
como uma democracia
parlamentarista e
integrada ao Ocidente.
Em 1973, após mais de dez anos
de guerrilha, o Partido Africano
para a Independência da
Guiné e Cabo Verde proclamou
a independência da Guiné
Portuguesa, que passou a se
chamar Guiné-Bissau.
Revolução dos Cravos
(1974)
Grupos socialistas e comunistas
organizaram um levante que
derrubou o regime de Salazar,
em um movimento que contou
com amplo apoio popular.
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
• Unita: apoiada por
Estados Unidos e
África do Sul.
• MPLA: ajudada pela
União Soviética,
China e Cuba.
O acordo de paz
assinado em 1992
não pôs fim às
tensões entre os dois
grupos, e uma
civil explodiu no país
em 2013.
A libertação de Angola e Moçambique
• A independência de Angola:
• A independência de Moçambique:
Em Angola, a luta pela
independência foi
travada pelo grupo
comunista MPLA e
pelos anticomunistas
FNLA e Unita.
Após a criação de
partidos, jornais
e associações na
tentativa de promover a
independência, em 1962
foi fundada a Frente
de Libertação de
Moçambique (Frelimo).
1975
O MPLA proclamou a
independência e instituiu
a República Popular de
Angola, sob um regime
socialista.
1975
A Frelimo proclamou
a independência de
Moçambique e implantou
no país um regime
socialista inspirado na
China e nos países do
Leste Europeu.
Guerra civil
(1975-2002)
O conflito entre
MPLA e Unita
vitimou mais de
500 mil pessoas.
Guerra civil
(1975-1992)
O conflito
entre Frelimo e
Renamo, grupo
anticomunista, se
estendeu por quase
duas décadas.
HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
TEMA 1
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
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2 OS DESAFIOS
DA ÁFRICA LIVRE
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IDADE 6
HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE
TEMA 2
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
Novos países, novas fronteiras
• A sobrevivência de estruturas coloniais é, ainda hoje, um dos principais
obstáculos à consolidação de Estados nacionais no continente africano.
• V Congresso Pan-Africano (1945): estabeleceu a conquista das independências como
meta suprema dos povos africanos e conclamou os negros de todo o mundo a se unirem
contra o colonialismo.
• Congressos de Kumasi (1953) e de Acra (1958): os pan-africanistas minimalistas
defendiam a manutenção das fronteiras coloniais após as independências, e os
maximalistas, a construção de uma unidade econômica, política e militar no continente.
• Organização para a Unidade Africana (OUA): formada em 1963, a organização acabou
com os últimos resquícios do movimento pan-africanista ao reafirmar os Estados africanos
como autônomos, independentes e iguais.
HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE
TEMA 2
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA
0°
20° L
Is. Canárias
I. Madeira
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
MAR
MEDITERRÂNEO
M
A
R
V
E
R
M
E
L
H
O
TUNÍSIA
ARGÉLIA
LÍBIA
EGITO
MAURITÂNIA
NÍGER
SUDÃO
MALI
CHADE
NIGÉRIA
ETIÓPIA
CAMARÕES
SOMÁLIA
QUÊNIA
ZAIRE
TANZÂNIA
MAURÍCIO
SEYCHELLES
COMORES
ANGOLA
MOÇAMBIQUE
MADAGASCAR
NAMÍBIA
ÁFRICA
DO SUL
EUROPA
MARROCOS
SENEGAL
CABO
VERDE
BURKINA
FASSO
GÂMBIA
DJIBUTI
GUINÉ
BENIN
SERRA LEOA
GUINÉ-BISSAU
LIBÉRIA
COSTA
DO
MARFIM
GANA
TOGO
REP.
CENTRO -AFRICANA
UGANDA
GUINÉ
EQUATORIAL
SÃO TOMÉ
E PRÍNCIPE
GABÃO
RUANDA
BURUNDI
ZÂMBIA
MALAUÍ
ZIMBÁBUE
BOTSUANA
SUAZILÂNDIA
LESOTO
ÁSIA
CON
G
O
SAARA
OCIDENTAL
EQUADOR
TRÓPICO DE CÂNCER
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
1936-1955
1956-1957
1958-1960
1961-1970
1971-1976
1977-1990
Territórios dependentes
Território não colonizado
Fonte: DUBY, Georges. Atlas
historique mondial. Paris:
Larousse, 2003. p. 219.
NE
L
O
SE
S
N
NO
SO
540 km
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE
TEMA 2
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
A nova diáspora africana
• Diáspora: deslocamento, normalmente forçado, de grandes contingentes populacionais.
• Diáspora negra ou africana: saída forçada de homens e mulheres da África por conta do
tráfico de escravizados na América entre os séculos XVI e XIX.
• Atualmente, o termo também é utilizado para se referir ao movimento migratório
de africanos em direção à Europa e à América, onde esperam encontrar melhores
condições de vida.
• Nos últimos anos, o Brasil também se converteu em um importante destino dessas
migrações, especialmente de pessoas oriundas de Angola, Moçambique e Cabo Verde,
países de língua portuguesa.
HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE
TEMA 2
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
FLUXOS MIGRATÓRIOS NA ÁFRICA (2010)
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MOÇAMBIQUE
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TANZÂNIA
ÁFRICA
DO SUL
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DEM.
DO
CONGO
América do Norte
(1.681.000) Ásia
(248.000)
Oriente Médio
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Europa
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Oceania
(359.000)
América Latina e Caribe
(29.000)
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
500.000
1.000.000
100.000
Intra-africana (por país)
Migrações
Extra-africana (por região)
Número de migrantes (2010)
1.309.000
(1) Burkina Fasso
(2) Benin
(3) Togo
(4) Gana
(5) Costa do Marfim
(6) Uganda
25.000
15.506.000
Intra-africanos
Extra-africanos
2.628.000
Europa
França
Oriente Médio
Américas
1.710.000
Ásia e Oceania
7.747.000
3.758.000
607.000
002-m-AH9-U06-M18-AA .pdf 1 11/10/18 12:56 PM
Fonte: SciencesPo. Atelier de cartographie.
Disponível em <http://mod.lk/oyrm0>. Acesso em 17 set. 2018.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
NE
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580 km
HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE
TEMA 2
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
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3 A POLÍTICA DO
APARTHEID NA
ÁFRICA DO SUL
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HISTÓRIA A POLÍTICA DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL
TEMA 3
AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA
UNIDADE 6
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  • 1. T E M A 1 A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL U N IDADE 1 HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL TEMA 1 O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1
  • 2. A república, como forma de governo, nasceu na Roma antiga. Com ela, surgiu a noção de um governo visto como res publica (“coisa pública”), que deve servir aos interesses dos cidadãos. Com a Revolução Francesa, no final do século XVIII, o conceito de república se uniu ao de liberdade e democracia, e passou a ser associado aos direitos civis e políticos. No Brasil, a república surgiu para atender aos interesses de setores do exército e das elites econômicas e políticas do país que se aliaram no final do século XIX. Ou seja, ela serviria a uma pequena elite dominante. O uso do Estado em benefício de interesses privados tornou-se um problema histórico da nossa república. Um Estado público somente será possível com a ampliação do exercício da cidadania pelos brasileiros. Uma república em construção HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL TEMA 1 O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1
  • 3. Fatores de declínio do poder monárquico Defesa do federalismo pelos cafeicultores do Oeste Paulista, que eram ligados ao capital internacional e mais autônomos em relação ao governo imperial que os cafeicultores do Vale do Paraíba. Conflitos entre o poder civil e o religioso, a partir da defesa do Estado laico por setores letrados e da recusa de D. Pedro II em obedecer a proibição da Igreja de admitir eclesiásticos maçons. Fatores para o declínio da monarquia e a ascensão do movimento republicano Sucessivos atritos entre o governo e os militares após a Guerra do Paraguai, conflito do qual o exército saiu fortalecido. Descontentamento das elites tradicionais do Nordeste e do Vale do Paraíba com a monarquia após a abolição da escravatura (1888), que não indenizou os antigos proprietários de escravos. HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL TEMA 1 O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1
  • 4. Com a modernização dos principais núcleos urbanos do Centro-Sul do país e o crescimento das camadas médias e da burguesia cafeeira, o movimento republicano se transformou em força política decisiva. Em 1870, o Manifesto Republicano foi publicado, criticando o caráter centralizador e hereditário da monarquia e defendendo o princípio federativo do regime republicano. Proclamação da república (1889) No dia 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca marchou com as tropas para o Ministério da Guerra e proclamou a república sem resistência do imperador. • Alguns republicanos, como Quintino Bocaiuva, pregavam a instalação da república sem agitações sociais que ameaçassem a ordem estabelecida. • Outros, como Silva Jardim, defendiam uma ampla mobilização popular para derrubar a monarquia. O movimento republicano e o golpe de 1889 HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL TEMA 1 O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1
  • 5. Transformações mundiais impactaram o Brasil, como o iluminismo, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e o liberalismo político e econômico. Setores mais progressistas da classe senhorial, visando monopolizar o aparelho do Estado, aliaram-se a grupos ativos da classe média, desejosa de participação política. O exército, igualmente interessado em atuar politicamente, agiu para mudar o regime que deixara de atender às necessidades de parcelas importantes da sociedade. O apoio de novos grupos sociais à república • Mais do que a ação isolada de um grupo de militares, o golpe de 15 de novembro foi resultado de um contexto mais amplo que envolvia novos protagonistas sociais e refletia mudanças que ocorriam por todo o mundo. HISTÓRIA A CRISE DA MONARQUIA NO BRASIL TEMA 1 O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1
  • 6. T E M A 2 A PRIMEIRA REPÚBLICA U N IDADE 1 HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 A PRIMEIRA REPÚBLICA TEMA 2
  • 7. Os militares assumiram a chefia do novo regime e entregaram ao marechal Deodoro da Fonseca o comando do Governo Provisório. Falta de apoio político após Deodoro entrar em choque com as elites cafeicultoras de São Paulo, que dominavam o Poder Legislativo e criticavam o caráter centralizador do governo. Colapso econômico com a política adotada pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa, baseada na emissão de dinheiro e no investimento em ações da bolsa de valores (Encilhamento). Sob pressão, o marechal Deodoro renunciou em novembro de 1891 e foi substituído pelo vice- -presidente, o marechal Floriano Peixoto, que tinha o apoio dos cafeicultores paulistas. A República da Espada (1889-1894) • Exílio da família real na Europa. • Naturalização de estrangeiros imigrados. • Eleições para o Congresso Nacional Constituinte, que elaborou a nova Constituição. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 A PRIMEIRA REPÚBLICA TEMA 2
  • 8. Pontos da primeira Constituição da república (1891) • Criação da república presidencialista, com eleições para presidente de quatro em quatro anos, sem direito à reeleição. • Divisão do poder em três esferas: o Executivo (o presidente da república e os ministros), o Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado) e o Judiciário (com a criação de um Supremo Tribunal Federal). • Estabelecimento do voto direto e universal para cidadãos maiores de 21 anos, excluindo mendigos, analfabetos, soldados e mulheres. • Transformação das antigas províncias em estados com relativa autonomia. • Separação entre Estado e Igreja, extinção da pena de morte, instituição da liberdade de culto religioso e do casamento civil. • Laicização da educação pública, ainda que esta não fosse obrigatória. Brasão de Armas do Brasil, desenhado pelo engenheiro Artur Zauer por encomenda de Deodoro da Fonseca. REPRODUÇÃO HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 A PRIMEIRA REPÚBLICA TEMA 2
