1. DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Nayse Cavalcante
2. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Em agosto de 2006, durante a Convenção Internacional de
Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, organizada
pela ONU, ficou definido que a nomenclatura mais adequada
para referir-se às pessoas com a chamada deficiência mental
na verdade é deficiência intelectual.
Essa deficiência não é considerada uma doença ou um
transtorno psiquiátrico, e sim um prejuízo das funções
cognitivas causado por um ou mais fatores que acompanham
o desenvolvimento do cérebro. As deficiências intelectuais
podem variar de leve à grave, o que diferencia muito a
intervenção que deve acontecer por parte do educador com
esse aluno.
3. * Conceito
A característica essencial da deficiência mental é um
funcionamento intelectual significativamente inferior à média,
acompanhado de limitações significativas no funcionamento
adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de
habilidades:
comunicação; auto-cuidado; vida doméstica; auto-suficiência;
segurança; trabalho; lazer; saúde; habilidades
sociais/interpessoais; habilidades acadêmicas.
American Psychiatric Association (APA*,2002)
* APA: organização médica voltada para a saúde mental, responsável pela
organização do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM).
4. * Conceito
Estas limitações provocam uma maior
lentidão na aprendizagem e no
desenvolvimento dessas pessoas,
precisando de mais tempo para aprender a
falar, a caminhar e a aprender as
competências necessárias para cuidar de si,
tal como vestir-se ou comer com autonomia.
5. CAUSAS E FATORES DE RISCO
É importante alertar que, muitas vezes, apesar
da utilização de recursos sofisticados na
realização do diagnóstico, não se chega a
definir com clareza a causa de deficiência
intelectual.
Podem ser:
Intraindividuais
Externas ao indivíduo
6. Fatores Intraindividuais
Deficiência que pode ser
transmitida geneticamente
(Ex. Síndrome de Down)
Ou causada por danos
cerebrais graves (acidentes
com armas de fogo ou
aparecimento de tumores)
7. Fatores Externos
1. Pré-natais (antes do nascimento /
gravidez)
2. Perinatais (do nascimento até um mês de
vida do bebê)
3. Pós-natais (após o 1º mês de vida do
bebê)
4. Fatores Ambientais
8. Fatores Pré-natais
Desnutrição materna
Precariedade na assistência a gestante
Alcoolismo, uso de drogas e cigarros
Efeito de medicamentos proibidos para mulheres
grávidas
Infecções e intoxicações (ex.: rubéola, sífilis,
radiações, intoxicações por chumbo ou mercúrio
etc.)
9. Fatores Perinatais
Falta de assistência ou traumas no parto
Prematuridade ou baixo peso do bebê
Incompatibilidade RH
Hipóxia (insuficiência de oxigenação no
cérebro)
Anoxia (falta completa de oxigenação no
cérebro)
10. Fatores Pós-natais
Traumatismo craniano (quedas)
Desnutrição
Desidratação grave
Intoxicações (venenos, remédios, inseticidas,
produtos químicos como chumbo e mercúrio)
4. Fatores Ambientais
Ausência de estimulações no ambiente (ex.:
empobrecimento nas relações afetivas);
11. Algumas dicas para o trabalho com os
alunos com Def. Intelectual:
Focar a atenção, dando prioridade aos objetivos
que queremos ensinar;
Partir de contextos reais;
Criar situações de aprendizagem positivas e
significativas, preferencialmente em ambientes
naturais aos alunos;
12. Algumas dicas para o trabalho com os
alunos com Def. Intelectual.:
Usar situações e formas mais concretas
possíveis;
Transferir comportamentos e aprendizados
adquiridos para novas situações;
Dividir as tarefas em partes, aumentando as
dificuldades gradualmente, respeitando o ritmo
do aluno;
13. Algumas dicas para o trabalho com os
alunos com Def. Intelectual:
Motivar, elogiar o sucesso e valorizar a
autoestima;
Atender não só a área dos conhecimentos
acadêmicos, como também os aprendizados que
melhorem a qualidade de vida de todos os alunos;
Utilizar diferentes tipos de linguagens, como
música, artes, expressões corporais, entre outras;
14. Algumas dicas para o trabalho com os
alunos com Def. Intelectual:
Experienciar situações do cotidiano no campo dos
conhecimentos acadêmicos:
ensinar a ler e a escrever o nome, o endereço,
utilizar o telefone,
ler informações de pontos de ônibus, de placas e de rótulos,
ver as horas,
compreender o valor monetário, fazer compras e dar troco,
organizar materiais,
usar os utensílios domésticos,
ter higiene pessoal,
Comportar-se em diferentes ambientes, se comunicar e se
fazer entender por diferentes pessoas.
15. Algumas dicas para o trabalho com os
alunos com Def. Intelectual:
Crer, principalmente, que o aluno com deficiência
intelectual pode aprender como outra criança;
Acompanhar continuamente o processo de
aprendizagem do aluno, registrando suas
observações para poder perceber quais são os
meios traçados para aprender, pois não há um
perfil único para os alunos com deficiência
intelectual.