1. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
Professor(a):Heloiza Regina Vaz Pinto
heloizarvaz@hotmail.com
Diretora da Pós - Graduação:Ms.Sandra Isabel Chaves
sandra@institutoconsciencigo.com.br
Janeiro- 2012
2. Transtornos Globais do Desenvolvimento
• Autismo Infantil
• Autismo Atípico
• Síndrome de Rett
• Transtorno Desintegrativo da Infância
• Transtorno de Movimentos
Esteriotipados(com hipercinesia associada a
retardo mental)
• Síndrome de Asperger
3. Autismo Infantil
• È um transtorno que caracteriza-se por
alterações na interação social, na
comunicação e no comportamento.
Manifesta-se antes dos 3 anos e persiste
durante a vida adulta.
4. Características
A criança autista tem dificuldade em se relacionar com outros
indivíduos, mantém-se distante, evita o contato visual,
demonstra falta de interesse pelas pessoas e não procura
conforto quando se machuca. Em 50% dos casos, o interesse
social se desenvolve com o tempo, mas a reatividade, a
reciprocidade e a capacidade de empatia permanecem
prejudicadas. O autista tem dificuldade em ajustar seu
comportamento ao contexto social e não consegue
reconhecer ou responder adequadamente às emoções dos
demais.
5. Comunicação
• A dificuldade de comunicação afeta a
compreensão e a expressão, o gestual e a linguagem
falada. Metade dos autistas não conseguem
desenvolver uma fala compreensível; a outra metade
mantém atrasos nessa área. Uma minoria aprende
palavras e até frases no período apropriado, mas
depois perdem essa habilidade.
• Quando a expressão verbal é desenvolvida, é
tipicamente diferenciada e atrasada, com ritmo e
entonações anormais
6. • Apresenta ecolalia,repetição de palavras ou
frases , comete erros de reversão pronominal
(troca do “você” pelo “eu”), usa as palavras de
maneira própria (idiossincrática), inventa
palavras (neologismos), usa frases prontas e
questiona repetitivamente. Normalmente o
autista não mantém uma conversação,
simplesmente fala para outra pessoa.
7. • Alguns usam a expressão verbal apenas para
pedir coisas; outros, não percebem que o
ouvinte não tem mais interesse no assunto.
Os gestos são reduzidos e pouco integrados
ao que está sendo dito. Metade das crianças
autistas desenvolvem uma fala compreensível
até os 5 anos. Aquelas que não o tenham
feito, dificilmente terão uma expressão verbal
apropriada.
8. Interesses e Atividades
Os autistas são resistentes a mudanças e
mantêm rotinas e rituais. É comum insistirem
em determinados movimentos, como abanar
as mãos e rodopiar. Preferem brincadeiras de
ordenamento (alinhamento de objetos, por
exemplo) e têm fascinação por objetos ou
elementos inusitados para uma criança
(zíperes e cabelos, por exemplo).
9. • Costumam preocupar-se excessivamente
com temas restritos, como horários fixos e
determinadas atividades ou compromissos.
• Dificilmente brincam de faz-de-conta e
quando isso ocorre, limitam-se a ações
simples de um ou dois episódios histórias ou
programas de TV favoritos.
10. • Apesar de ser dificilmente detectada no primeiro
ano de vida, a doença pode se manifestar nesse
período, caracterizada por um desenvolvimento
anormal.
• Um dos sinais é a aversão ao colo. Em casos raros,
a partir de uma certa idade, a criança entra numa
fase de regressão e perde habilidades de interação
social e comunicação adquiridas nos primeiros anos
de vida.
11. Prevalência
Duas em cada mil crianças têm algum
distúrbio autístico. A doença atinge
aproximadamente 0,05% da população, e a
ocorrência de novos casos é mais comum no
sexo masculino, na razão de três homens para
cada mulher afetada.
12. SÍNDROME DE RETT
È uma anomalia no gene mecp2, que causa
desordens de ordem neurológica acometendo quase
que exclusivamente crianças do sexo feminino.
(aproximadamente 1 em cada 10.000 a 15.000
meninas nascidas vivas), em todos os grupos
étnicos.É uma síndrome de retardo mental
acentuado,compromete progressivamente as
funções motora e intelectual, e provoca distúrbios de
comportamento e dependência.
13. É uma síndrome de retardo mental
acentuado,compromete progressivamente as
funções motora e intelectual, e provoca
distúrbios de comportamento e dependência.
14. Clinicamente é caracterizada pela perda progressiva
das funções neurológicas e motoras após um período
de desenvolvimento aparentemente normal, que vai
de 6 a 18 meses de idade. Após esta idade, as
habilidades adquiridas (como fala, capacidade de
andar e uso intencional das mãos) são perdidas
gradativamente e surgem as estereotipias manuais
(movimentos repetitivos e involuntários das mãos),
que é característica marcante da doença.