  • 9. Política dos Governadores Instrumento por meio do qual os grupos dominantes em cada estado apoiavam o governo federal, que, em troca, não reconhecia a eleição de candidatos de oposição. Coronelismo Para controlar os votos, os coronéis (latifundiários locais) ofereciam favores em troca de votos ou ameaçavam violentamente os eleitores (voto de cabresto). A República Oligárquica Campos Salles (1898-1902) Em seu governo, o presidente consolidou os mecanismos de poder e de controle do processo eleitoral que constituíram as bases da República Oligárquica: a Política dos Governadores e o coronelismo. Prudente de Morais (1894-1898) O primeiro presidente eleito era membro da elite cafeicultora paulista, permitindo a esse grupo direcionar os recursos públicos em benefício de seus próprios interesses. O Estado foi administrado como um bem particular para promover favores e distribuir benefícios (clientelismo). HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 A PRIMEIRA REPÚBLICA TEMA 2
  • 10. A política do café com leite e a proteção ao café O Rio Grande do Sul também conquistou poder após se aliar a deputados nordestinos. Outros grupos políticos oligárquicos se aliaram a mineiros e paulistas e também passaram a determinar os rumos políticos e econômicos do país. As oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, os estados mais ricos da União, impuseram seus interesses ao dominar os cargos políticos federais mais importantes, como o de presidente da república e o de ministro da Fazenda. Produzido pelas elites paulistas, o café era o principal item de exportação nacional e constituía a base econômica do país. Com grande aumento da produção a partir do final do século XIX, contudo, houve uma queda nos preços do café no exterior. O governo federal lançou sucessivos planos para reerguer os preços do produto. Iniciada no Convênio de Taubaté (1906), a principal medida foi a de contrair empréstimos para comprar estoques de café e reduzir sua oferta, forçando o aumento dos preços. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 A PRIMEIRA REPÚBLICA TEMA 2
  • 11. T E M A 3 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO U N IDADE 1 HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO TEMA 3
  • 12. Permanência da estrutura fundiária do período colonial Desenvolvimento de um regime político e eleitoral excludente na república Ausência de leis de proteção ao trabalhador Continuidade do cenário de subdesenvolvimento e de desigualdade econômica e social Surgimento de movimentos sociais baseados na religiosidade popular, no messianismo e nas práticas do banditismo social Religiosidade popular e banditismo social HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO TEMA 3
  • 13. REGIÃO DE CANUDOS A partir de 1871, o beato Antônio Vicente Mendes Maciel realizou peregrinações pelo Nordeste pregando mensagens religiosas e organizando obras com os sertanejos. Por seu papel de líder religioso e comunitário, ficou conhecido como Antônio Conselheiro. Em1893,naantigafazenda Canudos,naBahia,Conselheiroeseus seguidoresfundaramacomunidade agrícoladeBeloMonte.Organizada emtornodapropriedadecomumdas terrasedotrabalhocoletivo,Belo Montechegouareunirentre20mile 30milmoradores,entreeles,muitos pobreseex-escravos. A autonomia da comunidade em relação às oligarquias e a pregação religiosa, a defesa dos pobres e as críticas à República feitas por Antônio Conselheiro incomodaram tanto a Igreja quanto os poderes locais e o próprio governo republicano. Em 1896, forças federais e baianas iniciaram uma campanha para destruir a comunidade de Canudos. Apesar da superioridade bélica, o exército do governo foi derrotado pelos conselheiristas nas investidas iniciais, e só conseguiu vencê-los na quarta expedição. Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos OCEANO ATLÂNTICO EQUADOR 40º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Juazeiro Canudos Monte Santo Rio Vaza - R i o S ã o F r a n c i s c o -Barris PA AP MS MA RN CE PI PB PE AL GO DF SE BA MT MG ES RJ SP PR SC RS TO Região de Canudos Limites atuais entre os estados Fonte: Saga: a grande história do Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1981. p. 173. FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 400 km HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO TEMA 3
  • 14. A Guerra do Contestado (1912-1916) • Em uma região disputada entre Paraná e Santa Catarina, fazendeiros e empresas estrangeiras construtoras de ferrovias ocuparam as terras de pequenos agricultores e posseiros (entre eles, os chamados caboclos). • Nesse contexto, surgiram movimentos messiânicos como o do monge José Maria, que atraiu muitos adeptos que ansiavam por melhores condições de vida – entre eles, os operários demitidos da construção da ferrovia. • Após José Maria e seus fiéis chegarem à cidade de Irani, autoridades do Paraná acreditaram que o grupo havia sido enviado pelos catarinenses, e, assim, iniciaram uma violenta repressão que causou a morte do pregador. • A truculência do exército, a fome e as doenças enfraqueceram o grupo, que acabou sendo derrotado em 1916. A GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916) TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 50º O Passo Fundo Lages Curitibanos Caçador Porto União Florianópolis Uruguaiana Santa Maria Porto Alegre Campos Novos Videira Irani Curitiba Ponta Grossa Itararé São Paulo Palmas ARGENTINA URUGUAI PARAGUAI OCEANO ATLÂNTICO R i o U r u g u a i Rio P a r a n á Região disputada entre Paraná e Santa Catarina Região da Guerra do Contestado Estrada de ferro São Paulo-Porto Alegre Divisa atual entre os estados Fonte: Os principais embates da guerra. O Estado de S. Paulo, 11 fev. 2012. FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 130 km HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO TEMA 3
  • 15. A partir dos anos de 1870, bandos armados passaram a percorrer o sertão nordestino promovendo assaltos, atacando fazendas e estabelecimentos comerciais e fugindo da polícia. Na década de 1940, o Brasil passou por um processo de industrialização e urbanização. Com isso, milhares de sertanejos migraram para o Sudeste por melhores condições de vida, encerrando o período do cangaço. Interpretações sobre o cangaço • Década de 1920: na visão do político Gustavo Barros, o cangaço resultou de um meio hostil e de uma sociedade sertaneja “selvagem” e “isolada da civilização”. • Década de 1960: para a socióloga Maria Isaura de Queiroz, os cangaceiros seriam sertanejos conscientes de sua miséria e dispostos a modificá-la. • Década de 1970: segundo o historiador Eric Hobsbawm, os cangaceiros seriam rebeldes rurais conduzidos ao crime para sua sobrevivência. O bando mais famoso, formado em um ambiente de violentas disputas entre famílias rivais, foi o liderado por Lampião e durou quase vinte anos. O cangaço HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONFLITOS NO CAMPO: CANUDOS, CONTESTADO E O CANGAÇO TEMA 3
  • 16. T E M A 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES U N IDADE 1 HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES TEMA 4
  • 17. A migração e o desenvolvimento da indústria O excedente de mão de obra na Europa foi aliviado pela emigração. Entre 1887 e 1930, cerca de 3,8 milhões de estrangeiros chegaram ao Brasil, grande parte vinda de países europeus industrializados. Sem qualificação, dedicaram-se a lavouras do Sudeste e Sul do país, e muitos seguiram para as cidades para trabalhar no comércio ou no nascente setor industrial. O crescimento industrial resultou na expansão do operariado, que trabalhava entre 14 e 16 horas diárias sem direito a férias, salário mínimo ou indenização por acidentes. A demanda por bens de consumo doméstico gerada com a migração para as cidades e a aplicação dos lucros da produção do café lançaram as bases de criação da indústria nacional. Operários imigrantes difundiram nas indústrias ideias socialistas, comunistas e anarquistas e atuaram na formação dos sindicatos, da imprensa operária e na organização de greves. Greve geral de 1917 Ocorrida em São Paulo, a greve resultou na construção de moradias populares e na regulamentação das condições de higiene e segurança nas fábricas, apesar da forte repressão policial. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
  • 18. Em 1902, a estrutura do Rio de Janeiro foi modernizada com o plano “bota-abaixo”, marcado pela demolição de prédios, abertura de avenidas, recalçamento e arborização. Em São Paulo, os recursos gerados pela economia cafeeira permitiram a reurbanização da cidade, que se dividiu em bairros nobres e áreas destinadas aos bairros operários e às fábricas. A reurbanização das capitais brasileiras foi marcada pela expulsão da população pobre das áreas centrais e nobres das cidades. Essa população passou a ocupar as periferias. O crescimento das cidades A migração de pessoas para as cidades e a instalação de novas indústrias, estabelecimentos comerciais e habitações impulsionou a construção civil e a contratação de profissionais do setor. A obrigatoriedade da vacinação contra a varíola e a falta de orientação da população levaram à Revolta da Vacina contra os métodos violentos dos batalhões da Saúde Pública em 1904. As cidades cresceram e foram ocupadas de maneira desordenada, com moradias irregulares e condições de higiene precárias, facilitando a proliferação de epidemias. No Rio de Janeiro, o médico sanitarista Oswaldo Cruz conduziu campanhas pela higienização da cidade e erradicação de doenças e criou brigadas sanitárias para interditar os domicílios insalubres. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
  • 19. A luta negra nas cidades • A abolição da escravidão e a proclamação da república não garantiram a criação de políticas públicas para a inclusão social das populações negras. Permanência do racismo, da segregação social e da pobreza O ingresso nas Forças Armadas podia representar para os negros um caminho de inserção social e meio de sobrevivência. Na corporação, porém, a disciplina era rígida, mantida com violência física e psicológica. Revolta da Chibata (1910) João Cândido liderou uma revolta contra os castigos físicos que se espalhou por vários navios de guerra. Após se renderem, os marinheiros foram presos e expulsos da corporação. No período imperial e na Primeira República, setores letrados da população negra produziram jornais destinados aos afrodescendentes com o objetivo de valorizar sua identidade e de promover sua inclusão social. O primeiro periódico da imprensa negra foi O Homem de Cor (1833), do Rio de Janeiro. Na Primeira República, São Paulo também se transformou em um centro importante, contando com vários jornais da imprensa negra. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
  • 20. O modernismo A riqueza gerada pela produção do café fez surgir uma nova elite social, política e econômica, que desejava também conquistar a hegemonia no campo das ideias e da cultura. No início da década de 1920, o modernismo surgiu como um movimento em busca de uma nova cultura nacional, que unisse as vanguardas artísticas europeias com manifestações da cultura popular, de origem africana e indígena. Em 1922, foi organizada em São Paulo a Semana de Arte Moderna, cujos organizadores queriam proclamar a independência cultural do país, rompendo com o tradicionalismo e valorizando em suas obras as raízes brasileiras. Essa burguesia, essencialmente urbana, rivalizava com a antiga elite do país, que só se interessava pela cultura europeia tradicional, como as peças francesas e as óperas italianas. Modernistas da época valorizavam o samba, a capoeira, as tradições indígenas e as manifestações populares brasileiras, até então desprezadas pelas elites. O evento reuniu intelectuais, pintores como Anita Malfatti e Emiliano Di Cavalcanti, escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, o escultor Victor Brecheret e o compositor Heitor Villa-Lobos. HISTÓRIA O NASCIMENTO DA REPÚBLICA NO BRASIL UNIDADE 1 TEMA 4 CONTESTAÇÕES NAS CIDADES
  • 21. T E M A 1 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL U N IDADE 2 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL TEMA 1 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2
  • 22. Rivalidades com a Alemanha O rápido crescimento industrial alemão ameaçava a supremacia econômica britânica, enquanto os franceses desejavam revanche pela perda da Alsácia-Lorena na Guerra Franco-Prussiana, em 1870. Rivalidade e tensões entre potências na Europa A disputa imperialista por novas colônias na África entre Grã-Bretanha, França e Alemanha também acirrava os ânimos. Início da Paz Armada A maioria dos países europeus aumentou a produção de armamentos e adotou o serviço militar obrigatório. Criação de acordos econômicos, políticos e militares e formação de duas grandes alianças. • Tríplice Aliança: Império Austro-Húngaro, Alemanha e Itália. • Tríplice Entente: Rússia, França e Grã-Bretanha. Tensões por trás do otimismo • Apesar do desenvolvimento econômico e tecnológico da Belle Époque, tensões entre as potências europeias tornaram-se acirradas. Nacionalismo Na Península Balcânica, concorriam o plano de criar a Grande Sérvia e o pan-eslavismo dirigido pela Rússia. Havia na Europa também o pangermanismo, que pregava a reunião dos povos germânicos em um único Estado liderado pela Alemanha. HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL TEMA 1 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2
  • 23. Tratado de Berlim (1878) Estabeleceu a independência da Romênia, da Sérvia e de Montenegro, e transferiu a administração da Bósnia- -Herzegovina para o Império Austro-Húngaro. Início da Primeira Guerra Mundial (1914) Após o descumprimento pelos sérvios de exigências do império, a Áustria declarou guerra contra a Sérvia. A Sérvia buscava reunir todos os povos eslavos e ambicionava incorporar a Bósnia- -Herzegovina a seu território, mas a região foi anexada pelos austro-húngaros em 1908. Em 1914, o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo por um militante que lutava pela causa bósnio-sérvia. Reivindicação de várias nacionalidades nos Bálcãs por sua independência Disputa militar entre Rússia e Turquia pelos Bálcãs A Tríplice Aliança deu apoio à Áustria, enquanto a Entente apoiou os sérvios. Assim, as alianças transformaram um conflito regional em uma guerra de efeito global. A faísca no barril de pólvora HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL TEMA 1 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2
  • 24. O conflito • A Alemanha tentou invadir a França através da Bélgica e de Luxemburgo, mas fracassou após a resistência das tropas belgas, que permitiram a reorganização da defesa francesa. • Guerra de trincheiras: as trincheiras eram redes de valas cavadas no solo onde os soldados se escondiam até o momento do ataque. Com poucos avanços e recuos, essa primeira fase do conflito foi estática. • Frente Ocidental da Primeira Guerra: ALIANÇAS E FRENTES DE COMBATE NA PRIMEIRA GUERRA 45° N 0° M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H BULGÁRIA IMPÉRIO RUSSO IMPÉRIO OTOMANO SUÉCIA NORUEGA DINAMARCA PAÍSES BAIXOS GRÃ-BRETANHA ISLÂNDIA IMPÉRIO ALEMÃO BÉLGICA SUÍÇA ITÁLIA ESPANHA FRANÇA ROMÊNIA ALBÂNIA GRÉCIA IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO SÉRVIA MONTENEGRO PORTUGAL OCEANO ATLÂNTICO MAR DO NORTE MAR NEGRO MAR MEDITERRÂNEO Países neutros Tríplice Aliança Frentes em 1915 Frentes em 1914 Tríplice Entente e aliados Fontes: CHALIAND, Gérard. Atlas strategique. Paris: Complexe, 1988. p. 34; Atlas histórico. Encyclopaedia Britannica do Brasil. Barcelona: Marin, 1997. p. 178. FERNANDO JOSÉ FERREIRA combates realizados em territórios francês e belga. • A tecnologia bélica marítima definiu os rumos da guerra. Britânicos impuseram um bloqueio naval impedindo a entrada de suprimentos e matérias-primas na Alemanha, que por sua vez utilizava submarinos para afundar embarcações inimigas. NE L O SE S N NO SO 420 km HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL TEMA 1 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2
  • 25. T E M A 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM U N IDADE 2 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
  • 26. A guerra na África • A África foi um dos palcos da guerra e um dos motivos para sua eclosão, pois era disputada pelas potências europeias. • Cerca de 2,5 milhões de africanos participaram na guerra, lutando na África ou na Europa. • Muitos se alistaram voluntariamente por causa da propaganda nacionalista nas colônias ou em busca de alguma compensação da metrópole. Outros foram recrutados à força, como no Mali e na Argélia. • Africanos integrados às forças britânicas e francesas ocuparam e conquistaram as colônias alemãs do Togo e Camarões. • Na África Oriental Alemã, aproximadamente 100 mil africanos perderam a vida devido à fome, à exaustão ou a doenças. • Portugal enviou cerca de 30 mil soldados para combater os alemães em Angola e em Moçambique, país este que tinha posição estratégica entre possessões alemãs e britânicas. Um dia do exército e das tropas coloniais na África, cartaz de propaganda francesa na África, gravura de Lucien Hector Jonas, 1917. UNIVERSAL HISTORY ARCHIVE/UNIVERSAL IMAGES GROUP/REX/ SHUTTERSTOCK - COLEÇÃO PARTICULAR HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
  • 27. Sem os russos, a Alemanha concentrou suas tropas na Frente Ocidental. Submarinos alemães atacaram navios estadunidenses com suprimentos para a Entente. Até então, os Estados Unidos forneciam dinheiro, armas e artigos manufaturados à Entente. Os estadunidenses temiam o acelerado crescimento industrial alemão e preferiam a vitória britânica. Os Estados Unidos declararam guerra aos alemães e, após uma série de vitórias, os exércitos da Tríplice Entente obrigaram o exército da Alemanha a recuar. Em novembro de 1917, uma revolução na Rússia levou ao poder um novo governo, que retirou o país da guerra e assinou a paz com a Alemanha. Fim da Primeira Guerra Em 9 de novembro de 1918, o imperador Guilherme II abdicou do trono alemão. Dois dias depois, uma delegação enviada a Paris assinou a rendição da Alemanha. O fim da guerra HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
  • 28. Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris, em que os três líderes da aliança vencedora negociaram e estabeleceram as bases para os acordos de paz. Para preservar os países perdedores e evitar novos conflitos, o presidente estadunidense Woodrow Wilson propôs 14 princípios e a criação da Liga das Nações. Os alemães também tiveram que ceder uma faixa de terra para a Polônia que lhe garantia o acesso ao mar (Corredor Polonês). Tratado de Versalhes (1919) A Alemanha foi obrigada a devolver a Alsácia-Lorena para a França, a indenizar os vencedores e a ceder suas colônias. Fonte: CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas politique du XXe siècle. Paris: Seuil, 1988. p. 52. A EUROPA APÓS A PRIMEIRA GUERRA 42° N 0° M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H CÍRCULO POLAR ÁRTICO 32° L ISLÂNDIA OCEANO ATLÂNTICO MAR DO NORTE MAR NEGRO MAR MEDITERRÂNEO ESPANHA P O R T U G A L FRANÇA HUNGRIA SUÍÇA ROMÊNIA ITÁLIA BULGÁRIA IUGOSLÁVIA ALBÂNIA GRÉCIA ÁUSTRIA TURQUIA ALEMANHA SUÉCIA FINLÂNDIA RÚSSIA SOVIÉTICA NORUEGA DINAMARCA POLÔNIA ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA ALEMANHA TCHECOSLOVÁQUIA PAÍSES BAIXOS GRÃ-BRETANHA Alsácia- -Lorena Áustria Perdas do Império Austro-Húngaro Alemanha Perdas do Império Alemão Rússia soviética Perdas do Império Russo FERNANDO JOSÉ FERREIRA A paz dos vencedores NE L O SE S N NO SO 460 km HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
  • 29. O mundo após a guerra • Além das perdas humanas e dos danos ambientais e materiais, a Primeira Guerra Mundial causou grandes mudanças em todo o mundo. Local Consequências da guerra Europa Destruição, inflação, miséria e endividamento externo. Onda de revoluções e greves operárias. Crise da democracia parlamentar e formação de regimes totalitários, fortemente militarizados e nacionalistas. Ingresso das mulheres no mercado de trabalho devido à escassez de mão de obra masculina; com isso, fortaleceram-se os movimentos pela emancipação feminina. Estados Unidos Expansão da indústria bélica e da agricultura, crescimento da exportação de manufaturados em 1.000% e concessão de empréstimo bilionário aos países europeus, tornando-se assim a principal potência mundial. África Esvaziamento de aldeias, destruição de culturas e redução da população masculina. Transferência de colônias alemãs para a Grã-Bretanha e a França. Despertar de visão crítica sobre a dominação imperialista europeia. HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 2 A GUERRA A CAMINHO DO FIM
  • 30. T E M A 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA U N IDADE 2 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
  • 31. A Rússia era uma monarquia absolutista governada por um czar, que tinha em suas mãos todos os poderes e o apoio da Igreja Ortodoxa Russa e da nobreza proprietária de terras. Na segunda metade do século XIX, o czar Alexandre II iniciou um programa de reformas liberais com o intuito de transformar a Rússia em uma nação moderna e industrial. O czar aboliu a servidão, distribuiu terras aos camponeses, incentivou as atividades industriais e a fundação de bancos, melhorou o ensino e reorganizou o exército. Enquanto cidades como Moscou e São Petersburgo foram modernizadas e industrializadas, 80% da população vivia no campo em condições miseráveis. As reformas e investimentos estrangeiros intensificaram a industrialização, misturando antigas relações de trabalho com práticas capitalistas de produção e a exploração do trabalhador industrial. A transformação da Rússia em um país de contrastes e a extrema exploração do trabalho propiciaram a organização de greves e sindicatos e a difusão das ideias socialistas. Um país de contrastes HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
  • 32. Apesar da forte oposição de setores rurais ao regime czarista, o movimento socialista russo voltou sua atenção ao operariado, influenciado por correntes políticas europeias. Criou-se, em 1898, o Partido Operário Social-Democrata Russo. Porém, divergências de ideias entre seus integrantes fizeram com que o partido se dividisse em dois grupos. Em 1912, ocorreu o rompimento definitivo entre os dois grupos. Bolcheviques (“Representantes da maioria”) Inspiravam-se nas ideias de Marx e defendiam a aliança entre os camponeses e o operariado para derrubar o czarismo e implantar o socialismo no país. Mencheviques (“Representantes da minoria”) Também marxistas, os mencheviques buscavam uma passagem gradual para o socialismo por meio de uma aliança dos operários e camponeses com a burguesia. Bolcheviques e mencheviques HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
  • 33. Em 1904, a Rússia entrou em guerra com o Japão pelo controle da Manchúria, na China, como parte da política expansionista do czar Nicolau II. A derrota russa aumentou as tensões sociais no país. Em 1905, operários em greve dirigiram-se ao palácio do czar com um abaixo-assinado reivindicando direito de greve, melhores condições de vida e a convocação de uma Assembleia Constituinte. Domingo Sangrento (1905) A manifestação foi fortemente reprimida pela guarda imperial, resultando na morte de centenas de pessoas. Revolução de Fevereiro (1917) O soviete de Petrogrado pressionou o Parlamento (Duma) a nomear um novo governo liberal. O czar abdicou e Alexander Kerensky passou a dirigir um Governo Provisório. Rebeliões, greves, deserções, revoltas armadas de soldados, a fome causada pela crise de abastecimento da Primeira Guerra e a ação dos sovietes criaram um clima revolucionário na Rússia. Uma onda de protestos e greves se espalhou pela Rússia e impulsionou a formação dos sovietes, conselhos de representantes eleitos por operários, camponeses e soldados. Do Domingo Sangrento à Revolução de Fevereiro de 1917 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 3 GUERRA E REVOLUÇÃO NA RÚSSIA
  • 34. T E M A 4 A RÚSSIA SOCIALISTA U N IDADE 2 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 A RÚSSIA SOCIALISTA TEMA 4