15. Sinais e sintomas
Retardo mental, epilepsia, regressão das habilidades
sociais, cognitivas e motoras, demência, apraxia e
ataxia; adquirindo estereotipias, caracterizadas pela
perda de uso funcional das mãos, estando sempre
batendo palmas, realizando movimentos de lavar e
torcer com entrelaçamentos de dedos e mão na
boca, sendo a criança incapaz de usar
voluntariamente as mãos.
16. • Esses sinais e sintomas aparecem entre a faixa etária
de seis a dezoito meses ou até aos vinte e quatro
meses de vida, originando-se de história pré e
perinatal normais.As principais alterações que
interferem na função dos membros superiores são a
apraxia e estereotipias, uma disfunção oculomotora
e atraso de resposta, essas alterações também
interferem na integração da percepção, na parte
sensorial e social.
17. Transtorno Desintegrativo da Infância.
A característica essencial é uma regressão
pronunciada em múltiplas áreas do
funcionamento, após um período de pelo
menos 2 anos de desenvolvimento
aparentemente normal.
18. Após os primeiros 2 anos de vida (mas antes
dos 10 anos), a criança sofre uma perda
clinicamente significativa de habilidades já
adquiridas em pelo menos duas das seguintes
áreas: linguagem expressiva ou receptiva,
habilidades sociais ou comportamento
adaptativo, controle intestinal ou vesical,
jogos ou habilidades motoras .
19. TRANSTORNO DE MOVIMENTO ESTERIOTIPADO
• A característica essencial é um comportamento
motor repetitivo, não funcional e muitas vezes
aparentemente intencional.
• Os movimentos estereotipados podem incluir acenar
com as mãos, balançar o corpo, brincar com as mãos,
remexer os dedos, manusear objetos, bater a
cabeça, morder a si mesmo, beliscar a pele ou enfiar
os dedos em orifícios corporais, ou golpear várias
partes do próprio corpo.
20. • Em presença de retardo mental, o comportamento
estereotipado ou autodestrutivo apresenta suficiente
gravidade a ponto de tornar-se um foco de tratamento.
• O comportamento não é melhor explicado por uma
compulsão (como Transtorno Obssessivo compulsivo), por um
tique (como no Transtorno de Tique), uma estereotipia
própria do Transtorno Glogal do Desenvolvimento, ou pelo
hábito de arrancar os cabelos (como na Tricotilomania).
• O comportamento não se deve aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.
• O comportamento persiste pelo período mínimo de 4
semanas.
21. Síndrome de Asperger
È uma síndrome do espectro autísta,
diferenciando-se do autismo clássico por não
comportar nenhum atraso ou retardo global no
desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do
indivíduo.
22. Alguns sintomas dos portadores desta
síndrome são: dificuldade de interação social,
dificuldades em processar e expressar
emoções , interpretação muito literal da
linguagem, dificuldade com mudanças,
perseveração em comportamentos
estereotipados.
23. A Síndrome de Asperger é definida na seção
299.80 do DSM-IV por seis critérios principais,
que definem a síndrome como uma condição
com as seguintes características:
24. • Prejuízo severo e persistente na interação social;
• Desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos
de comportamento, interesses e atividades;
• Prejuízo clinicamente significativo nas áreas social,
ocupacional ou outras áreas importantes de
funcionamento;
• Nenhum atraso significativo no desenvolvimento da
linguagem;
25. • Não há atrasos clinicamente significativos no
desenvolvimento cognitivo ou no
desenvolvimento de habilidades de auto-
ajuda apropriadas à idade,
comportamento adaptativo (em outra área
que não na interação social) e curiosidade
acerca do ambiente na infância.
26. Bibliografia Básica:
• ASSUMPÇÃO, Francisco Baptista Júnior, SCHWARTZMAN, José
Salomão. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon, 1995.
• BOSA, Cleonice. Atenção compartilhada e identificação precoce
do autismo. In: Psicologia:Reflexão e Crítica, v.15, p. 77-88. Porto
Alegre, 2002.
• CABALLO, Vicente E. Manual de avaliação e treinamento das
habilidades sociais. São Paulo: Editora Santos, 2003.
• CAMARGOS Jr, Walter et al. Autismo Infantil- Sinais Sintomas.In:
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Brasília: CORDE,
2002.
27. • JÚNIOR, José Ferreira Belisário e CUNHA
Patrícia. A Educação Especial na Perspectiva
da Inclusão Escolar: Transtornos Globais do
Desenvolvimento - Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Especial;
Fortaleza: Universidade Federal do Ceará,
2010. v. 9. (Coleção A Educação Especial na
Perspectiva da Inclusão Escolar).
28. • LEON, Viviane & LEWIS, Soni. Grupos com autista. In:
ZIMERMAN, David & OSORIO,Luis Carlos (orgs.). Como
Trabalhamos com Grupos. Porto Alegre: Artmed, 1997.
• LEON, Viviane C. Estudo das Propriedades
Psicométricas do Perfil Psicoeducacional PEP-R:
elaboração da versão brasileira.In: Dissertação
(Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento) - Instituto de
Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre. 2002.