  • 35. A Revolução de Fevereiro e o Governo Provisório foram conduzidos por socialistas- -revolucionários, mencheviques e liberais. A maior parte da liderança bolchevique estava exilada ou presa na Sibéria. O bolchevique Vladimir Lênin escreveu as Teses de abril, conclamando a derrubada do Governo Provisório e a entrega do poder aos sovietes. Suas teses foram aprovadas pelo Partido Bolchevique. Revolução de Outubro (1917) Os bolcheviques tomaram o Palácio de Inverno e depuseram o governo republicano liberal de Kerensky. Sob a liderança de Lênin, os sovietes assumiram o poder. Tratado de Brest-Litovsk (1918) O novo governo assinou um tratado com as potências centrais que retirava a Rússia da guerra, o que lhe custou os territórios bálticos, a Bessarábia, a Polônia e a Finlândia. Os revolucionários bolcheviques estatizaram bancos, estradas de ferro e indústrias, expropriaram a burguesia e confiscaram as terras da nobreza e da Igreja, que foram distribuídas entre os camponeses. A Revolução de Outubro de 1917 HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 36. A expropriação da burguesia, da nobreza e da Igreja pelo novo governo revolucionário afetou investidores estrangeiros e gerou uma reação desses setores. Início da guerra civil na Rússia (1918) De um lado, bolcheviques do Exército Vermelho, comandados por Leon Trotsky; do outro, czaristas, aristocratas e burgueses reunidos no Exército Branco com apoio de catorze potências estrangeiras. Fim da guerra civil (1921) Após a vitória do Exército Vermelho, a Rússia estava em colapso; o país teve de enfrentar a diminuição da produção, o esvaziamento das cidades e minas, o desmantelamento dos transportes e a fome. Lênin estabeleceu o comunismo de guerra, que definiu o confisco de colheitas, a suspensão das liberdades de imprensa, de greve e de associação, a proibição dos demais partidos e a execução do czar e de sua família. Apesar da guerra civil, o Partido Comunista estabeleceu a instrução gratuita e obrigatória e uma política de combate ao analfabetismo. A guerra civil e o comunismo de guerra HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 37. Nova Política Econômica (NEP) (1921) Por meio da medida, o Partido Comunista procurava desenvolver alguns aspectos capitalistas para estimular a produção de excedentes no campo e o crescimento industrial. • Formação de cooperativas nacionais. • Funcionamento de pequenas e médias empresas privadas. • Permissão para os camponeses venderem seus produtos no mercado livre. A NEP, contudo, não conseguiu impulsionar a economia russa. Em 1922, a Rússia foi renomeada de União Soviética. No entanto, as grandes indústrias, as comunicações, o sistema financeiro e os transportes continuaram controlados pelo Estado. Na década de 1930, com os chamados planos quinquenais, a União Soviética passou a apresentar taxas de crescimento até então nunca alcançadas pelas potências capitalistas, que sofriam os efeitos da crise de 1929. A Nova Política Econômica HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 38. Com a morte de Lênin em 1924, o poder foi disputado entre Leon Trotsky, que propunha a expansão mundial da revolução, e Joseph Stalin, que priorizava consolidar a revolução no próprio país. Stalin venceu a disputa e passou a governar a União Soviética como um ditador. Acredita-se que 5 milhões de pessoas foram presas e cerca de 500 mil foram executadas pelo regime stalinista. O regime aprovou a coletivização forçada da agricultura, que obrigava os camponeses prósperos (kulaks) a aderir às fazendas coletivas. Ao resistir a entregar sua produção, os kulaks foram presos, executados ou deportados e sua classe foi eliminada. O governo soviético buscou punir críticos da burocracia stalinista e pessoas acusadas ou suspeitas de trair a revolução, levando-as para campos de trabalho forçado e implantando o terror no país. A ditadura stalinista HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 39. O realismo socialista • A arte foi parte da transformação social e da criação de uma cultura revolucionária. Os socialistas buscaram estimular a livre expressão artística e despertar nos trabalhadores o interesse pela arte. • Com Stalin, contudo, as vanguardas soviéticas foram reprimidas. Financiada e controlada pelo Estado, a arte passou a enaltecer a “pátria” soviética e a representar apenas o mundo dos trabalhadores. • Normatizado e delimitado pelo Estado, o realismo socialista se tornou a arte oficial da União Soviética, cumprindo um papel fundamental na preservação do regime stalinista. Detalhe de O komsomol mobilizado, pintura de Alexander Samokhvalov, 1932-1933. © SAMOKHVALOV, ALEKSANDR NIKOLAEVICH/AUTVIS, BRASIL, 2018 - MUSEU ESTATAL DA RÚSSIA, MOSCOU HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 40. Na visão de intelectuais, trabalhadores e setores da classe média, a Primeira Guerra Mundial expôs a falência dos modelos econômicos e sociais vigentes. A partir da Revolução Russa, o socialismo soviético se apresentou como uma alternativa ao capitalismo, não apenas na Europa, mas em todo o mundo. Pôster soviético de 1920 que representa Vladimir Lênin “varrendo o mundo” da monarquia e do capitalismo. Os impactos mundiais da Revolução Russa Os partidos socialistas despontaram na Europa como uma força capaz de construir uma alternativa de futuro para as camadas sociais oprimidas. BIBLIOTECA LENIN, MOSCOU HISTÓRIA A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REVOLUÇÃO RUSSA UNIDADE 2 TEMA 4 A RÚSSIA SOCIALISTA
  • 41. T E M A 1 A CRISE DE 1929 U N IDADE 3 HISTÓRIA A CRISE DE 1929 TEMA 1 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 42. A expansão econômica dos Estados Unidos Momento após o fim da Primeira Guerra Mundial • Estados Unidos: o país não sofreu com a destruição provocada pelos combates e se tornou o principal exportador de mercadorias do mundo. • Europa: o desemprego cresceu e a inflação desvalorizou as moedas nacionais, causando o empobrecimento da população. Década de 1920 As medidas protecionistas instituídas pelos países europeus fizeram com que o volume de exportações dos Estados Unidos caísse. Com a retração dos mercados externo e interno, a economia estadunidense passou a enfrentar um problema de superprodução. A partir de 1925 Diante da desaceleração do crescimento econômico dos Estados Unidos, o governo e os bancos passaram a oferecer crédito em excesso para estimular a produção e elevar o consumo, ampliando a especulação na bolsa de valores. HISTÓRIA A CRISE DE 1929 TEMA 1 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 43. O mercado de ações • Ação é um documento que representa a propriedade de uma parte do patrimônio de uma empresa. • As empresas negociam suas ações na bolsa de valores. O investidor adquire ações de uma empresa de capital aberto por um preço baixo. Com o aumento dos lucros da empresa, suas ações valorizam-se. Se os lucros da empresa diminuem, o preço de suas ações cai. Caso venda suas ações nesse momento, o investidor terá lucro. Caso venda suas ações nesse momento, o investidor terá prejuízo. HISTÓRIA A CRISE DE 1929 TEMA 1 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 44. A quebra da bolsa de Nova York Em outubro de 1929, o governo dos Estados Unidos elevou a taxa de juros sobre as operações de crédito para investimento no mercado financeiro, causando uma alta especulação e uma corrida para a venda das ações. Crack da bolsa de Nova York Milhões de ações foram colocadas à venda, mas não encontraram compradores. Com isso, milhares de investidores foram à falência. Como eles não podiam pagar os empréstimos bancários que haviam contraído para comprar ações, os bancos também quebraram. Crise do sistema capitalista Diante da incapacidade do mercado de reagir por conta própria, a economia capitalista entrou em uma crise que se prolongou por vários anos. A União Soviética, devido ao isolamento imposto pelos países capitalistas, foi preservada. Os países da América Latina, dependentes de investimentos estrangeiros e da exportação de gêneros primários, foram prejudicados, e passaram a adotar medidas de intervenção econômica. HISTÓRIA A CRISE DE 1929 TEMA 1 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 45. Roosevelt e o New Deal Em 1933, Franklin Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos com a promessa de recuperar a economia do país, ainda abalada pela crise de 1929. A recuperação da economia foi financiada com dinheiro público, obtido com o aumento de impostos sobre os cidadãos mais ricos. Agricultura Fixação de limites à produção, recuperação de preços e incentivos às exportações. Indústria Concessão de créditos a juros baixos pelo governo para as empresas e nacionalização de empresas em dificuldades. Emprego Redução da jornada semanal de trabalho, fixação de um salário mínimo e geração de empregos com a construção de obras públicas. New Deal (1933) Programa de combate à crise baseado na adoção de medidas de intervenção do Estado na economia. HISTÓRIA A CRISE DE 1929 TEMA 1 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 46. T E M A 2 O NAZIFASCISMO U N IDADE 3 HISTÓRIA O NAZIFASCISMO TEMA 2 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 47. A ascensão dos regimes totalitários na Europa Fracasso da revolução mundial Apesar das agitações ocorridas na Europa logo após a Primeira Guerra Mundial, a partir de 1925 as democracias liberais atingiram certa estabilidade. Efeitos da crise de 1929 na Europa • Redução dos capitais estadunidenses investidos no continente. • Disseminação em massa do desemprego. • Crise econômica. • Críticas ao liberalismo político e econômico. Ascensão de regimes totalitários Algumas de suas características: • A vontade do grupo governante se confunde com a administração do Estado. • Controle das relações sociais pelo governo e policiamento extremo do cotidiano. • Uso da força no combate à oposição. Principais exemplos • Fascismo, na Itália. • Nazismo, na Alemanha. • Stalinismo, na União Soviética. A classe média e a grande burguesia passaram a apoiar propostas autoritárias para defender o capitalismo. Trabalhadores, ativistas e intelectuais passaram cada vez mais a defender a revolução socialista. HISTÓRIA O NAZIFASCISMO TEMA 2 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 48. O fascismo na Itália Após a Primeira Guerra Mundial, a Itália enfrentou o drama das perdas humanas no conflito e uma grave crise econômica, com a falência de empresas e o crescimento do desemprego. Avanço das propostas socialistas e do movimento anarcossindicalista. Fundação do Fasci di Combattimento, grupo paramilitar que combatia comunistas, a democracia liberal e as organizações operárias e socialistas. Marcha sobre Roma (1922) O evento promovido pelos fascistas pressionou o rei italiano, que convocou Mussolini a ocupar o cargo de primeiro-ministro. Mussolini torna-se Duce (1925) Como ditador, Mussolini extinguiu os partidos políticos de oposição, censurou a imprensa e criou uma polícia política que vigiava e punia os opositores do regime. HISTÓRIA O NAZIFASCISMO TEMA 2 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 49. O nazismo na Alemanha Proclamação da República de Weimar (1918) Por meio de uma revolução, socialistas e liberais proclamaram a república na Alemanha, ainda durante a Primeira Guerra Mundial. Após assinar o Tratado de Versalhes (1919), o novo governo assumiu enormes dívidas com os Estados Unidos para pagar as indenizações impostas pelo documento. Com isso, os problemas sociais da Alemanha se acirraram. Fundação do Partido Nazista (1919) Liderados por Adolf Hitler, os nazistas exploraram o ressentimento e o nacionalismo da população alemã, disseminando a crença na superioridade da “raça ariana” e defendendo a destruição dos “inimigos” da nação. Alvos dos nazistas • As potências que impuseram o Tratado de Versalhes. • Judeus. • Comunistas. • O governo de Weimar. •Aumento do desemprego. • Concentração de renda. • Empobrecimento da classe média e dos trabalhadores. HISTÓRIA O NAZIFASCISMO TEMA 2 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 50. A chegada dos nazistas ao poder A crise de 1929 atinge a Alemanha Com a retirada dos capitais estadunidenses, muitas indústrias alemãs fecharam suas portas, e o desemprego industrial atingiu 44% da população economicamente ativa. Os grupos socialistas ganharam força por suas críticas ao liberalismo e à concentração de renda nas mãos da burguesia. Cresceu o movimento nazista, que perseguia organizações socialistas e comunistas. Para ampliar o apoio popular, os nazistas apresentaram propostas para beneficiar empresários e trabalhadores e também para investir na expansão do exército e da indústria bélica alemã. Os nazistas chegam ao poder (1932-1933) Após o Partido Nazista ter vencido as eleições para o Parlamento alemão (Reichstag) em 1932, no ano seguinte, Hitler foi convidado pelo presidente a assumir o cargo de chanceler do governo alemão. Início da ditadura nazista (1933) Os nazistas incendiaram o Parlamento e responsabilizaram os comunistas. Esse foi o pretexto para dissolver o Parlamento e decretar estado de emergência. HISTÓRIA O NAZIFASCISMO TEMA 2 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 51. T E M A 3 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL U N IDADE 3 HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 52. A formação do Eixo Itália Mussolini implantou um programa de modernização da Itália voltado à conquista de novos territórios, começando pela África. Alemanha Hitler rompeu com o Tratado de Versalhes e ampliou o efetivo militar e a indústria bélica alemã. Formação do Eixo Roma-Berlim (1936) Pacto Anticomintern (1936) Japão Fortalecido como maior potência militar do Extremo Oriente após a Primeira Guerra, o país desejava expandir seus territórios para adquirir fontes de recursos naturais, como o petróleo. Pacto Tripartite ou do Eixo (1940) HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 53. O início da Segunda Guerra Mundial • Entre 1938 e 1939, a Alemanha anexou todo o território tcheco, enquanto a Eslováquia declarou sua independência e alinhou-se aos nazistas. • França e Grã-Bretanha assinaram um acordo com a Polônia que lhe garantia apoio em caso de uma invasão alemã. • Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão (1939): Alemães e soviéticos dividiram a Polônia, e a União Soviética recuperou territórios perdidos ao final da Primeira Guerra. • Início da Segunda Guerra Mundial: Hitler ordenou a invasão da Polônia em 1o de setembro de 1939. Dois dias depois, Grã-Bretanha e França declararam guerra à Alemanha. • Em 1940, por meio da Blitzkrieg, os alemães avançaram sobre a Escandinávia, conquistando a Noruega e a Dinamarca, e logo partiram para a conquista da França. Para isso, atraíram as tropas dos Aliados para a Bélgica e a Holanda; divididos, os exércitos aliados não conseguiram conter as tropas nazistas, que, em junho, tomaram Paris. HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 54. A DIVISÃO DA TCHECOSLOVÁQUIA 50º N 10º L MAR BÁLTICO MAR DO NORTE Regiões de maioria alemã Regiões eslavas Anexações húngaras Anexação polonesa Tchecoslováquia antes de 1938 ALEMANHA SUDETOS MORÁVIA HUNGRIA RUTÊNIA SUÍÇA FRANÇA SARRE POLÔNIA RENÂNIA PRÚSSIA ORIENTAL LITUÂNIA ITÁLIA ESLOVÊNIA CROÁCIA Berlim Varsóvia Meme Bratislava Budapeste Viena Munique Dantzig Praga ÁUSTRIA BOÊMIA (Protetorado alemão) Teschen (1939) ESLOVÁQUIA (1939) Fonte: CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas politique du XXe siècle. Paris: Seuil, 1988. p. 61. 50º N 10º L MAR BÁLTICO MAR DO NORTE Regiões de maioria alemã Regiões eslavas Anexações húngaras Anexação polonesa Tchecoslováquia antes de 1938 ALEMANHA SUDETOS MORÁVIA HUNGRIA RUTÊNIA SUÍÇA FRANÇA SARRE POLÔNIA RENÂNIA PRÚSSIA ORIENTAL LITUÂNIA ITÁLIA ESLOVÊNIA CROÁCIA Berlim Varsóvia Meme Bratislava Budapeste Viena Munique Dantzig Praga ÁUSTRIA BOÊMIA (Protetorado alemão) Teschen (1939) ESLOVÁQUIA (1939) FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 110 km HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 55. O Eixo no Leste e a guerra na União Soviética Em 1941, boa parte da Europa estava nas mãos dos nazistas ou de governos aliados de Hitler. O Führer podia, então, voltar-se para a União Soviética. Na madrugada de 22 de junho de 1941, o exército nazista invadiu a União Soviética. Operação Barbarossa Em setembro, os nazistas impuseram um cerco à cidade soviética de Leningrado que durou 900 dias. Quando os nazistas chegaram às portas de Moscou, foram derrotados pelo Exército Vermelho. Os alemães empregaram muito mais violência na campanha da frente oriental que na da frente ocidental. Resultado: 20 milhões de mortos. Motivações principais • Reservas de petróleo soviéticas. • Racismo contra os eslavos. • Busca por conquistar o “espaço vital” para o desenvolvimento da Alemanha. Embora a rede de espionagem soviética (Orquestra Vermelha) tivesse alertado sobre as intenções alemãs, a União Soviética até então havia se mantido neutra. HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 56. Os Estados Unidos na guerra e a ofensiva aliada • Disposto a evitar a influência dos Estados Unidos na Ásia, o Japão atacou a base estadunidense de Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941. • No dia seguinte, os Estados Unidos declararam guerra contra o Japão, que recebeu o apoio da Alemanha e da Itália, suas aliadas. • No ano seguinte ao desastroso bombardeio japonês à base de Midway em 1942 (que resultou na perda de quase 4 mil homens e 332 aviões), o Japão foi perdendo territórios no Pacífico para os Estados Unidos. • Em busca do petróleo russo, os nazistas partiram em busca da conquista do Cáucaso. Na batalha decisiva, em Stalingrado (1942-1943), os nazistas foram derrotados. Saldo: 1,5 milhão de mortos. HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 57. A GUERRA NA EUROPA EM 1942 45°N 0° M E R ID IA N O D E G R E E N W IC H CÍRCULO POLAR ÁRTICO 32°L ALEMANHA SUÉCIA FINLÂNDIA UNIÃO SOVIÉTICA REINO UNIDO HUNGRIA SUÍÇA REPÚBLICA FRANCESA (Vichy) ROMÊNIA ITÁLIA BULGÁRIA ESPANHA TURQUIA NORUEGA IRLANDA DINAMARCA PAÍSES BÁLTICOS PAÍSES BAIXOS BIELORRÚSSIA BÉLGICA POLÔNIA UCRÂNIA FRANÇA IUGOSLÁVIA CROÁCIA ALBÂNIA GRÉCIA TUNÍSIA Leningrado Moscou Corredor Polonês Berlim Stalingrado Paris Roma OCEANO ATLÂNTICO MAR DO NORTE MAR BÁLTICO MAR NEGRO MAR MEDITERRÂNEO ÁUSTRIA (1938) ESLOVÁQUIA P O R T U G A L Ocupação militar alemã de mar. 1939 a jun. 1941 Ocupação militar alemã de jun. 1941 a nov. 1942 Países aliados e satélites da Alemanha Países adversários da Alemanha Países neutros Frente de batalha do Leste em nov. 1942 Alemanha em 1939 Territórios anexados pela Alemanha Fonte: CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas stratégique. Paris: Complexe, 1988. p. 39. FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 290 km HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 58. A última fase da guerra Frente ocidental A ofensiva anglo-estadunidense retirou alemães e italianos do norte da África e derrubou Mussolini na Itália. Resgatado pelos alemães, Mussolini proclamou a República de Saló. Frente oriental O Exército Vermelho avançou em direção a Berlim, retomando no caminho os territórios ocupados pelos nazistas. Derrota do Eixo no Ocidente (Abril de 1945) Após os Aliados libertarem a França, a Bélgica e a Holanda, os soviéticos invadiram Berlim, e a Alemanha se rendeu. Na Itália, Mussolini foi capturado e executado pelos partisans, que deram fim à República de Saló. Dia D Em 6 de junho de 1944, cerca de 160 mil soldados aliados, com o apoio de 6 mil navios e 5 mil aviões, desembarcaram na costa da Normandia, abrindo uma nova frente da guerra no Ocidente. Bombardeio de Hiroshima e Nagasaki (Agosto de 1945) No dia 6, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima, e no dia 9, outra em Nagasaki, matando milhares de pessoas. Derrotado, o Japão se rendeu no mês seguinte. HISTÓRIA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL TEMA 3 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 59. T E M A 4 OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948 U N IDADE 3 HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948 TEMA 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 60. Crimes de guerra • Após a revelação das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, foi criado o conceito de crimes de guerra. Crimes de guerra Crimes contra a paz Ações de planejamento e execução de uma guerra de agressão ou de violação de tratado, sem razões que a justifiquem. Crimes de guerra no sentido estrito Execução, maus-tratos e violência contra prisioneiros, deportação de civis, pilhagem do patrimônio e ataques à população civil. Crimes contra a humanidade Assassinato, extermínio e escravização de civis; perseguição por motivos religiosos, étnico-raciais ou políticos. HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948 TEMA 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 61. Os crimes contra a humanidade na Segunda Guerra Holocausto Em 1942, o alto comando do Reich ordenou o extermínio em massa do povo judeu. Os nazistas assassinaram mais de 6 milhões de judeus, principalmente em territórios da Polônia e da União Soviética e nos campos de extermínio de Auschwitz- -Birkenau, Sobibór e Treblinka. Bombardeio de Dresden Sem qualquer justificativa, os Aliados bombardearam a cidade alemã de Dresden, um dos mais belos centros da arte barroca na Europa. Ao todo, os ataques aliados mataram mais de 50 mil pessoas, a maioria civis. Bombardeio de Hiroshima e Nagasaki Quando a guerra já havia terminado na Europa, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas no Japão, devastando as cidades de Hiroshima e Nagasaki e matando mais de 160 mil pessoas. Ainda hoje, habitantes das duas cidades sofrem com doenças e alterações genéticas causadas pela radiação. Os nazistas também assassinaram ciganos, negros, eslavos, homossexuais e testemunhas de Jeová. HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948 TEMA 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 62. O Tribunal de Nuremberg, a ONU e a Carta de 1948 • Tribunal Militar Internacional de Nuremberg: entre novembro de 1945 e outubro de 1946, foram julgados os criminosos da Segunda Guerra Mundial, especialmente os do alto escalão do regime nazista. Ao todo, 12 réus foram condenados à pena de morte por enforcamento, 9 foram condenados à prisão perpétua ou temporária e apenas 3 foram absolvidos. • Organização das Nações Unidas (ONU): em 24 de outubro de 1945, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, União Soviética e outros países, incluindo o Brasil, assinaram o documento fundador da organização, que tinha a missão de preservar as gerações futuras da guerra. • Os princípios estabelecidos pelas Nações Unidas são leis internacionais válidas para todos os países-membros, mas as questões internas de cada país estão fora de sua jurisdição. • Declaração Universal dos Direitos Humanos: aprovada em 10 de dezembro de 1948, a declaração serve de base para a luta contra a opressão, a discriminação e a intolerância e por uma vida digna aos seres humanos de todo o mundo. HISTÓRIA OS CRIMES DE GUERRA, A ONU E A CARTA DE 1948 TEMA 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL UNIDADE 3
  • 63. T E M A 1 O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS U N IDADE 4 HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 64. Aliança Liberal (1929) Formada por mineiros, gaúchos e opositores à “política do café com leite” de outros estados, lançou a candidatura de Getúlio Vargas contra o paulista Júlio Prestes. Quebra da bolsa de valores de Nova York (1929) A redução da exportação de café para os Estados Unidos agravou a crise do setor, gerando desentendimentos entre os produtores e o governo federal. Apesar da eleição de Prestes, após o assassinato de João Pessoa, vice-candidato na chapa de Getúlio Vargas, iniciou-se uma revolta armada contra o presidente Washington Luís, que renunciou ao cargo. Revolução de 1930 Apoiado pela maioria dos líderes do movimento, por setores populares e por militares, Getúlio Vargas assumiu o poder, pondo fim à República Oligárquica. A crise e o fim da Primeira República HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 65. Após a Revolução de 1930, instituiu-se um governo provisório, formado por representantes das elites estaduais vitoriosas e militares que apoiaram o movimento. Apesar da derrota militar, os paulistas tiveram uma vitória política com a convocação de eleições para a Assembleia Nacional Constituinte e a nomeação de um interventor paulista. Medidas estabelecidas pela Constituição de 1934 • Voto secreto e extensivo à mulher que exercesse função pública remunerada. • Ensino primário integral gratuito e obrigatório. • Ensino religioso facultativo nas escolas públicas. • Direitos e regras trabalhistas. • Eleições diretas em 1938. Revolução Constitucionalista de 1932 Reação militar paulista contra o governo federal e a nomeação de um interventor de fora. O movimento terminou por se render. Interventores foram nomeados para cada estado, muitos deles militares, responsáveis por escolher os prefeitos dos municípios. Vargas no poder: o governo provisório HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 66. Ação Integralista Brasileira (AIB) Para superar a crise, propunha uma forma de governo inspirada nos regimes totalitários, como o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha. Aliança Nacional Libertadora (ANL) Contava com comunistas, anarquistas, liberais e socialistas e propunha um governo popular, a reforma agrária e a nacionalização de empresas. O Estado Novo Instauração do Estado Novo (1937) Tropas federais fecharam o Congresso Nacional, instauraram o Estado Novo e anunciaram uma nova Constituição que ampliava os poderes do presidente. Plano Cohen (1937) Suposto plano comunista para tomar o poder, na realidade redigido por um capitão integralista como pretexto para o futuro golpe de Vargas. Em 1935, a ANL organizou uma revolta que serviu de pretexto para o governo decretar estado de sítio, censurar os meios de comunicação e prender os envolvidos. HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 67. Trabalhismo e repressão Medidas do Estado Novo (1937-1945) Política trabalhista Repressão e censura • Objetivo de aproximar os sindicatos do Estado e desarticular a organização independente dos trabalhadores. • Estabelecimento do imposto sindical e proibição de mais de um sindicato por categoria. • Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, 1943): estabeleceu direitos como a jornada de 8 horas, a igualdade salarial entre homens e mulheres, o salário mínimo, a proibição do trabalho para menores de 14 anos, a licença-maternidade e o adicional salarial por insalubridade. • Delegacia de Ordem Política e Social (Dops, 1924): redirecionada para reprimir comunistas, judeus, simpatizantes do nazismo e do fascismo, imigrantes dos países do Eixo, integralistas e opositores do governo. • Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP, 1939): difundia a ideologia do regime por meio da propaganda, do controle das produções artísticas, da radiodifusão oficial do governo, da organização de manifestações cívicas e festas patrióticas e da censura. HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 68. Durante o conflito, houve uma queda no comércio com a Alemanha, causada por um bloqueio britânico, e um aumento considerável das trocas comerciais com os Estados Unidos. O Brasil passou a fornecer borracha e minérios para os países Aliados e permitiu a instalação de bases militares estadunidenses no Nordeste em troca de financiamentos. A Alemanha atacou navios mercantes brasileiros, levando o país a declarar guerra ao Eixo e enviar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para combater nazistas na Itália. Inimigos políticos conspiraram para associar Vargas ao comunismo e tirá-lo do poder, forçando-o a renunciar em 29 de outubro de 1945. Com o fim da guerra, a situação política de Vargas tornou-se insustentável. Manifestações estudantis agitaram o país e Vargas foi pressionado a anistiar presos políticos e legalizar o Partido Comunista do Brasil (PCB). O fim do Estado Novo • O fim do governo Vargas está relacionado à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. HISTÓRIA O PRIMEIRO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS TEMA 1 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 69. T E M A 2 O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) U N IDADE 4 HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 70. Após a deposição de Vargas, o cargo de presidente da república foi provisoriamente ocupado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares. Com apoio de Vargas, o candidato da coligação PSD-PTB Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente e se alinhou aos Estados Unidos, rompendo relações com a União Soviética e fechando o PCB. Constituição de 1946 Marcou o retorno da democracia, reconhecendo direitos e liberdades individuais, como a liberdade de expressão, de associação e a religiosa. Novos Partidos • Partido Social Democrático (PSD): identificado com as velhas elites agrárias estaduais. • União Democrática Nacional (UDN): antigetulista e contra a intervenção do Estado na economia. O retorno à democracia HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 71. Nas eleições de 1950, Vargas derrotou o candidato apoiado por Dutra, retornando à presidência e mostrando ter um prestígio político ainda muito forte. Vargas enfrentou intensa oposição a seu nacional- -estatismo, favorável ao fortalecimento do capital nacional, à criação de empresas estatais, à ampliação de leis sociais e ao intervencionismo. Uma tentativa frustrada de assassinato contra o líder da oposição Carlos Lacerda agravou a crise política e a pressão para que as Forças Armadas derrubassem o presidente em 1954. Entre renunciar ou sofrer um golpe militar, Vargas preferiu suicidar-se. O vice-presidente Café Filho assumiu a presidência, garantindo a realização das eleições em 1955. O segundo governo Vargas Polarizava com ele o liberal-conservadorismo, que defendia a liberalização da economia, a abertura do mercado ao capital estrangeiro e o alinhamento incondicional aos Estados Unidos. HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 72. “Cinquenta anos em cinco” Slogan do governo que se referia ao objetivo de fazer o país progredir com incentivos ao desenvolvimento industrial e com a construção de uma nova capital. Surgiu a bossa nova, ritmo musical derivado do samba e influenciado pelo jazz, que deu projeção internacional a artistas como João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell. Os “anos dourados” do Brasil Inauguração de Brasília (1960) Projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, buscou integrar as regiões do país e foi erguida por candangos, trabalhadores pobres que passaram a viver nas cidades-satélites. O país obteve grandes conquistas no mundo do esporte: em 1958, a seleção brasileira de futebol foi campeã mundial e Maria Esther Bueno tornou-se a melhor tenista do mundo no ano seguinte. O governo JK • O período foi marcado por uma grande euforia nacional e otimismo com o crescimento econômico. HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 73. O governo JK foi criticado devido ao aumento da dívida externa e da inflação e a várias denúncias de corrupção, principalmente envolvendo a construção de Brasília. Para limitar o poder do presidente, o Congresso instaurou um regime parlamentarista, com Tancredo Neves no cargo de primeiro-ministro, como chefe de governo. Campanha da Legalidade (1961) Iniciada por Leonel Brizola, exigiu o cumprimento da Constituição e garantiu a posse de Jango através de um acordo. Jânio Quadros foi eleito em 1960 com a promessa de acabar com a dívida externa e “varrer” a corrupção do Brasil, usando como símbolo de campanha uma vassoura. Jânio tomou medidas polêmicas: condecorou Ernesto “Che” Guevara, restabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética e abriu relações comerciais com a China. Isolado politicamente, Jânio renunciou e elites conservadoras e militares tentaram impedir a posse do vice João Goulart (Jango) por identificá-lo como uma ameaça comunista. O breve governo de Jânio Quadros HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 74. Em 1963 um plebiscito estabeleceu a volta do presidencialismo e Jango recuperou os poderes presidenciais. Reformas de Base Previam a extensão do direito de voto aos analfabetos e militares de baixa patente, as reformas agrária e educacional, e a nacionalização de empresas e serviços públicos. Criação do Estatuto do Trabalhador Rural (1963) Estendeu aos trabalhadores rurais, defendidos pelas Ligas Camponesas, os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos. Ciente de que suas reformas não seriam aprovadas no Congresso, Jango as instituiu por meio de decretos, começando com a estatização de refinarias e a desapropriação de terras para reforma agrária. Uma conspiração para depor Jango uniu grandes proprietários rurais, empresários e militares. Conservadores organizaram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade (1964). Golpe civil-militar (1964) As Forças Armadas deram um golpe e Jango não conseguiu resistir. O Congresso declarou vaga a presidência e empossou Ranieri Mazzilli, dando início ao regime militar. O governo Jango HISTÓRIA O BRASIL ENTRE DUAS DITADURAS (1945-1964) TEMA 2 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 75. T E M A 3 A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES U N IDADE 4 HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES TEMA 3 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 76. Até o início dos anos 1930, a economia brasileira era baseada no latifúndio, na monocultura e na hierarquização social entre donos de terras e trabalhadores. A política econômica de Vargas promoveu a industrialização e a diversificação da produção agrícola para reduzir as importações e desenvolver o mercado interno. Uma elite industrial surgiu no eixo Rio-São Paulo, que era o maior produtor de café e já sediava as primeiras indústrias leves, concentrando a maior parte das elites e da classe média. As cidades do Sudeste atraíram trabalhadores do interior e das regiões Norte e Nordeste, que moravam e trabalhavam em condições precárias até a criação da CLT (1943). A economia na era Vargas A redução das exportações de café, a dificuldade de importar industrializados e o cultivo limitado para abastecer o mercado interno revelavam a necessidade de reformas econômicas. A estrutura econômica nacional era dependente do modelo agrário-exportador e fortalecia a influência política das oligarquias, que tinha suas raízes na sociedade colonial. HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES TEMA 3 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 77. Criação de empresas estatais • Companhia Siderúrgica Nacional (1941): produção de aço. • Companhia Vale do Rio Doce (1942): extração e exportação do minério de ferro. • Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945): geração e fornecimento de energia. • Petrobras (1953): monopólio sobre a exploração do petróleo. Incentivos à ocupação do interior • Marcha para o Oeste: ocupação do Centro-Oeste por meio de incentivos à migração e à expansão das fronteiras agrícolas. • “Soldados da borracha” (1943-1945): alistamento e envio de milhares de brasileiros, a maioria flagelados da seca e da fome no Nordeste, à Amazônia, para trabalhar na exploração do látex. Medidas econômicas de Vargas A política econômica do Estado Novo HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES TEMA 3 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 78. Nacional-desenvolvimentismo Política econômica do governo JK, que buscou promover a integração territorial e o fortalecimento do capitalismo por meio de um mercado interno forte e da industrialização. Política econômica de Jânio Quadros Controlou os gastos públicos, negociou a dívida externa e abandonou a impressão de dinheiro para saldar os débitos, mas as medidas não tiveram sucesso. Política econômica de Jango Estabeleceu a austeridade fiscal e o pagamento das dívidas e propôs a reforma agrária, que foi rejeitada pelos conservadores em 1964. Plano de Metas de JK • Atração de investimentos estrangeiros. • Direcionamento de recursos do Estado aos setores de energia, indústria de base, transportes, alimentação e educação. Fracasso social • Aprofundamento das desigualdades regionais. • Endividamento externo e aumento da inflação. • Marginalização dos camponeses e precarização da vida nas cidades. O desenvolvimentismo HISTÓRIA A MODERNIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS CONTRADIÇÕES TEMA 3 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 79. T E M A 4 INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL U N IDADE 4 HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL TEMA 4 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 80. O governo buscou formar uma identidade nacional e construiu, através da educação e da cultura, um discurso que homogeneizava as massas em torno da ideia de nação. A iniciativa de integração contribuiu para destruir culturas e tradições indígenas ao implementar políticas contra seus interesses e sem consultar suas lideranças. A expansão das “fronteiras da civilização” levou ao contato dos brancos com grupos isolados e os expôs a doenças, causando uma nova crise demográfica dessa população. A política indigenista de Vargas • Integração à sociedade como agentes produtivos. • Resgate da imagem de precursores do Brasil. • Criação do Dia do Índio (1934) e fundação do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (1939). Diálogo com artistas e intelectuais para identificar e selecionar as raízes nacionais e criar uma cultura oficial brasileira. Mito das três raças Atribuía a negros, indígenas e brancos a mesma importância na composição dos brasileiros, para valorizar o trabalhador no processo de crescimento do país. Os indígenas no governo Vargas HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL TEMA 4 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 81. Os indígenas depois de Vargas • As mudanças na vida das populações indígenas continuaram nos anos seguintes. • Apenas no governo de Jânio Quadros a ação coordenada de políticos e latifundiários para integrar os indígenas e suas terras ao mercado sofreu uma importante derrota. Governo de JK • Nova Marcha para o Oeste: caracterizada pela construção de Brasília e do Cruzeiro Rodoviário, gerou uma onda de expansão agrícola sem regulamentação do Estado, que deixou os indígenas do Centro-Oeste à mercê dos latifundiários. • Diminuição dos investimentos no Serviço de Proteção aos Índios, intensificando a exploração de terras indígenas no Centro-Oeste e Norte do país. Governo Jânio Quadros • Criação do Parque Nacional do Xingu (1961), que contribuiu para proteger as terras e os modos de vida dos indígenas. • Surgiu da iniciativa dos irmãos Villas- -Bôas (que chefiaram a expedição Roncador-Xingu para reconhecer terras indígenas na era Vargas), de Darcy Ribeiro e do Marechal Rondon. • O parque tornou-se modelo para a política de demarcação das terras indígenas da Constituição de 1988. HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL TEMA 4 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 82. A valorização dos afrodescendentes ACERVO ICONOGRAPHIA Abdias do Nascimento e Léa Garcia em cena da peça Sortilégio, do Teatro Experimental do Negro, em 1957. • Nos anos 1940, os negros do Brasil começaram a se organizar para conquistar direitos básicos. • Por meio da atuação de líderes como Abdias do Nascimento (1914-2011), foi possível criar no país uma frente para difundir as demandas da comunidade negra. • Teatro Experimental do Negro (1944): fundado para valorizar a arte afro-brasileira, contribuir para a alfabetização dos negros e combater a discriminação racial. • Lei Afonso Arinos (1951): tornou crime o preconceito de raça ou de cor. • Primeiro Congresso Nacional do Negro (1958): discutiu a situação de exclusão social, política e econômica dos negros no Brasil e criou um plano de alfabetização para essa população. HISTÓRIA INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL TEMA 4 O BRASIL DE VARGAS A JANGO UNIDADE 4
  • 83. T E M A 1 A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR U N IDADE 5 HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR TEMA 1 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 84. A Segunda Guerra Mundial mudou em definitivo a ordem internacional existente até então, marcada pela hegemonia da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Império Austro-Húngaro e Rússia. Guerra Fria Período em que a aliança circunstancial entre Estados Unidos e União Soviética se transformou em uma disputa aberta, apesar de não haver um enfrentamento militar direto entre eles. Conferências de Ialta e Potsdam (1945) Afirmaram os Estados Unidos e a União Soviética como novas potências ao partilhar o mundo em suas áreas de influência. As origens do conflito HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR TEMA 1 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 85. A ofensiva dos Estados Unidos A ofensiva dos Estados Unidos • Os Estados Unidos saíram da Segunda Guerra fortalecidos, com menos perdas humanas, economia em crescimento e monopólio das armas nucleares, voltando-se contra os inimigos soviéticos. Doutrina Truman (1947) Comprometimento do presidente Harry Truman em auxiliar qualquer país na contenção do avanço comunista. Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) (1949) Aliança militar permanente para garantir a defesa de seus membros contra o avanço soviético. República Federal da Alemanha (RFA) (1949) Reunião das zonas de ocupação estadunidense, britânica e francesa na Alemanha para reforçar sua integração à Europa Ocidental. Macarthismo (1953-1954) Campanha anticomunista que perseguiu suspeitos de serem socialistas ou liberais críticos à política estadunidense. Plano Marshall (1947) Concessão de empréstimos a países europeus ocidentais devastados pela guerra para reconstruir suas economias. HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR TEMA 1 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 86. A contraofensiva soviética • A União Soviética adotou medidas contra a ofensiva anticomunista estadunidense para garantir seus interesses na Europa Oriental e conter o avanço capitalista na região. A contraofensiva soviética Cominform (1947) Coordenação e controle ideológico das ações dos Partidos Comunistas da Europa Oriental. Pacto de Varsóvia (1955) Aliança militar do bloco soviético, criada com os países da Europa Oriental como resposta à Otan. República Democrática Alemã (RDA) (1949) Fundada no lado da Alemanha ocupado pelos soviéticos, com a capital em Berlim Oriental. Muro de Berlim (1961) Construído pela Alemanha Oriental para conter o afluxo de pessoas em direção ao lado ocidental da cidade. Comecon (1949) Integração das economias do bloco socialista como uma resposta da União Soviética ao Plano Marshall. HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR TEMA 1 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 87. A corrida armamentista e espacial Em 1945, as bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão iniciaram a corrida da União Soviética para desenvolver a mesma tecnologia bélica. Os soviéticos testaram sua primeira bomba nuclear em 1949, levando as duas potências a agir estrategicamente para que o mundo não estivesse sob a ameaça de uma guerra nuclear. Corrida espacial A disputa por superioridade econômica, científica e tecnológica e em desenvolver armas espaciais levou estadunidenses e soviéticos à exploração do espaço. Missão Apollo 11 (1969) Comandada pelo astronauta Neil Armstrong, a nave estadunidense chegou à Lua, pondo fim à hegemonia soviética. Hegemonia soviética • Sputnik I (1957): primeiro satélite artificial. • Sputnik II (1957): levou ao espaço o primeiro ser vivo. • Yuri Gagarin (1961): primeiro ser humano a viajar no espaço. HISTÓRIA A CONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA NO MUNDO BIPOLAR TEMA 1 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 88. T E M A 2 GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA U N IDADE 5 HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA TEMA 2 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 89. Duas revoluções na China A presença das potências imperialistas estrangeiras interessadas nos recursos naturais e no mercado chinês despertou o nacionalismo e uma revolta contra o governo imperial. Partido Nacionalista (Kuomintang) Liderado por Sun Yat-sen e apoiado pela burguesia chinesa, depôs o último imperador e proclamou a república em 1911. Partido Comunista da China (1921) Teve Mao Tsé-tung como uma das lideranças e aliou-se ao Kuomintang para combater os grandes proprietários rurais. República Popular da China (1949) Estabelecida após os comunistas libertarem áreas do domínio japonês e derrotarem os nacionalistas. Em 1927, o nacionalista Chiang Kai-shek tomou o poder, desfez a aliança e massacrou os comunistas, que formaram o Exército Vermelho e conquistaram áreas rurais. HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA TEMA 2 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 90. O governo comunista estatizou a atividade industrial, confiscou as grandes propriedades e parte dos bens dos camponeses médios e criou fazendas coletivas. Grande Salto para a Frente (1958) Iniciativas econômicas como a criação de cooperativas rurais e novas indústrias e a comunização da agricultura, que causou fome e a morte de milhões de camponeses. Após a morte de Mao Tsé-tung, em 1976, o novo dirigente Deng Xiaoping introduziu reformas econômicas de inspiração capitalista, mas preservou o domínio do Partido Comunista. Novas leis autorizaram a instalação de multinacionais e a propriedade privada, mas o Estado manteve o controle dos salários, dos preços, da moeda, da imprensa e da vida política no país. A República Popular da China A bandeira da China tremula na sede do Partido Comunista Chinês, em Xangai, em 2017. DENNIS MACDONALD/ALAMY/FOTOARENA HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA TEMA 2 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 91. A Guerra e a divisão da Coreia A Coreia esteve ocupada pelo Japão desde 1910. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota japonesa, a ilha foi dividida entre soviéticos (ao norte) e estadunidenses (ao sul). O fracasso das eleições livres de 1948 agravou a divisão entre os dois lados. Um governo socialista estabeleceu-se no norte e uma administração capitalista firmou-se no sul. Guerra da Coreia (1950-1953) Após as forças do norte invadirem o sul, a ONU enviou tropas de soldados estadunidenses e a China reforçou o bloco comunista. Assinatura de armistício (1953) • Coreia do Norte: regime socialista ditatorial de partido único. • Coreia do Sul: Estado capitalista alinhado aos Estados Unidos. Norte-coreanos e chineses em um campo de prisioneiros durante a Guerra da Coreia, em Pusan (atual Busan), em 1951. CORBIS/GETTY IMAGES HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA TEMA 2 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 92. TRÓPICO DE CÂNCER CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO 0° TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO EQUADOR MERIDIANO DE GREENWICH 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO GUERRA FRIA: O MUNDO BIPOLAR (1945-1989) ESTADOS UNIDOS UNIÃO SOVIÉTICA RFA RDA CHINA CUBA COREIA DO NORTE COREIA DO SUL Estados Unidos e aliados União Soviética e aliados Outros países socialistas RFA – República Federal da Alemanha (capitalista) RDA – República Democrática da Alemanha (socialista) Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 149. GUERRA FRIA: O MUNDO BIPOLAR (1945-1989) FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 1.680 km HISTÓRIA GUERRA E REVOLUÇÃO NA ÁSIA: CHINA E COREIA TEMA 2 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 93. T E M A 3 A REVOLUÇÃO CUBANA U N IDADE 5 HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA TEMA 3 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 94. Desde a independência de Cuba, os governos do país contavam com o apoio dos Estados Unidos, e sua economia açucareira dependia das importações e dos capitais estadunidenses. Sob a supervisão da ONU, os soviéticos retiraram os mísseis de Cuba e os Estados Unidos retiraram da Turquia armamentos nucleares voltados para a União Soviética. A Crise dos Mísseis (1962) Cuba estabeleceu uma aliança com os soviéticos, que instalaram mísseis na ilha, criando um clima de enorme tensão internacional. Revolução Cubana (1956-1959) Uma guerrilha liderada por Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara, entre outros, derrubou o governo do ditador Fulgêncio Batista. Em 1961, para derrubar Castro, os Estados Unidos e cubanos opositores exilados invadiram a Baía dos Porcos, no sul de Cuba, porém, a ação fracassou. Contra as medidas do novo governo cubano, que nacionalizou as empresas estadunidenses, os Estados Unidos decretaram o total bloqueio econômico e político da ilha. Da guerrilha ao socialismo HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA TEMA 3 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 95. O regime político implantado seguiu o molde soviético, caracterizado pela ditadura do Partido Comunista, pela supressão das liberdades democráticas e pela perseguição aos opositores. A economia cubana sofreu os danos do bloqueio econômico decretado pelos Estados Unidos, que já dura mais de 55 anos. Cuba aproximou-se da União Soviética, que se tornou a principal parceira comercial do país, representando cerca de 85% do comércio exterior da ilha na década de 1980. Com a dissolução da União Soviética em 1991 e os danos causados pelo embargo comercial estadunidense, Cuba entrou em uma crise econômica e social. O embargo proíbe empréstimos, investimentos e relações comerciais com a ilha e pune com sanções econômicas empresas estrangeiras que o façam. O novo governo cubano universalizou o ensino, reduziu a mortalidade infantil e o desemprego, e facilitou o acesso à moradia e à saúde pública. O socialismo em Cuba HISTÓRIA A REVOLUÇÃO CUBANA TEMA 3 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 96. T E M A 4 REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA U N IDADE 5 HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA TEMA 4 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 97. Adoção do keynesianismo pelos Estados europeus • Formação de um modelo de governo que promoveu benefícios sociais na educação, na saúde e nos direitos dos trabalhadores (Estado de bem-estar social). • Regulamentação da economia pelos Estados, que promoviam programas de estatização de setores estratégicos em parceria com a iniciativa privada. Com as reformas dos social- -democratas, que garantiam a democracia e o capitalismo, serviços públicos passaram a ser vistos como obrigação do Estado e direito do cidadão. Maio de 1968 Movimento inicialmente estudantil, que se expandiu pela França em crítica ao capitalismo e a favor da reforma nas estruturas de poder. Apesar de reprimido e proibido pelo governo conservador eleito, o movimento influenciou sociedades do mundo todo. Reformas na Europa Ocidental • A política econômica e social desenvolvida no pós-guerra teve origem nas teorias de John Keynes. HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA TEMA 4 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 98. A Primavera de Praga A Tchecoslováquia foi formada em 1918, a partir da dissolução do Império Austro-Húngaro. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi ocupada pelos nazistas. A União Soviética reagiu, invadindo a Tchecoslováquia com tropas do Pacto de Varsóvia. Dubcek foi preso e obrigado a declarar o fim do movimento, em Moscou. Primavera de Praga (1968) Apoio popular às propostas reformistas do dirigente do Partido Comunista Alexander Dubcek para democratizar o socialismo. O país foi libertado pela União Soviética em 1944 e passou a fazer parte de sua área de influência com os acordos assinados ao final da guerra. Adoção do socialismo (1948) • Crescimento econômico e melhorias na saúde e educação. • Ditadura de partido único. • Censura e repressão. HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA TEMA 4 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 99. Contracultura e feminismo • Muitas mobilizações da Guerra Fria ultrapassaram as disputas ideológicas entre o capitalismo e o socialismo. Após a Segunda Guerra, em muitos países, mulheres conquistaram o direito ao voto e se tornaram parcela expressiva da força de trabalho, ganhando espaço na vida pública. Nos anos 1960, surgiu o movimento da contracultura, que questionava as estruturas sociais e culturais dominantes, opondo-se às guerras, ao consumo e à família tradicional. Movimento feminista Luta pelo direito à educação, ao trabalho e à atividade política, por uma nova forma de relacionamento entre homens e mulheres e pela autonomia sobre o próprio corpo e a sexualidade. As ideias de paz, amor, liberdade sexual e vida em comunidade passaram a expressar o modo de vida de muitos jovens estadunidenses do período. Apesar disso, continuavam recebendo salários mais baixos, eram desvalorizadas intelectualmente e submetidas ao ambiente doméstico. HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA TEMA 4 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 100. A segregação dos negros nos Estados Unidos • Apesar de emendas constitucionais estabelecerem direitos iguais para negros após a abolição da escravatura em 1863, ela deixou sua herança na sociedade estadunidense. As Leis de Jim Crow, aprovadas a partir de 1876, instituíram oficialmente a segregação racial, principalmente nos estados sulistas. O movimento negro, nas décadas de 1950 e 1960, promoveu atos de desobediência civil e marchas pacíficas pelos direitos civis dos afro-americanos. • Lei dos Direitos Civis (1964): proibiu a discriminação racial em órgãos públicos. • Lei de Direito de Voto (1965): estendeu o exercício do voto a todos os cidadãos. As conquistas despertaram a reação dos segregacionistas. Em 1968, o líder negro Martin Luther King foi assassinado por um racista branco. A luta foi impulsionada por Rosa Parks ao desafiar a lei segregacionista negando-se a ceder o assento no ônibus a um homem branco, em 1955. A segregação dos negros os limitava a instalações próprias em locais públicos e os excluiu do direito ao voto, devido à baixa taxa de alfabetização. HISTÓRIA REFORMAS E CONTESTAÇÕES NA GUERRA FRIA TEMA 4 O MUNDO DIVIDIDO PELA GUERRA FRIA UNIDADE 5
  • 101. T E M A 1 INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA U N IDADE 6 HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 102. Questionamento sobre a dominação imperialista europeia a partir da crise econômica no continente, das duas guerras mundiais e da luta contra o nazifascismo. Constituição de uma elite intelectual africana que desenvolveu ideias contrárias à colonização. Movimentos por independência na África Recomendação da ONU, a partir de 1945, para que as metrópoles europeias emancipassem suas colônias. A crise do imperialismo europeu • Pan-africanismo: movimento que pregava a solidariedade dos negros oprimidos na América; ganhou força na África a partir do V Congresso Pan- -Africano de Manchester, em 1945. • Negritude: conceito criado por estudantes negros francófonos, defendia uma identidade negra africana, que estaria sufocada pela cultura dos colonizadores. • Pan-arabismo: movimento que pregava a união dos países do mundo árabe contra o colonialismo ocidental. HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 103. Os processos de independência na África • A maior parte dos países africanos conquistou sua independência na década de 1960. Veja, a seguir, alguns exemplos. África Ocidental Francesa • 1945: delegados das colônias passaram a participar da Assembleia Nacional Constituinte da França. • União Francesa: os protetorados foram transformados em Estados associados. • 1958: criação da Comunidade Francesa, que concedia maior autonomia às colônias. • Entre 1958 e 1960, as colônias da África Ocidental Francesa conquistaram aos poucos sua independência. Argélia • Até então, era grande produtora de petróleo e responsável por 60% da produção agrícola francesa. • Frente de Libertação Nacional da Argélia (FLN): em 1o de novembro de 1954 iniciou a luta armada, conquistando apoio no campo e nas cidades. • 1962: em março, foram assinados acordos para o cessar-fogo e, em julho, a população argelina optou pela independência em um plebiscito. Quênia • Na África Oriental Britânica, surgiram diversos conflitos pela terra a partir da expropriação dos camponeses e da chegada de uma nova leva de ingleses após a Segunda Guerra. • Revolta dos Mau-mau (1952- -1960): rebeldes do povo kikuyu levantaram-se contra os colonizadores, mas foram repreendidos violentamente. • Após ser libertado, Jomo Kenyatta conduziu a independência do Quênia em 1962, de forma pacífica. HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 104. O fim do Império Português • No início do século XX, o Império Português no continente africano reunia as colônias de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. • Ato Colonial (1930): lei promulgada pelo governo de António Salazar, que centralizou a administração das colônias em Lisboa. • Como forma de reagir à crise de 1929, o Ato Colonial criou uma hierarquia entre portugueses e africanos, e autorizou o confisco de terras da população local. • Graças ao rígido controle estabelecido pelo salazarismo, o Império Português duraria até os anos 1970. “Portugal não é um país pequeno”, litografia cartográfica produzida por volta de 1935. HENRIQUE GALVÃO - BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL, LISBOA HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 105. A independência das colônias portuguesas Embora os Estados Unidos pressionassem Portugal para que libertasse suas colônias, o governo salazarista intensificou a repressão nas colônias contra os movimentos pela independência. Em agosto, o novo governo português reconheceu a independência da Guiné e, em dezembro, nomeou um governo de transição para a independência de Cabo Verde. No entanto, a ação dos grupos moderados definiu o futuro do país como uma democracia parlamentarista e integrada ao Ocidente. Em 1973, após mais de dez anos de guerrilha, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde proclamou a independência da Guiné Portuguesa, que passou a se chamar Guiné-Bissau. Revolução dos Cravos (1974) Grupos socialistas e comunistas organizaram um levante que derrubou o regime de Salazar, em um movimento que contou com amplo apoio popular. HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 106. • Unita: apoiada por Estados Unidos e África do Sul. • MPLA: ajudada pela União Soviética, China e Cuba. O acordo de paz assinado em 1992 não pôs fim às tensões entre os dois grupos, e uma civil explodiu no país em 2013. A libertação de Angola e Moçambique • A independência de Angola: • A independência de Moçambique: Em Angola, a luta pela independência foi travada pelo grupo comunista MPLA e pelos anticomunistas FNLA e Unita. Após a criação de partidos, jornais e associações na tentativa de promover a independência, em 1962 foi fundada a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo). 1975 O MPLA proclamou a independência e instituiu a República Popular de Angola, sob um regime socialista. 1975 A Frelimo proclamou a independência de Moçambique e implantou no país um regime socialista inspirado na China e nos países do Leste Europeu. Guerra civil (1975-2002) O conflito entre MPLA e Unita vitimou mais de 500 mil pessoas. Guerra civil (1975-1992) O conflito entre Frelimo e Renamo, grupo anticomunista, se estendeu por quase duas décadas. HISTÓRIA INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA TEMA 1 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 107. T E M A 2 OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE U N IDADE 6 HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE TEMA 2 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 108. Novos países, novas fronteiras • A sobrevivência de estruturas coloniais é, ainda hoje, um dos principais obstáculos à consolidação de Estados nacionais no continente africano. • V Congresso Pan-Africano (1945): estabeleceu a conquista das independências como meta suprema dos povos africanos e conclamou os negros de todo o mundo a se unirem contra o colonialismo. • Congressos de Kumasi (1953) e de Acra (1958): os pan-africanistas minimalistas defendiam a manutenção das fronteiras coloniais após as independências, e os maximalistas, a construção de uma unidade econômica, política e militar no continente. • Organização para a Unidade Africana (OUA): formada em 1963, a organização acabou com os últimos resquícios do movimento pan-africanista ao reafirmar os Estados africanos como autônomos, independentes e iguais. HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE TEMA 2 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 109. AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA 0° 20° L Is. Canárias I. Madeira OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO MAR MEDITERRÂNEO M A R V E R M E L H O TUNÍSIA ARGÉLIA LÍBIA EGITO MAURITÂNIA NÍGER SUDÃO MALI CHADE NIGÉRIA ETIÓPIA CAMARÕES SOMÁLIA QUÊNIA ZAIRE TANZÂNIA MAURÍCIO SEYCHELLES COMORES ANGOLA MOÇAMBIQUE MADAGASCAR NAMÍBIA ÁFRICA DO SUL EUROPA MARROCOS SENEGAL CABO VERDE BURKINA FASSO GÂMBIA DJIBUTI GUINÉ BENIN SERRA LEOA GUINÉ-BISSAU LIBÉRIA COSTA DO MARFIM GANA TOGO REP. CENTRO -AFRICANA UGANDA GUINÉ EQUATORIAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE GABÃO RUANDA BURUNDI ZÂMBIA MALAUÍ ZIMBÁBUE BOTSUANA SUAZILÂNDIA LESOTO ÁSIA CON G O SAARA OCIDENTAL EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 1936-1955 1956-1957 1958-1960 1961-1970 1971-1976 1977-1990 Territórios dependentes Território não colonizado Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 219. NE L O SE S N NO SO 540 km FERNANDO JOSÉ FERREIRA HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE TEMA 2 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 110. A nova diáspora africana • Diáspora: deslocamento, normalmente forçado, de grandes contingentes populacionais. • Diáspora negra ou africana: saída forçada de homens e mulheres da África por conta do tráfico de escravizados na América entre os séculos XVI e XIX. • Atualmente, o termo também é utilizado para se referir ao movimento migratório de africanos em direção à Europa e à América, onde esperam encontrar melhores condições de vida. • Nos últimos anos, o Brasil também se converteu em um importante destino dessas migrações, especialmente de pessoas oriundas de Angola, Moçambique e Cabo Verde, países de língua portuguesa. HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE TEMA 2 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 111. FLUXOS MIGRATÓRIOS NA ÁFRICA (2010) M E R I D I A N O D E G R E E N W I C H EQUADOR 0º 0º NIGÉRIA MALI NÍGER SUDÃO CHADE ANGOLA GABÃO ZÂMBIA ETIÓPIA QUÊNIA (6) (5) (1) (2) (4) (3) SOMÁLIA MOÇAMBIQUE MALAUÍ TANZÂNIA ÁFRICA DO SUL REP. DEM. DO CONGO América do Norte (1.681.000) Ásia (248.000) Oriente Médio (3.758.000) Europa (7.747.000) Oceania (359.000) América Latina e Caribe (29.000) OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO 500.000 1.000.000 100.000 Intra-africana (por país) Migrações Extra-africana (por região) Número de migrantes (2010) 1.309.000 (1) Burkina Fasso (2) Benin (3) Togo (4) Gana (5) Costa do Marfim (6) Uganda 25.000 15.506.000 Intra-africanos Extra-africanos 2.628.000 Europa França Oriente Médio Américas 1.710.000 Ásia e Oceania 7.747.000 3.758.000 607.000 002-m-AH9-U06-M18-AA .pdf 1 11/10/18 12:56 PM Fonte: SciencesPo. Atelier de cartographie. Disponível em <http://mod.lk/oyrm0>. Acesso em 17 set. 2018. FERNANDO JOSÉ FERREIRA NE L O SE S N NO SO 580 km HISTÓRIA OS DESAFIOS DA ÁFRICA LIVRE TEMA 2 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6
  • 112. T E M A 3 A POLÍTICA DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL U N IDADE 6 HISTÓRIA A POLÍTICA DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL TEMA 3 AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁFRICA E NA ÁSIA UNIDADE 6